O Retorno - A Marca Negra Renasce (Hiatus) escrita por Laurent


Capítulo 23
Do Mesmo Sangue




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Scabior tirou o braço do pescoço de Liadan, agitou a varinha e disse:

Protego Maxima!

Em seguida, ele, Elora e Liadan correram a toda velocidade.

Vários feitiços atingiram a barreira, que foi se quebrando aos poucos. Os três correram até um arco enorme que havia ali por perto, entrando dentro de uma sala de elevadores. A barreira do feitiço estava quase cedendo completamente.

— E agora?! — preocupou-se Elora. Saíam lágrimas de seus olhos, inundando as bochechas. — Estamos mortos, estamos mortos...

— Temos que achar Kenrick! — gritou Liadan. Escolheu qualquer elevador. — Entrem! Aqui!

Eles se apertaram no espaço pequeno. Havia nomes e mais nomes de departamentos estampados na parede do elevador, mas Liadan soube na hora aonde Kenrick estava: ala dos prisioneiros não julgados.

Após vários metros de descida, eles chegaram em um lugar estranho e escuro. Uma barulheira insuportável vinha lá de cima, causada pelo caos do momento.

— Estão vindo atrás de nós — desesperou-se Liadan. E teve uma súbita e louca ideia. — Serpensortia!

Uma grande serpente saiu de sua varinha.

Serpensortia! — e outra. — Serpensortia! — e outra. —Serpensortia! — e mais uma.

— O que está fazendo? — quis saber Scabior.

Plano c! Ajudem-me, seus imprestáveis.

Elora e Marshal não estavam entendendo absolutamente nada, mas puseram-se a criar serpentes do mesmo modo que a garota. Logo, havia um exército delas na frente do grupo.

Engorgio! — ela lançou, e as serpentes, uma por uma, cresceram até atingir um tamanho anormal.

— Tem alguns guardas por aqui! — agitou-se Elora. — Ali! Scabior, cuidado!

Marshal foi atingido por um estupefaça e caiu no chão inconsciente.

— Scabior! — gritou Elora Carrow. Em seguida, apontou sua varinha para os guardas da ala de prisioneiros não julgados que corriam em direção à ela. — Crucio! Crucio! — eles caíram no chão, urrando de dor.

As serpentes de Liadan estavam agitadas e inquietas, mas ela as encarou fixamente e murmurou, na língua que só as cobras entendiam:

Matem todos os funcionários desse Ministério!

Longas e pesadas, as serpentes se arrastaram para frente, envolvendo os guardas caídos e esmagando seus ossos com o corpo. Mais guardas vieram, e as cobras os engoliram, enlaçaram, picaram, apertaram, estraçalharam.

A carnificina durou pouco. Liadan ficou surpresa por não haver tantos bruxos guardando o local. Talvez pensassem que ela nunca chegaria até ali.

O elevador atrás dela fazia barulho: os aurores estavam chegando.

Não deixem ninguém ultrapassar esse elevador! — ordenou às cobras. Estas se moveram de volta, bloqueando a passagem do elevador com um emaranhado de couro, presas e línguas de fora.

— Vamos! — ela gritou para Elora. A menina agarrou Scabior e arrastou-o pelo chão, inconsciente.

— Kenrick! KENRICK! — chamou Liadan. — KENRICK!

Ninguém respondeu.

— Kenrick! — Liadan tentou de novo. Dessa vez, um gemido murmurou de volta. Ela seguiu o som e encontrou uma saleta fechada a cadeado.

Kenrick estava lá dentro.

— Kenrick! — murmurou a irmã, aliviada. Ele estava pálido e mal cuidado, como se não comesse há dias.

— Ora... ora... é não é que você... veio... hein... Lia? — surpreendeu-se ele, a voz fraca e entrecortada.

— Precisamos tirar você daí — disse ela. — Saia de perto.

Apontou a varinha para a tranca.

Alohomora! — nada aconteceu. Precisava de um feitiço mais forte. — Bombarda! — e o cadeado explodiu. Liadan abriu o portão de grades e acudiu o irmão.

— Eles... confiscaram... minha... varinha — disse ele, respirando de forma acelerada.

— Liadan... — alertou Elora.

— Conseguiremos outra varinha depois — disse ela, sem dar ouvidos à garota. — Escute, precisamos achar um jeito de sair daqui...

— Liadan, eles estão vindo...

Scabior acordou, grogue e parecendo afetado demais.

— Estão chegando — os passos dos aurores já eram audíveis. — Eles estão chegando...

E Elora começou a soluçar, tremendo. Scabior pareceu se dar conta do que estava acontecendo.

Harry Potter foi o primeiro a vê-los. Sua expressão era feroz, raivosa e vingativa. Ao lado dele, estava aquele auror desprezível de cabelos vermelhos, o tal do Ronald Weasley. Hermione Granger repousava ao lado do marido, parecendo estar determinada, e com um pequeno sorriso de vitória estampado no rosto.

Deu tudo errado, pensou Liadan.

— Vocês estão presos — disse Potter, enquanto uma centena de varinhas apontava para eles, conforme os outros bruxos iam chegando. — Larguem suas varinhas agora...

E uma voz ecoou pelo corredor escuro das celas, uma voz feminina.

— Parem! Parem!

Uma mulher abriu caminho entre eles. Era alta e bonita, com cabelos extremamente lisos e prateados. O olhar dela era perturbador.

— Narcisa Malfoy? — indagou Harry Potter em voz alta. A mulher foi até ele, andando rapidamente.

A mãe de Paige, pensou Liadan, furiosa.

— Chefe dos Aurores — disse ela de maneira desesperada. — Por favor, não faça nada a esses garotos.

A expressão dele tomou um ar de deboche.

Não fazer nada? — disse ele, como se aquilo fosse algo absurdo. — Sra. Malfoy, tem ideia do que estes garotos fizeram? Invadiram o Ministério, e ainda por cima libertaram Kenrick Riddle de sua cela! Não posso simplesmente dar as costas para isso. Senhores — ele se virou para Liadan, Elora, Scabior e Kenrick. — Todos vocês serão encaminhados para Azkaban esta noite.

— Não! — gritou Narcisa. — Não!

Potter olhou para ela com suspeita.

— O que deu em você? Estamos prendendo os filhos de Voldemort e seus seguidores. Finalmente, está tudo acabado.

Os olhos dela se encheram de lágrimas.

— Acontece que os filhos de Voldemort — disse ela. — Têm uma mãe.

Todos prenderam a respiração.

— O que é que você está dizendo...?

— Eu — disse Narcisa, o peito se estufando, a expressão fria — Sou a mãe de Liadan e Kenrick.

Nem Harry Potter soube o que dizer.


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