Truth Love escrita por Everlak


Capítulo 5
Frustração!


Notas iniciais do capítulo

Cá está mais um capitulo! Enjoy



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POV EVELYN

(18 anos atrás)

Ouço os passos da minha mãe e me deito na cama me cobrindo com os lençóis. Ela entra no quarto após uma batidinha.

– Evelyn! Porque ainda não estás pronta? – Ela perguntou com irritação.

– Mãe, eu lamento muito mas eu acho que não poderei ir hoje…. – Murmuro. – Não me sinto muito bem.

Em parte era verdade, a gravidez trouxe com ela enjoos, vómitos, mudanças de humor… Era horrível. Eu tentava me fazer de forte para minha mãe não desconfiar de nada. Eu ainda estava de três meses e a barriga mal se notava e eu a disfarçava com roupas largas que não delineassem demasiado o corpo.

– Filha! É seu aniversário! Se recomponha – fala sem um pingo de carinho – Toma um banho e isso passa. Vamos, é de má fé fazer os convidados esperar.

– Porque a festa não é aqui em casa mesmo? – Eu odiava o clube onde minha mãe resolveu fazer a festa que eu nem queria fazer em primeiro lugar.

– Ora! Porque seria falta de classe fazer aqui! – ela retruca como se fosse a coisa mais logica. Resolvo deixar para lá. Nunca ganharia uma discussão com ela.

Ela sai do quarto arrumando o cabelo, como se ele já não estivesse impecavelmente arrumado. Tomo um banho como ela sugere e me preparo. Escolho um vestido justo no peito mas larguinho na barriga, não evidenciando nada. Mal termino de vestir as fiéis ajudantes da minha mãe fazem minha maquilhagem e arrumam meu cabelo.

Desço devagar porque uma mulher grávida de saltos, ainda que baixos, é perigoso. Mas teria que usá-los. Chego na entrada e meus pais olham para mim. Minha mãe assente em aprova e percorre o caminho até ao carro. Meu pai me dá um beijo na testa e me acompanha até ao veiculo.

Não demorámos muito a chegar e vejo que a decoração está toda nos tons do meu vestido. Obra da minha mãe é claro. Vejo várias pessoas ao redor sorrindo para mim, me parabenizando. Mas a verdade é que eu não conhecia nem metade das pessoas que ali se encontravam. Eu só escolhi algumas pessoas da lista de convidados, poucas mesmo, comparando às que estavam ali. Deambulo por ali peniscando alguns petiscos aqui, outros acolá e sorrindo para as pessoas mesmo não sabendo o que elas falavam realmente.

Então eu vi, num canto, de braços cruzados cruzados falando com alguns amigos meus. Ele não parecia muito confortável no meio de toda esta gente de elite. Só socialites. A verdade é que nem eu sentia que me encaixava aqui. Me dirigi até lá e ele mal me viu abriu um enorme sorriso.

– Bom te ver por aqui Zac. – Falei educadamente. Teria que manter as aparências ou minha mãe teria um treco ali mesmo. – Ainda bem que conseguiu vir.

– Não perderia por nada Evelyn – Sua expressão mostrava que ele não se importava realmente com a festa. – Me concede esta dança?

– É claro! – Sorri e ele pegou minha mão me levando para o centro da pista onde vários casais já se encontravam. – Como eu gosto dessa musica...

– Tenho que admitir ser uma boa música – sorriu e começamos a nos mover lentamente ao ritmo da musica. Era torturante estar tão perto dele e tão longe ao mesmo tempo. Não o podia tocar, não o podia beijar. Somente sorrir e dançar.

Quando nos demos conta, a música havia terminado e meu pai pedia licença para dançar comigo. Zac assentiu obviamente e antes de se afastar me piscou o olho. Eu enrubesci mas tentei disfarçar. Pelo menos meu pai não notou. O mesmo não posso falar da minha mãe que me olhava com uma expressão de aviso. A ignorei e retomei a dança com meu pai.

Após várias danças com várias pessoas que nem lembro quem eram eu pedi uma pausa e fui beber alguma coisa. Eu estava cansada, minhas costas doíam.

– Cansada? – alguém me assustou e eu dei um salto.

– Henry! – o cumprimentei e ele sorriu – Há quanto tempo!

– É verdade! Como você está? – perguntou amavelmente.

– Igual, o mesmo de sempre – Dei de ombros.

– Sufocada por sua mãe? – adivinhou

– Bingo. Ela age como se minha vida lhe pertencesse. – Suspiro - Eu não posso ser simplesmente eu, sabe?

– Sei muito bem como se sente. – ele sorri – Mas tenho certeza que aquele menino ali a faz esquecer de tudo isso estou certo?

– Totalmente certo – Sorrio ao ver que ele apontava para Zac – Totalmente certo.

– Quem sabe ele mude sua vida – ele sugere

– Hum, eu acho que isso ele já fez – Confesso.

– Isso é óptimo e aterrador ao mesmo tempo não é? – Eu concordo assentindo. – Mas tudo ficará bem, te garanto.

Nisso ele me abraça bem forte, emanando seu carinho e amor por mim. Ele sempre será um amigo com que poderei contar sempre. Ele me entende, ele percebe pelo que eu passo e nunca, mas nunca me julga mesmo quando estou errada.

– Larga ela seu desgraçado! – Me desenvencilho de Henry a tempo de ver Zac pular sobre ele socando seu nariz.

– Zac!! Pára!! – Grito mas nenhum dos me ouve. As pessoas começam a aproximar-se para ver a confusão.

– Cara, espera eu não … - Henry tenta falar mas Zac não deixa.

Eu entro em desespero e acabo me metendo no meio dos dois. Zac, ainda cego desfere outro murro, mas como estou eu agora na frente dele, acabo por ser eu a levá-lo. Eu caio para trás, quer dizer, cairia se Henry não me houvesse segurado. Meu garoto de olhos cinzentos me olha horrorizado pelo que acabou de fazer. Ele tenta se aproximar de mim e pedir desculpas mas minha mãe aparece com odio e seguranças o levando para fora. Eu corro para longe, aos prantos. Ele não confiava em mim. Mas agora, eu confiava nele?

POV Katniss

(atualidade)

“Turn around

Every now and then

I get a little bit helpless

And I´m lying like a child

In your arms”

Tento pegar o celular mas não o vejo em lado nenhum. Abro os olhos ainda sonolenta e bocejo espreguiçando-me na cama. Johanna aparece ao meu lado com meu celular na mão enquanto ele ainda tocava.

– Novo toque? – Questionou enquanto eu via quem era.

– É, ouvi essa música algures e pareceu-me que a recordava de algum lugar. É muito velhinha ela. – explico e atendo o celular – Alô?

“- Ei, Katniss – Gale fala do outro lado da linha – Estou ligando para dizer que hoje, sendo o primeiro dia dos novatos, teremos todos que nos apresentar no auditório meia hora antes das aulas começarem.”

– Serio? Então tá. Beijos. – desligo e passo a informação a Johanna. Tomámos banho à vez e nos vestimos. Temos que ir com roupas confortáveis para dançar. Ir por exemplo não daria muito jeito. Até tínhamos balneário para trocar de roupa mas como hoje a nossa primeira aula era prática, fomos já prontinhas.

O prédio residencial era mesmo ao lado da escola propriamente dita o que era perfeito. Pelo menos não pegaríamos transito. Entramos no prédio principal onde se encontrava o auditório e vimos alguns olhares sobre nós. Claro que eles sabiam que nós eramos novatas. Em dança entraram apenas cinco então não devia ser difícil para os veteranos identificarem eles. E claro, tem também o show que demos dois dias atrás. Quando entramos no auditório vimos logo Gale que nos acenava. Sentámo-nos ao lado dele.

– Prontas para o primeiro dia? – Gale preguntou esfregando as mãos animados.

– Eu já nasci pronta – Provoquei.

– Disso eu não posso protestar – ele gargalhou e Johanna gargalhava junto do outro lado de Gale. – Mas vocês foram integradas na turma dos veteranos.

– Quê? - Eu e Johanna gritámos juntas.

– Ninguém vos mandou arrasar na audição – ele sorri – vocês foram as únicas.

– Olha que legal – Ironizou Joojoo e Gale murmurou qualquer coisa e a atacou com cocegas. Estava tão entretida com as palermices desses dois que nem reparei que alguém se havia sentado ao meu lado.

– Olha olha! – Eu me virei e deparei com o loiro da festa. Sim aquele…

– O que você quer? – Perguntei sem paciência para jogos.

– Eu nada. Pensei que você estivesse curiosa. Já descobriu meu nome? – Ele sorriu convencido.

– Na verdade, nem me dei ao trabalho de saber seu nome. – Respondi e prestei atenção ao panfleto nas minhas mãos.

– Não precisas de te fingir de difícil – Ele se aproximou e sussurrou – Eu já sei quem você é realmente.

– Você está me chamando de vagabunda? É isso? – Perguntei incrédula. Meus amigos estavam alheios à conversa.

– Não – ele pareceu nervoso mas logo esse nervosismo desapareceu dando lugar a um sorriso cafajeste – Estou te chamando gostosa.

– Humm – proferi.

– Peeta

– O quê? Perguntei confusa, achando que perdi alguma coisa que ele falou.

– Peeta, meu nome é Peeta – ele sorriu e eu retribui o sorriso muito levemente.

– Prazer Peeta. – Falei e voltei de novo minha atenção para o panfleto. Ele se permaneceu calado uns minutos.

– Isso é sério? – Ele perguntou me fazendo olhar na sua direção.

– O que foi agora? – Retruquei

– Você não me vai dizer seu nome? – ele parecia frustrado.

Coloquei meu sorriso mais inocente e encantar que consegui e me aproximei ficando bem perto dele para eu puder falar e apenas ele ouvir. Senti sua respiração.

– Meu nome? – Repeti o que ele me havia dito naquela noite – Não precisaste do meu nome para transares comigo. Se queres saber meu nome terás que procurar.

– Isso é jogo sujo, garota – exclamou

– Eu nunca jogo limpo.- Seu sorrisinho cafajeste caiu por terra. Ele apertou minha coxa com vontade.

– Tudo bem, você que fica perdendo! – ele sai irritado. Ele desce para perto dos amigos e quando uma loira passa perto deles ele a segura e beija violentamente sem tirar os olhos de mim. Ele quer fazer-me ciúmes? É serio. Eu não desvio o olhar, não fraquejo e solto um sorriso radiante que o faz largar a garota e a despachar. Vejo-o bufar e entrar na conversa dos amigos.

É Peeta! Não brinques com o fogo que ele pode queimar!


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Notas finais do capítulo

E aí?? Quero comentarios ou passo mais uma temporada sem postar!! Beijos fofos



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