Red [Hiatus Permanente] escrita por Tereza Magda


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Esse eu gostei muito. Deu trabalho e foi demorado mas valeu a pena cada hora em frente ao computador!
I Knew You Were Trouble é minha música favorita do álbum, e um dos meus clipes favoritos, portanto, eu caprichei em cada palavra.
Espero que gostem tanto quanto eu!

Enjoy!



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I Knew You Were Trouble Eu sabia que você era problema

http://www.youtube.com/watch?v=vNoKguSdy4Y

Eu acho,
Eu acho que quando está tudo acabado,
tudo simplesmente volta em lampejos,
você sabe.

É como um caleidoscópio de lembranças,
em que tudo volta,
mas ele nunca volta.

Acho que parte de mim sabia, no segundo em que o vi,
que isso ia acontecer.
Não é realmente nada que ele disse,
ou nada que ele fez.
Foi
a sensação que veio com aquilo,
e a coisa doida é,
Eu nunca saberei se vou me sentir daquele jeito novamente.
Mas eu não sei se devo.

Eu sabia que esse mundo se movia rápido demais, e
brilhava forte demais.
Mas eu só achei,
como pode o demônio estar te empurrando para alguém
que se parece
muito com um anjo quando sorri para você?
Talvez ele soubesse disso
quando me viu.

Eu acho que perdi meu equilíbrio.
Eu acho que
a pior parte de tudo não foi perdê-lo,
foi perder a mim mesma.

Era uma vez, alguns erros atrás

Eu estava na sua mira, você me pegou sozinha

Você me encontrou, você me encontrou, você me encontrou

Acho que você não se importou e acho que gostei disso

E, quando eu me apaixonei intensamente, deu um passo atrás

Sem mim, sem mim, sem mim

E ele há tempos está longe quando está ao meu lado

E percebo que a culpa é minha

Porque eu soube que você era problema quando você apareceu

Vergonha para mim agora

Voou comigo a lugares a que eu nunca tinha ido

Até me pôr no chão

Oh, eu soube que você era problema quando você apareceu

Vergonha para mim agora

Voou comigo a lugares a que eu nunca tinha ido

Agora estou deitada no chão duro e frio

Oh, oh, problema, problema, problema

Oh, oh, problema, problema, problema

Nada de desculpas, ele nunca verá você chorar

Finge que não sabe que ele é o motivo por que

Você está se afogando, você está se afogando, está se afogando

E ouvi em sussurros na rua que você seguiu adiante

Um novo furo em seu cinto é tudo o que eu sempre serei

E agora vejo, agora vejo, agora vejo

Ele estava distante quando me conheceu

E percebo que a piada é sobre mim

Eu soube que você era problema quando você apareceu

Vergonha para mim agora

Voou comigo a lugares a que eu nunca tinha ido

Até me pôr no chão

Eu soube que você era problema quando você apareceu

Vergonha para mim agora

Voou comigo a lugares a que eu nunca tinha ido

Agora estou deitada no chão duro e frio

Oh, oh, problema, problema, problema

Oh, oh, problema, problema, problema

E o medo mais triste chega causando arrepios

De que você nunca amou a mim ou a ela ou a ninguém, sim

Eu soube que você era problema quando você apareceu

Vergonha para mim agora

Voou comigo a lugares a que eu nunca tinha ido

Até me pôr no chão

Oh, eu soube que você era problema quando você apareceu

Vergonha para mim agora

Voou comigo a lugares a que eu nunca tinha ido

Agora estou deitada no chão duro e frio

Oh, oh, problema, problema, problema

Oh, oh, problema, problema, problema

Eu soube que você era problema quando você apareceu

Problema, problema, problema

Eu soube que você era problema quando você apareceu

Problema, problema, problema

****

365 dias antes

Quem é ele? Annie perguntou, às suas amigas sem se conter.

Quem?

Aquele apontou sem restrições. Aquele trocando o pneu do carro.

As garotas se entreolharam. Talvez dissessem algo para impedir o que certamente viria a seguir, mas o garoto até então desconhecido para a morena não deixou passar seu indiscreto aceno. Ele veio na direção delas.

Annie reparou em seus passos de rei; o rapaz caminhava como se fosse o dono do mundo. Ele mascava chiclete e tinha tatuagens também, o que formava uma junção um tanto exótica. Ele também era lindo, mesmo sob os óculos escuros e o chapéu ela podia ver.

E aí, Cash. Clove. Glim quando terminou os cumprimentos, encarou Annie por trás dos óculos escuros e por fim abaixou-os revelando lindos olhos azuis. Não vão me apresentar?

Claro... Cashmere falou os nomes de ambos apontando respectivamente. Annie, Finnick. Finnick, Annie.

Annie... Finnick repetiu os nomes como que o saboreando. Bonito nome, Annie.

Obrigada a garota respondeu, com as faces ficando levemente avermelhadas.

E então, o que fazem por aqui? ele perguntou, olhando ao redor.

Glimmer limitou-se a dar de ombros.

Estamos só esperando o tempo passar.

Annie o observava conversar com as garotas e encarava os acessórios do rapaz encantada. Que óculos bonito, ela pensava. E esse chapéu, então?

Você gosta? Finnick falara com ela?

Desculpe, falou comigo?

Perguntei se gosta ele repetiu, retirando os óculos e colocando no rosto delicado de Annie.

É muito bonito ela disse.

O rapaz estreitou os olhos e retirou também o chapéu, revelando cabelos loiros que caíam sobre os olhos de Finnick.

Ficam mais bonitos em você do que em mim disse. São seus.

Annie soltou uma risadinha nervosa. Ela estava tímida. Mais do que em qualquer momento de sua vida. Mas Finnick parecia estar flertando com ela.

Ficam? ela brincou, fazendo pose de halterofilista. Está bem. Aceito o chapéu, eu gostei dele.

Finnick deu de ombros. Ele levou as duas mãos até o rosto dela e pegou de volta os óculos escuros. E pela primeira vez entre muitas, eles se encararam, cinza e azul.

360 dias antes

Eu vou querer batatinhas ele disse fechando o folheto barato impresso em casa, que era o cardápio daquela lanchonete. E você?

Pode ser o mesmo Annie disse, dando de ombros. Sua mãe nutricionista a mataria se soubesse toda a gordura que estava ingerindo apenas naquele encontro. Mas ela ama batatas, e nunca pode comer em casa.

Finnick chamou uma garçonete com cabelo loiro tingido que sorria em excesso para ele e fez os pedidos. Logo ela estava de volta com as porções de fritas.

Você não ama batatas? Eu amo Annie disse colocando a primeira batatinha crocante na boca.

Finnick deu uma risadinha e assentiu Você é maluca. Maluquinha! disse mais alto e todos que estavam comendo olharam na direção deles.

Eu sou maluca? Você está em uma lanchonete gritando a plenos pulmões e eu sou a maluca?

Não disse que eu não era. Disse que você também era e com isso, ele se pos de pé no banco e ofereceu-a a mão.

O que você está fazendo? Annie olhou para os lados rindo. Senta aí Finnick acenou com a mão para que ela se levantasse. O quê? Não!

Vem, levanta ele continuou com a mão estendida e ela por fim levantou-se. Finnick pulou sobre a mesa e se pos de frente a ela. E ele a beijou no meio de todos aqueles estranhos. A beijou pela primeira vez em uma lanchonete suja e esquisita e foi simplesmente o melhor beijo de sua vida. E Annie descobriu o porque de estar com ele naquele momento. Ele a fazia se sentir livre.

348 dias antes

Como eu devo me vestir?

De qualquer jeito, sua boba, só vamos dar um passeio de carro. Mas vai logo!

Annie nunca vestiria qualquer roupa. Não para sair com ele. Gostava dos elogios de Finnick, e queria impressioná-lo. Deixou-o na sala de estar dos pais e foi ao quarto. Escolheu cuidadosamente uma peça que gostava muito e voltou à sala.

Pronto, vamos disse ajeitando a bolsa no ombro.

Finnick a olhou de cima a baixo Eu disse qualquer jeito. Meu Deus, Annie, você está linda.

A morena sorriu e corou. Ela amava os elogios, mas nunca deixaria de ficar envergonhada ao recebê-los.

Eu peguei a primeira coisa que vi. Vamos logo!

Finnick a levou até o carro com a mão em suas costas e abriu o carro como um verdadeiro gentleman. Ele sempre fazia essas coisas. Ele a deixava frequentemente sem fala. Ela nunca conhecera ninguém como ele. Agia loucamente em um momento, e no outro já era a pessoa mais carinhosa do mundo. A confusão era inevitável quando Annie tentava entendê-lo, mas ela não via problema algum nisso. Fazia parte do mistério.

Enquanto Finnick pisava cada vez mais no acelerador a velocidade lhe dava um prazer que a garota não compreendia , Annie observava as árvores passarem em flash por todas as direções.

Mais rápido! gritou. A sensação de segurança quando estava ao lado de Finnick era incontrolável. Ela sentia um pássaro preso na gaiola em todos os momentos da vida: em casa, com seus pais, na faculdade... Mas ele sempre chegava sem nenhum aviso prévio e a arrancava de sua prisão particular. Ela também amava isso nele.

Quando Finnick acelerou mais ainda, Annie jogou os braços para o alto fazendo-o gargalhar. Uma risada leve, solta. Como tudo nele.

Ele se levantou da poltrona do motorista e passou a dirigir com uma só mão enquanto olhava para Annie.

Você é louco!

Quando Annie disse isso ele soltou a outra mão da direção do carro, os deixando a própria sorte. Jogou os braços para cima e gritou. Gritou bem alto. Nada em particular, apenas gritou. Ele voltou a segurar o volante com uma mão, e então se sentou novamente.

Sob o olhar penetrante de Finnick, ela colocou o braço para fora do automóvel conversível e sentiu o vento forte fazendo pressão para trás.

A sensação era tão boa. Como se nada pudesse atingi-los. Não enquanto estivessem juntos.

330 dias antes

Não é perigoso ficar aqui? Annie gritou enquanto pulava de um lado a outro dos trilhos do trem.

Pergunta retórica. Muito perigoso. Em vários países, o acidente de pessoas que perdem membros em brincadeiras desse tipo é bem comum e Annie sabia bem disso.

Você não confia em mim? ele perguntou e ela sorriu. Aquela era outra pergunta retórica.

A garota subiu em um dos trilhos e relembrou sua infância.

Me ajuda aqui falou para Finnick e ele segurou sua mão.

Subiu com um dos pés e sentiu a perna queimar após tantos anos parada, quando atingiu a posição mais difícil do balé que é ficar em pé apenas sobre o dedo do pé.

Aguentou pouco tempo. Logo caiu nos braços de Finnick em meio às gargalhadas.

Ele a beijou.

300 dias antes

Vem morar comigo Finnick pediu a Annie, depois de uma parada brusca na música que tocava ao violão.

Como?

É isso aí. Vem morar aqui. Tem espaço pra nós dois. E já passou da hora de ir embora da casa dos seus pais.

Annie ponderou as palavras de Finnick.

E o que eu direi a eles?

Que cresceu. Que está indo morar em lugar mais próximo à universidade e que quer viver por si mesma.

Ela pensou por mais alguns momentos.

Em casa ela tinha comida quentinha toda manhã, lençóis com cheiro de amaciante e um boa-noite da mãe todos os dias. Fora que era perto da faculdade e seu pai a emprestava o carro todos os dias. Não tinha porque ir morar no apartamento apertado e bagunçado de Finnick. Não fazia sentido.

Por que não?

289 dias antes

Annie encarou o próprio reflexo no espelho. Ela vinha fazendo isso com muita frequência desde que viera morar no apartamento de Finnick. E ela não conseguia tirar da cabeça que seu cabelo estava horrível. Horrível.

Finnick teve muitas namoradas antes dela. Nunca escondeu isso dela. Nenhuma séria como ela, mas teve várias. E ele mantinha contato com todas.

Annie reparava quando se cruzavam em algum lugar. Cada uma era exótica e sexy a sua maneira, assim como Finnick. Usavam acessórios diferentes, alguns Annie sequer reconhecia. Batons brilhantes e strass em várias partes do corpo. Assim como tinham piercings e tatuagens. Tinham tons de pele variados. Lindas mulheres negras com cachos volumosos, e outras bronzeadas com olhos verdes de gato... Mas não Annie. Ela era a exceção dentre a lista de Finnick. Era comum. Chegava a ser sem graça.

E na noite passada decidira. Não vai ser mais assim. Ela quer ser exótica assim como as garotas bonitas que encontrava na rua.

Olhou para a caixa de tintura que comprara em uma loja de conveniência. Era a última naquela cor. Ela achou que atrairia a atenção de todas as garotas quando surgisse com aquele tom de cabelo. E assim, começou a despejar a tintura no pote descartável que veio na caixinha da tinta.

Uma hora depois ela voltou ao espelho. Havia conseguido.

Rosa. Seu cabelo estava cor-de-rosa.

250 dias antes

Adoro te ouvir tocar Annie disse enquanto Finnick dedilhava algumas notas. Ela já estava pulando na cama dele há alguns minutos e ele a olhava ternamente rindo.

E eu adoro você.

Ela continuava corando com aqueles comentários que Finnick fazia com a naturalidade de falar de como o céu está chuvoso ou nublado.

Annie sentou-se na cama e chegou bem próximo à Finnick.

Ele sorriu e se aproximou, mas ela, com um empurrãozinho o afastou novamente. Apenas por poucos segundos. Logo estavam beijando-se.

Diz de novo porque tingiu seu cabelo tão bonito... Finnick sussurrou pela enésima vez.

Pra ficar bonita ela disse chateada. Realmente acreditou que Finnick fosse agraciá-la com um de seus milhões de elogios que sempre tinha na ponta da língua. Mas ao contrário do que imaginava, ele arregalou os alhos azuis.

289 dias antes

Ann... Trouxe o almoço Annie ouviu a voz de Finnick vir do quarto.

Ela saiu do banheiro toda orgulhosa do feito e sentou na poltrona no canto do quarto.

Decidiu agir como se não fosse algo importante Chinesa?

Não. Trouxe japonesa. Você gosta, não é?... Annie! Que droga aconteceu com seu cabelo?!

Aquilo foi como um soco na boca do estômago da garota, que já estava preparada para os elogios.

Do que está falando? Eu só pintei!

Ah, Ann... Finnick andou a passos largos e nervosos até a garota. Seu cabelo tão bonito...

Finnick tocou as mechas recém-tingidas de cor-de-rosa e passou as mãos pelo próprio cabelo loiro.

Eu achei... Annie disse com um fiapo de voz. Achei que fosse gostar. Para ficar mais parecida com as garotas que você gosta.

Droga ele jogou a comida em cima da mesa. Eu gosto de você. Tá legal? Do jeito que você é. Droga ele repetiu e se sentou na cama.

Annie foi até ele, mas Finnick acenou para que ficasse onde estava.

E eles tiveram a primeira briga.

203 dias antes

Acho que vou fazer uma tatuagem Finnick disse fazendo a atenção de Annie voltar a ele.

Outra?

É deu de ombros. Acho que vou agora. Quer vir comigo?

Claro ela disse. Vou só trocar de roupa.

Annie vestiu uma camiseta regata com uma calça jeans justa e prendeu os cabelos. Ela vinha fazendo isso muito, mesmo com Finnick dizendo que não havia problemas e gostava do cabelo cor-de-rosa.

Ele pegou as chaves do carro e eles foram até o estúdio de tatuagens e piercings de um conhecido de Finnick.

Odair! Meu melhor cliente, e sua bela dama o homem de braços cheios de tatuagens beijou o dorso da mão de Annie. O que vai ser hoje, rapaz? Vão fazer uma tatuagem em dupla? Ou veio fazer aquelas asas que gostou?

Nenhum. Quero uma no peito. Use a redondinha. Amor. Em letras maiúsculas.

Ele tem essa mania de estar sempre a surpreendendo.

Me diz que essa tatuagem é para a sua mãe Annie murmurou. Por favor.

É tudo para você, baby.

O tatuador sorriu e fez um gesto afirmativo com a cabeça Você quem manda. A mocinha vem junto?

Ele e Finnick a encararam e Annie suspirou pesadamente Fazer o quê?

181 dias antes

Você não se arrepende nem um pouquinho da tatuagem?

Por que deveria? Eu te amo disse e deslocou o colar do próprio pescoço e colocou em Annie.

Mas você adora esse colar ela disse.

Gosto mais de você.

100 dias antes

Esse lugar não é meio esquisito? Annie perguntou quando Finnick estacionou defronte a um bar caindo aos pedaços.

Se acha o lugar esquisito, espere até ver quem o frequenta ele disse. Esse é meu mundo, Ann.

Ela sentiu um calafrio percorrer o corpo. Não estava com uma sensação boa. Pela primeira vez desde que começaram a sair, ela sentiu medo.

Finnick segurou a mão de Annie e eles entraram no bar. Vários homens grandes e barbados estavam logo na entrada bebendo grandes goles de cerveja barata. Não era o tipo de lugar que ela estava acostumada a frequentar.

Eles passaram por uma mesa de sinuca e tudo aconteceu tão rápido que os olhos de Annie mal puderam acompanhar. Ela só captou momentos aqui e ali.

Viu Finnick empurrar as bolas de bilhar atrapalhando o jogo dos grandalhões.

Eles foram tirar satisfações e Finnick fez piada sobre o nariz de alguém.

Dois seguraram Finnick pelas costas enquanto o cara que era o ofendido o socava repetidamente.

Finn! Solta ele! Finnick! Annie ouvia a si mesma gritando, entrando em uma espécie de estupor, vendo o cara que ama apanhar sem poder fazer nada. Fez a primeira coisa que me ocorreu: pulou em cima de todos, mas logo, outro homem a segurou por trás.

Eles jogaram Finnick contra a mesa e ela viu seu nariz esguichar sangue quando foi de encontro à superfície dura.

A briga estava acabada. E então Finnick segurou uma das bolas com força e atingiu o rosto do seu agressor.

A partir desse momento ela só viu sangue mais sangue. Escutou apenas a própria voz gritando que os deixassem em paz.

O que por fim aconteceu.

Os homens foram embora, deixando Finnick caído praticamente desmaiado após uma série de chutes nas costelas, enquanto Annie chorava totalmente em pânico.

Ela discou com dedos trêmulos o número da emergência e logo uma ambulância chegou. Levaram Finnick para a unidade pública de saúde, mas logo um médico a aconselhou a ir para casa descansar.

Finnick havia quebrado algumas costelas, o nariz e perfurado o baço. Estava em observação.

46 dias antes

Tenta não se esforçar muito... Annie pediu quando Finnick estacionou em frente à balada. Ainda não tirara da cabeça a noite de terror que passara após aquela surra no bar. Ok?

Tá, mãe Finnick revirou os olhos. Eu tô bem!

Podia ser impressão, mas Annie achava que Finnick a vinha tratando de maneira diferente nos últimos dias... Devia ser coisa da cabeça dela, mas ela sentia que as coisas já não estavam tão bem entre eles.

Eles entraram e as luzes piscantes fizeram os olhos claros de Annie arder. A música alta agredia seus ouvidos. Mas aquela era ela agora.

Era a nova e adaptada Annie Cresta.

Eles dançaram por vários minutos as batidas animadas das músicas eletrônicas atuais.

Então Annie percebeu que Finnick há muito já não dançava com ela. Ela girou na própria órbita até que vislumbrou as mechas douradas naturais de Finnick, tão incomuns no meio de todos aqueles cabelos tingidos.

Não estava sozinho.

Ele beijava alguém. E outro alguém. E vários alguéns.

Ela percebeu que o problema foi achar que é a dona de algo que não tem dono.

40 dias antes

Que droga você pensa que é? Annie ouviu Finnick gritar quando, depois de seis dias após ter descoberto sua traição, ela atendeu os telefonemas ininterruptos. Me deixa plantado naquela porra de lugar sem ao menos me dar uma explicação!

Não é óbvio? a garota disse cansada. Se não está disposto a ser só meu, não estou disposta a ser só sua. Acabou, Finnick. Tchau.

Espe... mas ela não esperou. Ela desligou o telefonema e voltou a colocar seus sentimentos mais profundos na folha de papel em branco.

Hoje

Annie andava distraidamente. Ela saiu de casa como fazia todas as manhãs para comprar seu café em uma Starbucks, desde que saíra da casa de seus pais.

Ela entrou na cafeteria compacta e logo entrou na fila, pedindo seu café preto e rosquinhas.

Fazia mais de um mês que ela terminara com Finnick... E cada dia longe dele parecia deixá-la pior. Às vezes se perguntava o porquê de não desistir de uma vez e voltar aos braços do homem que ela amava. E não chegava a nenhuma resposta.

Moça? chamou o balconista e pelo seu tom de voz já era no mínimo a terceira vez. A fila que se formara atrás dela bufava impaciente também. Aos poucos ela sentia seu "eu" deixando-a.

Obrigada, e desculpe falou pagando com um sorriso envergonhado.

Saiu pela porta de vidro ouvindo uma sineta charmosa e trombou com alguém na saída. A primeira coisa que encarou ao levantar o olhar foram os olhos com que sonhava todas as noites. Azuis profundos como o mar revolto.

Ann surpreendeu-se Finnick. Ele também tinha um ar levemente atordoado. , que surpresa.

Mas Annie não respondeu.

Virou-lhe as costas e partiu, colocando de uma vez por todas um fim naquele problemático relacionamento.

Obrigada a todos que me ajudaram na produção deste livro e que não deixaram a ideia morrer.

Meus agradecimentos também aos Finnick Odair e Annie Cresta verdadeiros, meus amigos, que me emprestaram seus nomes para a produção deste livro.

E obrigada ao cara que me inspirou a história. Sem você, nada disso seria possível.

Para quem eu devo autografar? Katniss perguntou sem desviar os olhos do livro, no tão esperado dia do lançamento.

Peeta disse a voz, que há meses ela não escutava. Peeta Mellark.


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Notas finais do capítulo

E aí??? Espero que tenham gostado!
Aliás, eu não estou gostando de como as coisas estão indo neste fic... Quase ninguém comenta ou favorita, e não tem NENHUMA recomendação... Se isso não mudar a partir de agora, eu vou aumentando o tempo de espera para o próximo. Duas semanas, um mês... Vocês não querem isso, querem?

xoxo