XXXXX Stella XXXXX

Eu estava no apartamento do Mac descansando um pouco, na nossa cama, como ele gostava de dizer.Eu olhava maravilhada para o anel em meus dedos e me peguei sorrindo.Para tudo ficar perfeito eu só precisava do meu pequeno Niko em meus braços e que tudo se resolvesse no laboratório também.

– Posso entrar Stella? - Millie colocou a cabeça pra dentro do quarto e eu me ajeitei na cama, ficando sentada e olhando para minha sogra.

– Claro que sim Millie, fique a vontade. - A senhora caminhou até a cama e sentou bem perto de mim, logo sorriu ainda mais ao ver o anel no meu dedo.

– Não vai me dizer que vocês vão se casar? - ela perguntou maravilhada.

– Sim, nós vamos e eu estou muito feliz com isso.

– Oh minha querida, meus parabéns Stella - ganhei um abraço forte logo em seguida . - Nem posso acreditar que finalmente meu filho acordou para a vida.

– Mac é um homem maravilhoso Millie e tenho certeza que vamos ser muitos felizes juntos.Eu o amo.

– E ele também, como ninguém amou antes uma mulher e eu posso confirmar isso com toda a certeza do mundo e não desconfie de mim, entendido?

– De forma alguma - ficamos alguns segundos uma encarando a outra, com um sorriso no rosto.

– O que te aflige minha querida? Está preocupada com seu bebê?

– Também, mas eu sei que nosso pequeno está se recuperando... mas o que me preocupada ainda mais agora é o seu filho.

– Ele está sentindo falta do trabalho sim Stella, mas está feliz por compartilhar a vida dele com você agora, dê tempo a tudo e tenho certeza que tudo vai se encaminhar para o bem.

Eu a olhei espantada e Millie riu.

– Dava pra notar nos seus olhos, você é o Mac são parecidos demais e posso saber o que a aflige com facilidade.

– Você é como uma mãe para mim, a mãe que eu nunca tive.

– Pode sempre contar comigo minha querida.

– Eu sei que sim - abri a boca com sono. - Nossa esses remédios me dão muito sono.

– Durma um pouco e mais tarde iremos até o hospital ver meu neto.

Millie me beijou carinhosamente na testa e pouco depois me deixou sozinha no quarto, eu me deitei sobre a cama e logo senti o sono finalmente me vencendo.

XXXXX Mac XXXXX

Eu sabia que tudo poderia se complicar ao saber da prisão do Danny, mas algo me dizia que por trás disso existia uma grande armação e eu ia descobrir logo.Cheguei na delegacia e me indentifiquei, me levaram para uma sala e logo Danny e sue advogado apareceram.

– Mac, é muito bom ver você cara.Eles armaram pra mim e eu cai feito um pato.

– O que realmente aconteceu Danny? Eu preciso saber.

– Eu tinha acabado de chegar em NO e liguei para o celular que tinha recebido a ligação, o homem que atendeu disse que estaria me esperando para conversarmos em um apartamento perto do forum da cidade e e fui... Era um lugar bem estranho e quando ia bater na porta, ela se abriu sozinha... não estava fechada e quando finalmente entrei... por Deus, o promotor Philipe estava morto no chão da sala.Ele tinha levado um tiro na cabeça e a arma estava do lado do corpo e...

– Não vai me dizer que você pegou na arma do crime? - Danny não seria capaz de cometer um erro desse, isso seria péssimo.

– Não, claro que não Mac... Achei que confiasse mais em mim como CSI- falou chateado.

– Desculpe, mas eu precisava perguntar.

– Tudo aconteceu muito rápido e cerca de dois minutos depois o apartamento foi invadido pela polícia e... bem eu vim parar aqui.

– O senhor Messer é o principal suspeito do assasinato do promotor, mas a arma do crime está sendo analisada nesse momento, então estou confiante que logo ele estará em liberdade. - o advogado falou.

– Não conseguiu um pedido para ele aguardar em casa? - perguntei.

– Eles não aceitaram, teremos que esperar mais duas horas até sair e finalmente saber se o senhor Messer está liberado ou não.

– Eu preciso fazer algumas ligações, principalmente para sua mulher.

– Lindsay... eu estou com tantas saudades da minha mulher, da minha filha... - vi os olhos do homem na minha frente se encherem de lágrimas.

– Eu volto em um minuto.

Saindo da sala de interrogatório eu peguei meu celular e liguei diretamente para Lindsay e ela ficou aliviada ao saber que o marido poderia ser liberado em poucas horas.A outra ligação foi para a minha casa, minha mãe atendeu no segundo toque.

– Mãe? Sou eu, como a Stella está?

– Descansando um pouco, mas já está ansiosa para ver o filho.

– Talvez eu demore um pouco em voltar pra casa, se eu não tiver chegado você e ela precisaram ir de táxi até o hospital e eu as busco mais tarde.

– Tudo bem meu filho, fique tranquilo.

– Mãe, se ela acordar antes da minha chegada poderia me fazer um favor?

– Claro filho, o que deseja?

– Diga que eu a amo muito.

– Seu recado será dado, fique tranquilo.

Depois de me despedir da minha mãe, a terceira ligação foi para a Jess.

– Angell.

– Jessica, sou eu Mac.Podemos conversar um minuto?

– Claro Mac, o que deseja?

Eu expliquei tudo o que estava acontecendo e Jess ficou bem supresa com tudo.

– Você acha que conseguiria ir até NO fazer algumas perguntas? Acho que podemos descobrir algumas coisas.Sei que vai estar fora da sua juridição, mas podemos tentar fazer algo bem mais sigiloso, você consegue entender?

– Claro que sim e pode contar comigo, estarei indo hoje mesmo para NO.

– Tome cuidado Jess, sei que Don não está trabalhando hoje e talvez fosse bom ele acomapnha-la.

– Vou falar com ele, até mais ver.

XXXXX Jess XXXX

Assim que falei com Mac, Don que estava perto de mim me olhou curioso.

– Onde Mac pediu que você fosse? É onde estou pensando? - perguntou curioso e preocupado.

– Sim, vou para NO agora mesmo, gostaria de me ajudar? Vou precisar de uma ajudinha sua e também vai ser bom trabalhar com você novamente.

–Achou realmente que eu ia deixar você sozinha nessa? Não quero que corra risco e estar do seu lado novamente vai ser muito bom.

– Eu sabia que poderia contar com você querido - eu beijei Don lentamente nos lábios.Cerca de meia hora depois já estavamos a caminho de NO.

XXXXX Lindsay XXXX

Cheguei na casa de Stella na hora do meu almoço e como Mac tinha me falado, Millie fazia companhia a ela.Tivemos um momento agradavel e por alguns minutos esquecessemos de tudo que estava acontecendo de ruim e isso foi muito bom.

– Como está o Nicholas? - perguntei sentada no sofá da sala.

– Muito bem, melhorando a cada dia e eu estou muito feliz por isso.

Nossa conversa foi praticamente sobre filhos, maridos e laboratório.Não falamos em outra coisa.

O tempo não demorou a passar e logo tive que voltar, mas um pouco antes de entrar no prédio onde trabalhava ouvi uma voz me chamando.

– Lindsay. - me virei e quase cai pra trás quando vi Danny ali parado a alguns metros de mim, eu corri ao seu encontro e o abracei, depois o beijei com todo o meu amor.

– Nem posso acreditar que você está aqui Danny, o que aconteceu?

– Não foi encontrado digitais na arma do crime, e nem na cena do crime na verdade, além claro das pegadas no chão e marcas na porta, mas eu posso aguardar tudo do lado de fora.

– Eu nem acredito que você está aqui de novo - Mac também estava ali. - Obrigado por ter ido ajuda-lo Mac.

– Não precisa agradecer Lindsay, a situação do Danny não era tão complicada como eu imaginava, ele ainda não pode sair da cidade, mas estou confiante que tudo logo vai se resolver.

– Eu tenho certeza que sim.Desculpem mas eu preciso voltar para o laboratório, não quero dar motivos para o Sinclair se aborrecer ainda mais, nos encontramos mais tarde Danny.

Dei um leve beijo no meu marido e entrei no prédio e para a minha felicidade Sinclair tinha saído e ninguém fazia ideia de quando ele iria voltar, eu resolvi terminar uns relatórios.Pela primeira vez depois de alguns dias eu sentia que as coisas estavam voltando ao normal.

XXXXX Don XXXXX

A primeira coisa que eu e a Jess fizemos foi dar uma volta no bairro onde tudo tinha acontecido, como Mac tinha falado era um lugar bem precário e eu duvidava muito que o promotor Philipe tivesse escolhido aquele lugar pra viver.

– O que você acha de fazermos algumas perguntas por ai? Ninguém precisa saber que somos de Nova York. - Jess me perguntou assim que estacionei o carro em frente a um prédio velho.

– É o que eu tinha em mente mesmo, minha querida.

Ela sorriu para mim e logo saímos do carro.O bairro era mais comercial e por ali várias barraquinhas, tanto de comida local como de qualquer outro tipo de coisa que se pudesse imaginar.Jess e eu conversamos com alguns moradores do lugar, inclusive com o dono do apartamento onde tudo tinha acontecido.

– Eles me pagaram uma quantia bem maior do que um mês de aluguel, e o mais estranho foi que eles queriam o quarto somente para dois dias. - o senhor de cabelos grisalho disse.

– E mesmo assim você aceitou essa quantia?

– Claro que sim, eu estava precisando de dinheiro e se eles queriam pagar que mal poderia haver nisso?

– Como eram essas pessoas senhor Rodrigues? - Jess perguntou um pouco irritada.

– Pareciam pessoas importantes, mas eu nunca tinha visto nenhum deles por aqui.Dois homens de terno e gravata alugaram o quarto comigo, mas no dia seguinte seguinte veio mais um homem com eles e depois de umas duas horas somente o dois homens sairam daqui.

– Você disse isso para a polícia? - perguntei curioso.

– Ninguém veio me procurar e achei que já tivesse descoberto tudo e que eu não ia precisar dizer mais nada.

– Teria um segundo Don? - Jess me perguntou e eu balancei a cabeça afirmadamente, nos afastamos um pouco do homen e começamos a conversar baixo para que ele não ouvisse.

– Se ninguém procurou o senhor Rodrigues é porque não querem realmente descobrir a verdade, mas você sabe muito bem que se alguém descobrir que estivemos aqui a vida desse homem corre risco e ele pode ser morto.

– Precisamos tirar ele de NO o mais rápido possivel.

Me aproximei novamente do homem e Jess seguiu meus passos.

– O senhor já foi para Nova York, senhor Riodrigues? - perguntei sorridente e simpático.

– Eu em Nova York? Nunca tive a oportunidade de ir, sou muito velho para isso e duvido muito que algum dia consiga sair daqui, falam que é uma ótima cidade.

– Gostaria de conhece-la? - perguntei empolgado e os olhos do homem na minha frente brilharam.Poucos depois, eu, Jess e o senhor Rodrigues partiamos rumo a Nova York.

XXXXX Mac XXXXX

No final do dia o meu apartamento estava no mais completo silêncio, e já era muito tarde e eu então entendi que Stella ainda não tinha chegado do hospital.A quase uma hora atrás tinhamos conversado por telefone e ela disse que ia ficar um pouco mais com nosso filho, então eu decidi passar em casa primeiro e tomar um banho antes de ir busca-las.Mas enquanto colocava um roupa mais leve para sair de casa eu ouvi a porta do apartamento ser aberta e vozes conhecidas, Stella e minha mãe já estavam em casa.Estava no corredor quando parei para ouvir a conversa e era algo que me chamou bastante atenção.

– Eu sempre me achei controlada, mas acho que com a gravidez isso foi por terra.

– E quem ia conseguir ficar controlada ouvindo um absurdo daqueles? Esse homem faltou completamente o respeito com você e eu no seu lugar teria lhe dado um bom tapa.

– Quem te ofendeu, Stella? - eu perguntei entrando na sala e deixando que elas descobrissem a minha presença.

– Mac? Eu não sabia que você já estava em casa - ela me perguntou já de pé.

– Cheguei tem alguns minutos e estava me arrumando para ir busca-las no hospital.

– Eu vou dexa-los sozinhos, boa noite queridos. - eu olhei para minha mãe tentando segurar a tensão - Mantenha a calma, está bem? - Ela se despediu com um leve beijo em meu rosto e eu depois voltei toda a minha atenção para Stella e parecia mais preocupada ainda.Se alguém tinha ofendido a minha mulher eu queria saber.

– E então Stella, o que foi que aconteceu? - eu perguntei firme, deixando claro que não ia aceitar que ela me escondesse nada.Eu queria me manter calmo, mas aquele silêncio dela estava me deixando tenso e preocupado. - Diga de uma vez - Eu pedi novamente.

– Você se lembra daquele dia que não quis atender sua ligação? Eu tinha acabado de discutir com o Sinclair. - Eu já podia imaginar o que tinha acontecido e senti as veias do meu pescoço saltarem, respirei fundo e prestei total atenção no que ela falava. - Eu defendi a equipe e ele ficou furioso porque eu praticamente joguei na cara dele a falta de confiança que ele tinha em todos e...

– E? - insisti um pouco impaciente.

– E ele disse que eu devia ficar no meu lugar e que não era porque... - vi ela engolir seco - que não era porque eu estava dormindo com o chefe que devia me meter em onde não era chamada.Mas Mac, isso já passou e eu não me importo dom o que aquele homem pensa de mim.

Estavamos sentados um de frente para o outro no sofá, depois de terminal Stella tentou segurar minha mão, mas eu me levante tentando segurar a minha raiva.

– Você devia ter me contado imediatamente e não ter me escondido, eu nunca ia saber se não tivesse escutado sua conversa com a minha mãe.Porque fez isso? - perguntei aumentando meu tom de voz, mas Stella pareceu não se abalar e ficou de pé me encarando e com os braços cruzados.

– Porque eu deveria de contar Mac? Para você ficar desse jeito e eu sei que sua vontade agora é encontrar o Sinclair e resolver isso da pior forma possivel.

– Você acha que não sou capaz de ter uma conversa civilizada com ele?

– Nesse momento não Mac, porque sei a raiva que você sente do seu antigo chefe por causa disso e se eu tivesse te contado sobre isso sabia que não ia ajudar em nada, isso não pode ser resolvido de cabeça quente.

– Estamos começando de uma forma muito boa nosso relacionamento Stella – falei ironicamente - Você parece que pegou a mania de esconder as coisas de mim. - Peguei a chave do carro e fui em direção a porta.

– Onde você está indo? - ouvi ela perguntar, mas não me virei para responder.

– Preciso sair um pouco, não tenho hora pra voltar.

Eu sabia que sair daquele jeito não era o certo, mas eu não conseguia pensar direito.Preciso beber alguma coisa e fui até um bar onde costumava frequentar com a equipe, dessa vez o local estava um pouco cheio mas consegui um lugar no balcão e pedi um uisque. Fiquei por cerca de uma hora lá e depois resolvi ir pra casa, mas para a minha infelicidade assim que saí, dei de cara com a última pessoa que pudesse imaginar em ver naquele momento.

– Detetive Taylor? - Sinclair me olhava com um sorriso irônico no rosto, estava acompanhado de alguns homens bem vestido que eu tinha certeza que só estavam com ele porque provavelmente Sinclair ia pagar a conta. - O que estava fazendo por aqui?

– O que todas as pessoas fazem em um bar? Beber alguma coisa. - eu tentava me manter racional, mas não consegui por muito tempo, principalmente quando ele perguntou da minha mulher.

– Claro que sim e é exatamente isso que eu vim fazer hoje aqui, preciso me distrair um pouco também.E como está nossa detetive Bonasera? Estou sentindo falta dela... da sua liderança.

Aquilo foi o bastante para tirar qualquer faisca de calma que ainda me restava, peguei SInclair pela gola da camisa e o prendi violentamente na parede mais próxima, os homens que o acompanhavam nos olhavam assustados.

– Nunca mais ouse perguntar da minha mulher e nunca, mas nunca mais pense em ofende-la alguma vez mais Sinclair ou sou capaz de acabar com você.

– Está me ameaçando Taylor? - ele ainda sorria e eu perdi a cabeça ainda mais. O soltei com força e deu um soco com toda força em seu rosto, fazendo com que o homem na minha frente caísse no chão.

– Por sua causa minha mulher quase perdeu meu filho e ele nasceu prematuro porque ela não conseguiu segurar por mais tempo e sabe porque Sinclair? Porque Stella descobriu que tem pressão alta e ela ficou nervosa demais depois de ter falado com você aquela manhã.Se eu tivesse perdido a minha família.. eu não posso imaginar o que seria capaz de fazer com você.

– Está bastante encrencado Taylor - o homem caído no chão falou, cheio de raiva mas eu não me importei ou fiquei com medo, eu precisava ter feito aquilo.

Achei melhor ir para casa antes que fizesse uma besteira e me arrependesse armargamente depois.Quando cheguei em casa tudo estava no mais completo silêncio e apenas a luz da cozinha estava acessa, foi quando ela apareceu no corredor com um copo de água e me olhava preocupada.Stella parecia ler a minha mente somente com os olhos e eu me achei um completo idiota naquele instante.Onde estava com a cabeça para brigar daquela forma com a mulher que eu mais amava no mundo? Sabia o quanto Stella estava aflita com a minha demora, ela nunca foi de levantar durante a noite para tomar água a não ser que estivesse realmente preocupada com alguma coisa e tivesse dificuldades para dormir.

– Achei que não ia voltar hoje. - ela falou um pouco rispida e eu não me surpreendi com isso, eu merecia. - Onde estava?

– Eu fui beber alguma coisa e tentar... relaxar um pouco. - eu e ela ainda estavamos no mesmo lugar, apenas nos encarando e tentando decifrar o que cada um estava pensando.

– O que você fez, Mac?

– O que eu senti vontade de fazer, acertei o meu melhor soco naquele homem.

– Não pode estar falando sério - Stella ficou supresa e preocupada ao mesmo tempo - Você foi até a casa dele e...

– Não precisei fazer isso Stella, eu apenas o encontrei no bar onde estava e você já deve imaginar o que aconteceu depois. - Me sentei no sofá e comecei a abrir e fechar a mão direita várias vezes, ela ainda doía um pouco.

– Eu vou dormir... boa noite. Ah, deixei um travessseiro e um cobertor caso você queira dormir na sala hoje.

Ela deu meia volta e ia indo em direção ao nosso quarto, mas eu não estava disposto a ficar assim com ela por muito tempo, então decidido me levantei rapidamente e ainda a alcancei na porta do quarto.

– Stella espere. - ela se virou e me encarou com aqueles maravilhosos olhos verdes que eu amava tanto, eu vi tantas coisas nele naquele momento... amor, raiva, preocupação... Tantas emoções ao mesmo tempo. - Desculpe pelo o que eu disse mais cedo, eu só... estava com muita raiva do Sinclair e acabei descontando em você.Eu fiquei louco quando soube e você precisa me entender amor, eu só me senti um inúlti por não ter conseguido proteger vocês daquele homem e saber que falhei foi demais pra mim. Me perdoa Stella, por favor, eu amo você e não suporto ver essa raiva nos seus olhos... Me deixa dormir com você? Na nossa cama...

Os instantes seguintes pareciam uma eternidade e Stella parecia disposta a manter sua decisão daquela noite.

– Eu sei o quanto você se preocupada conosco Mac, mas não pode resolver tudo dessa forma por mais que estivesse mordida de raiva de você, fiquei ainda mais preocupada.Eu não quero você se metendo em problemas ainda mais, eu preciso de você aqui do meu lado... cuidando do nosso filho e me ajudando a cria-lo para que um dia ele seja como você... o melhor homem do mundo, o meu...

Eu a puxei de encontro ao meu corpo e a abracei com todo o carinho e amor que tinha por ela.Ter Stella em meus braços era a melhor sensação do mundo e eu não conseguia mais me imaginarr viver sem aquela mulher comigo.Me afastei um pouco o suficiente para olhar bem fundo nos seus olhos.

– Eu amo você Stella.

– Eu também te amo Mac, muito.

Ela sorriu e me beijou.Eu sentia saudades de ter minha mulher por completo, de beijar seu corpo inteiro e ama-la como ela merecia.Mas sabia que precisava esperar um bom tempo ainda, Stella ainda sofria um pouco por causa da cesária e eu teria que ser paciente, o meu amor por ela era maior do que meu desejo.

– Vem Mac, vamos dormir...

Stella pegou minha mão e me levou até nosso quarto, deitamos na nossa cama e eu a abracei por trás, ela se aconchegou ainda mais ao meu corpo e eu fui capaz de sentir o maravilhoso perfume dos seu cabelos.

– Como está nosso filho?

– Cada hora que passa eu vejo que ela está melhorando e tenho certeza que tudo vai ficar bem, você vai ver.

– Eu tenho certeza que sim, minha querida.

Não demorou muito para que pegassemos no sono.

XXXXX Jess XXXXX

Eu tinha achado a ideia do Don de levar o senhor Rodriguez para Nova York bem maluca, mas era até engraçado olhar para aquele homem pelo espelho retrovisor e ver seu encantamento ao passar pelas ruas da cidade.

– Onde ele vai ficar? - perguntei para Don, para que somente ele ouvisse.

– Pensei no meu apartamento, não quero correr o risco de deixa-lo sozinho.

– Não pode ficar vinte e quatro horas com ele, sabe disso. - falei um pouco incomodada em saber que ia perder meu namorado pelo menos por algumas horas para um completo estranho.

– Eu vou dar um jeito nisso meu amor, fique tranquila, está bem?

– Eu vou tentar... não temos opção por enquanto, não é?

Chegamos ao apartamento do Don um pouco depois da meia noite, o senhor Rodriguez ficou maravilhado com o apartamento do meu namorado e eu comecei a ter um pouco de pena daquele homem, afinal de contas, ele tinha uma vida bem simples e tudo aquilo para ele era o paraíso.Estava na porta do apartamento dele e me despedia de Don com um beijo.

– Vou sentir sua falta naquele apartamento, vou ficar tão sozinha. - falei fazendo charme.

– Isso vai passar logo e tudo vai voltar ao normal.Alias querida - ele falou pegando meu queixo com uma das mãos - Antes de me conhecer você ficava lá muito bem sem mim.

– Isso foi antes, é tão estranho saber que me trocou por um homem barbudo.

– Que essa história não se espalhe pelo laboratório ou a minha reputação estará acabada.

Ele me beijou novamente e eu segui em direção ao elevador.Sabia o quanto Don se preocupava comigo e sabia que aquele pequeno sacrificio estava sendo dificil para ele também e via tudo aquilo como um agrande prova de amor da parte dele.

No dia seguinte como Don precisava trabalhar eu me disponibilizei a ficar com o senhor Rodriguez, meu namorado ficou um pouco preocupado, afinal nós mal conheciamos o homem.

– Me prometa que qualquer coisa vai me ligar no mesmo instante? - ele pediu quando já estava de saída.

– Fica tranquilo que tudo vai correr bem, eu estou confiante nisso. - Tentei passar segurança.

– Vai dar certo, não é? E você vai voltar para aquela delegacia logo logo, não é Jessica?

– Eu tenho certeza que sim - Eu precisava me apegar aquilo e acreditar, ou ia desmoronar.

XXXXX Stella XXXXX

Os dias passaram com uma rapidez incrivel e quando dei por mim meu pequeno Niko ia ter alta e eu enfim ia poder leva-lo pra casa.Acho que nunca senti uma felicidade tão grande em toda a minha vida, todos aqueles dia eu ia visita-lo e sentia que a cada segundo ele se tornava mais forte, Mac ia quase todos os dias e faltava apenas quando acabava preso em algum caso muito complicado, mas anoite fazia questão de saber como nosso filho estava.No dia que fiquei sabendo que Nicholas ia ter alta eu estava somente com a Millie, pedi a ela que guardasse segredo e que ia fazer uma surpresa para o Mac, claro que ela concordou e assim eu fiz.

– Vou direto para casa meu bem, quero descansar um pouco, nos encontramos lá.

– Obrigada por tudo Millie.

Vi minha sogra partir no táxi e com o meu filho nos braços olhei para o imenso prédio onde ficava o laboratório.

– Chegou a hora de você conhecer nosso local de trabalho meu amor.

Beijei suavemente o cabelinho dele e ele soltou um gemididnho, sorri e entrei no prédio, feliz demais por ter ele finalmente nos meus braços e ansiosa também por ver a reação do Mac.Assim que as portas do elevador se abriram eu dei de cara com Lindsay que ficou maravilhada por me ver ali com o bebê.

– Eu preciso ver o Mac, sabe onde ele está? - perguntei olhando para todos os lados.

– Na sala dele, acabou de ter um reunião com o novo chefe do laboraório.Sabe como é, agora que o Sinclair saiu sinto que as coisas vão mudar um pouco por aqui.

– Já estão mudando, nem posso acreditar que tudo deu certo e que enfim todos recuperaram seus empregos.Bem eu preciso ir, até mais.

– Até mais Stella.

Caminhei até a sala dele, olhando algumas vezes para o rosto do meu filho que dormia como um anjinho, pelas paredes de vidro e vi que o Mac estava lendo algum papel e parecia ser bem importante pois ele estava muito concentrado no que estava fazendo.A porta estava entreaberta e eu entrei sem ser notado com todo o cuidado possível.

– Você teria um instante para nós, detetive? - Mac levantou a cabeça surpreso e eu vi seus olhos encherem de lágrimas no mesmo instante.

– Stell... é o Nicholas... - Ele veio na nossa direção e parou maravilhado olhando para o nosso filho, acho que ele não sabia se ria ou chorava com todas aquelas emoções sentidas ao mesmo tempo. - Porque não me avisou? Eu teria ido busca-los e teria largado tudo para fazer isso.

– Eu queria fazer uma supresa, gostou? - perguntei emocionada tambem.

– Eu nem sei explicar o que estou sentindo Stella, nosso filho está indo pra casa... finalmente. - ele me deu um suave beijo nos lábios e depois voltou a sua atenção para o nosso filho. - Como ele está?

– Muito bem, agora é só fazer as consultas de rotina.Nosso filho está pronto para enfrentar o mundo. - eu falei sorrindo, feliz.

– Eu vou leva-los para casa. - ele estava decidido e foi até sua cadeira pegar seu palitó.

– Mac ainda está muito cedo para sair, tem certeza que naõ vai ter problema?

– Dane-se se tiver Stella, eu vou levar a minha mulher e o meu filho para casa e isso não está em discussão.

Eu me apaixonava cada dia mais por aquele homem maravilhoso, Mac agora era um dos homens que eu mais amava no mundo e junto com nosso filho me fazia sentir a mulher mais sortuda de todas.Tinhamos passado por aquela turbulência e agora que tudo estava resolvido eu me sentia mais leve e confiante.Por mais que sentisse saudades do trabalho, eu decidi curtir ao máximo minha licença maternidade e aproveitar muito o meu garotinho de olhos azuis.Acho que o momento mais engraçado foi quando Mac foi dar o primeiro banho no nosso filho.

– Eu acho que não vou conseguir fazer isso Stella, e se eu machuca-lo de alguma maneira? E se ele engolir água ou eu deixar o shampoo cair nos seus olhos?

Estavamos no nosso quarto e Nicholas estava deitadinho na nossa cama enquanto eu tirava a sua roupinha para o banho.

– Querido, você me viu fazendo isso a semana toda e eu acredito que vai tirar isso de letra.Fica tranquilo que o shampoo que ele usa não arde os olhinhos.Calma Mac, eu vou estar do seu lado.

O excesso de cuidado que ele tinha com nosso filho durante todo o banho era encantador e eu só conseguia olhar e sorrir a todo momento, tirei algumas fotos com o meu celular sem que o Mac percebesse, era claro todo o amor dele pelo Niko e eu só conseguia ficar olhando e aproveitando aquele momento, silenciosamente.