XXXXX Stella XXXXX

Eu estava no apartamento do Mac com os olhos pregados na televisão enquanto o secretário da Casa Branca lia o nome das pessoas, das vitimas de onze de Setembro... Na verdade dos corpos que eles tinham escondidos de todos porque havia a suspeita que um deles tinham alguma ligação com o atentado e escondiam no seu próprio corpo alguma substância que colocasse em risco a vida de todos.Esconderam por anos o corpo do meu falecido marido.

–Paul Sulivan, secretário responsavel pela gerência das Torres.

Eu queria gritar, dizer que era mentira tudo aquilo, mas eu sabia que Paul estava morto, mas ter a certeza disso era algo que eu não estava preparada para ouvir.

– Paul... - Minhas lagrimas cairam de uma vez e de repente todo o mundo aos meus pés sumiram e eu só queria sumir e nunca mais aparecer.Peguei as chaves do carro e dirigi até meu apartamento onde eu sabia que ninguém ia me procurar e que poder ficar sozinha o tempo que quisesse.Assim que cheguei me larguei no chão da sala e por lá fiquei ouvindo insistentemente meu celular tocar e sem a menor vontade de atender.Não sei exatamente quanto tempo se passou, mas logo o dia virou noite e eu estava envolvida pela escuridão.Ouvi batidas insistente na porta e a voz de desespero do Mac.

– Mac... - eu precisava dele e somente ele poderia me ajudar e me confortar, abri a porta rapidamente e encontrei com o olhar de preocupação dele.Eu não queria sair nunca mais daqueles braços e pra mim só precisava dele pra viver.

– Stella, por você sumiu assim? Eu estava louco de preocupação atrás de você.

– Eu queria me desligar de tudo e ficar sozinha, desculpe... eu fiquei desnorteada.

Ele se afastou o sufuciente para me olhar profundamente nos olhos e eu vi como ele estava agoniado por me ver assim.

– Eu faria tudo que tivesse ao meu alcance e o que não estivesse também, só pra tirar essas tristeza do seu olhar... Eu não suporto te ver assim.

– Vem aqui Mac - eu o puxei lentamente por uma das mãos e ele fechou a porta, Mac sentou primeiro e eu logo depois entre suas duas pernas, ele me abraçou e eu apoiei minha cabeça no seu peito.

– Eu não sei o que estou sentindo nesse momento, é uma mistura de angustia com um certo alivio também, porque finalmente vou conseguir dar um enterro digno ao Paul.Eu ainda estou em choque e não sei como diregir tudo isso... eu preciso de você meu amor, preciso de você pra passar por essa turbulência.

Ele me abraçou um pouco mais forte e depositou um suave beijo no meu pescoço.

– Eu estou aqui pra isso,Stella, pra ficar com você e cuidar de você.Eu a amo mais do que tudo nesse mundo, tem ideia de como é importante pra mim?

– Você é a melhor coisa que me aconteceu nesses últimos tempos.Eu o amo mais que tudo nesse mundo, obrigada por existir, Mac...

Ficamos em silêncio e aos poucos deixei que qualquer angustia que estivesse sentindo se afastasse de mim e o simples fato de ter ele perto de mim já bastava para me confortar.Eu não sei exatamente quando tempo ficamos ali quando Mac sussurrou no meu ouvido que precisavamos ir pra casa.

– Já está ficando frio, meu amor... não quero que pegue um resfriado ou algo assim.

– Estou me sentindo uma mulher tão fraca.

– Não se preocupe, Stell, eu estou aqui pra te segurar.

Um pouco depois estavamos deixando o meu novo apartamento que eu me peguei pensando no Paul e tudo que estava acontecendo, o caminho pra casa foi no mais completo silêncio e eu agradecia mentalmente pelo Mac respeitar isso.Ao mesmo tempo eu me sentia culpada por me sentir assim, será que ele se sentia incomodado por eu ainda reagir assim com algo a respeito do meu falecido marido?

– Vou tomar um banho e cair na cama - joguei minha bolsa em cima do sofá e fui em direção ao banheiro.

– Stella. - me virei para olha-lo e Mac me olhava de uma forma que nunca vi antes.Ele se aproximou ficando a centimetros de mim, segurou a minha mão e me olhou intensamente. - Não se afaste de mim, não faça isso comigo porque eu não vou suportar me afastar... eu não vou conseguir.Me deixe ajuda-la passar por isso.

– De onde tirou a ideia que quero me afastar de você? Isso não vai acontecer,porque isso pode até parecer cliche, mas você é tudo pra mim e e sou louca por você.Quantas vezes ainda terei que dizer isso para te convencer?

– Acho que vou precisar receber muito carinho pra você me convencer disso. - ele deu um sorriso que me tirou o ar.

– E por onde eu posso começar? - eu perguntei para provoca-lo.

Ele aproximou-se ainda mais e sussurrou bem próximo ao meu ouvido fazendo com que todo meu corpo se arrepiasse.

– Poderia começar me deixando tomar banho junto com você.

– Eu adoraria ter sua companhia, detetive Taylor.

XXXXX Mac XXXXX

Eu nunca pude imaginar que fazer amor com a Stella dentro de uma minuscula banheiro fosse tão magnifico, nossos corpos se encaixam perfeitamente naquele pequeno espaço e eu sentia todo o prazer e amor por ela a cada toque, a cada estimulo.Eu a beijava com todo o meu amor e me sentia ainda mais satisfeito por dar prazer aquela mulher maravilhosa nos meus braços, a mulher que eu amo e que me ama também e é nisso que eu preciso acreditar.

Eu confesso que me senti inseguro quando ela demonstrou tanta tristeza pela descoberta do corpo do ex-marido, mas depois vi que era bobagem sentir isso porque afinal de contas eu era o homem que estava do lado dela agora e precisava ser racional, a Stella precisava disso em mim.Depois que tomamos banho eu sai primeiro da banheira recebendo um olhar guloso dela em mim.

– Você parece um Deus grego desse jeito, sabia? Está tão sexy e delicioso.

– É muito bom ouvir isso dos seus maravilhosos lábios. - eu a beijei lentamente e Stella me puxou novamente para dentro da banheira. - Eu estava pensando em continuarmos no nosso quarto,mas já que você quer continuar aqui...

Eu não conseguia pensar direito quando se tratava da Stella, a minnha racionalidade sumia e eu me tornava outro homem quando se tratava dela.

XXXXX Jess XXXXX

Eu acordei com a luz do sol invadindo o meu quarto, não sabia que horas era exatamente, mas isso pouco me importava porque senti braços fortes e poderosos na minha cintura e então me lembrei de tudo que tinha acontecido na noite anterior.Levantei lentamente da cama enrolada no lençol e olhei para ele na cama ainda adormecido.Don era um homem belissimo e tinha um fisico perfeirto, muito mais do que Jones.

– Jones... - finalmente me dei conta do que tinha feito, meu noivo não merecia aquilo, não merecia ser enganado daquela forma.

Fui até o banheiro e tomei um ducha rápida para quem sabe quando eu saisse ele não estivesse mais na minha cama? Quem sabe aquilo tudo não tivesse sido um sonho? Um maravilhoso sonho... Mas não, quando voltei enrolada no meu roupão, Don ainda estava dormindo serenamente na minha cama.

– Don... acorde. - eu o chamei suavemente e isso foi o suficiente para ele abrir or olhos e se sentar na cama.

– Ah... bom dia Jess. - e mais uma vez ele tinha aquele sorriso lindo nos lábios e eu me perdi por um segundo neles.

– Acho melhor você ir pra casa, daqui a pouco temos que ir trabalhar e...

– Vai ser bem estranho chegarmos juntos. - ele completou lendo meus pensamentos.

– É. - eu me sentia estranha e ele continuava a me olhar de uma forma carinhosa e curiosa.

– O que pensa em fazer, depois do que aconteceu?

– Eu não sei Don, Jones não merece o que fizemos com ele, é um homem tão bom e me ama tanto.

– Mas você não sente o mesmo e eu agora tenho certeza disso - Eu estava em pé do lado do cama, Don me puxou por uma das mãos me fazendo cair sentada bem próxima a ele e ficamos tão perto que eu poderia jurar que ele podia ouvir meu coração que batia acelerado. - Eu amo você Jessica, não finja que essa noite não aconteceu, não me jogue para escanteio.

– Eu não sei o que fazer e me sinto tão perdida e confusa.

– Eu quero ficar com você e se estiver disposta a ficar comigo eu vou ficar do seu lado e te apoiar, vamos enfrentar isso juntos.

– Me dá um tempo, tudo bem? Não é tão fácil assim...

Ele acariciou meu rosto e eu fechei os olhos com o contato.

– Vou dar o tempo que você precisar, só não me peça pra esperar a vida toda por você.

Eu abri os olhos e Don me beijou suavemente nos lábios, logo depois levantou e recolheu suas roupas jogadas no chão.

– Nos vemos no trabalho, até mais Jess.

Um pouco depois eu me vi sozinha e perdida.Eu tinha que admitir que aquela noite ficaria guardada na minha vida para sempre, eu amava Don com todas as minhas forças e seria capaz de tudo pra ficar com ele, mas ao mesmo tempo não queria ferir os sentimentos do meu noivo, eu tinha que dar um jeito naquela história e tinha que ser logo.

Quando estacionei meu carro em frente ao prédio onde trabalhava, ainda fiquei alguns minutos parada sem coragem alguma de entrar, sem coragem de encontrar Jones depois do que tinha acontecido na noite anterior.

– Você não pode ficar aqui o dia todo, vamos acabar logo com isso Jessica.

Abri a porta decidida a já começar o dia conversando com Jones e me livrando daquele peso na consciência.Entrei e várias pessoas já trabalhavam a todo vapor, inclusive Don que parou o que estava fazendo para me olhar, ele me deu um piscadinha discreta e eu o repreendi com o olhar.

– Querida? Aconteceu alguma coisa? Está atrasada.

Jones vinha ao meu encontro sorridente e aquela maldita vontade de sair correndo veio com força total.

– Eu perdi a noção do tempo quando estava me arrumando.

– Quero que vá jantar no meu apartamento hoje, meus pais querem conhecer você. Vieram de Miami exclusivamente para verem você, sabia?

Eu fiquei sem qualquer reação e me senti ainda mais péssima.

– Jones... acho que deviamos conversar antes... antes de ir pra sua casa.

–Aconteceu alguma coisa, Jess?

– Eu... - não era tão fácil assim e também não tinha como terminar um noivado no meio da delegacia e era engraçado porque parecia que todo mundo nos olhava nesse momento. - Não precisa ser agora...

– Tudo bem então, nos falamos mais tarde. - ele deu um sorriso e saiu, eu soltei o ar dos pulmões e não tive coragem de olhar para o Don, ele tinha que entender que não era tão fácil assim.

XXXXX Lindsay XXXXX

Eu estava olhando um site de bebês pela internet e lendo várias coisas de como cuidar de um, afinal de contas eu não fazia ideia de como cuidar de uma criança recém- nascida e tinha certeza que o Danny também não.

Danny... como ele tinha se transformado naquelas últimas semanas, nunca imaginei que ele fosse tão carinhoso assim e fiquei encantada com a maneira como ele cuidava de mim e se preocupava com nossa filha.Ele chorou de alegria quando descobrimos que teriamos uma menina, nossa pequena Lucy.Ainda não tinhamos contado para ninguém do laboratório sobre nosso relacionamento e muito menos que estavamos esperando um bebê e sabia que o tempo estava passando mais rápido e daqui a alguns dias eu não ia conseguir mais esconder isso de ninguém.

– Posso saber o que está te preocupando tanto? - estava de costas para a porta e quando me virei, Danny estava ali me olhando curioso.

– Precisamos contar para o Mac o que está acontecendo, não aguento mais viver como uma criminosa e esconder nossa história de todos.

– Eu sei que não querida - ele sentou em uma cadeira em frente a minha mesa. - Mac quer esconder de todos e eu quero entender o motivo, mas todos sabemos que ele e a Stella estão juntos e eles acabaram de passar por uma barra com o aparecimento do corpo do ex-marido da Stella, não sei se agora é o momento exato pra dizer.

– Tem quer ser agora Danny, eu preciso falar com o Mac logo e tem que ser hoje.

– Tudo bem Lindsay, você tem razão afinal eu só queria adiar isso o máximo possível.

– Você não quer assumir nosso relacionamento? É isso Danny?

– Lindsay, não pense algo assim está bem? Se tem coisa que eu me sinto mais feliz nesse mundo é ter finalmente você do meu lado, eu só sinto medo pela reação do Mac.

Nesse momento notei nosso chefe passando pelo corredor e ir direto para sua sala.

– Acho que temos uma ótima oportunidade de falar com ele, o que você acha?

– Vamos lá, quanto mais rápido isso terminar melhor.

Danny levantou-se decidido e eu fiz o mesmo, saimos um do lado do outro e caminhamos devagar e paramos um pouco antes da sala dele.

– Quero que você saiba que independente do que o Mac fale lá dentro, eu vou ficar do seu lado porque eu te amo, Lindsay.

Eu sorri emocionada.

– Eu também te amo, Danny.

Caminhamos um pouco mais e ele bateu na porta da sala do chefe.

– Podemos entrar, Mac?

– Claro Danny, algum problema? - ele estava sentado na cadeira da sua mesa e parou de ler uns papeis para nos olhar curioso.

– Mac queriamos que você fosse o primeiro a saber,afinal de contas é o nosso chefe. - Danny sorriu nervoso e eu sabia que se não o ajudasse ele ia enrolar o máximo que pudesse e nem contasse.

– Eu eu o Danny vamos ter um bebê, uma garotinha, Mac. - eu disse de uma vez.

Ele agora nos olhava surpreso, levantou-se da sua cadeira e parou bem em frente a mim e o Danny.

– Você sabem sobre as regras do laboratório, não é?

– Claro que sim, mas... aconteceu Mac, o que eu posso fazer se me apaixonei por ele?

Eu sei que não devia falar tão abertamente sobre os meus sentimentos ao nosso chefe, mas decidi ser o mais sincera possivel.

– Então a única coisa que posso fazer é dar os parabéns - eu sorri aliviada e o abracei.

Eu sabia que Danny também tinha tirado um grande peso das costas agora eu torcia para que tudo melhorasse ainda mais entre a gente.

XXXXXX Stella XXXXXX

Eu me senti passando por tudo novamente como se ele tivesse falecido no dia anterior.Os restos mortais do Paul foram enterrados na cova que tinhamos feito seu enterro simbólico a alguns anos atrás.Felizmente Mac dessa vez estava do meu lado, ao contrário da outra vez que ele não conseguiu comparecer.Já tinha se passado algumas semanas e eu agora trabalhava normalmente e me sentia feiz por finalmente ter dado um ponto final naquela história.

– Poderia tomar um pouco do seu tempo? - Mac estava parado bem em frente a minha mesa.

– Como você entrou sem fazer nenhum barulho? - perguntei curiosa.

– Estou ficando muito bom nisso - ele sorriu se sentando na cadeira a minha frente. - Passei pelo corredor e notei que estava com o pensamento longe, aconteceu alguma coisa?

– Nada que deva se preocupar, na verdade finalmente posso me sentir aliviada por ter dado um ponto final na minha história com o Paul, tirei um grande peso das costas e me sinto leve.

– Eu fico feliz por você meu amor.

– Sabe o que eu mais queria nesse momento?

– Não faço ideia.

– Era te beijar, não resisto quando você sorri dessa forma pra mim, Mac, isso me tira do sério e me deixa louca, sabia?

– Não seja por isso - ele sorriu lindamente e levantou-se, fechou todas as persianas da minha sala enquanto eu sorria da atitude dele, Mac passou a chave na fechadura e virou-se para mim.

– Posso satisfazer seu desejo agora, tenho certeza que ninguém vai nos incomodar.

– Não posso acreditar que o detetive Mac Taylor esteja passando por cima das regras que ele mesmo ajudou a fazer, sabe do que estou falando, não é? - perguntei provocante me aproximando cada vez mais dele.

Ele me puxou de encontro ao seu corpo e eu senti um arrepio me percorrer toda.

– Eu sou o chefe aqui, isso deve servir para quebrar algumas regras, principalmente quando se trata de nós dois, principalmente quando se trata de satisfazer um de seus desejos, meu amor...

Seus lábios tomaram os meus em um beijo selvagem e cheio de desejo, suas mãos percorriam todo o meu corpo como se o tivesse descobrindo pela primeira vez.

– Eu preciso de você Stella, eu preciso agora... - ele sussurrava enquando dava pequenas mordidas no meu pescoço me fazendo enlouquecer de amor e desejo.

– Sabe que o que estamos fazendo é loucura, não é?

– Estou disposto a comenter essa locura então - ele falou com um sorriso safado no rosto para logo depois praticamente me engolir com seu lábios que beijavam todo o meu corpo me fazendo amolecer.Mac me empurrou em direção a mesa e eu me sentei sobre ela sem um segundo sequer parar com os carinhos.

Fiz com que ele se afastasse um pouco de mim e Mac me olhou sem entender.

– Acho que ainda estamos com muita roupa, não acha?

Ao mesmo tempo que desabotoava a camisa dele, Mac me olhava com tesão e volupia.Me livrei facilmente da sua camisa e ele sem esperar que eu tentasse retirar sua calça começou a tirar a blusa de seda branca que eu usava.Ao se livrar da minha blusa ele retirou facilmente o meu sutiã e eu nunca tinha me sentido tão fraca ao ver o olhos de cobiça dele sobre mim.

– Você é linda. - ele falou com a voz rouca antes de tomar um dos meus seios na boca, me fazendo prender seu cabelo entre uma das mãos e arquear meu corpo tamanho o desejo que compartilhei naquela hora.

Aos poucos fui permitndo que o meu corpo caisse sobre a mesa e Mac me olhava como se estivesse hipnotizado e eu me sentia a mulher mais maravilhosa do mundo por saber que ele olhava apenas pra mim daquela forma e isso era simplismente demais.Ele deitou-se sobre mim beijando cada parte do meu corpo e eu via estrelas a cada conforme ele ia se aproximando da minha area... sensivel.

– Mac... - eu sentia meu corpo se preencher de prazer ao sentir que ele explorava de uma forma alucinada e incrivel.Como era boa a sensação de sentir seus lábios tão quentes e outra região que não fosse minha boca.Eu não consegui entender quanto tempo exatamente ele ficou dessa maneira, mas de repente senti sua boca se afastar e ele se aproximar seu rosto do meu.

– Eu quero que você me sinta dentro de você, quero sentir que você é minha... somente minha.

– Eu também desejo isso, meu amor.

Foi maravilhoso chegar ao apice do nosso amor e eu agradecia por estar nso braços do amor da minha vida.

– Isso... foi maravilhoso, Stell.

– Nada como correr riscos, não é?

– Por mim eu ficaria aqui com você o resto do dia, mas precisamos voltar ao trabalho, não é?

Mac saiu de cima de mim e começou a se vestir, eu fiquei olhando para ele, hipnotizada pelo seu fisico.

– Algum problema? - ele agora vestia sua camisa azul e me olhava curioso.

– Problema algum, você é perfeirto.

– Acho melhor se vestir também, não pode trabalhar dessa forma e eu não vou gostar nada dos olhares dos outros homens do laboratório sobre você.

– Ficaria tentado, detetive Taylor?

– Muito e você nem imagina o quanto.

Me vesti rapidamente antes do Mac sorrir e me beijar, um pouco depois ele se afastou e saiu da minha sala, somente ai eu me dei conta que precisava abrir as persianas, contive o meu sorriso e me mantive séria, até Sheldon aparecer.

– Stella, desculpe perguntar mas... estamos com algum problema?

– Porque pergunta isso?

– É que você e o Mac ficaram tanto tempo presos aqui dentro que achei que...

– Está tudo bem Sheldon, eu e o Mac apenas precisavamos conversar sobre algumas coisas do laboratório, mas pode ficar tranquilo, está bem?

– Se você está dizendo. Preciso mostrar algumas provas que conseguimos sobre aquele caso que estamos trabalhando.

– Ótimo.

XXXXX Danny XXXXX

Eu e a Lindsay estavamos vivendo como se estivessemos casados, eu tinha me mudado para o seu apartamento e já tinha várias coisas minhas por lá, mas sentia que alguma coisa faltava entre nós: o casamento. Com ela minha vida tinha mudado completamente e dessa vez eu queria que tudo dessse certo, eu, ela e nossa filha que estava a caminho.

Ela tinha acabado de tomar banho e estava sentada na cadeira de balanço que tinha comprado para deixar no quarto da nossa pequena quando ela precisasse amamenta-la. Lindsay acariciava uma barriga ainda pequena, mas parecia enfeitiçada por saber que lá dentro tinha um pequeno pedacinho de nós dois.

– O jantar está pronto, meu amor.

Ela me olhou e sorriu, ela andava fazendo isso muito ultimamente.

– Eu já estou indo, Danny, só vou ficar aqui mais um pouquinho curtindo o quartinho da Kate.

– Kate? - eu entrei no quarto e me ajoelhei em frente a ela. - Já escolhemos o nome?

– Eu estava pensando em sugerir esse pra você, que tal? - ela perguntou um pouco timida.

– Eu não gosto muito querida, que tal ... Nathalie?

– Não... achei muito sério para uma criança.

– Ela vai crescer um dia.

– Mas quero pensar que ela vai ser minha pequena por muito tempo, que tal Lucy?

– Lucy... É lindo e acho que tem tudo a ver com ela.

– Lucy Monroe Messer, gostei do som desse nome.

– E que tal, Lindsay Messer? Não fica bom também?

Ela parou de sorrir e vi que ela buscava em meus olhos uma explicação para aquelas minhas palavras e eu só conseguia encarar seu rosto e não dizia nada, não conseguia.

– O que você está me dizendo, Danny?

– Quer se casar comigo? De papel e tudo? Quero que seja a minha esposa.

– Você está fazendo isso porque estou esperando um filho seu, e isso naõ é certo.

Ela levantou-se rapidamente da cadeira praticamente me derrubando no chão, fui atrás dela em direção ao nosso quarto, Lindsay ia se trancar no banheiro, mas eu segurei a porta obrigando ela a me encarar novamente.

– Você está agindo como uma criança e não como uma mulher adulta, qual o seu problema? Acha que eu me casaria com você apenas por causa da nossa filha? Será que não dei provas o suficiente que eu te amo?

– Eu não consigo acreditar nisso, Danny, sinto que está fazendo esse pedido apenas por obrigação porque quer ficar perto da Lucy e não porque me ama tanto para se casar. - ela gritou e podia ver que seus olhos já estavam molhados por causa das lagrimas.

Me aproximei dela e a segurei firmemente pelos braços e senti meu peito se apertar quando ela me olhava com medo.

– Lindsay...acreditei no que estou te dizendo, quero construir uma família com você porque eu te amo, quero poder chegar em casa e encontrar você me esperando com nossa filha nos braços, quero poder dizer a todos que é a senhroa Messer, a minha esposa tão amada.Por favor, acredite em mim e case-se comigo.

Ela desviou o olhar e eu me senti desvastado.

– Você não acha que eu seja o homem certo para ser seu marido, não é? Acha que não vou ser pai bom o bastante para a Lucy.

Eu soltei seu rosto e esperava desesperado que ela desmentisse minhas palavras, mas o que ela fez em seguida me surpreendeu ainda mais.

– Não é esse o problema, Danny, eu só acho que não quero casar na igreja porque precisamos economizar dinheiro para nossa filha, se importaria se nos casassemos apenas no cartório e que o Mac e a Stella fossem nossos padrinhos?

Eu não consegui me conter e a abracei com força, rodopiando Lindsay no ar.

– Ficou maluco? Me coloque no chão, Danny. - ela gritava e sorria ao mesmo tempo.Eu atendi seu pedido e a beijei em seguida.Eu ia me casar com a mulher que amava e iriamos ter uma filha, o que poderia ser melhor do que isso?

XXXXX Jess XXXXX

Eu estava a caminho do apartamento onde o Jones morava, infelizmente não tinha conseguido falar com ele durante todo o dia e achei melhor adiar aquilo pelo menos até o jantar, iriamos conversar no dia seguinte e eu só queria um pouco de coragem para fazer isso e não machuca-lo.Estacionei meu carro na vaga de visitante e senti um frio na barriga enquanto o elevador subia até o andar onde ele morava.Respirei fundo e bati na porta e poucos segundos depois ele apareceu e Jones tinha um enorme sorriso no rosto.

– Olá meu amor - ele me deu um leve beijo nos lábios e eu sorri um pouco sem graça quando ele deu passagem para que eu entrasse e vi um casal de idade me olhando curioso.- Mãe, pai, essa é Jessica Angell minha noiva.

– Prazer em conhece-los, senhor e senhora Patricks. - os dois se levantaram e aceitaram minha mão, além dos dois beijinhos no rosto.

– Ela é mais linda do que você falou, meu filho, é encantadora Jessica. - a senhora falou.

– Obrigada - eu agradeci.

– Vamos jantar? Minha mãe preparou um prato delicioso e eu tenho certeza que você vai gostar, querida.

Devo confessar que Jack e Penelope Patricks me trataram muito bem, e isso de certa forma me fez sentir um aperto no peito por eu ter agido de uma forma tão ruim com o filho deles.A certo ponto do jantar Penelope saiu da sala dizendo que ia buscar algo, quando voltou trazia com ela uma pequena caixa de veludo e depois me fitou sorrindo.

– Quando Jones nos ligou avisando que ia se casar eu fiz questão de vir aqui e conhecer a mulher que tinha conquistado o coraçao do meu filho.Jessica, sei que Jones já te deu um lindo anel de noivado, mas gostaria que aceitasse esse também... é uma herança de família e foi da minha mae primeiramente.

Ela abriu a caixinha de veludo azul e vi um lindo anel com um solitário diamente, ele era lindo.

– Senhora Patricks, eu... eu não sei se mereço que me entregue algo tão...

– Você vai se casar com meu filho, é claro que merece, nos conhecemos a poucos minutos mas eu sinto que meu filho vai ser muito feliz com você, posso sentir isso minha querida.

Segurar o choro naquela hora foi um grande esforço e eu não tive outra escolha a não ser aceitar o que ela estava oferecendo, Jones me olhava fascinado e apaixonado e meu coração se apertou ainda mais dentro do peito por não ser digna daquela amor que ele sentia por mim.Ele insistiu em me levar para casa, mas eu disse que poderia muito bem voltar sozinha para casa e que ele precisava aproveitar todo o tempo com os pais que iam embora daqui dois dias.

– Você tem razão meu amor, afinal de contas vou ter todos os outros dias da minha vida pra ficar do seu lado, eu te amo muito Jessica.

Voltei pra casa em completo desespero e agonia e por mais que não estivesse correndo em alta velocidade, não entendia como tinha conseguido me salvar e não ter batido o carro, estava completamente aerea com toda aquela história.

– Que droga Jones! Que droga. - eu me joguei na cama, mas tive que segurar o choro quando ouvi meu celular tocando.

– Angell - atendi com a voz chorosa sem nem ao menos me dar ao trbalho de ver quem estava me ligando.

– Jess, está tudo bem com você? - reconheci de imediato aquela voz preocupada e senti ainda mais vontade de chorar.

– Don... eu não posso fazer isso, não vai dar certo e eu...

– O que você está dizendo? - ele perguntou me interrompendo.

– Não posso simplismente terminar com ele desse jeito, os pais dele me adoraram e eu me senti péssima por trair a confiança de todos... você precisa entender que eu não posso.

– Entender? Qual é Jess, olha o que você está me dizendo.Você vai sacrificar a sua vida porque não consegue terminar seu relacionamento com o Jones? Só porque os pais deles foram legais com você? E como eu fico nessa história? O que sentimos um pelo outro naõ é importante pra você?- ele falou tudo de uma vez e eu conseguia notar o sofrimento em suas palavras.

– Talvez nós dois não fosse realmente pra dar certo.

Do outro lado da linha a única coisa que ouvi foi a respiração dele, pesada.

– Tudo bem, eu não posso te obrigar a fazer o que você não quer.Só não me peça pra ser seu amigo que isso eu não vou conseguir ser capaz de fazer. Adeus Jessica.

Assim que Don desligou eu senti o ar faltar e uma vontade descontrolada de chorar tomou conta de mim.O que eu ia fazer sem ele? Como ia ser minha vida daqui em diante?