– Nós cuidamos dos nossos. – Ele falou apenas.

Assinto, pego na sua mão e regressamos para perto dos outros. Mal chegamos eu largo sua mão. Confiro que Gale já chegou. Peeta o comprimenta.

– Cade os Mellark? – Questiono Johanna.

– Ah sim, eles se retiraram. – Responde – Mas falaram que amaram nossa companhia.

– Bem, eu vou indo também – Peeta fala.

– Espera – Eu chamo. – Quer vir connosco?

Ele enruga a testa mas seu olhar é divertido.

– Você me está convidando?

– Não seja chato. – Cruzo os braços. – Quer vir ou não.

– Eu topo. Terá muitas gatinhas lá?

– Eu que sei? – Bufo. Ele não muda nunca.

– Estou a brincar Katniss. Vamos?

Dez minutos caminhando e chegámos ao clube. Entrámos sem dificuldade alguma. O ambiente e a musica é contagiante. Joh começa a balançar-se enquanto abrimos caminho entre os corpos suados para arranjar uma mesa. Nos sentámos e logo um atendente se materializa à nossa frente.

– Eu quero uma cerveja – Gale pede.

– Igual para mim – Peeta fala.

– Eu quero um Malibu com energético. – Peço e os dois garotos olham para mim – O que foi?

– Nada não! – Eles colocam as mãos em posição de rendição. – Só pega leve.

– Ahh essa aí tem resistência de ferro – Johanna vem em meu auxilio.

Ficamos por ali mesmo beberricando nossas bebidas e deitando confessa fora. Johanna se aproxima um pouco de Gale e eu sorrio cumplicemente para ela. Ele a olha analisando o que ela está a fazer. Ela lhe dá um beijo na bochecha. Ele se afasta aturdido.

– Me desculpa, eu não devia…. – Ela começa a tentar explicar-se.

Ele não a deixa continuar e a beija delicadamente. Eu sorrio feliz pelos meus dois melhores amigos. Então eles deixam de prestar atenção em nós ficando na sua pequena bolha feliz.

– Vamos dançar – Sugere Peeta para os deixar mais à vontade.

– Você dança? – Questiono em duvida.

– Passei minha vida toda nessa academia – Ele explica – Aprendi uns truques aqui e ali..

– Quero ver isso! – Gargalho.

– Você ainda vai ceder a mim Katniss – Ele me sussurra.

– Claro, quando as galinhas tiverem dentes. – Contesto mas ele não liga.

– Escreva o que eu digo linda.

Chegámos à pista de dança e uma musica de kizomba começa a tocar. Rio comigo mesma. Quero ver Peeta agora.

Eu começo a me mover e ele logo segue meu ritmo o que me apanha um pouco de surpresa. Sim, ele se move muito bem. A musica avança e cada vez nos tornamos mais sensuais, a dança mais tórrida. Algo sobe em mim ao ver Peeta se mover desta maneira. Ele sabe se mover e ohh se sabe! O loiro sorri aproveitando o momento para me tocar. A musica teria que acabar logo ou eu realmente cederia a ele. A musica finalmente termina e eu suspiro de alivio.

– Vamos, preciso de beber – O puxo para fora da pista.

* * *

A luz bate nos meus olhos e eu me torturo por não ter fechado as persianas. Me viro numa posição que os raios de sol não me afetem e tento dormir um pouco mais, afinal é sábado.

Ao me virar encontro um corpo. Passo a mão no tronco. Homem sem dúvida e vem desenvolvido por sinal. Sorrio de olhos fechados e me aconchego, buscando mais calor humano. Isso é extremamente gostoso. Enrosco meus pés nos dele e ele dá uma respirada longa e se vira, me abraçando. Empurro meu corpo para o dele e percebo que ele tem a calça vestida. Me deixo ser invadida pelo pais do sono, cheirando aquele odor dele delicioso.

– Katniss? – Alguém chama mas me recuso a acordar. – Katniss!

– Estou dormindo – Resmungo. – Ligue mais tarde.

– Qual ligar qual quê?

– Johanna, nos deixe por favor. Está tão legal para dormir.

– Rá! – Ela gargalha – Quero ver só quando ela acordar.

– Parem com isso! – Bato sem força no peito do garoto. – Eu quero paz.

– Tudo bem. Depois não diga que eu não avisei – Ela dispara. – Vou dar uma volta com Gale. Até depois.

Levanto a mão para acenar para ela e a deixo cair a meu lado. Minha cabeça dói um pouco, nada de especial. Me deito de barriga para baixo. Sinto o garoto se mexer na cama e retirar com cuidado me cabelo da nuca. Ele sopra levemente para ela e eu sinto calafrios gostosos. Ele me dá um beijo molhado no local.

– Nós não deveríamos estar fazendo isso Peeta. – Falo ainda sonolenta.

– Você sabe que sou eu? – Seu corpo treme com a risada.

– Quem mais se infiltraria na minha cama? – Desafio.

– Qualquer garoto com olhos na cara adoraria estar aqui no meu lugar. – Ele fala.

– Que paquera fraca. – Rio. – Agora é serio. O que está fazendo na minha cama?

– Dormindo.

– Você não tem casa não? Aposto que lá tem uma cama para você.

– Ahhh mas você não está lá… Mas se fica mais descansada, nós não transamos.

– Já percebi isso génio. – Permaneço de olhos fechados. Sinto sua mão passear pelo meu braço nu. – Você está com sua calça.

– É mesmo! – Ele dá uma nova risada.

– Ok, hora de você ir – Digo.

– Não me obrigue por favor. Está tão bom aqui… - Ele fala perto de meu pescoço, fazendo manha.

Ele volta a beijar minha nuca e meu pescoço. Dou um longo suspiro e viro minha boca ligeiramente para ele. Ele logo a toma, num beijo abrasador.

– Que fique bem claro – Falo entre seus beijos enquanto ele alterna para minha pele descoberta. – Isso não significa nada, ainda o acho um idiota e isso será uma coisa de uma vez só.

– Já ouvi esse discurso antes. Duas vezes. – Ele vira meu corpo para si e levanta minha blusa de dormir, beijando meu ventre – Uma na discoteca e outra no meu atelier de pintura.

– Vai continuar contando? – Bufo.

– Enquanto não for minha sim – Ele me beija atrás da orelha.

– Eu não sou de ninguém – Olho em seus olhos – Quanto mais depressa você se mentalizar disso, melhor.

Ele me olha em silêncio. Eu acho que magoei seus sentimentos e preciso remediar isso. Mas ele toma a iniciativa primeiro.

– Tudo bem. – Ele diz – Você não é minha. É melhor eu ir.

– Não – Falo depressa demais – Fica comigo.

– Mesmo eu não sendo seu? – Eu assinto. Ele se deita ao meu lado e eu me viro novamente de barriga para baixo, fechando os olhos. Busco sua mão e ele a entrelaça na minha. Me coloco de joelhos apenas para retirar minha blusa, sob o olhar atento dele e me deito novamente. Lentamente ele retira sua calça.

Depois tudo é um borrão, ele me tocando com paixão, eu gemendo em reação. Ele sabia como fazer uma mulher satisfeita e feliz. Quando acordo ele já não está lá. Apenas um bilhete:

“ Eu ainda vou reclamar você como minha.”

(No vídeo são vários homens, uma mulher, mas finjam que é sempre Katniss e Peeta, tudo bem?)