Caught In The Dark escrita por comfortablynumb, Elysian Fanfics


Capítulo 6
My immortal


Notas iniciais do capítulo

Oeee, fantasminhas preguiçosos e malvados que não comentam -_- o numero de visualização aumentou e nada de comentarios de outras pessoas que n seja a diva da Sparkly Dark Angel ( n que eu esteja reclamando, adoro ela ) mas opiniões diferentes são sempre bem vindas ta legal??? Se eu n quisesse comentarios n teria postado aqui no Nyah, flw? vlw.



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I'm so tired of being here

Suppressed by all my childish fears

And if you have to leave

I wish that you would just leave

'Cause your presence still lingers here

And it won't leave me alone

Depois de um bom tempo conversando, eu já estava entediada. Eu tinha desmaiado em Hogsmead, todos pensaram que eu morri. Mas isso realmente não importava naquela hora. Eu só precisava sair daquele quarto o mais depressa possível. Uma mistura de ânsia e medo percorria sob todo o meu corpo; mas não do jeito que havia percorrido antes de eu desmaiar. Era algo mais intenso, como se o perigo estivesse próximo, muito próximo de mim.

— Eu preciso sair daqui — disse esbaforida e percebendo o olhar de desaprovação. — Qual é o seu problema? — ela fez uma pausa.

— Você acabara de desmaiar! Não é normal ver uma pessoa que havia passado mal caminhando pelos corredores de Hogwarts alguns minutos depois. Vão achar que estamos mentindo. — acabei soltando um sorriso irônico, e ela percebeu que eu realmente não me importava.

— Que seja. Eu vou sair daquela porta e ninguém vai me impedir. — dei ênfase à palavra "ninguém". Caminhei até a porta e quando finalmente abri, ela simplesmente fechou novamente. Fiquei parada, sem olhar para trás e fazendo uma careta. E consegui ouvir um riso tentando ser reprimido de Emily.

— Você é uma estúpida! Realmente acha que vai conseguir me trancar aqui para sempre?

— Eu não acho, eu tenho certeza. — disse e eu corri até minha cama, pegando minha varinha e voltando para o meu caminho.

— Não faça isso de novo. É o meu último aviso. — abri a porta, que subitamente foi fechada novamente. Cerrei meus punhos, segurando com toda a minha força a varinha e conjurei-lhe um feitiço.

Não sabia bem ao certo o que estava fazendo, até ver os olhos da garota revirados. Sua expressão era assustadora. Eu precisava fazer alguma coisa. Meu feitiço tinha dado errado e meus olhos arregalaram-se quando cheguei mais perto dela. Ela estava intacta. Então ouvi uma voz ecoando em minha mente. "Apenas diga o que ela precisa fazer" E eu fiz o que a voz tinha dito.

— Você não vai fazer mais isso. Não comigo. Agora desfaça o feitiço e esqueça que isso aconteceu. Esqueça o que aconteceu! — ela estremeceu e obedeceu. Soltei um suspiro de arrependimento e saí dali.

Refleti sobre o ocorrido ali e fiquei apreensiva. Isso era algo totalmente inusitado para mim. Eu nunca havia feito na minha vida e o sentimento de culpa invadiu o meu peito. Será que ela me perdoaria? Talvez nem se lembre quando eu voltar, se o feitiço funcionou. Pelo menos eu esperava que não. Estava presa em meus pensamentos, até ver uma multidão perplexa, perto do banheiro. Franzi o cenho e tentei ver o que estava acontecendo. Mas eu era pequena, em comparação ao resto das pessoas. E eu precisava saber o que estava acontecendo.

— Sonorus. — disse baixinho, e quando limpei a garganta, qualquer um que estivesse no final do corredor poderia me escutar.

— Eu preciso ir ao banheiro! Por favor, vocês poderiam sair da minha frente? — perguntei e todos olharam para mim. Um garoto de pele escura me respondeu.

— Me desculpe... Mas o que está acontecendo aqui é muito mais importante do que suas necessidades.

— Você tem certeza? Prefere que eu faça... Bem, você sabe. Aqui? — disse, dessa vez berrando, fazendo com que as pessoas próximas se incomodassem. Dei de ombros e a multidão abriu espaço. Caminhei com um olhar orgulhoso. Chegando ali, olhei para o espelho soltei um grito agudo. Um grito agudo e longo, e as lágrimas escorreram de meus olhos. Effy, morta. Curvei-me até seu corpo gélido que estava perto da torneira e perguntei-me o que havia acontecido. Estava desnorteada demais, e as pessoas olhavam pra mim de um modo triste. Eu realmente não tinha uma relação totalmente íntima à garota. Mas ela era da minha casa. De um jeito ou de outro, ela pertencia a minha família. E a perda dela, fez com que eu sentisse um aperto no coração. E a sensação do perigo era mais intensa. Vi Rowena, a diretora da Corvinal, entrando ali e de repente fui puxada pelos outros professores. Cedi e caminhei de volta ao quarto. Fechei os olhos e deixei meus pensamentos me levarem.

***

Estava de volta ao local onde Elizabeth fora morta. Consegui visualizar de um modo mais amplo e vi uma das cabines fechadas. Ouvi murmúrios e gritos que eu parecia reconhecer. Meu corpo não estava ali, mas algo conseguia aproximar minha visão da cabine. E então ela foi aberta. Era Elizabeth. Ela estava em prantos, e seus óculos estavam encharcados. Ela deu passos vagarosos por ali e quando chegou à torneira, enfiou seu rosto ali, chorando mais do que antes. Seu rosto estava vermelho devido ao nervosismo. A minha visão continuava presa nela, mas eu tentava focar em outro lugar, pois sentia a presença de outro alguém.

Olhei para o espelho e vi Tyler, na porta. Ele percebeu a presença de Effy e recuou, o olhar assustado. Ela continuava a chorar diminuindo a velocidade das lágrimas a cada soluço. Quando estava completamente sã, olhou para o espelho e viu algo que não esperava ver.

Era o basilisco.

E de repente, tudo que eu consegui ver era escuridão.

***

O padre havia acabado de dizer as rezas fúnebres.

Aquele era o último adeus.

Para qualquer lugar que eu olhasse, havia gente chorando. Até mesmo pessoas que não eram intimas, ou sequer conhecia a pobre garota que falecera tragicamente.

Até eu, sabia que a morte não era o fim de uma vida... Entretanto por mais que não a conhecesse direito, eu sabia que a falta da garota no fundo iria me machucar.

Ninguém nunca tinha morrido em Hogwarts. Não exatamente. Muito menos em uma escola. Uma escola segura. E que até agora era proteção para muitos bruxos e bruxas.

Sem perceber... Uma lagrima escorreu do meu rosto. Eu não era de chorar... A verdadeira “Hayley Buttler” raramente chorava. Mas ao ver o caixão branco lacrado, sendo baixado na cova, eu quase consegui entender a vida.

Era um monte de merda junta e misturada. Alguns nascem e vivem muito tempo, na maioria das vezes os ruins, e então aqueles, que um dia poderia ser um grande bruxo ou bruxa se vão, mais cedo do que imaginamos, e não podemos fazer absolutamente nada por isso.

Senti meus olhos arderem. E um nó se formando na minha garganta. Mais duas lágrimas quentes desceram pela minha bochecha. E então o caixão finalmente chegou ao fundo da cova. Estavam todos, realmente todos os alunos de Hogwarts reunidos ali. Até mesmo, os covardes do Cody e do Edgar que tecnicamente contribuíram para a morte dela, até porque se eles não tivessem caçoado dela, ela não teria ido chorar no banheiro e acontecer o que aconteceu, seja lá o que tenha sido.

O padre abençoou os que estavam presente e foi embora. Todos começaram a sair aos poucos também. Aquele era o momento mais triste do mundo. Antes de me virar a diretora da Corvinal, Rowena, pediu para que todos continuassem ali. Ela ainda queria falar algumas palavras.

Ela foi andando até o outro lado da cova. Ficando assim, de frente para a gente. Enxugou algumas lágrimas que insistiam em cair do seu rosto. Eu senti pena dela naquele instante. Ela respirou fundo, e colocou uma flor branca em cima da lápide de Elizabeth. Olhou para cima, como se estivesse esperando que a manhã acinzentada a ajudasse, e fosse embora dando lugar a uma manhã de sol. O que não aconteceu obviamente. Ela não tinha esse poder.

Respirou fundo mais uma vez. Todos estavam em expectativa. E então começou:

— Pois bem... Todos nós sempre ouvimos falar, que quando alguém parte desse mundo, vai para um lugar melhor. Ao menos é o que dizem. — Ela riu um pouco tentando se recuperar, mas saiu mais como um grunhido. — Até porque ninguém nunca voltou em carne e osso para nos contar como é que são as coisas. O verdadeiro sentimento nesse momento é a saudade. E que eu admito que com certeza irei sentir. A Effy podia até não interagir muito com vocês. Mas eu e ela éramos muito ligadas, devido ao fato dos pais dela não darem atenção suficiente a mesma. Uma prova disso? Eles não estão aqui agora. Existe coisa pior do que nem ao mínimo se importar se um filho morrer? Tudo bem que vocês não devem saber disso, vocês ainda não tem filhos e nem eu, mas isso é um fato. — Ela olhou sugestivamente para Catarina, uma garota da Corvinal quando citou sobre não termos filhos. Sim, ela estava grávida. E sim, ela tinha a mesma idade que eu. 16 anos. — Mas enfim. Dói, e muito, só para vocês saberem. É uma dor insuportável para quem fica e um momento complicado também, pois são os vivos que continuam com a consciência da existência, quando os que partiram, deixaram tudo para trás. Mergulham no amanhã sem fim e inevitável. Talvez, estejam nos olhando de onde estão talvez não. Talvez esperem que nós mesmos encontremos as respostas para nossas perguntas e, de alguma forma, possamos compreender o que não se pode entender, como a própria morte. E a partir de agora espero que vocês vivam, e deixem as coisas aconteceram. Arrisquem. Façam o proibido... contanto que não seja ir na floresta proibida. — Ela piscou. Alguns deram um meio sorriso, como eu. Outros continuaram indiferentes. — Então que de agora em diante vocês não deixem para amanhã o que podem e querem fazer agora, enquanto podem, enquanto estão vivos.

Ela fungou um pouco. Recompôs-se. E saiu. E enfim, a chuva grossa acompanhada de raios começou a cair. E finalmente todos fomos embora apressados, mas emocionados com o pequeno discurso dela. Acho que agora está na hora de ir pro refeitório. Dumbledore explicaria tudo o que ocorreu exatamente a gente. Embora eu já soubesse.

When you cried, I'd wipe away all of your tears

When you'd scream, I'd fight away all of your fears

And I held your hand through all of these years

But you still have all of me...


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Notas finais do capítulo

PELO AMOR DE CRISTO, COMENTEM CARAMBAAAAAAAA!!!!



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