Beauty Queen escrita por Rocker


Capítulo 21
Bônus


Notas iniciais do capítulo

Bem, gente, é isso. Chegamos ao final, e eu espero que gostem desse bônus. Foi um prazer vocês comigo até aqui! ♥



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Bônus

Alguns meses depois...

Edmundo desenhava incessantemente em seu caderno de literatura. Desde que voltara de Nárnia, não fora mais o mesmo. Ainda mais com a ideia na mente de que Selene sabia sobre a volta deles. Sempre que eles tocavam nesse assunto - que não eram muitas, já que realmente não queriam voltar -, ela ficava com uma atitude estranha, sempre querendo mudar de assunto. Ela sabia. Sempre soube, e nunca contara a ele. Edmundo não guardara raiva ou rancor dela, longe disso! Só queria que ela tivesse lhe dito alguma vez, para que ele pudesse evitar de ir atrás daquele veado branco ou desse uma despedida melhor. Mas então ele se lembrava de que possivelmente não adiantaria nada evitar e Aslam deve ter dito a ela que não falasse.

Então ele sempre passava seu tempo desenhando, principalmente durante as aulas. Desenhos de Aslam, da batalha, da sua última caçada, da coroação, da neve. Mas principalmente Selene. Era sempre Selene. Em cada folha de seu caderno. Seus olhos azuis, seus cabelos negros, sua pele branca pintada com sardas. Ainda tinha fresca na memória cada detalhe dela, em todas as idades pela qual passou ao lado dele. E, naquela aula de literatura entediante, ele estava no meio de um desenho dela. Passara os anos em Nárnia fazendo aulas de desenho e pintura, mesmo odiando tal ideia. Mas Selene insistira, e ele finalmente cedeu. E era agora que as aulas estavam fazendo efeito. Efeito no lápis que ele passava pela folha branca, modelando os contornos de Selene apenas com as roupas íntimas e coberta envergonhadamente por um leçol branco, assim como no último dia em que se viram.

– Alunos, hoje temos uma aluna nova de intercâmbio. - anunciou a professora, mas Edmundo se desligou totalmente, assim como sempre fazia.

Não olhou uma sequer vez para a garota que entrara na sala, fora apresentada e passara por ele para se sentar no fundo, sempre o observando. Na hora que bateu o sinal para o intervalo, ele novamente a ignorara, sendo o primeiro a correr da sala com seu caderno de desenhos em mãos. E ele foi direto para o lugar que ia todos os dias: o jardim do internato. Sentara-se no mesmo banco de todos os dias, com o caderno sobre os as pernas, finalizando o desenho de sua última lembrança dela.

Edmundo estava tão envolvido no desenho e em suas lembranças, que nem percebera uma movimentação ao seu lado. Só voltou a si quando viu um pontinho branco caindo sobre o desenho. Outro pontinho branco, e depois outros; ele finalmente percebeu o que era.

Neve?!, ele se perguntou. Não neva em Londres nessa época do ano!

– Parece que as aulas de desenho do meu namorado finalmente deram resultado.

Edmundo levantou-se de repente, assustado e surpreso, para a garota que ele nunca vira ali naquele internato, mas que conhecia mais que a si mesmo.

– O que está fazendo aqui?!

Selene, de volta aos quinze, sorriu, mostrando todos os dentes, branquinhos como flocos de gelo.

– Bem... - ela disse, fingindo estar embaraçada, mas tinha um lindo sorriso estampado no rosto, enquanto girava um grande floco de neve entre as mãos. - Eu fiz um acordo com um amigo meu, Aslam, e ele me mandou para cá como aluna de intercâmbio e deixou meus poderes em troca da vida eterna. Parece que ficar sozinha em Nárnia durante seiscentos anos não me fez bem e ele decidiu me ajudar.

Edmundo ouviu a história com um sorriso abobalhado no rosto. Ele se aproximou dela e segurou seu rosto entre as mãos.

– Minha princesa perfeita voltou... - ele murmurou, abobalhado e emocionado em vê-la ali, na sua terra, no seu internato, na sua sala.

"– Perfeita?! - ela disse sarcástica e amarguradamente. - Eu não sou perfeita.

– Bem... - disse Edmundo, colando suas testas e roçando seu nariz do dela. - É perfeita pra mim.

E então ele a beijou. Não um simples toque de lábios, ou selinho rápido. Foi um beijo de verdade, daqueles que a fez agradecer por ele estar segurando-a firmemente pela cintura. Ela segurou os ombros dele, enquanto arqueava a coluna levemente para trás, enquanto Edmundo atacava sua boca com a língua. Era uma sensação boa, e que a entorpecia por completo. Quando a falta de ar se fez presente, eles se afastaram e inconscientemente, Selene sorriu sobre seus lábios.

– Continuo achando que não sou perfeita nem pra você. - ela provocou, roçando seus lábios nos dele e sentiu quando ele apertou mais fortemente sua cintura.

– Você é perfeita para mim, não adianta discutir. - insistiu ele, antes de voltar a beijá-la.

– Não existe perfeição em qualquer sentido. - disse ela sorrindo, assim que se separaram em busca de ar.

– Se eu tiver que te beijar toda vez que você me contrariar, vamos ficar com os lábios dormentes. - Edmundo provocou de volta, e Selene abriu um sorriso ainda maior.

– Acho que posso conviver com isso. - ela disse, antes de voltar a beijá-lo.

Por mais que perfeita fosse uma palavra simples demais para descrevê-la." (Capítulo 13)


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