A Copa do Mundo dos Artistas escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 4
Capítulo 4 - Conhecendo Matt, Conhecendo Marcelo: parte 2


Notas iniciais do capítulo

Seguimos com a história. Aqui introduzimos nossa primeira personagem resultante de uma ficha enviada por uma leitora, como foi avisado no primeiro capítulo.

Avisamos aos demais leitores que ainda é possível enviar fichas para esta história.



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Os nomes da letra M começaram a ser chamados. Matt começou a colocar suas chuteiras, caneleiras e meiões, já tendo vestido a roupa de treinos do clube. Então sua atenção foi chamada por um outro jovem candidato.

— Olá – disse ele, olhando para Matt.

Era um rapaz alto, bronzeado, de cabelo castanho com mechas loiras, forte, de braços largos e olhos negros. Estava apenas de calção e meião, com as chuteiras desamarradas, caneleiras não fixadas e a camiseta do treino pendia sobre seu ombro.

— Oi – disse Matt de volta. Era muito tímido.

— Veio para o teste, né? – perguntou o outro. – Eu sou Marcelo, Marcelo Linhares.

— E aí... Eu sou Matt Medeiros.

— Nome legal... É brasileiro?

— Sou – disse ele, quase rindo. – É que meu avô era britânico, daí o nome.

— Maneiro – disse Marcelo. – Faz o quê de bom?

Matt terminou de se arrumar, se empertigou e disse:

— Sou escritor, e comecei a trabalhar como ator nos últimos meses também.

— Show! Eu adoro livros. Sempre quis escrever um, mas nunca tive coragem de terminar. Quantos livros você já tem?

— Uns quatro. A maioria é de série, portanto terão continuações.

— Sou bom de ler livros, mas não de escrever, sem dúvida – riu-se Marcelo. – Ah, também sou ator.

Ouvindo isso, Matt olhou para os lados e, após ter certeza de que só Marcelo estava ouvindo-o, perguntou:

— Sem ofensa, mas... É ator pornô?

Marcelo riu de leve.

— Por que a pergunta?

Matt deu de ombros.

— Sei lá, é pelo seu físico. Atores “profissionais” geralmente não tem um peitoral assim.

— A maioria não tem por preguiça – confidenciou Marcelo. – Mas sou ator profissional mesmo, relaxe... Embora não vá negar que talvez fosse divertido fazer um trabalhozinho no pornô um dia.

Ele sorriu convencido. Matt, dessa vez, não segurou o riso.

— Que foi, cara? – perguntou Marcelo, rindo também.

— Nada não! – disse Matt, ainda tentando conter o riso. – É que você diz cada coisa. E eu aqui tava tentando me concentrar pro treino.

Marcelo fez um gesto de desprezo com a mão.

— Ah, que nada, se concentrar demais atrapalha mais do que ajuda. Vai por mim, é mais legal entrar descontraído no treino. Vai ver você rende melhor, se jogar descontraído e alegre.

O escritor olhou para o colega. Era algo que devia ser considerado, bem profundo de se dizer.

— Sabe, talvez tenha razão.

— Mas então... em qual posição você mais gosta de jogar?

Matt pensou por um momento.

— Eu não sou de escolher posição. Geralmente, nas peladas, eu jogava de meia lateral ou de atacante lateral. Mas consigo jogar de meia armador, segundo atacante, meia central, ala ou mesmo de centroavante, se for necessário.

— Uau – exclamou Marcelo. – Você é bem eclético. Bom, eu costumo jogar de atacante lateral ou segundo avançado, mas não recusaria jogar de centroavante. Acha que tem chance no time?

— Honestamente, não tenho ideia.

— Eu queria muito entrar – assegurou Marcelo. – Já imaginou jogar contra os times grandes do país...? Cruzeiro, Palmeiras, Corinthians, Grêmio...

— Mas o Natal não vai começar na Segunda Divisão?

— Sim, fera, mas ainda tem a Copa do Brasil dos Artistas, e nela, participam os times de todo o país, não importa a divisão.

— Hm, legal. Eu nem me liguei. Na verdade, o Natal não foi minha primeira opção de inscrição, mas o time para o qual eu torço não estava muito acessível aos artistas jovens.

— Qual o time para que você torce? – perguntou Marcelo.

Matt hesitou.

— Prefiro não dizer. Tenho receio das rixas de torcidas locais, embora você pareça um cara legal. Mas as torcidas daqui são meio radicais, sabe.

— Oh... E como sei – concordou Marcelo. – Por mim você podia me contar; eu não sairia espalhando por aí, já que você prefere ficar reservado com sua opção de torcida. Mas eu entendo sua opinião. Eu mesmo, torço pelo Alecrim, mas não faço a menor ideia de como eles vão montar um time de artistas. Quando fui procurar saber, não entendi pacas da organização que eles propuseram para o time... Aí fiquei sabendo do retorno do Natal e vim pra cá.

(Nota: o Alecrim F.C. é o terceiro clube mais tradicional de Natal, depois de ABC e América, sendo também o terceiro em número de títulos estaduais no futebol profissional.)

Matt cofiou a barba.

— É, a nossa situação é parecida – reconheceu o escritor. – Só espero que dê pra a gente se divertir tentando entrar no time.

— Pois é...

Não tardou muito para que chamassem “Marcelo Linhares de Moura”. Marcelo vestiu a camisa, arrumou-se rapidamente, calçou as chuteiras e foi para o campo.

— Boa sorte – disse Matt quando ele já ia saindo.

— Valeu Matt! – agradeceu ele.

 


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Notas finais do capítulo

História sendo revisada


Revisão concluída em 23.01.2024



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