Após a realização de seu congresso internacional anual, a Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado) lançou uma nova competição.

Seria chamada de Copa do Mundo dos Artistas.

As seleções participantes dessa competição, ao invés de contarem com jogadores profissionais, contariam com artistas de seus países competidores, isto é, seriam formadas por cantores, atores, escritores, poetas, pintores, designers, compositores, artistas plásticos etc.

O processo de classificação para o mundial, ao contrário do que ocorria com a Copa do Mundo profissional, não seria através de eliminatórias, mas sim através dos torneios continentais de cada região da Fifa, como a Copa América, para os sul-americanos, e a Eurocopa, para os europeus. Essas competições também ganhariam versões exclusivas para os times nacionais de artistas, que seriam organizados pela Fifa em conjunto com as federações continentais, como a sul-americana Conmebol e a europeia Uefa.

Com os clubes não seria diferente. Face à necessidade de se fazer uma grande “peneira” acerca de quais artistas representariam as seleções nacionais, os clubes de cada país membro da Fifa também criariam equipes para os artistas que fossem torcedores ou simpatizantes de tais times (ou mesmo que não fossem, mas que demonstrassem interesse em jogar por tal clube). A princípio, os artistas jogariam de forma voluntária (sem receber salários), mas um clube podia decidir oferecer bonificações e premiações aos artistas-atletas em caso de vitória ou de conquista de algum título, fosse coletivo ou individual.

A Fifa auxiliou as entidades continentais e nacionais de maneira precisa e exemplar para que os torneios com os artistas fossem criados o mais cedo possível. No ano seguinte, todas as associações e federações nacionais já estavam prontas para iniciar suas competições com artistas. Dada a grande expectativa que a Fifa havia criado sobre o novo formato de competição criado, a entidade havia apelidado sua nova Copa do Mundo de “A Taça do Novo Futebol-Arte”.

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A taça da Copa do Mundo dos Artistas seria similar à taça da Copa do Mundo profissional, como que para incentivar os artistas-atletas a darem o seu melhor para poderem erguer a mítica taça. Outra preocupação da Fifa era de que o novo torneio conseguisse resgatar o “Futebol-Arte”, que desde os anos 90 vinha sendo preterido pelo chamado “futebol-força”, no qual as equipes profissionais priorizavam as táticas defensivas em detrimento das ofensivas. Como os artistas não eram atletas profissionais, mas eram, em sua maioria, admiradores e praticantes amadores do esporte, a federação tinha altas esperanças de que eles buscassem priorizar a prática do futebol bonito e eficiente – como o Futebol-Arte tinha se estabelecido – durante as competições, buscando sempre entreter sua torcida, seu público.

Após um curto processo, ficou decidido que a primeira Copa do Mundo dos Artistas seria realizada na Suíça, entre o fim de julho e o fim de agosto, para assim não conflitar com as grandes competições de seleções de futebol profissional. Também foi decidido que a Copa do Mundo e suas competições classificatórias continentais seriam disputadas anualmente, e não de quatro em quatro anos como acontecia com os torneios profissionais.

A Fifa não instituiu uma Copa do Mundo Feminina de Artistas na ocasião, e nem Copas do Mundo de Artistas nas categorias sub-20, sub-17 e sub-15, como já existiam no futebol profissional; mas não descartou a possibilidade de criar tais competições, possivelmente quando já tivesse realizado pelo menos cinco ou seis Copas do Mundo de Artistas masculinas. Antevendo essa possibilidade, as federações nacionais e continentais começaram a trabalhar desde já na criação de torneios de clubes e de seleções para artistas homens e mulheres nas categorias sub-15, sub-17 e sub-20, bem como torneios de clubes e de seleções para artistas mulheres adultas.

Para a sorte da federação internacional e de suas associações nacionais e continentais filiadas, o interesse dos artistas nos quatro cantos do mundo pela iniciativa foi grande, e a procura dos artistas por vagas nos clubes foi imensa nas primeiras semanas do ano. Logo, logo, as seleções estariam prontas para a Copa do Mundo.