O Retorno - A Marca Negra Renasce (Hiatus) escrita por Laurent


Capítulo 2
A Verdade


Notas iniciais do capítulo

Curto, porém, direto.



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Kenrick e Liadan estavam confusos. Nunca, em nenhum dos orfanatos, alguém se atrevera a visitá-los. Enquanto ambos caminhavam pelo corredor escuro em direção à sala de visitas, Liadan pensava se talvez algum dos coordenadores dos orfanatos anteriores tivesse abrido a boca e chamado a polícia.

Mas não era um policial que os esperava aconchegado no sofá.

— Srs. Kenrick e Liadan Blackwood — disse a Irmã Millie. — Este é o senhor Lestrange.

Um menino alto, bem esquisito, com cerca da mesma idade dos gêmeos, se levantou rapidamente e foi a encontro deles. Vestia-se todo de preto, e usava longa capa escura.

— Muito prazer. — disse ele. — Meu primeiro nome é Ralph.

O garoto estendeu a mão para Liadan, mas ela apenas encarou ele. Em seguida, para Kenrick, mas o garoto repetiu a atitude da irmã.

Ralph Lestrange desistiu dos cumprimentos e se dirigiu à Irmã.

— O que eu tenho pra conversar é meio particular... posso ir até os aposentos de algum deles? — e indicou os gêmeos.

A Irmã Millie franziu a testa.

— Só se eles autorizarem. — observou ela. Fixou-os com ar de dúvida.

Quem quer que esse Ralph fosse, não poderia fazer mal aos dois. Afinal, eles tinham aquele... dom especial, como gostavam de pensar. Ninguém podia contra eles.

— Ele pode vir até meu quarto. — murmurou Kenrick.

A Irmã Millie suspirou.

— Creio que vocês sabem o caminho, Srs. Blackwood... siga-os, senhor Lestrange. — falou ela, e então se retirou da sala de visitas com passos apressados.

Os três jovens seguiram todo o caminho até o quarto de Kenrick sem dizer nada, a não ser as tolas observações de Ralph sobre a decoração dos corredores. Não sabiam por que ele estava lá, e tampouco quem era ele. Mas não se sentiam ameaçados, porque, se ele estivesse com más intenções... iria sermuito pior para ele.

Kenrick abriu a porta e deixou a irmã e Ralph entrarem.

— É melhor trancar. — falou Ralph. — A conversa que vamos ter é sigilosa.

Liadan perdeu a paciência.

— Olha, cara — disse ela. — Você é algum detetive, um tira ou algo do tipo? Não precisa ficar andando por aí disfarçado. Mostre logo seu distintivo...

— Não sou policial. — retrucou Ralph, calmamente. — Tranque a porta, Kenrick.

Kenrick hesitou, mas após um tempo, resolveu trancar a porta.

— Escute-me — disse ele, olhando para Ralph ferozmente. — O que quer que tenha vindo fazer aqui, saiba de uma coisa: não somos as pessoas certas.

— Você tem razão — falou o Lestrange, sentando-se na cama do garoto. — Vocês não são as pessoas certas... para esse lugar.

— O que quer dizer com isso? — quis saber ela, a testa se vincando de confusão.

Ralph sorriu.

— Vocês conseguem fazer coisas que ninguém mais consegue — disse ele. — Minto?

Os gêmeos se encararam. Como ele sabia?

Ralph soltou uma gargalhada.

— Eu também. Observem.

E, de repente, o abajur da escrivaninha de Kenrick estava flutuando no ar. Não era uma imagem chocante para nenhum dos irmãos, mas era... estranho. Afinal, nunca encontraram ninguém que fosse capaz de fazer tal coisa.

O abajur pousou no mesmo lugar, intacto. O Lestrange levantou uma sobrancelha, sorrindo.

— Hm? Que acharam? Satisfeitos?

Não houve resposta.

— O que eu vou dizer agora pode ser chocante, pode não ser... mas, sim, vai ser. Aconselho que se sentem, pois a história é longa.

Kenrick se arranjou numa cadeira, e Liadan sentou-se na borda da cama, o mais distante de Ralph que podia ficar sem cair da beirada.

Ralph limpou a garganta.

— Bruxos: é o que eu, vocês, e milhares de pessoas são. Ãh, Ãh, espere eu terminar de falar — advertiu ele quando Liadan abriu a boca, a expressão confusa, como se Ralph fosse maluco. — Como eu dizia: somos bruxos, capazes de executar feitiços, produzir poções, etc. e tal. Naturalmente, são muitas as coisas que precisamos aprender para sermos realmente habilidosos, e, por essa razão, aos onze anos, somos enviados à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, para que possamos ser instruídos sobre os segredos do mundo mágico.

— Sério, cara, quantas você andou bebendo? — perguntou Liadan, sarcástica.

Ralph prosseguiu, como se não tivesse sido interrompido.

— Vocês, meus caros, contudo, já têm 16 anos, e nunca foram para essa escola de que estou falando. O normal é que chegue uma carta de Hogwarts para nós, mas vocês nunca a receberam, não é verdade? Pois bem, há um motivo... e um grande motivo. Há muito tempo atrás, um poderoso bruxo chamado Lorde Voldemort dominou o mundo mágico. Destruiu as resistências bruxas, comandou exércitos para atacarem Hogwarts, assassinou pessoas... mas, por fim, um garoto de nome Harry Potter derrotou-o, aos 17 anos, e ele morreu para sempre. O mundo bruxo temia Voldemort, assim como teme vocês, pois... vocês são filhos dele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem!



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