R.C. And A.V. Classic Love escrita por The Doppelganger


Capítulo 38
Capítulo 37: Buscando Respostas


Notas iniciais do capítulo

Oláa Vampirelas mais perfeitas deste mundoo! Sei que demorei, mas ainda é Quarta, então aqui está mais um capitulo de Classic Love ;D
Um 'Obg' rápido e sincero as minhas leitoras e espero que gostem :))
Bjss :*



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POV. Renesmee

Virei-me lentamente, colocando-me de frente para os dois vampiros recém chegados ao ambiente, sem saber exatamente como minha expressão estava.

Olhei-os lendo suas expressões. Ambos estavam sérios, porem Carlisle parecia mais calmo, e seu olhar era educado; Alec era um pouco mais ameaçador, e seus olhos rubis não escondiam sua insatisfação por ter sido contrariado, tanto por mim quanto por James. Embora eu estivesse surpresa com sua presença, Alec não parecia animado em me ver... Se é que ele me viu ali, porque assim como Carlisle, ele olhava fixamente para além de mim, onde Demi e James se encontravam.

– Achei que ficaria mais tempo fora, Alec. – a voz surpresa e amigável de Demetria quebrou o silencio que há pouco havia tornado-se perturbador.

– Alarme falso. Como pensávamos. – explicou, usando o mesmo tom amigável, mas a impaciência e raiva eram evidentes em sua voz.

Como seus olhos não se moveram ao responder, achei que estivesse olhando para Demi, e, por pura curiosidade, virei-me, seguindo seu olhar. Alec não era como Carlisle, seu olhar não era direcionado aos dois a minha frente e sim a um só... Seu olhar ameaçador era enviado apenas para James, que retribuía com um educado.

No silencio perturbador que recomeçara, comecei a me perguntar por que Alec parecia odiar tanto o caçador. Sem tocar o vampiro, entrei em sua mente, tentando ver qualquer resposta para minha pergunta mental.

Não consegui ver mais do que seus últimos pensamentos, que eram afogados em puro ódio pelo caçador estar perto de mim. Isso claramente não o agradava. E antes que eu pudesse ir mais fundo em sua mente, Carlisle interrompeu minha concentração:

– James... – começou, em um tom educado e de reprovação, como um pai calmo fala com seu filho adolescente quando ele volta de uma festa da qual fora proibido de ir – Já lhe dissemos que não deve dar certas respostas a Renesmee. – mesmo de costas, pude sentir seu breve olhar preocupado em mim.

Olhei para o caçador, ele suspirou, não arrependido:

– Desculpe, Dr. Cullen, mas creio que sua neta tenha o direito de saber de algumas coisas. – eu podia sentir sua voz estar claramente decidida.

Acho que Demetria encarou isso como algo muito ruim ou muito certo, pois pôs sua mão esquerda no ombro direito de James, apertando-o um pouco em seguida. Não pude saber se ela o encorajava a continuar ou a parar, mas o caçador pareceu perceber o que era, pois levou uma de suas mãos ao encontro dela, acariciando-a amigavelmente, como se dissesse a ela que não se preocupasse.

Logo, ele seguiu com sua frase, adotando um tom tranquilizador, mas ainda decidido:

– Nunca a contaria nada que a... – ele pareceu procurar a palavra certa - Prejudicasse.

– E estava planejando contá-la como se faz para tentar quebrar uma ligação?! – perguntou-lhe Alec, quase que sarcasticamente, destacando o termo que dizia que não era garantido que minha ligação se quebraria.

– Alec. – dissemos meu avô e eu, como se o disséssemos: “Acalme-se”.

Virei-me para ele novamente, continuando a frase sozinha:

– Eu quero saber. Talvez eu possa... – ele me interrompeu, olhando-me pela primeira vez desde que chegou ali.

– Não, você não pode tentar. – afirmou ele, firme. Dessa vez, Carlisle não o repreendeu, mas olhou-me também, dando razão a meu amado.

– É uma medida tão drástica assim? – perguntei, arqueando e descendo as sobrancelhas.

Alec fechou as pálpebras, suspirando vencido. Em dois segundos, seus olhos se abriram novamente, agora olhando na direção de James. Carlisle seguiu seu olhar, me virei em seguida, olhando-o também.

– Conte-a. – exigiu Alec.

Então James suspirou. Não pude saber se era de satisfação por ter ganhado a ‘’discussão’’, ou se era de arrependimento adiantado. Logo ele voltou a falar, parecendo se esforçar para manter a voz neutra.

– Você... Ou ele... – começou, parecendo pensar em um modo gentil de me contar. Não conseguiu encontrá-lo – Tem que morrer.

‘’Morrer’’... – a palavra não foi destacada em sua frase, mas sim em meu pensamento.

Pareci ter perdido o chão naquele momento, junto com a esperança e a concentração em manter a expressão neutra. Senti meu rosto refletir meus pensamentos: frustrados e quase desesperados.

Concentrei-me na realidade, voltando do meu transe e olhando novamente para James e Demetria. Ambos me olhavam atentos, preocupados com o efeito que aquelas palavras tiveram em mim. Tentei, ao maximo, deixar minha expressão neutra novamente, antes que seus rostos alarmassem Alec e Carlisle (se é que já não tinham alarmado).

– Então... Se ele morrer, e eu não for junto... – comecei, sentindo minha voz sair levemente tremula.

Ou mais tremula do que eu pensava, pois Carlisle continuou por mim:

– A ligação se quebra.

– E o seu imprinting volta... Ainda com o imprinting, mas não serão ligados como antes. – concluiu James.

Antes que eu pudesse assentir, uma voz ao longe, autoritária e insatisfeita me interrompeu. A reconheci de imediato:

– Já basta. – exigiu Jane. Virei-me para vê-la, meu avô fazer o mesmo, mas Alec não se deu ao trabalho. A gêmea ainda andava para perto, sendo seguida por Demetri. Ambos usavam o capuz do uniforme, mas o tiraram quando chegaram á nós – Os mestres não querem que falemos sobre isso. – avisou.

– Claro. – concordou Carlisle – Será a ultima vez, Jane. – prometeu.

– Assim espero. – disse ela, friamente – Alec. – chamou, fazendo o irmão se virar minimamente – Aro lhe mandou para levar Renesmee até o carro, no entanto, ainda está aqui.

Olhei-os confusa, sem ser notada.

– Desculpe, irmã, mas a conversa estava tão interessante que não foi possível não parar para ouvir. – falou ele, sarcasticamente. Jane cerrou e descerrou os olhos vermelhos duas vezes, mostrando sua insatisfação com o comentário, o que fez Alec se redimir rapidamente – Já estamos indo.

– Ótimo. – falou, antes de dirigir seu olhar para Demetria e James – O mestre os espera na sala dos tronos.

A irmã de Dimmy e o hibrido de entreolharam confusos, depois voltaram a olhar para a loura Volturi á frente.

– Por que... – começou Demi, educadamente, mas antes que pudesse terminar, Jane a interrompeu, com a mesma voz sombria e autoritária.

– Porque seu dom será útil, e, Aro não está com humor para torturar alguém hoje... Não com as próprias mãos. – falou, mirando James ao final da frase.

Meus amigos ainda pareciam um tanto confusos, mas o olhar ameaçador de Jane pareceu tê-los apressado. Eles olharam na nossa direção, se limitando a sorrirem pra mim, como forma de despedida. Em pouquíssimos segundos, eles não se encontravam mais em meu campo de visão, mas a brisa com seus cheiros indicava que haviam acabado de passar por mim.

Quando notei que nem Carlisle, Jane ou Demetri se encontravam mais no ambiente, reformulei as perguntas que deveria ter feito desde o inicio: O que está acontecendo? Por que eu tenho que ir para o carro? Onde vamos?

Antes que eu pudesse abrir a boca, Alec começou a andar depressa na direção do castelo. O segui, quase correndo, já que seus passos rápidos pareciam tentar conter sua vontade de correr como o ser sobrenatural que era.

Continuei ‘’correndo’’ desajeitada quando cheguei ao seu lado, lutando para acompanhar seus passos.

– Pra onde vamos? – perguntei rapidamente, tentando conter a respiração ofegante que eu começara a necessitar, sem saber se ela vinha por causa da corrida, das duvidas, ou da única medida incrivelmente drástica para quebrar a ligação que eu acabara de ouvir.

– Para a saída leste do território dos Volturi. – respondeu Alec, sem humor.

– E por que estamos indo pra lá? – falei, agora sem conseguir conter a respiração rápida.

Alec parou e começou a me analisar preocupado, ignorando minha pergunta.

Ele pareceu ter chegado a conclusão de que eu não estava bem, pois me atirou em suas costas em uma velocidade impressionante, unindo minhas mãos em volta de seu pescoço e segurando minhas coxas firmemente. Por fim, ele começou a correr, parando instantes depois, já na garagem, ao lado de um Bugatti Veyron preto que eu não fazia idéia que existia naquele lugar.

O vampiro abriu a porta do passageiro pra mim, fitando-me ainda preocupado. Entrei rapidamente, acalmando minha respiração ofegante e tentando parecer mais calma do que realmente estava. Antes eu estivesse completamente ajustada no banco, o som da minha porta de fechando e de outra se abrindo soaram quase ao mesmo tempo. Alec já estava ao meu lado, dando partida.

– Por que estamos indo? – perguntei novamente, assim que saimos da garagem.

– Porque vamos até os mensageiros... – começou. Sua voz de sinos tinha um tom tranquilizador, o que me fez relaxar ao ouvi-la – Vamos interrogá-los antes de serem executados, e Aro acha sua capacidade de mostrar o dom de Jane terá muita utilidade. – concluiu, abrindo os vidros.

Perguntei-me se meu cheiro o incomodava, mas logo vi em sua mente que estava apenas seguindo o cheiro de Demetri e Jane, que iam correndo pela floresta... Mas antes, percebi por seus pensamentos o quanto estava irritado por me ver falando novamente com James, apesar disso, ele conseguia manter uma expressão tranquila.

Olhei-o por algum tempo, ainda lendo suas lembranças e observando seu rosto. Concentrava-me em saber o por que de seu (aparentemente grande) ódio pelo caçador, mas não conseguia nada de muito útil, já que as respostas estavam mais a fundo em sua mente, então só conseguiria vê-las se o tocasse.

Verifiquei se meu rosto continha uma expressão que entregasse meu plano antes de tentar tocá-lo. Não precisei de muito tempo para perceber que o olhava simplesmente preocupada, praticamente, sem nenhum vestígio que me deixasse suspeita.

Mesmo assim, suspirei, tentando parecer vencida enquanto relaxava minha expressão. O observei por mais um momento: seus olhos rubis estavam fixos na estrada, mas ainda parecia que não prestava muita atenção nela; ombros minimamente rígidos, fazendo-o parecer tenso, embora sua expressão calma dissesse o contrario. Como o conhecia, sabia que ele sempre teve total controle sobre seu rosto, do mesmo jeito que tinha habilidade com palavras, porem, na maioria das vezes, seu corpo não sabia mentir tão bem.

Usando a desculpa de que ele parecia tenso, pude olhá-lo preocupada antes de oferecer minha mão a ele. Alec a pegou sem demora, então eu a acariciei de forma tranquilizadora enquanto a apoiava no espaço que havia entre os bancos.

Depois que seus ombros relaxaram, sorri levemente e virei meu rosto para a janela ao lado, antes que meus olhos começassem a perder o rumo. Então eu fui mais fundo em sua mente.


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