Corações e Incertezas escrita por girlwednesday


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Em cada início de capítulo, eu não posso deixar de agradecer a todos vocês que leram e comentaram, afinal, vocês me trazem diversos sorrisos e sempre me ajudam a continuar! Obrigada ♥ Bom, eu particularmente gostei desse capítulo, espero agradar vocês também.



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POV - Ponto de Vista: Oliver.

Não demorei mais de cinco minutos para voltar à “caverna”, afinal, não estava preocupado em ultrapassar o limite de velocidade ou em dirigir em segurança, minha cabeça não possuía espaço suficiente para isso enquanto Felicity estava desaparecida.

–Diggle! - gritei descendo as escadas.

– Já estou procurando Oliver!- respondeu ele demostrando tamanha preocupação da minha. - O vídeo de segurança do bar não é dos melhores, mas pude ver quando foram levados.

Dig apertou o "play", as imagens a minha frente fizeram-me inundar de raiva. Pude ver um sujeito agarrar o braço de Felicity antes da tela se resumir a cor preta.

–Foi aqui que a gravação foi interrompida. - disse-me ele enquanto sua cadeira deslizava para perto do outro monitor.

Quem quer que fossem os infelizes que raptaram Nolan e Felicity, haviam assinado uma sentença de morte exclusivamente comigo.

–Parece que eles são cuidadosos. - observou Dig.- As gravações das câmeras da rua também foram interrompidas.

–Precisamos encontra-la! – gritei de raiva.

E eu precisava manter a calma.

– Eu estou tentando ajudar Oliver! – além de preocupado, John parecia chateado comigo.

– Eles podem estar em qualquer lugar. – eu estava tentando ser paciente, mas não pude evitar um aumento no tom de minha voz.

Minhas pernas não conseguiam ficar paradas, a inquietação atingiu-me de maneira devastadora. Caminhei apressadamente de um lado para outro. Se aquilo fosse algum tipo de procedimento, para encontrar o local onde eu precisava ir através da força mecânica de meus passos, andar daquele jeito com certeza seria útil. Mas meus movimentos não serviam para nada além de deixar Diggle ainda mais nervoso.

–Oliver! Acho que consegui uma pista. - exclamou John tentando soar aliviado. – Os bombeiros receberam um alerta de um incêndio, aparentemente causado pela queda de uma árvore enroscada em fios elétricos... Essa é uma das longas estradas que estão próximas ao bar, além disso, dá acesso ao Glades.

– E você acha que é uma pista por quê? – como Felicity fazia falta, todo aquele seu jeito nerd e rápido de falar.

– Porque alguns afirmam que foi uma van que provocou o acidente.

– Fizeram isso de propósito? – perguntei incrédulo.

– Essa é a passagem mais rápida para a região leste do Glades. Ou eles estão tentando atrasar a polícia, ou o motorista estava correndo tanto que perdeu o controle.

– Mas e a van? – perguntei. – Com uma batida forte o suficiente para derrubar uma árvore, alguém deve ter se ferido. – dezenas de possibilidades atormentadoras vieram à minha mente.

– Acho que o estrago não foi o suficiente para fazê-los parar. – sussurrou Dig.

Encarei minha vestimenta verde sobre o manequim e apanhei o meu arco.

– Vou pedir para o detetive Lance entrar em contato, caso a polícia descubra alguma informação.

– Oliver, mas mesmo com essa pista que pode ou não ser verdade, você ainda não sabe onde eles estão.

– Reze pra estarmos seguindo o caminho certo Dig. O lado leste do Glades é mais fácil de revistar comparado à cidade inteira. Mas farei isso se for necessário. – de uma coisa eu tinha certeza: Felicity voltaria para casa hoje.

* * *

POV - Ponto de Vista: Felicity.

O veículo parou brutamente, fazendo meu corpo rolar novamente para a frente do vagão. Da primeira vez que aquilo aconteceu, eu senti minha cabeça bater com extrema força na parede da van, eu já podia imaginar o sangramento. Desta vez não era uma batida, o veículo realmente havia parado.

Senti o corpo de Nolan encostado ao meu. Em circunstâncias diferentes, eu até que apreciaria tamanha aproximação, com seu hálito muito próximo de minha nuca. Os seus incontáveis sussurros de “sinto muito” ou “me desculpe” (que eu não sabia se eram pela conversa no bar ou pela atual situação que nos encontrávamos) provocavam arrepios em mim, e infelizmente, não era no bom sentido. Tudo o que eu sentia era medo. Bom, medo e esperança. Porque eu esperava que ele viesse me salvar...

As portas foram abertas e meus olhos se depararam com vários sujeitos usando máscaras. Alguns entre eles portavam armas assustadoramente grandes, percebi tarde demais que elas estavam apontadas para mim e Nolan. Levantei minha cabeça e forcei as minhas pernas a me levarem para trás, como se fosse possível fugir daquela situação.

– Peguem eles. – ouvi um mascarado no centro de minha visão ordenar.

Para a minha surpresa, Nolan se jogou a minha frente.

– Ela não tem nada a ver com essa história, deixem-na ir! – gritou ele em desespero.

Ninguém pareceu escutá-lo.

Três mascarados entraram. Dois foram pra cima de Nolan e o outro veio em minha direção. A brutalidade em que o sujeito agarrou meu braço, puxando-me para fora da van foi indescritível. Soltei um gemido de dor quando meus o pés pousaram no chão e ele me jogou em contra uma parede. Aparentemente meu tornozelo estava machucado.

Caí de joelhos. Por pouco minha cabeça não sofreu com as dores de mais uma pancada. Nolan caiu ao meu lado e lançou-me um olhar extremamente piedoso enquanto dois homens amarravam nossas mãos. Ficamos de costas um para o outro enquanto os bandidos andavam a nossa volta.

– Nolan Bolt. – disse um deles aproximando-se de meu acompanhante. – Queremos o muuntaja.

Meu cérebro estava tentando trabalhar em uma hipótese para o significado daquilo.

– Eu já disse: está em fases de teste. – respondeu Nolan deixando a raiva aparecer.

– Não é o que o seu sócio disse. – outro mascarado se aproximou encostando a arma na cabeça de Nolan.

–Meu sócio se esqueceu de alguns princípios que o faziam ter algum tipo de juízo... – meu amigo comentou controlando suas emoções.

– Concordo que seu sócio não bate muito bem da cabeça, afinal, ele nos deve a entrega pelo que compramos! Mas adivinhe? Ele nos disse que você foi o responsável por isso acontecer. – seja lá qual for a raiva que Nolan tinha, aquele sujeito possuía muito mais.

– O muuntaja não está funcionando do jeito que prevíamos! Prometo que assim que estiver pronto eu entregarei o que meu sócio...

– NÃO QUEREMOS QUE O MUUTAJA FIQUE PRONTO! NÓS QUEREMOS ELE DO JEITO QUE ESTÁ! – o homem mascarado gritou bem no rosto de Nolan, pude sentir pingos de sua saliva relarem em mim. Nojento.

– Mas vocês fazem o uso indevido dele! – exclamou Nolan. – Eu não dediquei anos de estudo para isso!

Os mascarados ao redor pareciam impacientes. Atrevi-me a olhar melhor o ambiente, apenas pensando em quando uma flecha cortaria o ar e acertaria o homem a nossa frente... Ele estava demorando.

O homem finalmente perdeu a paciência e tirou uma faca de seu bolso.

– Sei uma maneira que irá fazê-lo falar. – esperava ouvir o gemido de agonia de Nolan, mas ao invés disso, senti a lâmina da faca cortar o meu braço, próximo ao meu ombro.

– DEIXE-A EM PAZ!- berrou Nolan.

– Não enquanto não nos prometer entregar o muuntaja!

Lágrimas percorriam meu rosto. Cadê você Oliver?

– Tudo bem! Eu entrego! Eu entrego! – quase acreditei que Nolan estivesse chorando.

– Amanhã você receberá um recado sobre o local e a hora. – falou o mascarado exibindo vitória. – Levem-no daqui!

Outros caras agarraram Nolan e o levaram para dentro da van. Quando um deles se aproximou de mim, o homem que conduziu toda a conversa e aparentemente era algum tipo de líder, o impediu.

– Deixe-a ai. – ordenou ele.

Arregalei meus olhos e o encarei incrédula.

–Se você não morrer ainda hoje por aqui, eu irei atrás de você caso seu namorado não cumpra com o combinado. Ele precisa aprender a respeitar os seus negócios. – ele parecia estar se divertindo com a situação.

Só consegui pensar em uma coisa para responder enquanto mais lágrimas deixavam os meus olhos:

– Ele não é meu namorado.

Os pneus cantaram e todos foram embora. O zumbido em meu ouvido, e as batidas aceleradas de meu coração impediam-me de ficar em um silêncio absoluto. Cansada de resistir, deixei meu corpo cansado tombar para o lado.

Eu estava no chão, amarrada, e sozinha.

* * *

POV - Ponto de Vista: Oliver.

Percorri todos os caminhos possíveis que a estrada com o incêndio me permitiam seguir. Depois de trinta minutos sem resultados, chamei Diggle. A polícia não havia obtido nenhuma novidade no caso, por isso meu fiel guarda-costas seguiu uma outra estrada que saia do bar até o outro lado do Glades.

Eu voltei para cada esquina que eu já havia percorrido, checando se realmente não havia nenhum sinal de violência ou um rastro da possível van. O tempo estava passando e minha preocupação atingiu o ápice. Senti minha cabeça ferver e lágrimas inundarem meus olhos, porém não as deixei cair. Raiva, era tudo o que eu sentia naquele momento.

Raiva de mim mesmo por ter jogado Felicity nos braços de Nolan naquela noite. Raiva dela por ter dado uma chance para ele para início de conversa. Raiva dos sujeitos que a levaram. Raiva de Nolan por existir. Raiva por ela ser tão cabeça dura e se recusar a usar um rastreador como Diggle. Raiva por não ter ela do meu lado naquele momento. Raiva porque eu já não era capaz de conseguir minhas informações sem a ajuda dela. Raiva porque eu precisava dela.

O que seria do vigilante de Starling City sem sua loira expert em computadores?

O toque do celular me despertou para a realidade.

– Diggle?

– Eu a encontrei Oliver! Os bandidos fugiram com Nolan. – Para ser sincero não liguei muito para a parte de Nolan e os bandidos, um grande peso saíra de minhas costas só por saber que Felicity estava bem. Eu estava começando a me acalmar, até ouvir o choro dela pela ligação.

– Como ela está? – percebi que não ficaria tranquilo enquanto eu não a visse sã e salva.

– Abalada. – respondeu-me ele.

– Algum sinal dos desgraçados? – perguntei sentindo minha raiva voltar.

– Eles saíram há pouco tempo seguindo um caminho para o centro. Enviarei minha localização agora para você.

– Dig. Leve-a para casa. – ordenei. – Vou seguir o caminho do centro e tentar descobrir novas pistas.

– Oliver, não acha melhor continuar com isso amanhã?

– Se eu não fazer isso hoje não ficarei tranquilo. Preciso descobrir porque fizeram isso e fazê-los pagar.

Desliguei rapidamente a ligação e subi em minha moto. Acelerei o mais rápido que pude e segui o GPS de Diggle, a partir de lá, eu conseguiria ter uma ideia da localização dos desgraçados. Eles não fugiriam de mim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Deixem um comentário *-*
Eu sei que não teve cenas do Oliver e a Felicity juntos, mas eu prometo que o próximo capítulo compensará tudo isso.
ps: o próximo capítulo será postado logo, afinal, terá uma cena que eu estou esperando um tempo já para escrever! Bjs.