R.C. And A.V. Classic Love escrita por The Doppelganger


Capítulo 37
Capítulo 36: A Última Pergunta


Notas iniciais do capítulo

Oiie Vamps Lindas :)) Bom, ainda me sinto generosa, então aqui está um capitulo extra *--* Obg as leitoras e espero que gostem :*
PS: Confirmada a 2º Temporada de R.C. And A.V.



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POV. Renesmee

– Por que quer saber onde o caçador está? – perguntou-me Demi, erguendo uma sobrancelha, enquanto se jogava na cama do meu quarto.

– Lembra-se que te contei da conversa que tive com ele? – ela revirou os olhos, assentindo – Ele deixou de me contar uma coisa, o que me faz ter uma conversa pendente com ele. – expliquei, sentando-me ao seu lado.

– Ah, Nessie... – começou, com um tom de reprovação – Já fazem dois dias. E sabe que Aro e Carlisle vão te dar todas as respostas que quiser em breve. Seus avós só tem mais quatro dias aqui e... – a interrompi.

– Demi... – olhei-a suplicante, com a voz no mesmo tom – Se o mestre e o meu avô quisessem me dar alguma resposta, já teriam feito isso, certo? – ela abriu a boca para responder, mas a interrompi novamente, como se sua resposta fosse positiva – Então, só uma pessoa neste castelo pode me dizer ao menos uma resposta.

Ela olhou-me convencida, e suspirando vencida. Depois continuou:

– E quanto a Alec? – perguntou-me, parecendo querer me fazer desistir da idéia. Admito que ela quase conseguiu. Quase.

– Ele não quer que eu fale com o caçador sobre isso... – suspirei, encarando o chão.

– E vai fazer isso mesmo assim? Ainda pelas costas dele? – disse-me, quase sem esconder o sentimento de vitoria na voz.

Assim que o silencio pairou no quarto, lembrei-me de uma situação no dia anterior, quando me despedi rapidamente de Alec por ele estar partindo com a irmã, Demetri, Santiago e Felix para mais uma missão. No território da China, se bem me lembro. Por isso Demetria usou o termo “Pelas costas dele”, embora estivesse errado, pois eu já avisara a Alec que queria falar com o caçador... Não que ele concordasse com minha vontade.

– Demi, mesmo não querendo isso, Alec sabe que eu planejo falar com o caçador, então só me mostre onde ele está, mas se estiver mesmo disposta a se recusar... Bom, lhe contei a pergunta que quero fazer a ele, se tiver a resposta... – sugeri, mas ela suspirou de novo, como se pensasse: “Não acredito que você vai me obrigar a fazer isso!”.

Era um sinal claro, dizendo que ela usaria seu dom em mim. Esperei pacientemente, sem ter a certeza de que resistiria, pois sua habilidade fazia com que sua proposta ou ordem parecesse tentadora ou impossível de se recusar, não deixando outra escolha para a vitima a não ser obedecer a vontade dela. Mas, mesmo seu dom sendo muito forte, tão que nem um escudo está a salvo, ainda havia uma coisa que poderia fazer seu dom ficar consideravelmente impotente: determinação. Cujo sentimento habitava em mim agora.

– Renesmee... – começou, olhando nos meus olhos – Por que não desiste dessa idéia de falar com o caçador e vai ao shopping comigo? – perguntou-me, com um sorriso serio no rosto.

– Demetria, - comecei, afastando meus olhos de seu olhar – Leve-me até ele. – exigi.

A morena levantou-se da cama, andando em passos lentos e firmes, resmungando baixo até a porta do meu quarto. Logo chegou, abrindo uma das portas duplas de má vontade, depois virou-se pra mim, gesticulando para que eu saísse. Assim o fiz, rapidamente, enquanto sorria animada.

Quando nós duas estávamos no corredor de hospedes, ela correu em uma velocidade sobre humana, mas o fez tão rápido que só notei quando senti seu cheiro passar por mim brevemente. Desfiz meu sorriso, descobrindo sua tática, mas, para minha sorte, eu era tão rápida quanto Edward, e não demorei para perceber que ela se dirigiu até as escadas, descendo.

Em questão de segundos, eu já estava no primeiro andar, alguns metros atrás de Demi que, inutilmente, tentava me despistar em meio aos tantos humanos e vampiros que andavam pelo castelo.

Depois de mais meio minuto, a encontrei parada no jardim, ela olhava fixamente para leste, enquanto eu vinha de oeste, parando um pouco á sua frente, virando meu rosto na mesma direção que ela. Meus olhos não demoraram a encontrar James. Ele tinha alguns punhais na mão, e os jogava em direções diferentes, dentro da floresta.

Curiosa sobre o que ele fazia, me dirigi um pouco mais para leste, podendo ver agora alguns alvos pequenos pintados em arvores um pouco longínquas, a maioria deles continha os punhais bem no centro. O observei por segundos, até que ele jogou seu último punhal na direção da floresta, sem mirar em nenhum dos alvos. Não o entendi de inicio, mas logo o cheiro de sangue de cervo chegou até mim, fazendo minha garganta começar a arder, mas não com muita insistência.

Não prestei atenção em minha pouca sede ou em James por muito tempo, pois Demetria passou por mim depressa, mas em passos humanos e impacientes. Ela andava na direção do caçador, olhando-me curiosa quando ficou entre mim e ele, com um olhar de: “Você não vem?”. A acompanhei em seguida, não a deixando pensar que havia desistido da pergunta que cuja resposta me deixava ansiosa para sabê-la.

Quando dei por mim, eu e Demi já estávamos paradas há 7 ou 6 metros do caçador, que se virou pra nós, com um sorriso pouco surpreso.

– Continua bom nisso, James. – elogiou a vampira ao meu lado, sorrindo com um pouco de seriedade.

– Obrigado, Demi. Vejo que continua boa em conseguir convencer as pessoas do que diz. – falou ele, fazendo- nos dar um risinho breve.

Eu ria do discreto sarcasmo em sua voz, já Demi ria satisfeita.

Assim que nossos risos baixos cessaram, a morena voltou a falar. Pude sentir a persuasão desde o começo da frase:

– Bom... Renesmee gostaria de lhe fazer uma ultima pergunta, mas acho que... – o caçador a interrompeu, antes ela o convencesse de que ele se incomodaria.

– Claro. – disse, cortando-a.

Demetria apertou os lábios, reprimindo um suspiro de pessoa vencida. Depois balançou a cabeça positivamente pra ele, uma única vez.

– Pois bem. – disse, com um sorriso meio forçado – O cervo ainda deve estar quente. – terminou, de má vontade, antes de sumir na direção da floresta.

– Ahh, James... – comecei, com uma voz preocupada. Ele, por sua vez, não desfez o sorriso em seu rosto, mas levantou suas sobrancelhas antes que eu continuasse, com expressão despreocupada – Desculpe se te causei algum prob... – ele me interrompeu.

– Está tudo bem, Renesmee. Não tive nenhum problema com os mestres... Claro que eles ficaram insatisfeitos por causa das mínimas informações que te dei... Mas não me prejudicou em nada, eu garanto. – seu tom era tranquilizador.

– E... Está disposto a me responder uma ultima pergunta? – perguntei, arqueando uma sobrancelha.

O caçador tomou uma expressão falsamente pensativa, que logo se desfez, dando lugar a uma de certeza verdadeira.

– Depende... Pergunte. – pediu ele.

Naquele momento, comecei a andar em sua direção, perguntando-me se deveria mesmo arriscar a cabeça de meu mais novo amigo novamente. Minha resposta mental foi: “Se ele não puder responder, revirara os olhos.”. Então parei. Agora estava a exatos 4 metros e meio dele.

– Como eu faço pra quebrar minha ligação?

De repente, o rosto do caçador ficou serio e pensativo novamente, como se estivesse tendo uma discussão interna, decidindo se contava-me ou não. Mandei-lhe um olhar tranquilizador e um sorriso doce, do mesmo jeito que ele me mandara a pouco. Ele relaxou minimamente, depois suspirou, como se ainda não tivesse acabado sua discussão consigo mesmo, como se não tivesse decidido se aquilo lhe causaria ou não problemas.

Esperei que revirasse os olhos enquanto me olhava.

Ele não o fez. Porem, quando abriu a boca pra falar, foi interrompido por si mesmo, adiando a resposta:

– É complicado...

– Se vai lhe causar problemas, não precisa me dizer. – falei, escondendo qualquer tipo de vestígio de frustração em minha voz.

– Não sou eu que terei problemas com isso, Renesmee. – começou, pausando por segundos – E... Não é garantido que a ligação se quebrará.

– Estou disposta a tentar todos os meios.

Meu tom determinado pareceu tê-lo incomodado tanto quanto a Demi, que rosnou baixo de dentro da floresta. Não pra mim, mas pra ele, como um aviso. Um aviso de que deveria acabar com a conversa por ali. Ignorei, mas ele pareceu sentir que era uma ajuda para uma das partes opostas de sua discussão interna.

– Existe apenas um meio. – falou, agora com certeza e seriedade na voz. Ele havia decidido se me contaria ou não. Sua parte que dizia “Conte-a” havia vencido.

Teria me contado naquele momento, mas se interrompeu novamente, olhando para além de mim. Instantaneamente, Demetria saiu da floresta, colocando-se um pouco atrás do caçador, olhando fixamente na mesma direção que James. Ambos pareciam neutros, mas por algum motivo, calados.

Eu estava prestes a me virar e ver o que os deixou daquela forma, mas não precisei, pois assim que virei meu rosto minimamente, uma brisa lenta e natural me atingiu. Ela não fora causada por vampiros, mas me trazia o cheiro doce de dois deles: Carlisle e Alec.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Está bom, ruim, razoável...?
Bjsss Vampirelas :*