POV Katniss

Johanna e eu chegámos finalmente ao nosso novo lar. Estávamos as duas eufóricas. Haviamos enviado um vídeo nosso a dançar e uma semana depois havíamos recebido a resposta positiva da escola de artes. Felizmente ficamos no mesmo quarto na residência com mais uma garota. Pelos formulários parecia que ela se chamava Annie e cursava no parâmetro de canto. Ela ainda não havia chegado.

– Ah Katniss, essa foi a melhor coisa que nossos pais poderiam ter feito por nós! Imagina, nós duas aqui sozinhas, num país completamente novo… - Johanna dava saltinhos de um lado para o outro enquanto eu desfazia as malas.

– Tens razão, e para começar em grande vamos a uma festa hoje à noite, o que me dizes? – Perguntei -me virando para ela e sorrindo.

– Festa? Eu estou dentro. Mas que festa? – Ela questionou sentando-se na minha cama.

– Gale me falou que é uma festa de boas vindas aos novos alunos, num clube aqui perto. – Respondi enquanto observava meus vestidos enquanto os tirava da mala, procurando pelo vestido perfeito para hoje à noite. – Eu te falei disso hoje à tarde.

– Gale? Aquele filho da amiga da sua mãe? Eu não o conheço mas já o amo pois é graças a ele que estamos aqui! Sim, já me lembro. – ela pulou na minha cama, mas eu a empurrei e ela saltou para o chão, caindo de bunda.

– Aii! Sua louca! – ripostou me acertando com a almofada que se encontrava na cama dela.

– Hey! Não vais querer entrar em pé de guerra comigo Jojo! – Ameacei com expressão malvada. Ela fingiu-se assustada mas logo caiu na gargalhada.

– Está bom! Me rendo. Vamos mas é preparar-nos para arrasar na festa.

***

Chegámos na festa lindas de arrasar. Estavam dois seguranças á porta. Eu e Johanna nos entreolhamos sorridentes e logo encarnamos o nosso eu sensual. Passei a mão pelos cabelos de forma sexy enquanto caminhava em direcção do homem. Johanna mordeu o lábio inferior provocadoramente. Ele abriu a porta para nós sem tirar os olhos do nosso corpo. Uma vez lá dentro entrelaçamos nossos dedos mindinhos cumplicemente. Passei meus olhos pelo espaço procurando por Gale mas era impossível encontra-lo no meio daquela gente toda. Dirigi-me ao bar seguida por Johanna. Após pedirmos as nossas bebidas nos virámos para a pista de dança encostadas ao balcão. Estávamos a “estudar” as pessoas que seriam nossos colegas a partir daquele dia. Eu e Jojo estávamos a fazer alguns comentários em relação a alguns movimentos de dança que víamos quando um grupo de quatro rapazes se aproximou de nós.

– Bem, vocês são novatas, certo? – Um deles perguntou sorrindo. Ele tinha cabelos castanhos claros, olhos verdes, lindo demais.

– Somos sim, chegámos hoje aqui nos Estados Unidos. – Johanna respondeu já com aquele “olhar”.

– Vocês não são daqui? Uau, isso é demais. De que departamento vocês são? – Um outro perguntou olhando para mim. Se o outro era lindo, este me fazia perder o folego. Seus olhos azuis cristalinos me faziam não querer desgrudar o olhar do dele. Seus cabelos loiros rebeldes caíam por seus olhos. Olhei para Johanna e ela percebeu logo o olhar: “esse é meu”

– Hum, terá que descobrir gato – me aproximei dele agarrando o colarinho da sua camisa preta. – O que você acha?

– Sinceramente? – ele perguntou e me olhou de cima a baixo demoradamente – Acho que você poderia ser qualquer coisa.

– Johanna, o que acha de mostrar para eles qual o nosso talento? – Deixei o olhar dele para olhar para Johanna. No entanto, continuei agarrada a ele. Jojo sorriu misteriosamente e acenou. Larguei o garoto à minha frente e deslizei para a pista de dança com minha amiga. Dei um beijo no ar provocando-o antes de incendiar a pista com a morena.

Ainda bem que Gale nos alertou para o facto de alguns alunos mostrarem suas aptidões neste tipo de encontros. Então, antes mesmo irmos à residência arrumar nossas coisas tínhamos ido para a escola treinar uns movimentos. Acabamos por conhecer uma garota, que já não era novata e que nos ajudou a montar uma espécie de apresentação.

Pedimos aos rapazes para esperarem um pouco e fomos chamar a loira que nos ajudou, Glimmer. Fomos para uns fundos trocar de roupa e preparámo-nos para deixar nossa marca.

A atuação foi perfeita e lembro-me de ver os quatro rapazes a prestarem bastante atenção na nossa performance. Mas eu só prestava atenção no gato de olhos azuis. Terminamos a atuação e uns aplaudiam fervorosamente e outros apenas nos encaravam, invejosos e com o orgulho deles ferido. Saímos do palco e Glimmer começou a apresentar-nos alguns conhecidos dela que nos felicitavam. Eu saí da beira delas para ir à casa de banho, precisava de me refrescar. Abri a torneira e molhei meu pescoço soltando um gemido de satisfação. Ouvi a porta a abrir mas nem prestei atenção. Quando me dei conta estava a ser empurrada contra a parede. Ia gritar assustada mas uns lábios taparam os meus raivosamente. Eu fiquei surpresa. Tentei empurrar a pessoa que me beijava e fiquei ainda mais surpresa ao ver que se tratava do garoto dos belos olhos azuis. Seus olhos, porém, já não estavam mais azuis, estavam pretos de desejo. Eu não me contive com aquela visão do inferno e puxei sua camisa como fizera antes, puxando para um beijo selvagem. Meus lábios doíam, mas de uma maneira boa. Ele se afastou de mim e fiquei encarando-o incrédula. Mas depois percebi sua intenção. Ele estava a trancar a porta. Enquanto ele o fazia eu sentei-me na banca do lavatório cruzando as pernas sensualmente. Cato não quis esse pedaço, mas há quem queira, e quem… Ele se aproximou vagarosamente e com um ar malicioso. Chegou perto de mim e sem o mínimo de cuidado descruzou as minhas pernas e se colocou no meio delas retomando o nosso beijo feroz. O beijo foi evoluindo cada vez mais e o que começou num beijo se transformou em sexo escaldante numa casa de banho pública. Eu nunca fui uma pessoa púdica, mas até para mim isto foi demais. Nunca tinha feito nada do género ainda mais com um cara que nem o nome sei mas que foi totalmente excitante, isso ninguém pode negar. Começamos a vestirmo-nos. Eu ia já a sair quando o loiro me puxa para mais um beijo, mas desta vez, um beijo mais calmo, mais absorvente. Como ele beijava bem.

– Será que posso saber pelo menos seu nome? – questionei

– Meu nome? – ele gargalhou – Não precisaste do meu nome para transares comigo. Se queres saber meu nome terás que procurar.

Eu sabia o que ele estava fazendo. Ele achava que eu era como as outras que fazia sexo com um cara e depois não o largava, acha-se apaixonada por ele. Ele queria que eu estivesse a seus pés. Ah gatinho, escolheste a pessoa errada para isso. Se alguém vais cair aos pés do outro, esse será você meu bem. Irás implorar para que te dê uma chance de teres isto aqui de novo.