Um Amor de Vampiro escrita por AnyRocha


Capítulo 10
Lindas Estrelas


Notas iniciais do capítulo

INFO: NOSSA QUERIDA SAKURA, FEZ UMA COMUNIDADE EM HOMENAGEM A FIC.

*Obrigada beiba* ... Entao vamos la pessoal? Quem tem orkut : Join =)

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PDV EDWARD

Um sentimento de culpa se apossava de mim, enquanto carregava Bella de volta para casa. Jamais me perdoaria por tamanho descuidado, eu vingaria até o arranhão mais insignificante que ela teve.

- Não acha melhor levá-la a um hospital, Edward?

- E dizer o que Ingrid? Que foi atacada por ursos?

- Só estou querendo ajudar.

- Ajude ficando quieta.

Surpreendi-me de como seus pensamentos ainda continuaram calmos e cheios de compaixão. Lá estava eu sendo novamente um grosso nem necessidade.

- Me perdoe Ingrid, Bella precisa de mim, precisa ficar conosco, vou levá - la para meu quarto busque uma bacia com água e uma toalha, vamos limpar seus ferimentos.

De forma inocente ela sorriu, e prontamente foi providenciar o que pedi.
Subi para meu quarto e coloquei Bella sobre a cama, Emmett, Jazz, May e Thamy estavam ali presentes, Alice, Carlisle e James estavam com Esme. Que neste momento, encontrava-se em um estado pior que o de Bella.

A única verdadeira parente de Bella encontrava-se entre a vida e a morte.

- Carlisle cogita a hipótese de transformá-la.

- Eu sei Jazz, ainda sim, Bella não terá mais um parente de sangue.

- Edward...

- Não termine esta frase, Emmett Cullen.

 

Todos encararam a mim e a Emmett com um ponto de interrogação em suas mentes, sinalizei um não com a cabeça, deixando claro que não comentaria sobre o assunto.

Era difícil até para eu pensar na idéia de transformar Bella em vampira, em outras palavras, condená-la.

Minha Bella teria uma vida normal, passaria por todas as fases que a vida lhe oferecer, e eu estarei ao seu lado, sempre.

Fechei os olhos, imaginando Bella envelhecer e indo para o término de vida, sem duvidas, seria o meu fim também. Era um tempo curto, não o suficiente para ter dela o que eu mais queria.
Meus pensamentos foram interrompidos quando Bella começou a gritar e se debater na cama.

- Emmett segure-a.

Ele fez como pedi, mas não pode fazer nada em relação aos gritos de Bella, que ficavam cada vez mais cheios de agonia, dor e sofrimento.

- Chame Carlisle, agora! Chame-o.

Não precisou que ninguém fosse chamá-lo, Carlisle entrou no quarto rapidamente, indo em direção a Bella, que continuava a gritar.

- Jasper peça a Alice minha maleta. Vamos dar um sedativo a ela.

- O que aconteceu, Carlisle?

- A dor começou a ficar forte, Bella parece não suportar.

Em questão de segundos, Jasper já estava de volta com Alice.

- Aqui está a maleta.

Carlisle tirou de lá uma seringa, e preparou a injeção.

- Não a solte Emmet, isso irá doer.

No momento em que Carlisle aplicou a injeção, um grito ensurdecedor saiu da boca de Bella, fora como uma facada em mim, eu me ajoelhei colando a mãos na cabeça.

Sem saber como ajudá-la, eu fiquei ali, imóvel, sem reação, ela gritava ainda mais que antes, em um tom ainda mais desesperado, suas lagrimas escorriam por todo seu rosto, misturando-se com o suor que faziam seus cabelos grudarem na sua face.

Bella parecia estar pior que antes, sua voz começava a ficar rouca de tanto esforço que fazia para gritar, sua face completamente vermelha.

Fechei meus olhos, tentando amenizar a dor que gritava em meu interior, diante desta cena.

- Por favor... Por favor, Carlisle... Faça algo.

Carlisle olhou para mim, e em seus olhos pude ver a dó que sentiu por mim, por minhas palavras.

- A dose que dei Edward, é forte demais, era para tê-la acalmado. Não sei o que aconteceu.

- Dê outra, por favor... Tire essa dor dela. 

- É perigoso Edward.

Abaixei a cabeça, derrotado. Eu só queria que Bella não sofresse.

-Vamos tentar, ela não pode ficar assim.
Novamente Carlisle aplicou a injeção em Bella, o que a fez imediatamente se acalmar e adormecer.

- É uma dose considerável de morfina, isso vai deixá-la inconsciente por horas, ou talvez dias. Depende de como o corpo dela irá reagir. Agora, me deixe cuidar de seus ferimentos, Alice vá,fique com Esme. Por favor, a mantenha viva.

Alice saiu do quarto e Carlisle começou a cuidar de Bella, limpando suas feridas, dando pontos em diversos lugares, revelando o estado que Bella encontrava-se que eu não imaginava.

Ele terminou, e começou a arrumar suas coisas.

- Vá ver Esme, Carlisle. E faça o que tiver que ser feito. Tenho certeza que Esme não gostaria de ir embora sem antes ter um momento com Bella e viver o amor que ela encontrou em você.

Ele me deu um sorriso sincero,e saiu, indo de encontro a Esme.

[...]

Foram três dias horríveis. Em um lado da casa, eram os gritos de Esme, por causa da transformação. Carlisle havia tomado a decisão de transformá-la, porém a cada grito de Esme, a culpa o consumia mais e mais.

Do outro lado da casa, havia Bella, totalmente inconsciente, durante esses dias Bella não acordou, Carlisle a alimentou por alguns aparelhos médicos que ele tinha.

Não consegui sair do seu lado em nenhum momento, eu queria vê-la sorrir novamente, me beijando sem pedir, eu queria minha Bella.

Segurei sua mão, e levei até minha boca, beijando carinhosamente, sentindo o calor emanava dela, fechei os meus olhos, e em uma atitude totalmente nova, eu comecei a orar pela vida de Bella. Pedindo ao SER, que cuidava do mundo inteiro, a protegesse, a mantivesse viva, e que se fosse para levar alguém, que me levasse.

- Edward.

Levantei a cabeça e a olhei, era ela mesma, sem alucinações.

With Arms Wide Open – Creed

http://www.youtube.com/watch?v=1HdGUNm6-qI

Minha primeira boa nova, nos últimos três dias.

- Princesa... Bella... Meu Amor.

Ela sorriu magnífica para mim, sincera, linda.

- Bem vinda a este lugar novamente, princesa.

- Bobo.

- Senti saudades.

Eu abri meus braços, e a enlacei carinhosamente.

- Eu te amo, sempre.

Ouvi o choro silencioso de Bella, e logo me separei.

- Machuquei você Bella? Perdoe-me.

- Não Edward, é que sempre me emociono, quando você diz que me ama.

- Eu sempre disse isso, e você não chorava.

- Antes você não me amava como mulher.

Acariciei seus cabelos, e lhe beijei na testa.

- É verdade.

- Edward, como está Esme? Os lobos? Onde eles estão?

- Calma Bella. Esme está bem, mas não poderá vê-la neste momento, Esme... bem... ela não é mais como você... ela...

- Virou uma vampira também?

- Sim.

- E porque eu não?

Sua voz alterou-se um pouco, mostrando sua irritação.

- Bella, você não estava entre a vida e a morte.

- Droga. Nem isso aqueles lobos sabem fazer direito.

- Se tem algo que eles fizeram certo, foi não matar você Bella, ou estariam assinando o atestado de óbito de sua própria espécie. Como eles só a feriram, assinaram somente a deles.

Seus olhos se abriram com espanto.

- Não me peça para não fazer nada Bella, olhe para você! 

- Não foram eles...

- O que?

- Não foram esses lobos que vocês estão pensando.

- Explique.

-Eu e Esme estávamos indo para o colégio, até que três homens, totalmente desconhecidos surgiram de repente. De inicio eles vieram simpáticos, nos cumprimentaram e tentaram puxar conversa, dizendo serem novos na cidade, porém Esme pediu que acelerássemos o passo, pois não confiou neles. Foi nesta hora que o mais alto e moreno, que parecia ser como um líder deles alterou a voz, dizendo que não iríamos a lugar nenhum, se não disséssemos quais os poderes dos Cullens.

- Nossos poderes?

- Sim Edward. O que se dizia líder comentou algo como ser o fim dos Ristoff e junto deles, os Cullens.

- Bella, entre eles havia alguém que você reconhecesse?

- Não! Nenhum desses três, quando Esme decidiu apressar os passos, eles se transformaram, e nos atacaram, eu só consegui ver um novo homem, que até então não estava junto deles, e... EDWARD!

Ela bateu sentada, com os olhos sem foco.

- Eu sei quem era aquele homem. EU sei!

- Quem, Bella? Quem?

- É o mesmo daquela noite, da festa. Sim! É o mesmo. A mesma voz!

- Diz quem é Isabella.

- Armand.

Eu segurei seus ombros, tentando não fazer força.

- Você tem certeza?

- Sim, eu tenho. Eu me lembro daquele sorriso, é o mesmo que ele deu no meu aniversário de 11 anos. Eu me lembro perfeitamente, era ele, Edward! Mas por quê?

- Eu não sei pequena, mas eu vou descobrir.

Eu sabia que todos haviam escutado minha conversa com Bella. E para minha felicidade, Emmett não estava em casa, precisaríamos ser cuidadosos neste caso, se Armand estava envolvido em algo contra nós, com certeza havia uma força maior por traz disso tudo.

- Bella... Você disse que não são os lobos que pensamos, quem são?

- Não sei, eu nunca os vi. Mas não é Jake... Não é.

- Tudo bem Bella, você consegue se levantar? Quer comer algo? Se sente bem?

- Estou ótima e faminta. Acho que consigo andar sozinha.

Ela tentou se levantar e tombou para meu lado, totalmente desequilibrada. Eu a levantei nos braços e sorri quando fez sua famosa cara emburrada.

- Eu sei que ama quando te pego nos braços.

Ela riu de levar a cabeça para traz. O mais lindo som de volta aos meus ouvidos.

- Senti tanta falta desse sorriso.

Como era de esperar, ela corou, e sorriu envergonhada.

- Vamos descer?

- Vamos!

A surpresa que esperava por Bella na sala, era um tio Jazz sorridente acompanhado de todos os outros, igualmente felizes.

- Pequena.

Jazz veio até Bella e a tirou dos meus braços, tomando-a nos seus. Por um instante ele ficou a encarando, trocando um olhar tão significativo, que só eu e Emmett saberíamos entender. A felicidade que ele sentia era tão grande quanto a minha, e como se não suportasse mais, ele a abraçou com um carinho que se tornou palpável.

- Que susto você nos deu. Como está se sentindo?

- Estou bem tio Jazz, melhor agora com vocês.

Jasper a beijou na testa e colocou Bella sobre o sofá, depois abriu espaço para que todos a cumprimentassem.

A primeira foi May, com seu jeito desengonçado para uma vampira, porém, acredito que era gracioso para James.

- Bella, você está linda.

- Não minta May.

- Sério, só precisa, er... Pentear o cabelo, passar uma maquiagem, pintar as unhas e... Trocar de roupa.

Bella revirou os olhos, rindo da amiga que conseguiu fazer todos rir também. James se aproximou delas, e enlaçou a cintura de May, ficando de frente para Bella.

- Ela quer dizer que estamos felizes por você Bella, e mesmo que você não ache, está ainda mais radiante que qualquer outro dia.

Epa. Na minha frente?

Eu tossi alto, chamando a atenção de todos. Alice soltou uma risadinha, enquanto James me olhava incrédulo.

Me apressei e me sentei ao lado de Bella, colocando um braço ao redor de seu pescoço, com todo cuidado que podia, deixando claro ali, que se May não ligava para o saidinho do seu namorado, eu me importava, E MUITO.

- Cullen... Cullen... Sempre tão obsessivo. Nunca te disseram que ciúme não é bom para relacionamentos?

O fantasma loiro dizia em tom de zombaria, com um sorriso malicioso no rosto, me irritando. Minha vontade era que quebrar cada dente dele, bem ali.
Respirei fundo, sem necessidade. Mas a sensação de que estava me acalmando era boa. 

Sem ao menos querer, uma idéia me veio à mente, o que me fez abrir um sorriso malicioso como o dele.

Olhei para minha vitima que estava ao seu lado, e pisquei.

Fora questão de segundos para Máy ter uma crise de tosse, e ficar totalmente sem jeito, me abrindo um sorriso doce e totalmente inocente.

Eu já disse que ela é uma gatinha, não? Pois é, o cara só não é mais sortudo que eu. James encarou sua companheira, que ainda me olhava e a cutucou.

- May, por favor, eu sou mais eu.

- O quê? No quê? Hã? Que está acontecendo?

Alice e Jazz riram alto da menina desentendida. James se virou para mim, e no meio de sua testa havia uma enorme ruga, demonstrando sua fúria.

- O QUE É ISSO CULLEN?

- Provando para você que ciúme, não é bom para relacionamentos.

Eu ri da cara idiota que ele fez, enquanto Bella me dava um beliscão, que óbvio, não senti nada.

Mas fingi, né?

- Ai, Bella. Isso dói.

- Eu queria que doesse mesmo. O que fez?

- Só pisquei, inocentemente.

Ela me deu um soco no ombro, e dessa vez quem gemeu foi ela.

- Sente alguma dor? Bella, você está bem?

- Estou. Não se preocupe, só estou um pouco dolorida.

PDV Bella

 

Eu me sentia um caco, mas só a alegria que todos mostravam sentir em me ver, fazia com que as dores fossem insignificantes. Minha felicidade se completaria com tio Emm e Esme aqui.

- A dor vai passar Bellinha, e você terá todos aqui, com você.

Uma Alice saltitante veio até mim, com seu famoso sorriso ‘sei de tudo’, mas ela podia. ELA PREVIA!

- Você vê isso Alice? Todos nós? Até Esme?

- Sim. Não vai demorar em você ver...

- NÃO! EU NÃO VOU PERMITIR ISSO!

Edward se levantou encarando Alice. A troca de olhares deles deixava claro que estavam travando uma conversa silenciosa.
Segundos se passaram, o que pareceram dias para mim.

- Podem me explicar o que está acontecendo?

- Edward não quer permitir que Esme veja você.

- Eu não estou permitindo que ELA A MATE.

- Sabe que ela não fará isso.

- Alice, eu só sei que Esme é uma recém nascida. Recém nascidos não tem autocontrole.

- É a tia dela Edward, ela tem direitos.

- É uma vampira.

 

A última frase de Edward deixava claro que era um ponto final a discussão. Alice abaixou a cabeça, como se cedesse e aceitasse a isso. O que me deixou irritada, se estavam discutindo algo sobre mim, eu podia opinar, não?

Mas com a cara que Edward estava, eu precisava ter um jogo de cintura. Eu olhei para todos na sala, que estavam com cara de velório agora, somente Alice, que jurei ver um sorriso em seus lábios. Eu respirei fundo, tomando coragem, e olhei para Edward.

- Eu gostaria muito de ver Esme.

Ele me olhou assustado, enquanto eu me permitia uma olhar sincero a ele.

- Não sabe o que está pedindo Bella. Eu não posso permitir isso.

- Bella é o que Esme mais ama Edward, isso não deixará fazer qualquer coisa que se arrependa depois.

- Eles não são muito conscientes do que fazem Alice, não vou arriscar a vida de Bella assim.

- Se não confia em Esme, confie nas minhas visões, você viu, nada irá acontecer. Eu falei com Esme hoje pela manhã, tudo que ela queria era ver Bella e dar um natal a ela, em família.

- Natal?

Tio Jazz perguntou a Alice, que concordou com a cabeça sorrindo.

- Não comemoramos o Natal.

- Eu sei amor, por isso providenciei tudo sozinha, vocês não saberiam como organizar um.

Eu olhei Edward, que encarava sério Alice.

- Ela está falando sério? Nós vamos ter uma Natal?

- Pelo que vi em suas visões, é uma batalha perdida. Então... Vamos ter uma Natal.

Edward disse sem emoção nenhuma, mas todos os outros irradiaram alegria, que contagiou a mim.

- Eu... Nós... Nunca tivemos um natal.

- Não perdeu nada Bella.

- Não seja insensível Edward. O Natal é maravilhoso, quando se passa com pessoas que amamos Bella. Eu vou providenciar a decoração e a comida, só falta o...

- HO HO HO!

Um grito veio lá de fora, e em seguida a porta é aberta com força, revelando o tio mais forte de todos os tempos.

- Não falta mais.

Edward disse distraidamente.

- TIO EMMETT.

- BELLS, VOCÊ ACORDOU!

Ele veio até mim, e me abraçou, beijando toda minha cabeça. Depois de um minuto assim, ele segurou meu rosto em suas mãos e fez com que eu o encarasse.

- Não se toca em um tesouro de pirata, nunca. Vou buscá-los, nem que tenha que procurar pelos sete mares.

Hã?

Ele riu e me abraçou de novo. Tio Jazz viu a interrogação estampada no meu rosto, e decidiu explicar o enigma de tio Emm.

- Ele quer dizer, que vai matar quem tocou em você Bella.

Ah sim. Eu sorri pela explicação tão obvia, era mais fácil tio Emm dizer isso assim também, né?

- Todos vamos.

James disse em um tom sombrio, o que causou um murmúrio de concordância por toda a sala. Ao invés de sentir medo, ou raiva, eu me senti segura com esta declaração.

- Então vamos ter um Natal? Eu sempre quis dar um Natal, mas Edward nunca deixou.

- Emmett, você não queria um Natal, você queria o dia dos finados pela segunda vez no ano.

- Ok... e dai? Eu sou o que sou. Um vampiro. Só que este ano, vou ser um Vampiro papai Noel.

- O melhor de todos.

- Claro... Claro.

Em um movimento muito rápido, tio Emm, Jazz e Edward estavam a minha frente, virados em direção a porta, em uma posição clara de ataque e defesa ao mesmo tempo.

- O que foi?

- Carlisle e Thamy estão trazendo Esme.

Meu coração palpitou forte, seria diferente ver uma nova Esme. Ao mesmo tempo em que estava feliz em vê-la, eu tinha receio, medo... Suas novas características vampirescas poderiam atrapalhar nosso relacionamento.

Ele riu e me abraçou de novo. Tio Jazz viu a interrogação estampada no meu rosto, e decidiu explicar o enigma de tio Emm.

- Ele quer dizer, que vai matar quem tocou em você Bella.

Ah sim. Eu sorri pela explicação tão obvia, era mais fácil tio Emm dizer isso assim também, né?

- Todos vamos.

James disse em um tom sombrio, o que causou um murmúrio de concordância por toda a sala. Ao invés de sentir medo, ou raiva, eu me senti segura com esta declaração.

- Então vamos ter um Natal? Eu sempre quis dar um Natal, mas Edward nunca deixou.

- Emmett, você não queria um Natal, você queria o dia dos finados pela segunda vez no ano.

- Ok... e dai? Eu sou o que sou. Um vampiro. Só que este ano, vou ser um Vampiro papai Noel.

- O melhor de todos.

- Claro... Claro.

Em um movimento muito rápido, tio Emm, Jazz e Edward estavam a minha frente, virados em direção a porta, em uma posição clara de ataque e defesa ao mesmo tempo.

- O que foi?

- Carlisle e Thamy estão trazendo Esme.

Meu coração palpitou forte, seria diferente ver uma nova Esme. Ao mesmo tempo em que estava feliz em vê-la, eu tinha receio, medo... Suas novas características vampirescas poderiam atrapalhar nosso relacionamento.

Realmente era algo que não queria, perder uma pessoa, agora que tinha uma família completa e perfeita. 

Meus pensamentos foram interrompidos, quando vi, pela brecha dos corpos de Edward e tio Emm, uma mulher linda para na porta.
Seus cabelos estavam mais brilhosos, resplandecentes, caídos aos ombros, seu sorriso era ainda mais amável quanto antes, tão reluzentes, somente seus olhos me deram medo. Eles ardiam em um vermelho fogo, que chamuscava.
No mais, Esme estava linda.

- Bella?

Meu nome saiu como melodia de seus lábios, de forma doce, tão convidativo. Eu me movi para levantar, mas Edward me impediu, enquanto Jazz sinalizava um não para mim.

- Por favor, meninos deixem-me abraça –la.

Eles não a responderam, e nem se moveram para que ela chegasse até mim. Alice bufou impaciente.

Tio Jazz olhou desconfiado para Alice, que o incentivou afirmando com a cabeça. Ele olhou para os outros e saiu, ficando ao lado de Alice.

- Eu confio em Alice.

Eu sorri em agradecimento, esperando agora que tio Emm e Edward fizesse o mesmo. O que não aconteceu, já que agora, tio Emm cruzou os braços, mostrando que não sairia dali.

Sua postura era rígida, seus olhos em Esme, sem piscar.

Um silencio se iniciou na sala, somente troca de olhares entre eles.
Thamy, que até então estava imóvel, se colocou a frente de tio Emm e o olhou nos olhos.

- Emmett Cullen, não irá acontecer nada que possa machucar Bella, eu garanto.

Seu olhar fixo no de tio Emm permaneceu durante alguns minutos, até que ele cedeu, segurou sua mão, e a beijou carinhosamente.

- Edward, ela é uma Gênia, não pode estar errada.

Ele disse se virando para Edward, e depois se afastou.
Restou apenas Edward, ali na minha frente. 

Segurei em sua mão, apoiando-me no sofá para me levantar, tentando não quebrar a ligação de olhares entre nós.

- Está tudo bem...

Selei nossos lábios com um singelo beijo, tentando mostrar segurança, e me virei para Esme, estendendo os braços.

Ela sorriu gloriosamente, e em um piscar de olhos, estava me abraçando. Seus braços gélidos, mas não desconfortáveis, me fez me sentir em casa, como sempre me senti com meus tios. Um calor, que não era de seu corpo, preencheu esse momento, e acredito que Esme tenha sentido a mesma coisa, pois me apertou mais forte. Eu tentei não gemer, mas foi impossível. Logo já estava Edward ao nosso lado, nos separando.

- Tem que ir com calma Esme, além de você estar muito forte, Bella esta com alguns machucados não cicatrizados.

Ela sorriu tímida e, com um sussurro me pediu perdão.

- Você está linda, tia Esme.

Como se fosse possível, seu sorriso se tornou ainda mais amável.

- Não mais que você, minha querida. Está radiante.

Minha vontade era de ir até um espelho, e ver que luz era esta que todos insistiam em dizer que estava brilhando.

- Está mesmo linda Bella. Estou feliz em vê-la de novo.

- Carlisle! Bom vê-lo também.

Ele veio até mim, abraçou-me e enlaçou Esme em um abraço carinhoso.

- Também não pude cumprimentá-la Bella. Bem vinda de volta, todos estávamos ansiosos para que seu sono da beleza acabasse logo.

- Então é por isso que todos estão dizendo que estou radiante e linda? Eu tive o sono da beleza?

Thamy riu e concordou com a cabeça.

- Pelo que parece, fez muito efeito.

Todos seguiram Thamy, rindo também.

- Dois minutos... Dois Minutos...

Alice dizia batendo palmas e dando pulinhos. 

- Para que Alice?

May perguntou, por todos na sala.

- Para Ingrid chegar da caçada e tirarmos o amigo secreto.

- Ahhh!!!!

Agora eram as duas a pular em sincronia.

- Vai ter isso também?

- Claro, já viu um natal sem amigo secreto?

- Quer mesmo que eu responda Alice?

- Não seja mal humorado Edward. Seja bonzinho e não leia a mente de ninguém na hora do amigo secreto.

- Como se eu conseguisse.

- Dessa vez vai. Andei ensinando umas táticas para o pessoal.

Edward sorriu para mim, e me puxou para sentar no sofá.

- Melhor não forçar, né?

- Eu estou bem, de verdade.

- Eu sei... Eu sei...

Ele olhou para a porta e no mesmo instante ela se abriu.
Ingrid.

Todos olharam para ela, que estava com os olhos arregalados.

- Você está bem Ingrid?

Thamy perguntou em um tom preocupado com a amiga.

- Estou perfeitamente bem.

Era mais uma interrogação que uma afirmação. Mas todos deixaram passar como despercebidos.

- Então vamos?

Alice disse com um pote nas mãos, provavelmente com o nome de todos ali dentro.

- Eu vou explicar primeiro... Eu vou tentar não me concentrar em ver algo do amigo secreto, porém não sei se vou conseguir... hehe

Ela disse com um sorriso cínico no rosto e continuou:

- Mas como expliquei, tentem se mantiver indecisos até a noite de amanhã, que será a noite de natal.

- Já é amanha? Mas não tenho roupas.

- Bellinha!!! Eu já pensei nisso tudo.

Ela piscou para mim, e prosseguiu sua explicação.

- Então... Fora a indecisão, eu vou alertá-los para não abrirem agora o papel com os nomes, só por Edward estar presente, e tentar não pensar nisso quando ele estiver aqui. Fora isto, todos conhecem a brincadeira né?

Todos afirmaram, e então Alice passou o pote para que cada um pegasse seu papel.

Todos, exceto eu e Edward, guardaram seus papéis.

Eu sabia que Edward não poderia ler minha mente, então me afastei dele e abri o papel: May.

Ele fez o mesmo, sorrindo quando leu o nome ali. Minha curiosidade subiu as alturas, mas me controlei quando o vi guardar o papel no bolso da jaqueta.

[...]

A noite se passou agitada, Esme foi para cozinha, e fez inúmeras caretas com o cheiro da comida, afirmando que elas não fediam assim antes, Carlisle fazia companhia, e ria de suas caretas.

Tio Emm e tio Jazz saíram atrás de uma arvore de natal de última hora. Alice disse que eles seriam dois vampiros sem cabeça, se trouxessem uma menor que dois metros.

Alice encarregou Edward e James para enfeitar a casa com pisca-pisca, foi questão de minutos para estar tudo devidamente enfeitado, o que demorou horas, foram os dois discutindo sobre quem subiria no telhado para colocar o boneco de neve.

Alice deu trabalho a todos, menos para mim, alegando que a surpresa seria toda minha ao amanhecer, eu tentei argumentar dizendo que não iria dormir, e assim como todos, não teria surpresas.

Sem me dar ouvidos, ela me deixou a observar Esme também, seria bom vê-la cozinhar se não fosse o sono que me bateu, tentei lutar contra ele, mas como já era de esperar, ele venceu.

- Venha querida, eu lhe faço companhia até você dormir.

Esme me levou até o quarto, e contou várias historias de sua vida, dizendo que não queria esquecê-las, por isso estava compartilhando. Dentre uma e outra, eu adormeci.

[...]

- Bells... ei... Pequena... Acorde.

Eu abri os olhos, encarando tio Jazz, sorrindo para mim.

- Bom dia tio Jazz.

- Um lindo dia Bells, levante, vamos comprar presentes.

Cocei meus olhos, tentando acordar realmente. Minha surpresa se resumia em ver tio Jazz me chamando para fazer compras. Só um sonho mesmo.

Ele riu calmo como sempre.

- Você não esta sonhando Bells, vamos logo, antes que Alice venha e corte minha cabeça.

- Oh! Ela não faria isso com você.

Ele levantou uma sobrancelha e me olhou temeroso.

- Você não imagina do que ela é capaz quando alguém atrapalha uma de suas festas.

- Hum... Então acho melhor eu me levantar mesmo.

- Sem duvidas.

Ele me deu um beijo e saiu do quarto para que me trocasse

O que não demorou muito, logo eu estava na ponta da escada.

- Onde estão todos?

- Alice os dispensou para comprarem seus presentes também.

- Foram todos juntos?

- Não, cada um para um lado do país...

Eu ri. Realmente não era impossível que Alice tenha feito isso.

- Mas... Por que você vai comigo? Era para comprar os presentes sozinhos, não?

- Sim, mas nem eu, nem Emmett, e muito menos Edward, permitimos a idéia de você sair sozinha.

- Hum... E por que, não é Edward que está me levando?

Tio Jazz me lançou um olhar de horror.

- Não me diga que você o prefere?

- Nããão...

- Aquele leitor de mente fajuto... Está roubando minha pequena.

Rindo, ele me pegou no colo e correu até o carro.

- Sabe tio Jazz, é desnecessário isso, parece que ainda sou uma criança.

- Você sempre será Bells. Pelo menos minha e de Emm.

Abrindo a porta para mim, ele se dirigiu para o lado do motorista, colocando o carro em movimento em seguida.

[...]

Eu não me sentia tão alegre assim, desde... bem... não sei. Só sei que estava feliz.

- Gostou das compras?

- Tio Jazz, me sinto uma Alice.

E ria como uma boba, olhando todas aquelas sacolas no banco traseiro.

- O que comprou para seu amigo secreto tio Jazz?

- Hum... Se eu disser, vou dizer quem é o amigo, então...

- Ok... Ok... Eu espero.

[...]

Eu havia comprado dezenas de roupas e sapatos, mesmo assim, me sentia confusa para escolher qual usar.

Sentei na cama derrotada, olhando o monte de roupas que coloquei a minha frente.
Que roupa usar em um natal nada comum?

- Tente o dourado. Todos vão gostar.

Quase dei um pulinho de alegria, quando ouvi Alice palpitar por trás da porta.
Eu tenho uma tia que prevê ok?

Rapidamente eu coloquei o dourado, curto, porém... Perfeito.

Prendi os cabelos como um coque e deixei que a franja caísse.

Olhei no espelho, e me sentia linda... ok, nem tanto, se comparado as vampiras desta casa.

Respirei fundo e abri a porta do quarto, saindo pelo corredor.

- Pensei que as lindas estrelas, existissem apenas no céu.

Uma voz melodiosa sussurrou em meu ouvido. Eu me virei me deparando com um novo Edward.


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