Beautiful Love! escrita por Lunna, Alice


Capítulo 47
Apenas umas conversas pela madrugada...


Notas iniciais do capítulo

Amoras, eu voltei! Bom, eu deveria ter postado uns dias antes, mas fiquei com preguiça de escrever (é...) Mas enfim, não deu. Esse capítulo ainda iria ficar maior, teria umas coisinhas, mas eu por ser preguiçosa, acabei por deixar essa parte para o outro capítulo (o último)

Enfim, espero vocês lá em baixo.
Boa leitura ♥



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Pov. Josh

Nunca façam o que eu fiz.

Nem em um milhão de anos, não se joguem na frente de um carro. Não que eu lembre isso, apenas me guio pelo que me dizem. Se alguém quer saber eu digo: perder a memória também não é legal.

É como ter um buraco na sua mente, você sente que algo está faltando, mas não sabe o que é. Confesso que não imaginava que eu e a Kath... Namoramos. É tão estranho, considerando o passado e toda aquelas brigas. Ugh, só de tentar achar uma solução plausível minha cabeça doía.

Naquele momento eu dormia bom, pelo menos eu sabia que era apenas dormir, e que eu poderia acordar.

A sensação de se estar em coma é quase a mesma coisa de simplesmente dormir e, quando se acorda, bem, basicamente é a mesma coisa de acordar depois de uma bela noite de sono. A única diferença é que acordei cheio de fios e, claro, com a Kath... Ah droga, a Kath! Eu me sentia mal por não lembrar nada daquilo.

— Josh? Acorda querido. — sentia minha mãe me sacudir enquanto me chamava, murmurei algo que nem eu entendi direito, pude ouvi-la suspirar aliviada.

O lado ruim de acordar de um coma é que, sempre que você dorme todos, literalmente, todos que conhecem a história ficam achando que você vai voltar ao coma. E isso é chato, incrivelmente chato!

— Eu quero dormir. — resmunguei, virando-me para o outro lado da cama, mas ela continuou me cutucando.

— Você tem de ir à fisioterapia Josh, acorda!

— Ah eu não quero, detesto fisioterapia, estou cansado e quero dormir. — pedi, quase implorando pra ficar na minha cama, quente e confortável. Tanto tempo naquela maca dura e fria do hospital pra não conseguir ficar na minha por mais de oito horas? É um absurdo isso! E os meus direitos?

— Eu sei meu amor, mas sabe que quanto mais fizer agora mais tarde ficará livre. Além de que, se recuperará mais rápido. Faça um esforço... — respondeu enquanto abria as cortinas do meu quarto.

— Mamãe... — talvez falar como criança manhosa me dê credibilidade.

— Quinze minutos, Josh. — e eu estou errado, de novo.

— ‘Tá! Pode me dar, ao menos, minhas muletas? — pedi rolando os olhos, me sentando na cama.

Ela sorriu passando a mão em meu cabelo e me entregando o que pedi antes de sair. Respirei fundo arrumando as muletas debaixo dos braços e fiz impulso para levantar. Era incomodo não poder andar sozinho, ter que usar aquilo o dia todo, vinte e quatro horas por dia.

É simplesmente irritante!

Mas o pior é que eu não conseguia (ainda) andar sem elas. Eu provavelmente tombaria no chão — como aconteceu da última vez que fui ‘teimoso’ e não as usei quando tentei andar sozinho. É um pouco humilhante também, ser tão dependente com 17... Ou melhor, 18, porque alguém aqui perdeu o próprio aniversário.

Balancei a cabeça tentando deixar aqueles assuntos de lado, fui, devagar, ao banheiro, acho que esse era o momento mais difícil da minha atual vida: tomar banho. Muito provavelmente as muletas escorregariam por isso evitava usá-las. Meu plano era o seguinte: eu iria, ficaria debaixo do chuveiro, colocaria tudo perto de mim, tomaria meu banho sem sequer me mexer direito, sairia me secaria e voltaria pra as muletas.

Simples!

Realmente fiz o que planejei, foi mais difícil na prática, mas eu consegui, olha! Com um pouco de dificuldade, mas consegui. Saí do banheiro orgulhoso por ter conseguido, de novo, ter um momento tranquilo durante o banho. Ainda com a toalha enrolada na cintura, fui até o quarto, me jogando na cama quando consegui, me troquei rápido e dei uma olhada no relógio, 07h56min.

Respirei fundo descendo as escadas com cuidado, definitivamente aquela era a pior parte. Já considerei dormir no sofá, mas eu teria que ir ao banheiro, e, para minha sorte, o banheiro fica no primeiro andar, ou seja, escadas de qualquer forma.

Encontrei minha mãe sentada à mesa, comendo calmamente suas panquecas. Papai deve ter ido trabalhar mais cedo, minha mãe saiu do trabalho para ter que cuidar de mim, e me senti muito mal por isso, ela gostava do que fazia. Era uma sensação horrível.

— Bom dia. — disse ao me aproximar, sorrindo um pouco.

— Bom dia filho. — respondeu me olhando.

Sentei-me à mesa e me servi. O café foi calmo, mal falamos algo, não por temos uma má relação, mas é que... Não tinha nada a ser dito. Simplesmente isso. Assim que terminamos de comer terminamos de arrumar-nos e fomos para o carro, entrei primeiro e sentei no banco do passageiro. Estava tentando colocar aquelas muletas incomodas no banco de trás quando senti meu celular vibrar; joguei as coisas de qualquer jeito e peguei o aparelho.

Uma mensagem... Da Kath? Abri-a sem pensar duas vezes.

Oi, Josh!

Sou eu, a Kath... Você já deve saber, tem meu número não? Eu, na realidade, nem sei por que mandei essa mensagem... Uh, que vergonhoso. Eu, hã, bem, vim desejar bom dia!

Beijos. Kath.

Não consegui evitar dar uma risada baixa. Até por mensagem ela conseguia se enrolar toda. Ah, Katheriny, o que faço contigo?

— O que foi Josh? — minha mãe perguntou ao entrar no carro. — Está feliz demais pra quem vai pra “doutora Maligna”.

Eu ri, lembrando-me da Doutora Anaís, ela era realmente Maligna!

— Nada. Só feliz por ter umas férias dessa rotina doida.

Preferi não comentar sobre a mensagem, minha mãe tinha uma mente muito ‘fértil’ quando se tratava de me irritar quanto meu relacionamento (se é que se pode chamar de relacionamento aquilo) com a Kath.

O caminho até que não foi ruim até a fisioterapia eu e minha mãe conversamos bastante, ela me entendia e me contava tudo sobre o que tinha acontecido durante o tempo que fiquei no hospital. Foi legal saber de umas coisas que ninguém me contava.

Quando cheguei ao Hospital eu fui direto pra sala em que aquela gorda branca — vulgo médica — já estava me esperando. O tratamento foi entediante, eu não precisava tanto daquilo, apenas as muletas para não cair, só isso. Mas, por sorte, aquilo acabou logo, até porque hoje era dia de ter uma conversa longa e mais chata ainda com a psicóloga... E que psicóloga, ah, a Doutora Marian, tão... Gata!

E está solteira.

Mas obviamente aquilo não daria certo, tinha a Kath.

Ah, a Kath e o nosso “recomeço”. Admito, eu não tinha pensado direito quando propus aquilo há um mês e meio. Eu só tinha feito aquilo por que... Bem, era o que todo mundo queria, não? Eu não sabia mais o que fazer, ela estava irritada comigo — mesmo fingindo que não ela estava — e o resto do mundo parecia querer me matar por não estar morrendo de amores por ela.

Então porque não?

Foi o que pensei na hora, ah vamos lá, pior que nem estava sendo tão ruim, Katheriny não era nada mal. Acho que dizer que eu estava completamente apaixonado era um exagero tremendo.

Talvez ‘atraído’, mas não apaixonado.

(***)

— Então, cansado? — Minha mãe perguntou quando eu me joguei no banco do passageiro, já estava praticamente de noite e eu queria dormir.

— Demais. Quero cair na cama assim que chegar em casa — respondi, e ela sorriu, ligando o carro.

— Pensei que fosse conversar com seus amigos como sempre.

— Ah, droga! Esqueci-me disso... — Resmunguei passando as mãos nos cabelos, bagunçando-os.

Mesmo que eu quisesse dormir até o mundo acabar (acredite, eu quero) ainda gostava de conversar com minha ‘turma’, até porque mal os vejo durante o dia.

— Pode avisar a eles que está cansado ou que... — ouvi-a tentar dar uma sugestão e neguei com a cabeça, a interrompendo.

— Não precisa, acho que posso “colocar o papo em dia”, não vou morrer. — dei de ombros e ela riu empurrando de leve, meu ombro.

Ela havia começado a odiar qualquer expressão que se relacione à palavra ‘morte’, principalmente se quem disser isso for eu. Mas mãe era mãe, não?

Chegamos em casa rápido, o trânsito ajudou bastante o caminho. Eu tinha tirado sangue umas três vezes, no mesmo dia, passado por outro turbilhão de exames e vendo a Patty passar... Certo, ignorem esse final. Mas foi muito cansativo.

Fui direto para o quarto, precisava de um banho pra tirar aquele cheiro de hospital. Ah, eu odiava. Depois do meu dificultoso banho e de me trocar Deitei na cama pegando o notebook e o ligando, me arrumei na cama me jogando debaixo dos lençóis. Minha mãe apareceu na porta com um copo grande com água e alguns potinhos com remédios.

Suspirei e ela riu, bagunçando meus cabelos, ainda mais, e saiu falando algo sobre o jantar. Não prestei muita atenção e tomei os remédios pela ordem que já tinha decorado: rosa, branco, amarelo e verde; não fazia ideia dos nomes deles, só ia pela cor.

O notebook apitou algumas vezes e eu engoli o último remédio antes de atender a chamada.

— Josh! — eles falaram em coro, o que me fez rir, enquanto arrumava o computador no meu colo.

— Oi, pessoal. — Acenei para a câmera.

— Cara você está péssimo! — Zack falou fazendo uma careta e eu rolei os olhos.

— Ah, obrigado. É sempre isso que quero ouvir — ironizei rolando os olhos ouvindo-os rir.

— É sério, há quanto tempo você não dorme direito? — perguntou rindo.

— Hum, talvez desde que saí do hospital. — comentei pensativo, tentando me recordar do dia que não acordei praticamente de madrugada pra exames.

— Uh, cara, você deveria dormir.

— Concordo com ele Josh, você está com cara de doente — Kath riu, fazendo careta e arrumando o capuz de sapo que usava.

Iria responder a altura, se minha mãe não tivesse aparecido na hora, com outro pote de remédios.

— Esqueceu-se de um — comentou rindo e eu tentei me lembrar de qual foi, quando tive um estalo.

— O azul! — exclamei surpreso. Claro, estava faltando o quinto: rosa, branco, amarelo, verde e azul. Peguei-o e tomei junto com a água que tinha.

— Olá, Sra. Fanny! — As meninas acenaram para ela.

— Olá, tia!

— Oi meninas. E Zack! — Nós rimos, e mamãe despediu-se voltando a preparar meu jantar.

A conversa se estendeu até algumas horas mais, contudo, eu estava com tanto sono — reação do remédio — que me perdia nas conversas, achei melhor ir dormir, até porque, amanhã recomeçava tudo de novo.

Arrumei-me pra dormir, mas, assim que pus a cabeça no travesseiro e fechei os olhos, meu celular vibrou, alertando uma mensagem. Era da Kath, preferi ignorar os batimentos desenfreados do meu próprio coração doido. Sabia que não podia confiar nele.

“Oi, Josh! (De novo, eu sei)

Eu... Só vim te desejar boa noite e, hum, perguntar se você vai mesmo passar o Natal na casa da Cyn. Sua mãe confirmou, mas não disse se você iria também... Érr... Boa noite, de novo, bons sonhos.

Kath”

Sorri ao ler a mensagem, ignorei o efeito dos remédios e digitei, tentando não errar tanto na hora de digitar. Eu estava com sono, muito, mas isso não me impedia de responder uma mera pergunta... Não?

“Hey, Kath

Bem, eu vou sim, até lá vou tirar uma folga de toda essa rotina doida. E, acho que vai ser divertido, preciso ‘acalmar’ os nervos haha.

Boa noite pra você também.

Beijos, Josh.”

Fiquei encarando o celular, considerando enviar ou não. Por fim, enviei, ela demorou com alguma resposta então considerei o fato dela ter ido dormir, e era aquilo que eu iria fazer, se ela não tivesse mandando uma resposta. Peguei o celular num pulo, abrindo-a rápido.

Não que eu queira parecer desesperado, não... Só estava curioso, muito curioso.

“Ah... Não pensei que fosse realmente me responder Hahaha

Fico feliz, não terei que aturar toda aquela melação do Zack e da Cyn no Natal sozinha!

Mas, então... Como vai indo o tratamento? Já sabe quando vai poder parar de usar as muletas?

Kath.”

Eu não podia continuar, tinha que dormir... Mas, ah era só uma vez, e não custa responde-la, não...?

Não!

Voltei a digitar e enviei. Assim passamos a noite: trocando mensagens. Eu tinha que abafar uma gargalhada vez ou outra enquanto conversava com ela, algumas vezes ligamos um pro outro só porque cansamos de digitar, mas logo desligávamos e voltávamos a escrever. Era um pouco doido, mas eu gostava, realmente gostava.

Lembram quando eu disse que não estava apaixonado?

Pois é, eu errei feio.


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Notas finais do capítulo

Mereço parabéns? Ou... Algum review bonitinho? Ahusahsushsushs Bom, aqui não teve nada de tão... Impactante na história, mas é o penúltimo capítulo gente! A história praticamente acabou! E eu aqui, pensando que nunca conseguiria escrever tantos capítulos em poucos dias (foram só dois, mas deixemos de lado), principalmente porque a Alice está sem computador e sem internet e eu acabei tendo que ficar com esses capítulos, mas é a vida ushauhsuashsauash Mas ela está me ajudando um pouco por fora.

Enfim, dia 02/01 (quando a BL completa um ano e caham, um dia u.u caham) será postado o último capítulo. E umas surpresinhas a mais Ausahuhsushsuh E de quebra, será a postagem da minha nova Fic original (Estou tãããão ansiosa gente, meu novo bebê ♥)

E como sempre, agradecer esse leitores divosos que leem, comentam, acompanham, favoritam e até recomendam! Ah, amamos ver quando chega um novo review ou uma recomendação nova ♥
Adoro vocês *--*

É isso, acabaram os avisos que eu lembro asushushs Até dia 02 pessoal! Um bom final de ano, antecipado, cheio de realizações e bençãos na vida de vocês ♥

Beijinhos da Lunna ♥♥



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