Um Amor de Vampiro escrita por AnyRocha


Capítulo 2
Fases




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Capitulo 2 - FASES

Dois anos Depois


Percebíamos que Bella chorava muito quando havia fortes chuvas. E então nenhum de nós saía, ficávamos todos a distraindo, até esta pegar no sono.

Hoje era um dia dessas tempestades, fiquei com Bella até esta adormecer. Depois fui para meu quarto, deitando na cama e me distraindo com um livro qualquer.

Minutos depois ouvi passinhos que só podiam ser de Bella, pensei em me levantar, então percebi que esses passos vinham em direção ao meu quarto. Apenas esperei.

Bella empurrou a porta que estava entreaberta e entrou devagar.

Minha princesa estava com seu pijama de patinhos amarelos, com os cabelos castanhos soltos e um pouco descabelados, nada que a deixasse feia. Segurava nas mãos seu companheiro de todas as noites, um paninho de algodão que carinhosamente chamava de 'Kuti'. Era irônico, eu sei. Quando Emm deu esta sugestão, ela adorou e logo começou a chamá-lo assim, não tive como protestar.

- Ed.

Ela chamou manhosa.

- Oi menina, o que faz aqui?

- Estou com medo.

- Vamos, vou lá ficar com você.

Disse indo em direção a ela e a pegando no colo.

- Me deixa ficar aqui?

- Quer dormir aqui princesa?

- Uhum.

A coloquei na minha cama e ela segurou minha mão, e com a outra agarrou seu Kuti.

- Quer que o Ed cante para você?

Ela apenas balançou a cabeça, e eu comecei a cantarolar a música que ela me inspirara.
Deste dia em diante, em todos os dias de tempestades, Bella pedia para dormir comigo, sempre segurando minha mão. Eu me sentia o preferido, por sempre me escolher. Os outros até tentaram, mas ela sempre chamava por mim.

Aos Sete anos

Bella começou a frequentar a escola, como qualquer criança normal. A diferença, é que ela não tinha os pais, como as outras. Às vezes voltava da escola com perguntas estranhas. Nunca mentimos, dissemos que seus pais morreram, e que nós a criamos. Mesmo sendo pequena, ela entendeu e aceitou naturalmente.
Ela me surpreendeu quando fui buscá-la na escola, 21 de junho. Eu nunca havia me importado com esta data. Até aquele dia. (N/A: No EUA, dia dos pais é nesta data.)

- Oi Ed.

Ela disse adentrando ao carro e eu lhe dei um beijo na testa.

- Oi menina. Como foi a aula hoje?

- Foi super legal, fizemos um cartão muito bonito.

- Cartão? Do Que?

- Dia dos pais Ed. Tome. Eu mesma pintei, é para você.

Chocado, peguei o cartão que ela me estendeu, todo branco e com um coração pintado de vermelho. Dentro do coração estava escrito 'ED' com a letra da minha pequena.

Olhei assustado para Bella.

- Como não tenho pai, eu pensei em você. Mas não diga pro tio Emm, no próximo eu faço para ele também.

Ela disse inocente e divertida, sem se dar conta do furacão que estava causando no meu interior. Entrei em choque. Não sabia o que dizer.

- Não vai abrir?

Acho que estranhou meu silêncio. Concordei com a cabeça e fiz como pediu.

' Querido Ed

Você é melhor que qualquer papai.

Meu vampiro favorito.

Eu te amo muito, mais que todo mundo.



Bella.'




Um vampiro não chora. Um vampiro não chora. Eu repetia isso na minha mente... MERDA! Eu queria chorar, tinha algo preso na minha garganta e não sabia como tirar.

Eram palavras simples, mas vieram com força contra meu coração congelado, o fazendo romper em milhões de fragmentos. Em reflexo a isso a abracei.


- Gostou?

- Nunca ganhei algo mais bonito que isso Bella.

- Ah. Você não viu como ficou da Mônica, o dela ficou tão lindo.

- Tenho certeza que o seu ficou mais.


Ela riu convencida.


- Eu te amo menina.

- Eu também Ed, vamos tomar sorvete?

Eu poderia negar algo a ela depois disso?

- Só você né? Eu aposto que você não agüenta dois de chocolate.

- Agüento sim, você vai ver.


[...]


No ano seguinte, Bella presenteou Emmett no dia dos pais. Ele URROU de tanta felicidade, foi uma cena escandalosa, bem diferente da minha. Parecia uma criança de tanto que pulava e a rodava nos braços. Fez um quadro com o cartão e pendurou na parede de seu quarto.

Com o Jasper, eu achei mesmo que ele fosse chorar, ele ficou tão emocionando e sem ao menos perceber, começou a mexer com as nossas emoções, nos fazendo sentir o que ele estava sentindo. Alegria, Amor, Devoção... Eram tantos sentimentos ao mesmo tempo, que caí sentado, confuso.


[...]


Aos treze anos de idade, Bella começou a ter amiguinhas no colégio, o que me deixou um pouco... Como posso dizer... Irritado? Ela mantinha segredinhos e ficava com conversinhas por códigos. Eu realmente não entendia nada.

Estava lendo um livro no sofá, quando a Bella entrou rápido em casa correndo para seu quarto.

- Bella? Bella o que foi?

Ela não me respondeu, correu para o banheiro de seu quarto e se trancou. Bati na porta desesperado, estava sentindo cheiro de sangue.

- Bella você esta machucada? BELLA O QUE ESTA ACONTECENDO?

Com meus gritos, apareceram Jazz e Emmett.

- O que foi Edwar... Sangue? Bella se feriu?

Jazz sentiu o cheiro de sangue e começou a ficar preocupado como eu. Para total desespero Bella ainda permanecia em silencio.

- Bells, abra a porta pequena.

Emmett pediu se aproximando da porta.

- Me deixem quieta, saiam do meu quarto. Eu estou bem.

Seu tom era de dúvida e descrença.

- Bella, por favor, estamos preocupados. Abra a porta princesa.

- Estou bem Ed. Eu só preciso de um...

- O que precisa Bells? Diz que eu pego.

- Telefone, tio Emm.

CÉUS! Ela precisava de um telefone pra parar de sangrar?

- VOCÊ QUER UM TELEFONE PARA QUÊ, BELLS?

- Se não forem ajudar, por favor, SAIAM DO MEU QUARTO.

Ficamos em silêncio, Bella nunca ficou brava assim. Jazz nos olhou e sorriu.

Onde ele estava vendo graça nisso? Bella estava machucada dentro do banheiro e não queria nos deixar ajudar. Que graça há nisso?

' São aquelas coisas de mulheres humanas, só pode'

Olhei questionando o pensamento de Jazz. Que porra é essa de “aquelas coisas”?


- Deixem de ser burros. Isso porque dizem que conhecem mulheres humanas. É aquela coisa.

Ele disse isso e sorriu super convencido, acabou por me deixar mais confuso, pelo jeito não era só comigo.

- Sério cara, você aprendeu que língua lá na América do Sul? Não entendi porra nenhuma.


Meus dois irmãos sussurrando uma conversa, hilário. Jazz revirou os olhos, foi até a mochila da Bella pegou o celular e bateu na porta do banheiro.


- Está aqui seu celular Bells, nós estamos saindo. Pode fazer sua ligação.


Ela abriu um pouco da porta, sussurrou um ‘obrigada’ para o Jazz, o cheiro de sangue veio forte, deixando-me um pouco tonto. O veneno veio todo à boca e uma tristeza tomou conta de mim. Minha menina estava machucada, e eu também era um perigo para ela.

Ele se trancou de novo, Jazz fez um sinal para que saíssemos do quarto. Obedecendo ao louco, eu e o Emm saímos.

Do corredor ouvi Bella fazer a ligação.

' Alô? Angela? Oi Angie. Eu acho que aquilo aconteceu. Pode me ajudar? Sim, pode vir aqui? Estou te esperando. Obrigada amiga'


Puta que pariu. Que porra de conversa é essa? Novamente 'aquilo', que eu não sabia entrava numa conversa. Furioso, marchei até a sala. Droga, eu odeio ficar por fora do que acontece com a Bella. Minha vontade era de ir até lá arrebentar aquela porta, acabar com o que esta machucando minha menina e abraçá-la. Mas não, eu não podia. Jazz ficou fazendo guarda na ponta da escada, impedindo qualquer atitude minha e do Emmett, que estava tão decepcionado quanto eu.

A campainha tocou e eu corri para abrir a porta.

- Er... Oi... Senhor Cullen. Posso ver Bella?

- Não antes de me dizer QUEM A MACHUCOU, GAROTA.


Ela ficou roxa fazendo menção de correr.

- Angela! Bella esta no quarto pode subir. É a terceira porta à esquerda.

Jazz se colocou entre nós. Ela apressou os passos em direção a escada sem responder nada, apenas com uma sacola nas mãos.

Ficamos em silêncio, ouvindo os passos da garota indo até o quarto da Bella. A tal de Angela bateu na porta.

- Bella sou eu Angie, pode abrir.

Minha princesa abriu a porta.

- Obrigada por vir Angie, entre.

- Tome isto, é o que eu uso. Acho que você vai gostar também.

Pelos pensamentos da Angela, eu a vi entregando um pacote para Bella.

OMG. Absorventes.

Era... Era... Mesmo... CÉUS... Era mesmo 'AQUILO'.

EU. NÃO. SEI. O. QUE. PENSAR!

Quando dei por mim, a garota estava descendo as escadas e Bella vinha logo atrás, corada. Vergonha?

- Tudo está bem, quando acaba bem.

Ela disse divertida. Muito engraçado.

- Pode se explicar agora mocinha?

Emmett ainda não tinha entendido a coisa, fez com que a Bella corasse violentamente.

- Bella é uma mulher agora.

A besta da amiga dela se pronunciou, dizendo tudo que eu NÃO QUERIA OUVIR.

Tinha como não ficar furioso?

- ELA AINDA É A MESMA!

Gritei furioso, vendo o que ela quis dizer com 'agora é uma mulher'.

- Ei, é claro que ainda sou a mesma.

- NÃO! NÃO! ISSO NÃO!

Emmet se levantou gritando, numa atitude de horror. Todos olharam surpresos para ele, exceto eu, na verdade eu queria arrancar a cabeça dele só por pensar isso.

- O QUE VOCÊ FEZ COM MINHA BELLS, SUA LOUCA?

A menina segurou no braço da Bella com o medo estampado nos olhos, Bella ficou confusa com a atitude do Tio, mas não se pronunciou.

- Não é nada disso que você está pensando Emm! Deixe de ser absurdo!

- Então me diga Edward, o que esta acontecendo aqui?

- Bella ficou mulher... Porque... Aconteceu... àquelas coisas, sabe?

- Não! Que coisas?

Emmett era mesmo um leso.

- Desceu as regras dela Emmett.

Disse meio impaciente com a burrice dele.

- Oh... Mas como aconteceu?

- Sério que vocês vão conversar sobre isso?

Olhei para Bella e ela estava tão vermelha que tive dó.

- Não Bells, todos aqui já entendemos.

Jazz controlou nossas emoções e estávamos calmos em poucos segundos. A situação de constrangimento logo passou.

Já havia se passado dezesseis anos desde que a Bella começara a morar conosco. Nossas experiências pelas fases dela foram excepcionais. Eu mantinha cada detalhe fixo na minha mente.

Bella estava no ginásio, parecia ser muito mais madura do que a idade que tinha. E estava deslumbrante, sempre a mais linda de todas.

Por se sentir 'tão madura', Bella não se importava que saíssemos todos nós juntos para caçar, mais nunca concordamos, sempre um ficava com ela. Ela insistiu tanto, que hoje saímos eu, Emmett e o Jasper deixando- a sozinha em casa.

Fui a busca da minha presa, tentando não pensar se a Bella estava bem ou não, encontrei uma mulher bonita, tinha cabelos loiros que iam até a cintura, seus olhos eram verdes, e quando cheguei para abordar uma conversa, ela foi extremamente gentil. Tinha uma conversa sedutora, mas não era atirada.

É, São mulheres assim que matavam, literalmente, minha fome.

Ela me chamou para sua casa e eu fui. Começamos com vinho, bebi um pouco para disfarçar, já ela se embebedava muito, e começara a me seduzir, tirando aos poucos cada peça que vestia, até ficar com uma lingerie preta. Seu corpo era esbelto, branca e linda, colocou uma música sensual e começou a rebolar me animando todo.

Eu não tinha tempo para joguinhos de sedução, mas este estava me atraindo, me excitando. Me levantei em direção a ela e comecei a balançar meu corpo junto do seu, em uma dança erótica. A sensação que a muito estava adormecida, despertou. Eu precisava possuí-la agora mesmo. A peguei no colo em direção a cama, ela sorria acariciando meu peito.

- Tire a roupa, gostoso.

- Quem dita as regras aqui sou eu. Vire-se.

Ela obedeceu ao meu comando, e rápido me despi.

- Gostaria de conhecer o céu hoje?

Sussurrei no seu ouvindo. Claro que utilizei a mesma tática de sempre. Elas adoravam ir ao céu, mesmo sendo uma ida sem volta.

- Me leve até o céu, SOU SUA!

A penetrei por trás, de uma só vez. Arrancando um gemido de dor e prazer ao mesmo tempo. Comecei a dar estocadas leves e aumentando o ritmo, aumentando, aumentando, e o suor já escorria pelo seu corpo. É, eu estava com saudade disso tudo. Eu queria prolongar a sensação gostosa até ouvir um trovão e a chuva cair pesadamente.

BELLA!

Parei de estocar.

- Para sua sorte, ou azar... Não sei. Hoje você não irá conhecer o céu de uma forma prazerosa.

Ela me olhou confusa e eu pulei no seu pescoço lhe mordendo, sugando todo sangue quente e gostoso que ela tinha. Senti a força se espalhar pelo meu quarto, na mesma velocidade que bebia seu sangue.

Foi rápido, muito rápido e então eu já estava dentro do carro seguindo em direção de casa. Eu sabia, não devia ter concordado com essa tolice de deixar Bella sozinha.


Estacionei o carro de qualquer forma e corri para o interior de casa. Ouvi soluços vindos do meu quarto, e quando entrei, vi a Bella deitada na minha cama, segurando forte um cobertor e olhando a porta, constatando que era eu que acabara de chegar.

Chorando ela me estendeu a mão.

- Ed.

- Estou aqui minha menina, esta tudo bem agora.


Segurei sua mão e a abracei com a outra. Fiquei em silêncio, até que os seus soluços cessarem.

- Você é o meu calmante.

- Ouvi muito isso do Emm quando você ainda era um bebê.

- Eu sou uma tonta, não é? Temer trovões e relâmpagos, isso é tão infantil.

- Todos nós temos algo que tememos querida.

- Você também?

- Claro.

- Ora, veja só. Se não é Edward Cullen, o vampirão que diz que teme algo.

- Como eu disse, todos temem algo.

- Pode me dizer do que tem medo? Fiquei realmente curiosa.

- Sabe, eu nunca tive uma vida, não importava para mim, existir ou não. Eu simplesmente não tinha nada a perder, por isso todos sempre acharam que não tinha medo de nada. Isso claro, foi até aparecer uma pequena criança que coloriu minha vida, fazendo um coração congelado, parecer que voltou a bater. A partir deste dia eu passei a temer uma única coisa: Perder você princesa.

Bella mordeu os lábios com minha resposta e corou.

- Eu preciso sempre de você.

- Estarei aqui sempre menina.

E mais uma vez, como em todas outras noites de chuva, Bella adormeceu na minha cama segurando a minha mão.

Ouvi meus irmãos chegarem e silenciosamente me levantei. Desci até a sala, precisava conversar com esses imbecis.

- Vocês não ouviram a chuva?

- Oi Edward, você já chegou cara?

- Emmett eu fiz uma pergunta.

- Ei, que humor. É claro que ouvi, mas e dai?

- E daí IMBECIL, é que Bella estava em casa, SOZINHA!

- Oh, esqueci completamente. Que idiota que fui como esta a Bells? Vou vê-la.

- Você esqueceu porque é mesmo um IDIOTA, ela está bem e dormindo, não vá incomodá-la.

- Edward, me desculpe. Eu também me esqueci completamente, na verdade alguém me fez esquecer.


Jazz disse trazendo em mente a imagem de uma mulher pequena, com cabelos espetadinhos e que falava pelos cotovelos. Pelos seus traços, uma vampira.


- Pelo que vejo sua caçada foi diferente hoje Jazz, quem é a mulher?

- Ah não comecem, podem falar sem ser mentalmente? Quero saber também pow.


Emmett odiava ficar por fora dos assuntos, principalmente quando havia mulheres neles.

- Jazz conheceu uma mulher vampira e se interessou por ela.

- Ué, você não tinha virado gay?

- Emmett se você disser isso mais uma vez, juro que sua existência acaba hoje.

- Ok... ok... Mas conta logo garanhão, quem é ela?

- Ela se chama Alice, eu a conheci enquanto passava em frente a uma festa de estudantes.

- O que? Não me diga que ela estuda.

- Digo sim, e digo mais... Ela estuda com a Bells.

- Céus, uma vampira estuda com a Bells? E você diz assim, naturalmente?

- Emmett tem razão Jazz, Bella esteve em perigo este tempo todo.

- Se acalmem eles não são como nós.

- ELES? SÃO MAIS QUE UM?

- Cara, agora estou ficando preocupado, vamos ter que nos mudar.

- Dá para me ouvir? Eu já disse, eles não são como nós.

- Jazz, o que faz um vampiro diferente de outro? Todos se alimentam se sangue.

- Sim, mas eles são diferentes. Como posso dizer... Ela usou a palavra... Vegetarianos.

- ELES COMEM MATO?

- Emmett fale baixo, Bella esta dormindo, seu idiota.

- Desculpe Edward, mais o cara acabou de dizer que conheceu uma vampira que come mato. É de assustar qualquer um.


Eu estava começando a ficar nervoso com esta situação, e Emmett não estava ajudando em nada.

- Cala a boca Emmett! Explica essa coisa Jasper.

- Eles mantêm uma alimentação apenas de animais.

- ER. ÉCA. ARGH. QUE NOJO.

- Emmett se você gritar mais uma vez arranco essa língua, já disse que Bella vai...

- Acho que ela já acordou Edward.


Jasper também ouviu a respiração da Bella mudar, sim, provavelmente ela havia acordado.


- Esse assunto está encerrado por aqui, até vermos se é ou não seguro continuar morando aqui.


Falei terminando a conversa e fui ver a Bella. Entrei no quarto e ela estava sentada na cama.

- Já acordou princesa?

- Preciso ir para o colégio né?

- Mas está cedo pequena. Pode dormir mais um pouco.

- Já perdi o sono, vou tomar um banho e me arrumar.

- Certo, depois desça. Vou preparar seu café.


Dei um beijo na testa da minha menina e fui até a cozinha.

Bella adorava panquecas, então seria este o prato principal do café. Em poucos minutos, já estava pronto, logo ela já estava descendo.


- Bom dia Tio Emm, Tio Jazz.


Bella os cumprimentou com beijos e se dirigiu a mesa. Todos nós sentamos juntos. Algo que fazíamos com freqüência, mesmo sem comer, nos reuníamos para fazer companhia para a Bella.


- Como está indo o colégio Bells? Amizades novas?


Emmett estava curioso para saber se ela havia conhecido os vampiros que Jazz havia falado, e eu também, então esperei por sua resposta.


- Na verdade Tio Emm, tem sim. Na sexta-feira passada, uma baixinha de cabelo espetado veio conversar comigo, achei ela muito simpática, tagarela, mais muito legal. Parece até uma fadinha. Se eu não me engano, ela se chama Alice. Já parece que somos melhores amigas.


Ela falava tão distraidamente, comentando sobre uma amiga nova que conhecera. Enquanto nós congelamos.

PDV Bella

Estava morando em uma cidade chamada Forks há alguns meses, desde que meus tios disseram que já estavam desconfiando de nós. Nos mudamos e agora, aqui estava eu, sozinha. Não por motivo ruim, claro. Meus tios tinham que caçar e eu não queria continuar sendo um pedra no caminho deles, insisti para que fossem todos, e que ficaria bem sozinha.

Engano meu. Uma tempestade começou, e eu como uma criança boba e infantil, corri para o quarto do Ed, mesmo sabendo que ele não estava lá, eu me sentia mais segura.

Me cobri com o edredom e em meios a choro, ouvi a porta sendo aberta. Era meu Ed.
Estendi-lhe minha mão e chamei:

- Ed.

- Estou aqui minha menina, esta tudo bem agora.

Ele segurou minha mão e me abraçou logo em seguida. Ficamos assim, até me controlar e conseguir falar.

- Você é o meu calmante.

- Ouvi muito isso do Emm quando você ainda era um bebê.

- Eu sou uma tonta, não é? Temer trovões e relâmpagos, isso é tão infantil.

Aconcheguei-me mais em seus braços gélidos.

- Todos nós temos algo que tememos querida.

Edward disse mansamente,depositando um beijo em minha testa. Virei-me para encará-lo.

- Você também?

- Claro.

- Ora, veja só. Se não é Edward Cullen, o vampirão que diz que teme algo.

Disse divertida, realmente era algo inacreditável. Ele sempre mostrou não ter medo de nada e ninguém, mesmo tio Emm com aquele tamanho todo, metia menos medo que o Ed.

- Como eu disse, todos temem algo.

- Pode me dizer do que tem medo? Fiquei realmente curiosa.

- Sabe, eu nunca tive uma vida, não importava para mim, existir ou não. Eu simplesmente não tinha nada a perder,por isso todos sempre acharam que não tinha medo de nada. Isso claro, foi até aparecer uma pequena criança que coloriu minha vida, fazendo um coração congelado, parecer que voltou a bater. A partir deste dia eu passei a temer uma única coisa: Perder você princesa.

Eu fiquei realmente sem graça com a resposta, senti minha pele em brasas. Eu sempre soube que era importante para ele, mas quando ele dizia assim... Eu ficava me sentindo a pessoa mais sortuda do mundo. O que seria da minha vida sem meu Ed?

Nada! Eu o queria sempre comigo, assim... Me protegendo!

- Eu preciso sempre de você.

- Estarei aqui sempre menina.

Sua voz era suave, aveludada... Meu consolo. Segurei sua mão, e cai no inconsciente.

Despertei com uma voz alta, mas não reconheci quem era, porque em seguida veio o silencio, me sentei na cama, decidindo se levantava ou não.

Edward apareceu na porta do quarto de repente.

- Já acordou princesa?

- Preciso ir para o colégio, né?

- Mas está cedo pequena. Pode dormir mais um pouco.

- Já perdi o sono, vou tomar um banho e me arrumar.

- Certo, depois desça. Vou preparar seu café.


Ele me beijou na testa e saiu do quarto. Decidida não dormir mais, fui tomar um banho e me arrumar para o colégio.

Coloquei uma calça jeans larga e uma camiseta, fiz um coque no meu cabelo, que insistia em frouxar.

Esse era meu figurino, eu gostava de me vestir assim, não me sentia tão quebrável perto dos meus tios. Eu digo quebrável, porque quando vejo aquelas patricinhas da escola, com salto e micro saia, parecem que vão se despedaçar no primeiro tropeçar.

Desci e encontrei todos na cozinha, pelo cheiro havia panquecas no cardápio.

- Bom dia Tio Emm, Tio Jazz.

Os cumprimentei com beijos, e comecei a me servir. Todos se sentaram comigo, me fazendo companhia.

- Como está indo o colégio Bells? Amizades novas?


Tio Emm perguntou como se fosse algo comum, mas não era. Já que ele NUNCA perguntou isso. Disfarcei a voz e respondi casualmente.

- Na verdade Tio Emm, tem sim. Na sexta-feira passada, uma baixinha de cabelo espetado veio conversar comigo, achei ela muito simpática, tagarela, mais muito legal. Parece até uma fadinha. Se eu não me engano, ela se chama Alice. Já parece que somos melhores amigas.

O que realmente era verdade, Alice falava comigo como se me conhecesse há anos. Eu jurava que ela sabia sobre meus tios, porque vivia me cheirando, e dizia que eu cheirava muito bem. O pior dos dias foi quando eu esqueci meu casaco em casa e tio Jazz me emprestou o seu, ela praticamente me agarrou. Dizendo que esse era o dia que eu estava mais cheirosa. Era uma louca, mas eu já a considerava uma grande amiga.

Eu estava mordendo minha panqueca quando levantei os olhos e vi meus três vampiros congelados, com olhos esbugalhados para mim.

- O que foi?
Algo que eu não tenho é medo deles, mas eles estavam me assustando com esse silêncio e essa cara de quem comeu e não gostou.

Certo, vou mudar o ditado, porque vampiros não comem. Com cara de poucos amigos, melhorou né?

- Vamos levar você ao colégio hoje Bells.

- Mas por que Tio Emm? O colégio é aqui perto.

- Mesmo assim, vamos fazer um passeio em família.

Revirei os olhos, passeio em família me levando ao colégio?

- Essa não colou.

- Bella, vamos levá-la porque sua amiga. Alice é uma vampira, e não sabemos se é uma ameaça para você.

- Alice, vampira?

Tudo começou a se encaixar, como um quebra cabeça. Ela era gelada, vivia comentando sobre meu cheiro, e era linda!
Ok, eu fui tão burra por quanto tempo? Ah! Uma semana só.

- Sim Bells, eu a conheci ontem em uma festa. E soube que estudava com você.
- Ela não é perigosa, Tio Jazz, ela é do bem. Nunca a vi olhar diferente para ninguém.
- Eu sei Bells, mas tem dois que precisam ver isso com os próprios olhos.

Emmett deu uma risadinha e Ed continuava sério. Terminei meu café em silêncio, eles também não disseram mais nada. Eu até ficava feliz quando eles me levavam ao colégio. ANTES. Agora tudo mudou, eu tenho uma vida social a ser zelada e super ocultada deles. Se descobrissem sobre Jake?

Céus! Se Edward lesse a mente dele?

- Ai... Ai...


Me ajoelhei no chão e coloquei os braços em volta da barriga. Como já esperava todos correram para me socorrer.


- Bella? O que foi? Você está bem? O que está sentindo?


Edward dizia com desespero, fazendo a culpa me perfurar.


- Fala Bells... O que é?

- Uma dor de barriga Tio Emm, acho que estou bem. Acho que não vou ao colégio.

- Humm...


Me virei para tio Jazz que me olhava desconfiado. Droga! Esqueci que ele sentia o que estava acontecendo comigo. Óbvio, que ele percebeu dor nenhuma.


- Acho que alguém não está querendo ir ao colégio.


Ops. Temos um leitor de mente também. Ele ia ler que eu estava fingindo na mente daquele que tudo sente.


- Meu plano infalível não funcionou, né?

- Ele não era infalível, Bella.


Edward disse segurando minha mão e me puxando. Porque eu estava sentindo que algo ruim ia acontecer?

Mesmo sendo muito próximo do colégio, eles insistiram em ir de carro. E eu fui né?

Assim que Edward parou o volvo em frente ao colégio, quem estava me esperando com uma flor?

Jake.

Droga, droga, droga! Se fosse outro dia, eu estaria mais feliz que o mundo. Hoje eu estava odiando Jacob Black.

Me virei para Edward, será que a essa hora estava já sabia de tudo?


- Isabella Cullen, quem é esse?


Ok, ele sabia


[...]

 

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Opa. Sim? Comentem. Não? Comentem também, ué!!