Truth Love escrita por Everlak


Capítulo 23
I'll Stand By You


Notas iniciais do capítulo

Gente!!
Primeiro: Eu prometi que seria POV de Zac, Evelyn, Katniss e Peeta. Porém, eu tive que deixar a POV Peeta para outro capitulo pois, caso contrário, este seria um capitulo de 8.000 palavras por aí e acho que seria muita coisa.
Segundo: Postarei apenas o link da segunda temporada no próximo capitulo POV Peeta, ok? Não teria lógica postar agora e vocês irem correndo a ler sem saber o que acontece ultimo cap.
Terceiro: Para aguçar a curiosidade, eu já fiz a capa da segunda temporada, obviamente, e, O TRAILER!!! É a primeira vez que faço um trailer nesse computador e segunda vez em toda a minha vida, então, o editor que escolhi para fazer o trailer, bagunçou todo o video. Estava lindo, perfeito. E daí, eu converto para ficheiro e ele coloca a amrca de água do programa (fiquei possessa) e atrasa uns frames, acelera noutros, corta meu texto a meio... Enfim, fiquei arrasada após perder tanto tempo a que ficasse perfeito. Eu juro que farei um novo com OUTRO EDITOR, até à data de inauguração da segunda temporada. Agora, quem souber de um excelente editor de video para windows 8 eu agradeceria a ajuda.
Quarto: Ainda assim colocarei então a capa no fim desse cap e para quem quiser ver a bagunça que deveria ser o trailer, deixarei também o link. Mas confesso, ficou mesmo mau...
Quinto: BOA LEITURAAA!!!!!



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LEIAM NOTAS INICIAIS!!!!

POV ZAC

Nenhuma das garotas estava nesse momento. Confesso que achei bastante intrigante. Não por Johanna. Ela sempre saía com Gale e ia para as aulas. Mas Katniss se havia refugiado no seu quarto desde que fora expulsa da vida de Evelyn. Sim, porque foi isso que ela fez. Ela puxou a filha para fora, a humilhando e destruindo seu sonho. A mulher que eu amara estava tornando-se naquela pessoa da qual ela sempre quisera fugir. Estava ficando amargurada, insensível, destruindo a filha. Eu não digo que Evelyn não passou por muita coisa ruim, porque eu mesmo a havia consolado nas horas de maior tensão. Mas nem pensar que eu deixaria a história se repetir. Eu protegeria minhas filhas de que maneira fosse. Katniss não iria sentir na pele tudo o que eu vira Evelyn sentir. Eu a traria do lugar escuro em que ela estava se afundando. Ela parecia estar numa areia movediça, desde a morte daqueles que sempre seriam seus pais, quanto mais lutava, mais a areia ganhava terreno sobre ela.

Só repara que Katniss saíra, uma única vez, duas semanas atrás. Ela saiu correndo. Nem deu tempo para eu perguntar onde ia. Mas fiquei aliviado, apenas pelo facto de ela sair de casa. Ou teria ficado se ela não tivesse voltado com lágrimas nos olhos, rosto amarelado como se estivesse doente. Trancara-se no quarto e recusou falar o que havia acontecido a qualquer pessoa. Nem Johanna e Gale conseguiram retirar a verdade dela. Meredith tentara também. Minha mulher só conseguiu retirar dela o quanto ela se sentia perdida. Sabem o que é ver uma filha em tal dor e se sentir impotente sem saber como ajudar? Eu tentei inscrever ela numa outra academia de dança, também renomada, mas ela se recusou as fazer as provas. Johanna não aceitou a decisão dela e foi uma tempestade cá em casa. Mas Katniss manteve sua decisão. Ela não deixou de dançar. Às vezes eu chegava em casa e via através da janela, sua esbelta figura rodopiando graciosamente. Esses pequenos momentos me acalentavam, me faziam lembrar que minha menina ainda estava ali.

– Como ela está? – Meredith pergunta a Johanna, me tirando dos meus pensamentos.

– Ela estava dormindo. – Ela cai pesadamente na sua cadeira ao meu lado e Meredith serve seu café da manhã.

– Melhor assim. Ela precisa descansar. – Eu afirmo.

– Mas pai, ela não estava dormindo descansada. – Minha filha responde, me olhando tristemente. – Ela estava choramingando.

Sem esperar mais nada, vou até ao quarto das meninas. Katniss estava se lamuriando, revirando entre os cobertores, agitada. Eu tentei segurar seus ombros no lugar gentilmente mas seu desespero era tanto que ela tentava inconscientemente sair do meu aperto. Ouvi Johanna e Meredith alcançarem a porta e se deterem lá. Agarrei Katniss cuidadosamente por sua nuca e a trouxe para mim, a consolando no meu abraço. Senti ela acordar e começar a soluçar mais alto, escondendo seu rosto em meu pescoço.

– Papai!

Senti meu corpo gelar. Ela me chamara de papai. Ela nunca o fizera antes e eu não a pressionei sobre isso.

– Está tudo bem meu amor, eu estou aqui. – Sussurrei, tentando acalmá-la.

Aos poucos, sua respiração se tornou mais constante, mais tranquila. Logo ela estava dormindo de novo. A recostei na sua almofada e aconcheguei os cobertores à volta dela. Distraidamente, bati meu pé contra uma caixa debaixo da sua cama e a mesma se entreabriu um pouco. Me baixei para fechá-la de novo e recoloca-la no sítio. Porém depois eu vi o que continha dentro. Cartas. Eu não precisava de uma segunda olhada para perceber que eram todas as minhas cartas endereçadas a Evelyn. Retirei-as do seu casulo e vi como todas elas chegaram ao destino. E todas estavam abertas. Evelyn me acusara de abandoná-la quando tinha sido ela a fazê-lo. Ela recebeu as cartas, leu elas mas nunca se dignou a escrever de volta. Eu explicara a ela toda a situação quando sua mãe me emboscou, o quanto eu sentia falta dela, e como lamentava do fundo do coração não ver meu bebé no momento em que ele nascesse. Eu escrevera sobre tudo isso.

Movido por uma raiva à muito enterrada, peguei nas cartas, e disparei em direção ao carro sem responder a Meredith para onde eu ia naquele estado.

– Papai!

A voz de Johanna me vez estancar antes de entrar no carro.

– Eu já volto querida. – Falei, o mais controlado que consegui.

– Você vai até ela não vai? – Minha menina perguntou com voz magoada. – Você vai atrás de Evelyn.

Eu larguei a maçaneta da porta e fui até minha filha, segurando seu rosto enquanto fazia carinho em sua bochecha.

– Não querida. Eu não vou atrás dela. – Eu prometi – Eu vou é tirar ela de vez das nossas vidas. Essa mulher perdeu qualquer direito que ela atinha no momento que renegou sua irmã.

Minha menina assentiu, mostrando que percebia.

– Eu vou com você – Ela falou determinada.

Eu não podia negar isso a ela. Na verdade, eu não queria negar isso a ela. Ter Johanna ao meu lado quando enfrentasse Evelyn me daria força para me livrar do mal pela raiz. Fiz sinal para ela entrar no carro e ela pulou no para dentro do meu carro. A viagem não foi tão longa quanto isso e quando demos por isso já estávamos em frente à sua mansão.

Saímos do carro, e eu abri a porta principal sem sequer tocar à campainha.

– Evelyn! – Gritei, pouco me importando de mais alguém estava naquela casa.

A primeira pessoa que vimos foi o filho de Henry, Peeta. Ele semicerrou os olhos, confuso com a intrusão.

– O que está acontecendo? – Ele perguntou.

– Isso é o que eu gostaria de saber! – Evelyn apareceu no campo visual com um olhar tão odioso que poderia ser letal. – Estou ficando cansada disso! Quem você acha que é para ficar entrando assim na minha casa?

Eu não me incomodei em responder a ela. Eu tirei as cartas do bolso interior do meu casaco e atirei –as para ela. Ela as agarrou como um reflexo.

– O que é isso?

– A prova de como você é dissimulada! – Retruquei.

Ela avaliou os envelopes e seu rosto ficou sem qualquer cor. Ela olhava entre mim e as cartas, sem saber o que dizer. Ela se sentou numa poltrona e abriu um dos envelopes e tirou o papel amarelado pelo tempo.

– Zac, eu nunca recebi essas cartas. – Ela falou me olhando. Todo o ódio no seu olhar dissipado.

– Não venha com essa, Evelyn. Você não me engana mais. – Ataquei. – Elas foram todas entregues e abertas!

– Eu juro que nunca as vi na vida, Zac – Ela tentou.

– É verdade – Peeta se intrometeu e todos os olhares pousaram nele.

Ele mexeu nervosamente nos cabelos e suspirou.

– Eu e Katniss visitamos sua mãe. – Ele se dirigiu a Evelyn que abriu a boca em choque. – Katniss e ela se envolveram num choque de palavras. Katniss saiu arrasada de lá. Mesmo após todos esses anos, sua mãe não aceita ela como sua neta. Mas antes de sairmos, ela confessou que escondera todas as cartas que Zac enviara a você. Ela acabou dando as cartas a Katniss, para ela dar a você e mostrar como ela sempre esteve um passo à sua frente. Mas com tudo o que aconteceu, acho que Katniss esqueceu de entregar ou não quis entregar.

– Porque você me mandaria cartas quando me abandonou? – Ela questionou mais confusa do que irritada.

– Leia as cartas e talvez você tenha suas respostas – Eu falo ríspido. – Entretanto, se mantenha longe de Katniss. Ela não precisa ser tratada da forma que sua mãe tratou você.

Dito isto, saí daquela casa, pela última vez. Peeta veio em nosso encalço.

– Ei, esperem! – Ele pediu e nós abrandamos o passo. – Está tudo bem com Katniss? Eu tenho tentado falar com ela mas ela não atende minhas chamadas ou responde meus torpedos.

– Ela apenas precisa de um tempo para ela – Johanna responde e o garoto assente tristemente.

– Tudo bem… Você pode pedir para ela ligar, quando quiser. Eu tenho algo para ela.

– Nós avisaremos. – Eu digo dando a volta ao carro. – Até mais Peeta.

*

*

*

POV KATNISS

Quando acordei, não tinha ninguém em casa. Meredith devia estar trabalhando. Mas para Zac, hoje era seu dia de folga. Caminhei até à cozinha com meus pés descalços. Eu estava com fome. Parecia que tinha um buraco negro no estomago. Em cima da mesa, Meredith havia deixado uma nota, dizendo que tinha café fresco na cafeteira e um semifrio de chocolate na geladeira, caso eu acordasse com fome. Agradeci mentalmente a ela. Eu percebia como ela não queria muito invadir meu espaço. Mas eu gostava bastante dela e não sentia como se ela me quisesse pressionar.

Meu celular toca e eu nem preciso olhar nele para saber que Peeta me estava ligando novamente. Eu pensei que após a vigésima rejeição de chamada, ele entenderia o recado. Deixei tocar até ele se cansar. Peguei o semifrio da geladeira, coloquei um pedaço no prato e procurei a cafeteria. Por essa altura, meu celular já havia cessado de tocar.

Coloquei um pouco de café numa chávena, após o aquecer um pouco e sentei-me à mesa com a chávena fumegante nas mãos. Soprei um pouco antes de dar um gole, para não queimar a língua quando o telefone fixo começou também a tocar. Como não sabia quem seria, deixei também tocar, até cair na caixa postal. Estou prestes a dar uma dentada no meu bolo, quando que estão deixando recado.

“ Ei, Katniss.

Eu já perdi a conta de quantas vezes liguei para você mas não parece muito recetiva a atender. O que aconteceu? Johanna me falou que você precisa de um tempo. Eu quero ajudar você Katniss, por favor, independentemente do que seja.

E já que você não se digna a atender eu vou falar para um voice-mail, porque eu saí tão apressado naquele dia. Eu fui preparar uma surpresinha para o Cato. Eu lhe mandei uma encomenda especial. Eu espero que ele não tenha problema com um pequeninho ninho de serpentes. Adorava ver a cara dele ao abrir o pacote e todas aquelas cobrinhas deslizarem para fora. Mas bem, agora que você sabe o que andei aprontando pode por favor me ligar de volta? Eu não ligarei mais, se você estiver disposta, me ligue. Eu estou aqui para você. Hum… Adeus.”

Isso era o que Peeta estava aprontando? Eu abri um sorrisinho, ao imaginar a cena. De facto, Cato odiava coisas rastejantes. Peeta acertara em cheio. Eu me senti tentada a ligar de volta mas as imagens dele com Madge me impediram. No Entanto, ele havia feito algo por mim e eu tinha que agradecer. Peguei meu celular e digitei uma mensagem enquanto devorava o semifrio com a mão desocupada.

“ Eu agradeço o que você fez por mim. Cato odeia cobras e serpentes. Eu também adoraria ver sua cara. Mais uma vez, obrigada.”

Larguei o celular na mesa e enchi uma tigela com leite e cereais. Como eu disse, eu estava com um buraco negro no estomago. Mal me sento com minha nova porção de comida, Peeta responde. Com hesitação, eu leio.

“Minha linda, porque você não tem atendido minhas chamadas? Por favor, venha ter comigo, amanhã de manhã às 9 horas ao seu antigo quarto da academia. Eu esperarei você até às 10 horas.”

Eu não se queria ir. Podia ser outra manobra de Madge. No entanto, ela não sabe onde era meu quarto. Ainda assim eu teria que pensar muito bem se queria enfrentar Peeta, pois eu tinha medo de fraquejar.

Decido ir tomar um banho quente. Eu acabava de dormir uma noite inteirinha e continuava exausta! Claro que tive uns sonhos horríveis pelo meio que me abalaram um pouco mas a sensação inconsciente dos braços de Zac ao meu redor, me levaram de novo para um torpor adormecido. Eu sei que foi real e eu gostava de ter alguém para me confortar nessas horas.

Abri a torneira e deixei a água correr. Deixei a água cobrir totalmente meu corpo enquanto pensava. Eu pensara bastante nisso mas não sabia ainda como proceder. Eu só tinha uma certeza, eu não voltaria para aquela academia, mesmo que me aceitassem de volta. Eu não podia. E além disso, recusei também fazer provas para outra academia que meu pai encontrou. Por agora, não era minha prioridade, nem o seria tão cedo. Eu já conversara com Meredith sobre o que eu queria fazer e ela ficou horrorizada. Ela não entendia o porquê de uma decisão tão drástica. Depois de duas xícaras de café mais tarde, ela me entendera, e viera com uma opção mais favorável. Eu não descartei sua ideia. Porém, dependeria de como meu pai reagisse e qual a atitude que tomaria.

Pesarosamente, saí do meu banho, enrolando-me num espesso roupão. Comecei a secar com uma toalha meus cabelos, quando o celular me interrompeu. Johanna mandara torpedo avisando que ela e Zac haviam saído e não sabiam a que horas voltariam. Que poderia jantar sem esperar por eles. Só aí me lembrei de checar as horas. Eram seis da tarde! Eu havia tomado o café da manhã a meio da tarde! Mas o que… A campainha tocou e eu comecei a barafustar em como todo o mundo resolveu importunar-me hoje. Abri a porta ainda de roupão e cabelos molhados e emaranhados. Mas o mais chocante não era o visual. Era a pessoa que eu nunca pensara ver em minha porta.

*

*

*

POV EVELYN

Após a visita inesperada de Zac, eu tranquei-me no escritório, com as cartas em minhas mãos. Mais uma vez minha mãe havia destruído minha vida. Zac me mostrara isso hoje. Mas mais do que isso. Ele mostrou que eu estava fazendo o mesmo com nossa filha, o que eu havia jurado nunca fazer. Eu estava me tornando minha mãe!

Eu li todas as cartas, tendo atenção para ler elas na sua ordem cronológica. Eu não consegui acabar de ler a primeira antes de minhas lágrimas se fazerem presentes. Ele me amava de verdade. Ele não me abandonara. Ele havia estado em frente ao pequeno estúdio de dança à minha espera. Mas minha mãe emboscou ele e me fez acreditar que ele me abandonara por dinheiro. Zac me explicava o que realmente acontecera nessas cartas. Ele sempre, em todas as cartas seguintes expressava seu amor por mim e perguntava por nosso pequeno rebento. Até à ultima carta em que ele explicou que não se incomodaria a escrever mais alguma carta, se eu não respondesse. E pelos vistos, ele cumprira. Eu fiquei desfeita após a leitura. Todos esses anos, eu o odiei, o odiei por algo que ele não fez, por nunca sequer se lembrar que tem uma filha, quando na verdade ele estivera mais presente em sua vida do que eu. Liguei para a secretaria da academia e pedi a morada de Johanna Mason, meia-irmã e melhor amiga de Katniss.

Com o endereço em mãos, me coloquei a caminho. Quando me deparei em frente à sua porta, apanhei-me a mim mesma a respirar fundo, assustada que nem uma criancinha. Ganhando coragem, resolvi tocar à campainha.

A própria Katniss me abriu a porta. Seu rosto pálido estava cavernoso, olheiras profundas em seus olhos. Seus cabelos estavam molhados e revoltosos. Sua expressão indicava que de maneira nenhuma ela me esperava ver ali.

– Podemos conversar? – Pedi.

Atrapalhada, ela seu espaço para eu passar e fechou a porta atrás de mim. Ela indicou a sala e se sentou no sofá. Eu me sentei na poltrona à sua frente. Ela ficou pacientemente que eu começasse a falar.

– Katniss – Eu tentei iniciar – Eu sei que você deve estar me odiando nesse momento.

– Ligeiramente, sim – Ela reconheceu numa voz cansada.

– Eu percebo – Afirmo. Era normal que ela estivesse com raiva de mim. – Eu sei que minhas atitudes não têm justificativa, mas eu queria que você soubesse porque eu me comportei assim.

Katniss ficou me olhando à espera que eu continuasse.

– Eu fui muito dura com você porque naquele dia no hospital, após a transfusão de sangue, eu me dei conta que você estava tornando-se aquilo que eu era. Repetindo meus erros.

– Eu não estou entendendo – Ela falou num sussurro.

– Eu sei que você está grávida Katniss. Os testes de sangue não mostraram qualquer tipo de sintoma de gravidez. Mas quando eles operaram você eles se deram conta que seu óvulo havia fecundado muito recentemente. Dias atrás apenas. Eles acharam incrível como sua gravidez se manteve, mesmo após o acidente. Eles queriam contar a você mas eu pedi que não o fizessem. Havia ainda muito em jogo, e não saberíamos se sua gravidez se prolongaria.

A minha filha me olhava, talvez assustada por alguém além dela mesma saber sobre isso. Ela engoliu as lágrimas que teimavam em aparecer, talvez por orgulho ou não querer dar parte fraca à minha frente.

– Katniss, você está seguindo os meus passos! Quando eu descobri, eu fiquei devastada. Saber que você está esperando um filho de sabe Deus quem. E então eu comecei a agir da maneira que eu jurei não agir com você, como minha mãe me tratou. Eu me afastei de você emocionalmente. Não sabia o que fazer, e para além do mais, você nem sabia ainda da gravidez. Então Zac apareceu, todas as minhas emoções jorraram para fora num ímpeto. Comecei a espelhar você nele, numa recordação que eu queria esquecer. Você me fez reviver tudo de novo, as discussões com minha mãe, a minha relação com Zac, minha gravidez, o abandono… E eu odiei você por isso. Aquele ato de rebeldia demonstrado no vídeo foi a gota de água. Você é fisicamente parecida comigo, tem o mesmo gosto pela dança, mas é impulsiva como seu pai, indomável.

– E por ser como meu pai, você arranjou uma desculpa para me expulsar da sua vida? – Ela disparou as palavras com uma dose de veneno contida nelas.

– Eu achava que todos esses anos me preparariam para nosso reencontro, que eu conseguiria passar despercebidas quaisquer semelhanças que você pudesse vir a ter com ele. – Eu expliquei calmamente. – E perceber que você tinha uma melhor relação com ele do que comigo, doeu como uma traição.

– Eu não tenho culpa se ele esteve presente a maior parte da minha vida. – Ela atacou de novo, não disposta a dar o braço a torcer.

– Eu sei disso – Falei um tom mais alto, perdendo um pouco da compostura. Katniss nem piscou – Eu só queria que pudéssemos ser uma família perfeita! Eu, você, Henry e Peeta.

Katniss estremeceu um pouco e eu tentei perceber se ela estava com frio ou algo a estava incomodando. Eu não consegui. Ela se manteve em silencio olhando em suas mãos.

– Katniss – Eu chamei ela que relutantemente me olhou – Quem é o pai do seu filho?

Ela congelou no lugar. Ela não queria dizer quem era e isso só podia significar que era alguém que ela não queria nos apresentar ou alguém que eu conhecia.

– O pai é da academia? – Após alguma resistência, ela assentiu desviando o olhar. – É da sua turma de dança? Um dos amigos de Peeta que praticamente vivem nessa casa?

– Evelyn, eu não quero falar sobre isso – Ela me interrompeu suando frio.

– Tudo bem – Eu deixei o assunto morrer. Em algum momento ela me diria. – Você já decidiu o que vai fazer?

– Já. E está tudo tratado com Meredith. – Ela salientou.

– Meredith? – Perguntei curiosa.

– A mulher de Zac.

Aquilo me acertou como um soco. Ela contara com a ajuda da madrasta em vez de recorrer a mim. Eu sei que tudo isso era culpa minha mas não deixava de doer.

– Hum, e posso saber o que fará?

Ela olhou em volta constrangida mas acabou por explicar o que queria fazer com o assunto. Honestamente, eu não fiquei muito feliz com a sua resolução mas eu não tinha mais o direito de opinar a sua vida. Eu só esperava que tudo corresse da melhor forma para minha filha. Se era isso que ela queria, eu iria aceitar sem objeções.


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Notas finais do capítulo

Como prometido: O link!
https://www.youtube.com/watch?v=7LwitcbYUtA&feature=youtu.be
Bom, esse é meu presente de Natal para vocês! Um feliz Natal meus amorzinhos lindos!!!
Beijos fofos!!!