Truth Love escrita por Everlak


Capítulo 6
Amigos coloridos


Notas iniciais do capítulo

OII!!! Como estão??? Antes de mais, o título não significa o que vocês estão pensando, mas vocês verão isso por voces mesmos. Good look



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A palestra nunca mais acabava e eu estava entediada. Eu odiava ficar muito tempo parada. Comecei a bufar atraindo a atenção de Peeta que estava duas filas à frente e de Gale ao meu lado. Gale soltou uns risinhos e vi Peeta trocar olhares entre mim e meu amigo de cenho franzido. Para o provocar soprei um beijinho na sua direção. Ele fechou a cara e se voltou para a frente.

– Gale? – sussurrei. Ele fez sinal para que eu prosseguisse – Aquele garoto, Peeta, quem é ele?

Gale olhou na direção que eu olhava e sorriu malicioso.

– Hum pelos vistos já ultrapassaste o traste do Cato. – Ele chocou nossos ombros me provocando.

– Aff! Eu só quero saber com quem estou lidando, apenas e só! – Acentuo.

– Tudo bem, tudo bem – Se rende – Peeta é só mais um riquinho daqui e que tem várias admiradoras.

– Riquinho daqui? – Questiono.

– Sim, Peeta é filho do fundador da escola de artes. – Abro a boca surpresa. – Mas sendo honesto, ele nunca teve tratamento especial.

– Filho do fundador? O pai dele é artista?

– Não, é empresário. Sua madrasta é que é artista. Era bailarina na verdade. Ele construi este lugar em sua honra. Mas raramente a vemos por aqui.

Assinto dando o assunto por terminado e tento prestar atenta às palavras do diretor mas não consigo. Finalmente ele encerra e saio mais que depressa de lá, quase tendo um ataque de claustrofobia. Fico à espera de Joh e Gale mas eles nunca mais aparecem. Infelizmente, em vez deles aparece um certo loiro convencido. Ele lança um sorriso e avança na minha direção. Eu bufo contrariada.

– Você sabe bufar garota? – Ele provoca e se aproxima sussurrando – Isso e gemer.

– Quer parar? – Sinto meu rosto quente – Foi um erro e eu havia bebido bastante.

– Ok tudo bem. Mas se quiser repetir o erro, estou disponível.

– Tens centenas de garotas aqui na escola! – Reviro os olhos – Tenho certeza que elas não se importam de cometer erros com você.

– E acha que eu não faço isso já? – Ele pergunta todo convencido.

– Então o que está fazendo ainda aqui? - Eu cruzo os braços entediada.

– É não sei porque estou perdendo meu tempo aqui com uma reles bailarina – Encaro seus olhos com raiva.

– Reles bailarina? Pelo menos não estou aqui porque meu papá é fundador e pode comprar talento para mim! – Cuspo. Ao contrário do que esperava, ele abre um sorriso lindo.

– Então você sempre procurou informações sobre mim. – Eu me calo ciente da burrice que terminava de fazer.

– Não – Tentei concertar – Ouvi umas garotas falarem de você ao meu lado.

– Não seria a primeira vez – Confessa – E até podia ser verdade se você não estivesse sentada ao lado de dois garotos.

Droga! Me havia esquecido que estava sentada entre Gale e um individuo masculino qualquer. Ele me havia apanhado. Coloquei minha mascara de indiferença tentando me manter tranquila.

– É! E daí? Gosto de saber como é minha concorrência. – Ele explode em gargalhadas.

– Você acha que sou da turma de dança? – Eu penso por um bocado e olho para seu corpo.

– Bem, você tem físico de bailarino – Confesso.

– Por muito que me sinta lisonjeado pelo elogio, tenho que desapontá-la.

– Estou nem aí – digo indiferente – Pelo menos não terei que olhar para essa sua cara tantas vezes.

– Ahh bonitinha, você não engana ninguém. – Começo a xingar-me por dentro. Cade os dois Futuros ex- amigos?

– Como queiras Peeta – por muito que quisesse saber o que ele cursava, não me rebaixaria.

– Ora, já é um começo! – Ele se aproxima mais – Adoro como meu nome soa nessa sua boca.

Ele roça seu nariz em meu rosto e eu me arrepio toda. O canalha abre um sorriso e eu desvio o olhar.

– Cai fora! – Rosno.

– Tudo bem boneca. Eu ainda vou saber seu nome. Já que tenho tanta influencia aqui dentro vou usá-la!

Ele se afasta e eu vejo suas costas largas debaixo do tecido da camiseta preta. Me pergunto se minhas marcas ainda estarão cravadas nas suas costas. Rio comigo mesmo com o pensamento. Finalmente Johanna e Gale aparecem.

– Até que enfim! Pensei que tinham sido pisoteados à saída! – Dramatizo e ambos reviram os olhos.

– Exagerada!

– Você estava de conversa com o Mellark? – Gale pergunta

– Quem? – olho em volta tentando compreender de quem Gale falava.

– O Peeta. Peeta Mellark.

– Ahh sim… - faço pouco caso – Vamos?

Johanna me faz um olhar de quem quer saber tudo. Lindo, agora vou ter que contar o que aconteceu na festa. Vamos atrás de Gale para nossa primeira aula. Olho no horário e vejo que é preparação física. Isso significa o quê? Yoga? Pilates? Talvez um pouco de tudo isso? Quando por fim chegamos vejo vários colchonetes, nem são tapetes nem colchões, azuis dispostos pelo chão. E eu realmente tinha razão, era uma aula para nos ensinar a usar o corpo, a saber manuseá-lo sem nos quebrar. Era tudo questão de trabalhar nossa agilidade e flexibilidade. Eu até gostei da aula mas Gale não parecia contente. Ele dizia que isto era coisa de garotas e eu e minha amiga acabamos rindo dele.

Como hoje era o primeiro dia, só havíamos tido uma aula. Eu e Johanna decidimos ir até ao dormitório tomar um banho, nos trocar e dar uma volta pela cidade. Estávamos a meio do corredor quando me lembro que esqueci meu Ipod na sala. Digo à morena que a encontro no quarto e volto para trás. Chegando à sala vejo o aparelho no chão e me baixo para o pegar. Nesse momento passa Peeta apressado e entra na sala em frente. Curiosa vou atrás dele e entro na respetiva sala. Não vejo o garoto. Mas várias telas e cavaletes, tintas, óleos, Barro, todo o tipo de material de artes plásticas. Aqui deve ser exatamente a sala da turma de artes plásticas.

– Me seguindo? – Dou um salto e grito com o susto. Peeta aparece da escuridão no canto esquerdo por entre telas do meu tamanho ou maiores.

– Está brincando neh? – Falo ainda com a mão no peito. – Eu estava apenas conhecendo a escola e vi essa sala! Problema?

– Nenhum. – Ele dá de ombros. Pela primeira vez ele não dá em cima de mim nem faz piadinhas. Apenas continua fazendo o que seja que ele estava fazendo.

– Quais são seus? – Pergunto ao analisar os quadros ali e tentando adivinhar quais eram dele. Mas eles eram tão variados que minha missão foi impossível.

– Todos eles – Ele nem desvia os olhos enquanto fala. Eu olho de volta para os quadros admirada.

– Todos? – Pergunto passando a mão no quadro de uma garota morena nua de costas. O quadro todo em tons de castanhos.

– Todos. – Ele fala atrás de mim, demasiado próximo. – Me dá sua mão.

Eu não percebo o que ele quer. Ele impaciente pega na mão que repousava no quadro e me dou conta. O quadro está fresco ainda e acabei sujando a mão de tinta. Ele pegou no farrapo que tinha sobre o ombro e limpou cuidadosamente minha mão.

– Desculpe por arruinar seu quadro. – Falo baixinho olhando para a mão que ele limpava.

– Não tem problema. – Dá de ombros.

– Porque não tem quadros de mais nenhum aluno aqui?

– Porque você acabou de encontrar meu atelier e não a sala de pintura. – Ele dá um pequeno sorrisinho.

– Sem regalias, então? – Provoco.

– Eu preferia que ele fosse em casa mas meu pai preferiu manter a bagunça na escola – Eu ri.

Ele olhou direto em meus olhos e deu um passo em frente. Instintivamente eu dou um passo atrás. Maldição! Tropeço numa lata de tinta que derruba outras fazendo uma pintura abstrata no chão. Como se não bastasse eu caio também em cima de toda a tinta derramada. Ahh mas se pensam que meu azar terminou estão errados. Peeta caiu junto a mim, quando tentou me segurar.

– Você é uma linda bagunça não é? – Ele ri, ainda ambos ainda no chão.

– Oh meu Deus que desastre! Me desculpe Peeta.

– Cala a boca! – ele fala e logo junta nossos lábios. Eu queria sair dali mas ele fazia pressão sobre mim. E sinceramente, seu beijo começou a abaixar minhas defesas. Vendo que ele me havia ganhado ele rebola e eu acabo ficando por cima dele.

– Isto é tão errado! – digo enquanto recuperamos do beijo. Coloco minhas mãos no meu rosto antes de me lembrar que elas estão ensopadas em tinta.

Ele ri da minha situação. Ele se senta, segurando minha cintura para eu não cair para trás. Sinto seu dedo indicador percorrer meu rosto, desenhando, muito concentrado mas com delicadeza.

– Perfeito – Ele afirma e suas duas mãos repousam nos meus quadris.

– O que desenhou? – Pergunto curiosa.

– Nada demais… Algo abstrato. – Ele dá de ombros. Eu sorrio e me lembro que deveria encontrar Johanna. Olho para o relógio.

– Droga!! – me levanto do seu colo à pressa e procura minha bolsa me preparando para sair dali. – Eu tenho que ir.

– Você não pode! – Peeta disse tentando conter o riso.

– Porque não? – Ele aponta para mim e eu me olho. Minha roupa, minha pele, até meu cabelo, estão cobertos de várias cores de tinta, se misturando e criando novas cores. Ele tem razão, eu não poderia sair assim. – Arrrgghhhh! E agora?

– Agora você fica aqui comigo, retirando toda esta tinta dos nossos corpos.

Com certeza isso não vai correr bem.


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Notas finais do capítulo

Entenderão agora o "amigos coloridos"? ahahahahhaha Com certeza que sim hehehehe Beijos fofos!



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