"O Medo está apenas em nossas mentes

tomando lugar o tempo todo."

Emilly Willians

Eu sabia ser legal, mais também sabia ser ruim se fosse preciso. E acho que nesse caso é extremamente necessário. Eu já tinha em mente o que ia fazer. E sobre isso.....A Hayley que me aguarde.

It's true, we're all a little insane

But its so clear, now that I'm unchained

A semana passou quase normal para todo mundo. Ainda tinha algumas restrições sobre onde podia ou não passar por causa do mistério da câmara secreta. Os 5 últimos dias eu passei vigiando a Hayley e sua nova amiguinha por onde quer que elas fossem. Podia até parecer psicótico, mas era preciso. As vezes ela olhava pra mim de soslaio, acho que desconfiava de algo mas eu rapidamente desviava o olhar e conversava com alguém por perto.

Fear is only in our minds

But it's taking over all the time

Hoje era domingo dia 20 e faziam exatamente 7 dias que a garota da Corvinal tinha morrido, Elizabeth. Os diretores, principalmente Rowena queriam fazer uma homenagem para ela. Um minuto de silêncio e blablabla. Começava as 15:00hrs, ela até que fora legal, mas já estava morta, então o que podia fazer? Nada. E além disso tenho que aproveitar enquanto não tem ninguém por perto para começar a botar meu plano em prática.

Me dirigir até a biblioteca, era lá que eu pretendia ficar o dia todo

— Com licença senhora eu posso entrar? — perguntei a uma das professoras que tomava conta da biblioteca a tarde e a noite.

— Desculpa querida, mais recebi ordens para fechar.

— Mais nem anoiteceu ainda! — insisti

— Eu sei querida, mas com essa história da câmara secreta aberta é perigoso ficar sozinha em um lugar vazio essas horas, sem supervisão de um adulto..— bufei. Espiei pelo vidro da porta e vi Tyler McFee.

— Mas o Tyler está ali! — apontei.

— Ele é o monitor da Sonserina.

— E eu da Corvinal! — ela suspirou

— Tudo bem, você é muito insistente sabia? — sorri, e ela destrancou a porta.

—Obrigada! — entrei e esbarrei numa mesinha derrubando uma caixinha de alguma coisa que não pude ver porque o Tyler pigarreou.

— O que faz aqui? —perguntou, e pela voz dele pude ver que não me dava muita confiança.

— Se você não percebeu isso aqui é uma biblioteca para TODOS os alunos. — ele bufou.

— Grossa que nema Hayley. Pelo visto os alunos da Corvinal não tem educação. — joguei uma almofada nele.

— Haha olha só quem fala. E não em compare com ela. — falei com raiva fazendo ele rir.

— Então quer dizer que as duas estão brigadas?

— Isso não diz respeito a você. — ele assentiu e voltou a atenção ao livro que lia. — Não sabia que gostava de ler!

— Pois é, mas acho que isso também não diz respeito a você! — ele riu sarcasticamente, bufei e sai daquela ala. Mais que carinha insuportável!

You poor sweet innocent thing

Dry your eyes and testify

261...262...263 Achei!

Fui na quarta estante e achei o que eu queria, o livro numero 263. Maldições imperdoáveis. Abri a primeira pagina, mas não tinha nada de importante, só avisos dizendo que era perigoso ler esse livro até o final porque o poder dele podia mudar quem você era e blablabla...quem acredita nisso?

Ainda não tinha achado a pagina certa, mais esse livro tinha muita coisa interessante, que eu podia aproveita-lo em breve.

— Maldições imperdoáveis? Não sabia que você era tão sombria assim. — Tyler sussurrou atrás de mim.

— Ai que susto garoto, quer me matar? — pus a mão no coração. Ele ru mas logo ficou sério.

— E então porque está estudando isso, não leu que era perigoso?

— Não, não li — menti. — E como você sabe? — ele não me respondeu. — Pode me deixar em paz agora? Eu preciso me concentrar e terminar de ler.

— Pois não deveria, este livro nem poderia estar aqui, muito menos nas mãos de uma aluna da Corvinal. — revirei os olhos. — Eu estou falando sério.

— Sim, sim agora saia daqui por favor. — mas ele continuou falando

— A não ser que você queira machucar muito alguém e...— ele arregalou os olhos — Não ouse fazer nada de ruim com ela.

— Não sei do que está falando — me fiz de desentendida.

— Não se faça de inocente, você sabe muito bem o que estou falando.

— E se eu fizer? — arrisquei, erguendo a sobrancelha.

— Você vai se arrepender amargamente, tente só, para você ver. — e assim saiu da biblioteca. Merda! Era só o que me faltava, mais um imbecil para complicar meus planos.

You know you live to break me

Don't deny, sweet sacrifice

One day I'm gonna forget your name

And one sweet day, you're gonna drown in my lost pain