Red [Hiatus Permanente] escrita por Tereza Magda


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo: me desculpem pela demora!
Vocês não sabem como a minha escola está me sugando, todos os meus sábados lá vou eu ter que acordar cedo, vestir o uniforme e fazer um simulado, ou assistir a uma aulão, ou seja lá o que for.
Juro, eu pensei que estava, mas não estou nada preparada para o pré-vestibular!
Eu expliquei minha ausência para as meninas do grupo do whatsapp na fanfic e elas me entenderam (se vocês quiserem entrar, para serem avisadas, ou interagir com outras leitoras ou a autora, só pedir).
Além de todos esses infortúnios, a minha internet parou de funcionar do nada (as meninas do grupo sabem) e eu tive que ligar para a empresa de internet, falar coma dona e um trêlêlê enorme! Mas, por fim, estou aqui!
Enfim, como pedido de desculpas eu caprichei nesse capítulo, que foi um dos maiores que já escrevi em toda a minha vida!

Enjoy!



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22 — 22 anos

http://www.youtube.com/watch?v=AgFeZr5ptV8

Parece uma noite perfeita

Para nos vestirmos como descolados

E fazer piadas dos nossos ex-namorados

Parece uma noite perfeita

Para um café da manhã à meia noite

Para se apaixonar por estranhos

Sim

Estamos felizes, livres, confusos e sós ao mesmo tempo

É miserável e mágico

Oh sim

Essa noite é a noite que vamos esquecer os prazos

É a hora



Eu não sei você

Mas eu estou me sentindo com 22 anos

Tudo vai ficar bem se

Você continuar perto de mim

Você não me conhece

Mas eu aposto que você quer

Tudo vai ficar bem

Se nós apenas continuarmos dançando

Como se tivéssemos 22 anos

22 anos



Essa parece uma daquelas noites

Esse lugar está tão cheio

Tanta gente legal

Essa parece uma daquelas noites

Nós abandonamos toda aquela cena

E acabamos sonhando

Ao invés de dormir

Sim

Estamos felizes, livres, confusos e sós da melhor forma

É miserável e mágico

Oh sim

Essa é a noite em que esquecemos os corações partidos

É a hora



Eu não sei você

Mas eu estou me sentindo com 22 anos

Tudo vai ficar bem se

Você continuar perto de mim

Você não me conhece

Mas eu aposto que você quer

Tudo vai ficar bem

Se nós apenas continuarmos dançando

Como se tivéssemos 22 anos

22 anos



Eu não sei você

22 anos

22 anos



Essa parece uma daquelas noites

Nós abandonamos toda aquela cena

Essa parece uma daquelas noites

Nós não vamos dormir

Essa parece uma daquelas noites

Você parece uma má notícia

Tenho que ter você

Tenho que ter você



Eu não sei você

Mas eu estou me sentindo com 22 anos

Tudo vai ficar bem se

Você continuar perto de mim

Você não me conhece

Mas eu aposto que você quer

Tudo vai ficar bem

Se nós apenas continuarmos dançando

Como se tivéssemos 22 anos

22 anos



Dançando como 22 anos

22 anos

22 anos



Essa parece uma daquelas noites

Nós abandonamos toda aquela cena

Essa parece uma daquelas noites

Nós não vamos dormir

Essa parece uma daquelas noites

Você parece uma má notícia

Tenho que ter você

Tenho que ter você

— Annie? Oi, vem pra cá agora!

— Prim? Socorro, acho que estou sendo assaltada...!

Clove, caramba, tem uns gringos muito gatos tomando sol e surfando em frente a minha casa!

Alô? Rue? Dia das garotas, hoje vocês são minhas.

— Agora é só esperar.

Pouco depois de dez minutos, pude ouvir os quatro carros parando em frente à minha casa pela janela.

— Oba!

Desci correndo as escadas e antes de chegar ao último degrau vi uma Prim com o rosto delicado levemente corado de fúria. Uh-oh, provavelmente já entendeu tudo.

— Meus amores!

— Não me venha com essa, senhorita Katniss Everdeen. Que porra é essa, você ficou louca? Dizer que há assaltantes na sua casa, francamente...

— Assaltantes? — questionou uma Clove confusa. — Não, Prim, não é nada disso. Tem uns surfistas gringos lá fora.

Prim revirou seus pequenos olhos azuis elétricos, exasperada.

— Será possível? — ela resmungou. — Eu sou loira, mas a burra é você!

— Hey! — exclamou Clove.

Dei uma risadinha e fui acompanhada de Annie e Rue, que sempre foram as mais centradas do grupo, portanto, não acreditaram nas minhas brincadeirinhas.

— Que tal acalmarmos os ânimos? Alguém quer sorvete? Brownie? Os dois juntos? — disse. — Enfim, não é nada disso. Prim, não tem nenhum ladrão na minha casa...

— Você sabia que eu quase chamei à polícia? Quanta irresponsabilidade, Katniss!

Ignorei-a, e continuei: — E, Clove, sinto muito, não há nenhum surfista também.

— Olhem ao redor — Annie disse apontando para a house party praticamente pronta que os empregos arrumaram na minha sala —, obviamente Kat está fazendo uma super festa. A que horas os convidados começarão a chegar, Kat?

— Pela noite. Hoje vocês são totalmente minhas. Vocês são as exclusivas convidadas da festa do pijama mais incrível que o mundo já ouviu falar. Primeira parada, a cozinha.

As garotas, logo tomadas pela curiosidade, me seguiram até a grande cozinha que raras vezes entro.

— Todos os funcionários foram liberados. Empregadas, jardineiro, motorista, mordomo... Todos — expliquei. — Quem está a fim de cozinhar?

— Katniss — Prim, que já havia esquecido a raiva anterior, gargalhou. —, nós não fazemos o tipo “dona de casa”. Não sei se notou, mas todas nós temos quem faça isso pela gente.

— Qual é! Se elas conseguem, nós também conseguimos! Só precisamos de um pouco de instrução, e como eu penso em tudinho, comprei o livro de receitas mais famoso que consegui encontrar na internet. Faremos um enorme, gigantesco bolo de chocolate! Andem, todas: peguem seus respectivos aventais e mãos à obra!

Cada uma encontrou seu avental com sua cor favorita e seu nome bordado na bancada e eu coloquei o livro de receitas aberto na página 37, que citava os ingredientes.

— Certo, agora que todas se parecem com devidas chefs de cozinha, podemos começar! — bati palmas, animada. — Nós precisaremos de: farinha de trigo. Acho que deve ter no armário, Rue.

— Positivo e operante! — Rue bateu continência e foi buscar a farinha.

— Pegue também açúcar, deve estar guardados juntos. Leite.

— Eu pego — disse Annie e foi até a geladeira.

— Ok, agora chocolate em pó e fermento.

— Pode deixar — disse Clove.

— E, por último, mas não menos importante, seis ovos.

— Estou indo — disse Prim.

— Agora que temos tudo de que precisamos, vamos às quantidades. Duas xícaras de farinha e duas de açúcar — falei e Rue foi separando. — Uma xícara de leite — Annie despejou leite na xícara e voltou a guardar a caixa de leite. Seis colheres de sopa de chocolate em pó e uma de fermento, Clove — falei e Clove assentiu. — Legal, agora vamos fazer nosso bolo.

Quase uma hora depois, nosso bolo ficou pronto. Estávamos totalmente emporcalhadas e cobertas de chocolate e farinha, graças a uma guerrinha que, confesso, eu comecei.

Peguei um par de luvas de cozinha estampadas com flores e retirei o bolo do forno. Coloquei-o em cima da bancada suja e nós cinco encaramos o bolo murcho com uma careta.

— Sou só eu — perguntei —, ou vocês também acham que tem algo errado com esse bolo?

— Ele está realmente esquisito... — opinou Annie.

— Será que esquecemos alguma coisa? — Prim perguntou.

— Não é possível seguimos tudo o que as instruções mandaram.

— Galera... — riu Clove estendendo a colher de fermento em pó. — Nosso bolo não fermentou.

— Clove, sua idiota, como esqueceu de pôr o fermento? — Prim reclamou. — Todo esse trabalho pra nada.

— Vocês realmente têm muita sorte de ter arranjado uma amiga como eu — falei rindo e peguei o bolo encomendado que estava escondido dentro do micro-ondas. — Bem, eu sabia que, muito provavelmente, nós não seríamos capazes de fazer o bolo, então eu encomendei um antes de tudo.

— Quanta confiança você tem na gente, não, senhorita Kat? — riu Annie.

— Eu estava certa, não estava? E aí, quem quer o primeiro pedaço?

Rue procurou nas gavetas da cozinha, cinco colheres fundas e trouxe até nós.

— Acredito que todas mereçam comer ao mesmo tempo. Afinal, foi um trabalho em equipe.

Ela distribuiu as colheres e cada uma enfiou no que fora um belo bolo com formas divertidas em chantilly.

— E a tal festa, Kat? — Prim perguntou.

— É só à noite. Por ora, devem se preocupar apenas em tomar um belo banho porque vamos para a piscina.

— Nossas roupas estão imundas, Katniss Everdeen! — Clove reclamou. — O que iremos vestir?

— Não se preocupe, eu já cuidei de tudo! Têm roupas no andar de cima. Tomem seus banhos e deixem que quem convidou, cuida das coisas!

Subimos até meu quarto e eu separei as caixas de presente com roupas em cima da cama.

— Acho que irão gostar — dei a cada uma a caixa com a mesma cor de seus aventais. — Podem ir para os quartos de hóspedes. Eu também vou tomar um banho.

Entrei no closet, que convenientemente, era meu cômodo favorito na enorme casa que mamãe me presenteara quando completei 21 anos.

Fi-la prometer aos meus quinze anos que assim que completasse a maioridade ganharia uma casa de presente. Mamãe, como sempre, não me decepcionou e me presenteou com uma enorme casa na praia mobiliada, com garagem, carro, empregados e um belo cartão de crédito platinum sem nenhum limite, afinal, meu limite sempre foi o “além”.

Quando papai faleceu, ele me deixou tão bem de vida que eu poderia passar a vida inteira viajando sem ao menos pensar na palavra trabalho. Porém, é claro, meu dinheiro era muitíssimo bem investido em imóveis e ações rentáveis. Por enquanto, mamãe cuida dos assuntos e negócios da família, mas chegará a hora em que terei de assumi-los, portanto aproveito cada segundo da minha adolescência estendida.

Tomei uma ducha rápida e vesti um mini short jeans cintura alta e um top cropped levinho florido.

— Onde vocês estão, suas lerdas? Já tomaram seus banhos? — gritei pelo corredor do segundo andar batendo em cada porta. — Vamos, vamos, não temos o dia todo!

Eu já ia voltar a gritar, quando uma por uma, elas saíram do quarto devidamente limpas e vestidas.

— Vocês são tão lindas! — gritei. — Juro, poderia levar cada uma para a cama!

Clove riu — Não sem antes me pagar uma cerveja, bonitinha!

— Até duas! — repliquei enquanto as outras garotas riam.

— Vamos descer, tenho uma surpresa saltitante para vocês!

— Saltitante? — Prim perguntou.

— Não vou dizer nadinha! Quero que veja com seus próprios olhos azuis, loirinha! — falei e pulei sobre o corrimão escorregando até o andar de baixo.

— Sua maluca! — Prim exclamou.

— Sua medrosa — retruquei e vi Clove descer escorregando também.

— Por isso que eu te amo! — falei e dei um selinho na boca de Clove que retribuiu. Olhamos para as garotas que nos encaravam chocadas e gargalhei alto sendo acompanhada por Clove. — E aí, vocês vêm ou não?

Com os olhos ainda levemente arregalados, Prim — A Inocente —, desceu a escada sendo seguida por Annie e Rue que já haviam caído na risada também.

— Fechem seus olhos — avisei antes de abrir a porta de trás que dava para a piscina e a quadra de tênis. E agora, é claro, para a minha mais nova aquisição. — Podem abrir.

Cada uma arregalou os olhos perante a minha gigantesca cama elástica.

— Jesus, Katniss, você é totalmente maluca! — Annie exclamou.

— Sempre quis brincar em um desses! — gritou Clove já jogando longe os sapatos e entrando no brinquedo. — Venham!

De vans e tudo, entrei logo depois de Clove e comecei a pular junto com ela — Vocês não vêm? Esse foi o dinheiro mais bem gasto da minha vida desde a guitarra autografada pela Miley Cyrus que eu comprei naquele leilão!

As outras garotas logo nos seguiram e subiram e nós passamos bons trinta minutos sem parar pulando e pulando.

Fomos até a beira da piscina e nos deitamos nas cadeiras de praia.

— E a tal festa, Kat? — Annie perguntou.

— O que tem?

— Quem você convidou?

— Quer saber se eu convidei o Finnick? — sorri maliciosamente.

— O quê? Quem falou no Odair? Eu não!

— Ok, se você não quer saber...

— E não quero mesmo — ela disse e nós ficamos caladas por um momento. — Está bem. Você convidou o imbecil?

— Sim. Como vocês estão?

— Não estamos. Ele vem me ligando, mas não atendo a nenhuma ligação.

— Você devia deixá-lo explicar o que aconteceu Ann — Prim ponderou.

— Concordo — disse Rue. — Ele nos disse que a doida da Glimmer o beijou. Devia tentar acreditar nele. Você sabe que a Glimmer é completamente apaixonada por ele.

— Não quero saber de nada disso. Ele beijou porque quis. Além do mais estou com o Marvel.

— Qual Marvel? — Clove surpreendeu-se. — O amigo do Cato?

— É... E se quer saber, ele beija muitíssimo bem.

— Eu convidei o Marvel também. E o Cato. Convidei a Johanna. O Thresh. Convidei todo mundo. Ah, e o Finnick disse que traria um amigo.

— E o Gale, senhorita Katniss? — Prim perguntou.

— O que tem ele?

— Você o convidou?

— Claro. Por que não?

— Porque ele te trocou por aquela coisinha sem sal da Madge.

— E daí? — troquei um olhar cúmplice com cada uma. — Garotos não merecem uma sequer noite de sono da beleza que perdemos por eles.

— Está certíssima — Rue concordou.

— São todos uns babacas. Estamos acima deles, garotas. Venham, quem vai dirigir o Jipe? — perguntei me levantando.

— Para onde vamos? — Annie questionou.

— Estamos em uma casa em frente para a praia de Malibu e tem um Jipe pegando pó na garagem. Para onde acha?

— Eu dirijo — Rue disse e passei-lhe as chaves de onde pendiam o chaveiro com uma enorme pimenta coberta de strass vermelhos vibrantes.

Rue foi pegar o carro enquanto nós a esperávamos na porta.

— Subam, vadias, vamos enlouquecer Malibu — gritou Rue derrapando na areia propositalmente do nosso lado.

Nós subimos na parte de trás do carro e Rue arrancou antes de sequer perguntar se estavam todas seguras.

Nós demos várias voltas na areia da praia vazia. Estava perto do anoitecer e todas as famílias, crianças, namorados e pessoas fazendo cooper já haviam ido embora. Só havia um ventinho frio de fim de tarde e algumas estrelas perdidas pelo céu.

Nós gritamos músicas da Britney Spears enquanto sentíamos o cheiro salgado do mar sendo soprado na nossa direção pelo vento.

— Eu amo vocês! — gritei em direção ao céu e Rue parou o carro.

— Venham, meninas, vamos ver o pôr-do-sol — ela gritou saindo do carro.

Nós deitamos amontoadas na areia e observamos o Sol dar lugar a Lua no céu.

— Vamos, eu dirijo agora — Annie disse espanando a areia de sua roupa com as mãos. — Preciso estar muito gata hoje à noite. Tenho uma conversa séria marcada com um dos convidados.

— Decidiu enfim nos escutar, hein? — Prim falou. — Sua cabeça dura!

— Annie — falei e ela me olhou. — Você está fazendo o correto. O Finn não está mentindo. E lembre-se: quando chegar a hora, fique bem longe do meu quarto!

Annie mostrou-me a língua e eu a abracei. E Prim, Clove e Rue vieram nos abraçar também.

— Vai ser uma noite memorável, garotas, eu estou sentindo — falei antes de subir no carro.

Nós voltamos para a casa e a cozinha já estava reluzindo. Duas empregadas haviam vindo fazer a faxina da cozinha, colocar os ponches na mesa, trazer algumas comidinhas simples e terminar de colocar os enfeites na sala, luzes pisca-pisca no jardim e alguns brinquedos infláveis na piscina. Liguei a aparelhagem de som da casa.

— Tomem banho nos mesmos banheiros e venham para o meu quarto.

Entrei na minha banheira e tomei um bom banho de banheira com direito a sais perfumados e hidratantes importados. Lavei o cabelo com o meu xampu de aromas amadeirados que me lembra algumas florestas que conheci em alguns acampamentos Pai e Filho.

Vesti meu roupão e escovei os dentes.

Estava terminando de secar os cabelos quando ouvi uma batida na porta do banheiro da suíte: — Kat, estamos te esperando.

Saí do banheiro e peguei as roupas de cada uma de dentro do closet.

— Vistam-se e me digam se gostaram — falei e entreguei a cada uma suas roupas. — Eu também vou me vestir.

Vesti a saia preta de paetês e a blusa de mangas também preta e levemente brilhante que comprei para esta noite e coloquei o arquinho de gatinha que comprei em um — não contem a ninguém! — brechó.

— Kat, seu nome nunca fez tanto sentido quanto agora! — riu Prim.

Eu ri e fiz garras com as mãos.

— Vocês gostaram da roupa? — perguntei.

— Se gostamos? Kat, as roupas estão incríveis!

— Que bom que gostaram — sorri. — Agora vamos nos maquiar que falta pouco para meus convidados chegarem.

Nós maquiamos umas as outras e por fim estávamos prontas e lindas.

Quando descemos já era possível ouvir barulhos de festa dentro da casa, conversas animadas e pessoas no jardim.

— Estão se divertindo sem mim? — gritei e logo fui recebida por vários abraços.

Eu e minhas quatro almas-gêmeas entramos no meio das pessoas. O lugar estava cheio! Tanta gente legal... Esta parece uma daquelas noites em que abandonamos a cena e sonhamos, ao invés de dormir.

Cinco garotas felizes, livres, confusas e sós da melhor forma.

Subi em uma das mesas e dancei ao som de We Can’t Stop junto de Thresh.

— Eu vou procurar o Cato — Clove disse por fim.

— Eu, o Finnick.

— Eu e a Prim vamos dar uma volta por aí — Rue disse.

— E eu vou receber meus convidados.

Fui até a sala principal que alguém já batia há algum tempo.

Abri-a e dei de cara com Finnick.

— Oi, Katniss.

— Finn! Annie ta procurando você.

— Ann? — Finnick arregalou os olhos, surpreso. — Me procurando? Eu vou procurá-la — ele entrou com o amigo que disse que traria e eu encarei o garoto. Lindo, perversamente lindo. Olhos tão azuis quanto os de Prim e cabelos louros em um topete desalinhado. Ele vestia uma camiseta branca e uma jaqueta de couro surrado preta. Jeans skinny pretas e botas também pretas.

— Oh. Meu. Deus — exclamei olhando o cara gato. — E não é que minhas preces foram atendidas?

Finn deu uma risadinha.

— Kat, esse é o meu amigo...

— Quem se importa com o nome — cortei-o sem ao menos desviar os olhos do loiro sexy. — Esta me parece uma noite perfeita para se apaixonar por um estranho — falei e puxei o garoto pela mão até o jardim. — Você me parece uma má notícia... Tenho que ter você — acrescentei e ele sorriu.

— Sem nem ao menos saber meu nome? Ou de onde vim? — dei de ombros.

— Você não me conhece — falei —, mas aposto que quer.

Ele mantinha o sorriso conquistador no rosto e eu olhei para o lado onde uma pequena competição se formava.

— Vem, Kat, nós vamos correr! — Clove gritou de cima de uma das bicicletas onde abraçava Cato. Annie estava ao seu lado, em outra bicicleta, abraçando Finnick.

Estendi a mão para o estranho — Vamos?

Ele riu e segurou na minha mão — Eu só posso ter algum tipo de ímã para garotas meio maluquinhas.

— Não se preocupe — sussurrei com o rosto perto do dele. — Tudo vai ficar bem se você continuar perto de mim.

Ele subiu em uma das bicicletas e eu abracei-o por trás.

Johanna estava na frente, separada da gente há uns dez metros, e segurava um lenço.

Ela gesticulou com as mãos “três, dois, um” e deu a partida.

O garoto loiro logo botou suas lindas pernas em ação e nós ganhamos a corrida, em segundo lugar Cato e Clove e em terceiro Finnick e Annie.

— Peeta, seu idiota, onde aprendeu a pedalar assim? — Finnick exclamou.

— Cara, se você não fosse tão preguiçoso e sedentário, talvez conseguisse me acompanhar — o loiro — agora nomeado Peeta — disse e riu.

— Eu não sei você, mas eu estou me sentindo com 22 anos — falei para Peeta, antes de dar-lhe um selinho e pular na piscina.

Quando voltei à tona, vi um sorriso diabólico no rostinho bonito de Peeta.

E foi a última coisa que vi, antes que ele pulasse na piscina também, me segurasse pela cintura e me desse um beijo de verdade.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar! Próximo sábado já tenho aulão e preciso de muita inspiração para escrever e os comentários de vocês me inspiram!
Deixem também recomendações que o ego e a inspiração da autora agradecem!
Comentários e recomendações gigantes, ouviram?!

xoxo