R.C. And A.V. Classic Love escrita por The Doppelganger


Capítulo 36
Capítulo 35: O Procurado


Notas iniciais do capítulo

Oláa Vampirelas *-* Primeiramente: peço mil desculpas pela demora, mas, ainda é sábado, então, tá valendo, né? Bem, queria agradecer a todas as minhas leitoras, e á algumas em especial: Melody B. Volturi (que favoritou a fic hj e me recomendou uma pessoa pra fazer a capa :3) á Cami Mikaelson (que tbm está sempre acompanhando e tbm recomendou uma pessoa pra fazer a capa :3) e a Alice Prince (superartista que fez a nova capa da fic *-*) Então: SuperObrigada a tds *---*
E, apesar da demora, espero que gostem do 2º cap de hj :))



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POV. Alec

– Já é a segunda badalada... – falei, atento, escutando o relógio da torre do castelo dar suas ultimas badaladas anunciando o meio dia – Estamos atrasados. – continuei, lembrando-a que a ordem de partimos para a China fora nos dada á meia hora atrás, e que, no entanto, ainda estávamos no jardim do castelo.

– Deixe. – respondeu-me Jane, em um tom frio e despreocupado.

Ambos observávamos o motivo do nosso atraso há alguns metros de distancia: Demetri. O rastreador estava parado perto das arvores da floresta, apertando os olhos e massageando suas têmporas enquanto tentava rastrear os membros do clã chinês.

Por mais impossível que pareça: ele não conseguia.

– Ande logo com isso, Dimmy. – disse-lhe Felix, meio impaciente. Ele e Santiago estavam mais perto do rastreador do que eu e minha gêmea.

– Acalme-se. – pediu Demetri, mesmo sabendo que nem mesmo ele estava calmo.

Depois de mais alguns segundos, o loiro abriu os olhos e começou a andar lentamente de um lado para o outro, olhando fixamente para cada parte da floresta, como se decidisse em qual direção deveria seguir.

No tempo em que se resolvia, senti uma brisa passar por nós, trazendo consigo o cheiro que eu mais adorava no mundo: O de Renesmee. Virei meu rosto devagar para a esquerda, e lá estava ela, ao meu lado, entrelaçando sua mão a minha e olhando curiosa para Demetri.

– O que há com ele? – perguntou-nos, com sua voz doce de sempre.

– Está com problemas para achá-los. – respondi, calmamente.

– Achamos que há algo o bloqueando... Talvez os chineses tenham um novo membro no clã, alguém com um escudo mental. – continuou Jane, falando com desprezo da possibilidade.

Naquele momento, Demetri se virou pra nós, se materializando há alguns passos de minha gêmea, olhando-a como eu olhava para Ness, quando tentava tranquilizá-la.

– Não é um escudo. – afirmou ele – Há algo de errado... – falou, mas pareceu ter somente pensado alto.

– E por que pensa isso? – perguntou a loira ao meu lado, tentando não se mostrar preocupada.

– Porque consigo rastrear apenas um deles, claro que esse não é um dos mais importantes membros dos Wang... – ele pausou por pouco tempo, ainda pensativo – Mas conheço esse clã, e se estivessem mesmo protegendo suas mentes, não deixariam ninguém da ‘’família’’ sem proteção. – concluiu, como se estivesse falando de amigos do passado.

– Não os vemos há séculos, Dimmy. Talvez tenham mudado. – falou Jane, e mesmo sendo friamente, parecia tentar consolá-lo. Logo sua voz ficou inteiramente fria e autoritária – Mas isso é uma especulação. Saberemos a verdade quando os encontrarmos.

– Claro. – concordou ele – Estou pronto.

A líder de nosso pequeno grupo assentiu uma vez, gesticulando para que o rastreador seguisse na frente. Demetri desapareceu um segundo depois, e, sem perde-lo de vista, Jane o seguiu.

Dei um rápido selinho em Ness antes de partir entre as arvores, sendo seguido por Felix e Santiago.

*--------*

Já era noite. Madrugada, na verdade.

Corremos por horas á fio, sempre em linha reta, e por isso, tivemos que nadar algumas vezes. Mas isso foi á horas, pois agora já estávamos na China. No centro do pais, se meus cálculos estiverem certos.

Estávamos há poucos metros da entrada de Ming Bai, em um beco pouco iluminado. Nossas vitimas ainda estavam lá, algumas já drenadas e outras ainda vivas. Os vivos eram envolvidos pelo meu dom, já que não precisávamos que eles vissem o que estava acontecendo e chamassem atenção de outros humanos.

Como estávamos com sede, e deixávamos que nossos instintos nos dominassem... Estávamos um tanto agressivos. Especialmente Jane, que queria voltar logo pra casa.

– Quanto tempo para chegarmos á eles, Demetri? – perguntou a loura, enquanto jogava um chinês consciente contra a parede e o mordia.

Só então percebi que já havia desfeito minha nevoa.

Depois de algum tempo, com muito esforço, Dimmy tirou os lábios do pescoço da mortal que bebia, respondendo rapidamente:

– Não muito... – disse, sem humor, parecendo não ter terminado a frase antes de voltar a sugar desesperadamente.

– Ah, não me diga! – falei, irritado, enquanto sugava uma humana que estava sentada no chão.

O rastreador rosnou por causa de minha ironia. A única coisa que me impediu de rosnar de volta, foi minha concentração, que estava inteiramente presa no sangue que acabara de tocar meus lábios.

– Está dizendo isso há muitas horas, Demetri! – defendeu-me a líder, quase que rosnando.

– Jane, realmente falta pouco tempo. Já consigo sentir o cheiro. – argumentou, colocando-se á frente de minha irmã, já que ambos haviam acabado de beber e deixado os instintos de lado – Ele parece saber que estamos aqui... Está se afastando rápido. – alertou.

Jane o olhou por alguns segundos, cerrando os olhos vermelhos de vez em quando, parecendo estar presa em uma batalha interna. Uma batalha entre a vontade de usar seu dom e a de deixar o cérebro útil de Demetri intacto, sem atrapalhar o rastreamento, que por sinal, já estava difícil.

Levantei-me devagar, observando minha gêmea enquanto limpava os cantos de minha boca, que estavam com sutis gotas de sangue em volta. Ela me olhou brevemente, já parecendo decidida. Mesmo assim, lhe enviei um olhar reconfortante, como eu sempre fazia nas missões. Era como se lhe dissesse que confiava em sua decisão.

– Vamos. – falou, friamente, já se virando.

Demetri já estava á frente da loura, quase retomando a velocidade sobrenatural que usávamos antes. Jane e eu estávamos praticamente andando no mesmo ponto, se ignorar os centímetros que ela fazia questão de ter a seu favor. Santiago apressava-se em passos humanos, ficando mais perto de nós, que já estávamos quase na saída do beco. Felix era o único que continuava sugando, ficando á uma distancia razoavelmente grande atrás de nós.

Jane pareceu se sentir descontente quando percebeu que havia alguém do grupo nos atrasando. Ela parou a caminhada sem prévio aviso, fazendo com que todos que estavam andando parassem também. Mesmo há cinco metros de distancia dela (e alguns centímetros atrás), pude ver quando ela apertou seus olhos com expressão de desgosto, continuando com o rosto daquele jeito enquanto se virava lentamente na direção de Felix.

Sua expressão mudou rapidamente assim que se encontrou de costas para Demetri. Infelizmente, não posso dizer que mudou para melhor. Seu rosto inocente agora refletia sua (possivelmente imensa) raiva. Seus olhos vermelhos como sangue refletiram a mesma coisa assim que se abriram, olhando diretamente para o escuro, onde se encontrava Felix, que sugava o ultimo humano vivo.

Jane se certificou que a ultima gota de sangue do mortal havia sido sugada antes de usar seu dom no grandalhão, que, instantaneamente, caiu de joelhos, com as costas curvadas para trás.

Vamos. – repetiu ela, friamente e claramente, depois de um minuto se entretendo com a dor que causava em Felix.

Em meio segundo, o grandalhão já se encontrava um pouco a frente de Santiago, olhando para Jane como quem se desculpa. Ela não fez pouco caso, mas também não mostrou reação quanto ao ato.

E logo voltamos a correr. Tão rápidos quanto antes. Ou quem sabe, até mais, pois passávamos constantemente ao lado de humanos, que mal notavam nossa presença. Creio que nem notassem a brisa rápida deixávamos para trás.

Corríamos há apenas alguns minutos quando desaceleramos, sem nos importar com os borrões que deviam se formar em quanto nos movíamos, já que entravamos em uma parte deserta da cidade. Agora já se podia sentir o cheiro do vampiro que procurávamos. Estava fresco naquele lugar, entregando o caminho que ele seguira. Como já podíamos nos guiar sozinhos até o procurado, Demetri foi desacelerando, ficando um pouco atrás de mim e dando a liderança á Jane.

Segundos depois, viramos violentamente para a direita, ficando de frente para um beco não muito estreito e mais iluminado do que o de antes. Jane parou assim que nos encontramos na entrada do beco, fazendo com que eu parasse também, dessa vez, ficando ao seu lado. Ela não se manifestou quando o fiz. Demetri também parou, alguns metros atrás e ao lado de Jane. Os únicos que não pararam foram Felix e Santiago, que seguiram para dentro da escuridão do beco.

Em pouco tempo, os Volturi saíram das sombras, cada um segurando um dos braços do vampiro chinês. Eles o traziam para perto, e ele vinha de boa vontade, sem relutar ou tentar escapar. Foi ajoelhado em frente a Jane, antes que ela começasse o interrogatório.

– Por que você está aqui? – perguntou minha gêmea, em tom firme e sombrio, querendo se certificar de que aquilo não era uma emboscada.

O silencio durou dez segundos até que Jane suspirou, decepcionada por não conseguir uma resposta. Sua decepção chegou ao chinês em forma de dor.

Ele não escondeu seu sofrimento nos segundos que se passaram, e logo a loura parou por dois segundos, começando de novo quando esses segundos passaram. Foi assim repentinas vezes, até que ela decidiu passar para a próxima pergunta:

– Onde estão os membros de seu clã? – perguntou-lhe, com a mesma voz fria e sombria de antes.

Mortos. – respondeu, com voz chorosa. Só então notei que sua expressão refletia o mesmo sentimento que a voz.

A expressão de Jane pareceu surpresa por um momento, depois voltou a neutra, já que ela não se importava muito com isso. Como todos os Volturi presentes.

– Faz sentido. – dissemos Dimmy e eu ao mesmo tempo.

– Faz sim. – concordou Jane, agora com voz inocente – Por que fizeram isso? – perguntou ao chinês, com o mesmo tom que usara á pouco.

– Eu... Eu não sei.

O som de sua fala saiu tremulo e... Como dizer... Pouco verdadeiro. Jane e eu nos entreolharmos, constatando que tínhamos a mesma opinião sobre o que o sujeito acabara de dizer. Ambos achávamos que era mentira.

Olhamos para o Wang novamente, com nossos rostos livres de qualquer emoção.

Nossas expressões deixaram de ser idênticas quando Jane fez o vampiro sofrer novamente, pois agora ela sorria satisfeita por usar seu dom.

– E quem os matou? – perguntou ela, inocentemente, olhando para o homem tentando se contorcer de dor.

Então Jane deixo-o livre de seu dom, esperando pela resposta. Resposta que veio depois de suspiros aliviados da parte do sujeito.

– Apenas Aro pode saber. – respondeu ele, fazendo minha irmã o repreender por sua insolência.

Ainda causando dor no chinês, Jane virou-se e andou despreocupadamente á alguns metros longe do beco, parando pouco tempo depois, ainda em nosso campo de visão mas de costas para nós. Ela observou a Lua Crescente no céu, suspirando pensativa, sem se incomodar com nossos olhares curiosos.

– Então Aro saberá. – declarou, calmamente, sem se virar – Alec...? – chamou-me, mas sem querer que eu fosse até ela, e sim que eu usasse meu dom no vampiro ainda ajoelhado. Fiz sua vontade.

O chinês não relutou ao ver minha nevoa escura chegando até ele, mas a aceitou de boa vontade, parecendo feliz por ser ‘anestesiado’, mesmo sabendo que seria por muito tempo. Assim que se encontrou completamente vulnerável, Felix o carregou como um saco de areia.

Todos os vampiros conscientes olharam para Jane naquele momento, esperando uma ordem. Minha irmã suspirou alegremente assim que soube disso.

– Vamos pra casa. – disse-nos ela, com sua voz inocente, ainda sem se virar.

Então todos corremos, seguindo a direção que usamos para chegar até ali. Jane, agora, nos lideraria o caminho todo, e, em seu ritmo, chegaríamos em Volterra drasticamente antes do previsto. O que não é ruim.


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Notas finais do capítulo

Então, Vampirelas? Mais uma vez, vcs me perdoam pela demora?? E a capa nova, o que acharam??
Bjsss :*