Beautiful Love! escrita por Lunna, Alice


Capítulo 39
Atrapalho?


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooooooi. Adivinha quem não morreu? Isso mesmo, nós, as autoras mais irresponsáveis da face da Terra e de Plutão!
Sério gente mil perdões pela imensa demora, não foi algo planejado, juro. Mas eu passei quase um mês sem ideia nenhuma, eu e a Alice tínhamos até um planejamento, mas não consegui encaixar com minhas ideias. Além disso a escola não me ajudou muito. Tudo bem escrevi o final lá, então não foi perda total :)

Bom, explicarei mais nas notas finais, mas antes de lerem o capítulo, tenham em mente que se morrermos ninguém terá mais capítulos da BL e lembrem também que nós amamos vocês ♥ ~corre~



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Pov. Kath

A Meredith estava estranha.

Tudo bem, ela é estranha, mas estava mais esses dias. Ela estava "gentil demais", sempre conversando conosco (Zack, Cynthia, Josh e eu), brincando e sendo a pessoa mais adorável do mundo! Era assustador, de verdade. Aquele sorriso amigável e tão... Argh! Tão gentil e perfeita! Mas não caio nesse truque velho!

– Kath? Atmosfera chamando Kath! - Ouvi Cynthia me chamar enquanto estalava os dedos na minha frente.

– Ah o quê? - perguntei perdida.

– O que estava fazendo encarando a cob... Err a Meredith? - Cynthia corrigiu-se, obviamente a contra-gosto. E aquela piranha continuava com o mesmo sorriso enquanto conversava animadamente com o Josh e o Zack. Idiota.

– Nada. Só pensando nas reviravoltas da vida, sabe eu e Josh vivíamos brigando e agora somos namorados. Engraçado não? - respondi com um sorriso enquanto frisava "namorados". Meredith olhou para nossas mãos juntas e sorriu. FALSA COBRA!

– Pois é! E vocês formam um casal lindo. Meus parabéns. Desculpem, mas tenho que ir, treino sabe? Ah é tão cansativo. Bye bye. - despediu-se na maior cara de pau do mundo. Apertei a mão de Josh forte, a raiva me subia.

– Ai minha mão. Kath larga! - resmungou com uma careta de dor. Suspirei pesadamente enquanto soltava a mão dele. Ele começou a passar as mãos no meu cabelo enquanto Cynthia e Zack estavam lá. Se beijando loucamente. Mas ignoremos certo? Certo! — O que aconteceu Kath? Você parece meio mal e brava, mas principalmente brava. - perguntou Josh com um tom de brincadeira.

– É a Meredith. - respondi num suspiro cansado.

– O que tem ela?

– Tudo, oras! Ela está fingindo que é toda boazinha e... E... E perfeita! Ai eu não aguento isso! - falei de uma vez colocando as mãos no rosto, tentando organizar minhas ideias loucas.

– Ah Kath, para com isso. Também não acredito que ela tenha mudado tanto da noite pro dia. Literalmente, mas olha, não começa a pensar besteira. Sei que está! - afirmou enquanto me abraçava de lado. Dava pra ver o sorriso dele. O lindo sorriso dele.

– Tudo bem, tudo bem. Não penso mais nada! - afirmei rindo, escutando o sinal tocar.

– Essa é a minha garota! Agora vamos estudar para ter um futuro bom e não mendigarmos na rua. - falou com um jeito maduro e sério enquanto me ajudava a levantar, para logo em seguida me abraçar de lado.

– Quem te fala isso? Sua mãe?

– Exatamente! Agora não reclama. - respondeu rindo, enquanto me guiava a sala. Abri a boca para reclamar, mas ele pôs a mão antes que eu falasse. O fuzilei com os olhos, e ele riu. Aproveitei inocentemente sua distração para morder sua mão.

– Como nos velhos tempos não? - perguntei irônica, mas ri no final vendo-o passar a mão na mão machucada... Isso ficou um pouco sem noção, mas tudo bem.

– Hilária você. - falou fingindo estar bravo. Pelo menos eu acho que estava.

– Sou mesmo não? - brinquei, mas voltei a o abraçar. Ai eu amo esse bobão. Amo? É, eu amo.

Fomos para a tortura que é aquela sala de aula. Passamos séculos, aparentemente por ali, aquela professora falava e falava e não entendia nada, ficava brincando o tempo inteiro com o cabelo do Josh, mesmo que ele não goste disso. E creia, ele não gosta. Passei horas ouvindo-o reclamar um "para com isso Kath!" ou "Kath larga meu cabelo!", mas eu sobrevivo.

(....)

Finalmente aquela tortura acabou e nós largamos! Arrumei minhas coisas totalmente saltitante e feliz e saltitante e... Acho que já falei que estava saltitante não foi? Bem, eu estava.

– Kath dá pra acalmar aí? Você me deixa cansado só de te olhar. - ouvi Josh resmungar guardando o caderno dentro da mochila.

– A liberdade faz isso com alguém sabia? - rebati lhe dando língua. Vi-o rolar os olhos e ri.

– Não se anime tanto, amanhã tem aula de novo.

– Pare de estragar minha felicidade!

Tudo o que ele fez foi rir e me abraçar em seguida. Revirei os olhos indo com ele até os corredores. Até lá já tínhamos esquecido sobre o que estávamos conversando na sala de aula.

– Não pode mesmo? - Josh perguntou pela centésima vez, eu acho.

– Hoje não. Eu e a Cynthia vamos terminar umas atividades da professora de geografia. Sabe que ela nos odeia! Ela é do mal! - argumentei irritada. Não se enganem com aquele rosto gordo e fofo com óculos quadrados e olhos lindamente mel... Tá ela é uma senhorinha muito linda, mas ainda sim, é detestável!

– Ela não é tão ruim assim, me deu um A em geografia.

– Claro ela te ama. Todos te amam Josh! - rolei os olhos, era verdade sim! Todos sempre amam Josh Fanny, o grande!

– Ah não seja exagerada, Kath!

– Não estou sendo!

– Sim, você está!

– Não, não estou Josh Fanny, o grande!

– Irritante!

– Amadinho!

Ele não retrucou, o que eu achei ótimo, por que meus argumentos acabaram. Fomos num silêncio total, cada um com seus próprios pensamentos, e eu queria saber o que ele estava pensando. Acho que eu estava pensando em como saber o que ele pensava. Isso ficou confuso até pra mim. Sorri me dando conta que já estávamos perto da moto, ah que maravilha, peguei o capacete e esperei ele subir para subir em seguida. Me segurei nele sentindo-o acelerar, amava aquilo.

(...)

Chegamos rapidamente em frente da minha casa. Suspirei lhe entregando o capacete e saindo da moto.

– Tchau tchau. Até amanhã? - ele perguntou sorrindo irônico. Ele sabia que eu iria sofrer já que deixei tudo para última hora. Dei-lhe língua e ele riu.

– Se eu sobreviver... Sim. Tchau. E Josh... - vi-o parar a moto que estava prestes a ligar. Hesitei um pouco vendo sua perfeita carinha. - Cuidado.

– Tudo bem, vou ter sim. Eu te amo. - Ouvi-o sussurrar e sorrir, para logo em seguida colocar o capacete e acenar enquanto saia.

– Eu também...

Entrei em casa sorrindo boba. Subi direto para o meu quarto jogando a mochila em algum lugar e caindo na cama. Ah eu tinha tanto trabalho... Mas tudo bem, serei responsável uma vez na vida!

(...)

Pov. Josh

– Chato... Entediante... Argh irritante! Isso não presta... Ah aqui só tem coisa ruim, será possível!

Esse era eu, tentando assistir alguma coisa na TV, não passava nada de útil numa quarta feira? Só poderia ser brincadeira. Passava os canais rapidamente procurando algo, um filme, uma série, qualquer coisa! Mas nada.

– Filho vamos sair. - ouvi minha mãe, mas admito que estava prestando atenção na briga de duas garotinhas na TV, aquilo era algo divertido de se ver. — Filho?

– Ah sim, sim. Sair, até depois. - falei ainda vendo a briga. Ah meu Deus a garota arrancou parte da camisa da outra. Só espero que a Kath não descubra isso.

Fiquei assistindo aquela coisa, que eu nem sabia o nome por um bom tempo, bem, pelo menos até acabar e começar "Meu amor não correspondido". Argh que coisa nojenta. E novamente voltei a mudar e mudar de canal.

Eu estava quase dormindo vendo um filme besta. É eu tinha desistido de tentar achar algo bom. Enfim, eu estava quase dormindo quando algum ser tocou a campainha, resmunguei qualquer coisa totalmente sem vontade de sair do sofá, mas poderia ser algo grave como.... É, eu não estou inspirado para fazer exemplos.

Finalmente criei coragem e levantei do sofá, suspeitei da Kath, pelo jeito desesperado de tocar a campainha. Mas ela estava com a Cynthia... Bem, não sei quem mais poderia ser. Caminhei à passos lentos até a porta, assim que a abri senti algo pular em mim. Cambaleei uns passos para trás me segurando em alguma coisa, talvez o sofá.

– Mas o quê... - ia falando até que reconheci o cabelo vermelho. Rolei os olhos suspirando. Meredith.

– Ah Josh, sei que não devia invadir a sua casa assim, mas ah eu fiquei tão desesperada que não sabia a quem recorrer... - parei de prestar atenção depois disso, eu posso ser um pouco frio, eu sei. Mas era extremamente irritante ouvir uma garota mais irritante ainda se lamentar por seus amores irritantes. Pode não ter ficado claro, mas aquilo era irritante!

– Ah o que aconteceu, Meredith? - esqueci de dizer que sou bastante falso. Não posso fazer nada, é natural.

– O Dean, ele... Ele disse que não me ama! - falou finalmente me encarando com olhos vermelhos cheios de lágrimas.

Nossa isso eu não esperava. Balancei a cabeça respirando fundo, pelo visto me tornaria o conselheiro amoroso de alguém hoje. A levei até o sofá e a fiz sentar lá, ficando de pé a olhando, meio sem saber o que fazer. Tudo bem totalmente sem saber o que fazer. Cruzei os braços enquanto ficava um silêncio na sala, só os soluços de Meredith não deixava tudo ainda mais silencioso.

– Fala alguma coisa Josh! - ouvi ela quase gritar e a olhei assustado. Eu não estava no "espírito" para fazer sabe se lá o quê. Eu queria dormir.

– Ah... Alguma coisa? Tudo bem, tudo bem... É... Ah Meredith, você supera. - falei a primeira coisa da mente. Era complicado tentar ajudar uma garota em desespero, tá legal?

– Ai Josh isso não me ajuda! Poderia fazer um... Chá pra mim? Preciso me acalmar. - pediu chorando. Suspirei concordando e indo em direção à cozinha.

– Tudo bem, só não saia daí.

Depois disso eu fui para a cozinha. Chá, chá, chá! Por que as garotas gostam tanto de chá? Tem um gosto péssimo! Suspirei procurando por toda a cozinha um bendito chá. Tinha esperanças que minha mãe tivesse feito, mas bom... Ela não fez. Muito obrigada mãe! Segui as instruções do rótulo e deixei a água ferver bastante. Fiquei andando pela cozinha, comendo algumas besteirinhas enquanto lia uma revista que estava jogada por ali. Assim que a água ferveu preparei aquele chá e finalmente saí da cozinha um tanto feliz por ter conseguido fazer um chá descente.

Talvez eu faça isso mais vezes, bom, pelo menos o meu estava com uma aparência incrível. Eu tomaria, se não fosse para a cha... Meredith. Voltei feliz... Porém, minha felicidade foi embora quando não vi a "ruiva". Suspirei colocando meu maravilhoso chá na mesinha de centro e olhando ao redor. É, ela não estava mesmo por ali. Antes que eu pudesse chamá-la para saber onde raios ela tinha se metido, ouvi um grito agudo do outro andar. Respirei fundo e subi as escadas, tentando imaginar o que ela deveria estar fazendo. Nada de grave. Nada de grave! Implorava mentalmente. Cheguei rápido, e dei uma olhada pelo corredor e vi a porta do meu quarto aberta.

– Droga! - resmunguei baixo enquanto andava até lá, assim que entrei me assustei com a cena.

Meredith estava, novamente, com os olhos cheios d'água enquanto segurava uma mão que... Sangrava? E no chão um porta-retrato, com a minha foto e a da Kath num parque, se me lembro bem foi no dia do aniversário dela, quebrado, e com cacos de vidro por todo o lado. Suspiro passando a mão nos cabelos olhando para o teto.

– O que aconteceu aqui? Você... Está bem? - perguntei me aproximando com cuidado, tinha vidro para todo o lado que eu olhasse. Tudo bem nem tanto, mas mesmo assim tinha bastante.

– D-desculpe, eu quis ir ao banheiro e... E... E entrei aqui sem querer, e acabei derrubando o porta retrato me desculpe... Ai! - a olhei um pouco incrédulo, mas quando ouvi ela reclamar de dor olhei para sua mão e suspirei. Parecia muito mal!

– Tudo bem... Eu vou pegar algo pra dar um jeito no corte, pode ficar sentada aí por um minuto? - perguntei, e a vi sentar na cama assentindo.

Saí do quarto novamente, indo direto ao banheiro. Ainda me perguntava o que raios a Meredith tinha vindo fazer aqui, afinal, ela estava com problemas no "relacionamento", então por que não tinha ido a uma das suas amigas? Entrei no banheiro procurando o Kit de primeiros socorros, eu só espero que isso acabe logo. Suspirei pegando a caixinha branca e voltando para o quarto já procurando algo útil para o corte da Meredith. Aquilo ainda me intrigava um pouco, mas, por enquanto, não posso simplesmente expulsar a garota.

– Pronto, me dá a sua mão. Acho que posso dar um jeito nisso. - falei devagar, enquanto me sentava na cama. Acho que se ela gritar, de novo, minha cabeça explode.
– T-tudo bem. Vai arder? - perguntou receosa, enquanto me estendia a mão. Sorri negando. Aquilo havia me lembrado bastante a Kath.

Peguei uma bola de algodão e a molhei no remédio. Ele não ardia... Tanto. Limpei o corte devagar e a vi fazer uma careta; ri baixo com aquilo, logo em seguida enfaixei o corte, não era tão grande, muito menos profundo, cicatrizaria logo. Assim que terminei tudo, ela me agradeceu e ainda se ofereceu para me ajudar a limpar o quarto, a olhei um pouco (muito) incrédulo, mas concordei.
Limpamos tudo rápido, jogamos o lixo e eu guardei a foto dentro da cômoda. Iria comprar outro retrato depois.

– Acho que nunca vi meu quarto tão limpo. - confessei rindo, enquanto procurava meu celular. Eu jurava que tinha o deixado em cima da cômoda, mas não estava mais lá. Será que eu o coloquei em outro lugar e não lembrava? Bem, era muito capaz.

– Sim... Que tal uma... Recompensa? - ouvi Meredith e a olhei confuso. Ela estava querendo dinheiro por limpar o quarto que ELA bagunçou?

– O quê? - perguntei me virando para olhá-la. Assustador. Aquilo estava muito assustador.

– Não se faça de sonso, Joshinho! Sabe bem o que eu quero. - ela falou devagar, enquanto fechava a porta, mas não a trancando, espero. Recuei o máximo que pude. Ela era louca, pirada, doidinha!

– E... O que você quer? Exatamente? - perguntei sentindo a madeira da cama bater contra meus pés. Droga! Fim de linha. Pensei olhando os lados; Meredith se aproximava cada vez mais, com seu velho sorriso cínico e vitorioso no rosto, para logo em seguida sussurrar:

– Você.

Depois disso, tudo o que senti foram suas mãos me empurrando fortemente, me fazendo cair na cama. Arregalei os olhos, surpreso e pasmo. E, antes que eu fizesse qualquer tipo de movimento, ou simplesmente saísse da cama, ela de alguma maneira sobrenatural ficou em cima de mim, apoiando-se nas mãos. Fiquei pasmo com aquilo, eu imaginava tudo menos aquilo da Meredith.

Estava pronto para empurrá-la, jogá-la ou qualquer coisa que a tirasse de perto de mim, mas ela simplesmente... Me beija. Tipo, "olha eu beijei o Josh", claro que isso é algo para se orgulhar. Tudo bem esse pensamento é inútil.

Fiquei paralisado, sim eu estava surpreso, não tinha imaginado que ela faria... Faria aquilo, porém, quando voltei a mim, tento, de um jeito meio impossível, tirá-la de cima de mim, mas ela não largava, e cá entre nós, acho que minha nuca está quase sangrando, já que as unhas dela estão fincadas de um jeito que quase perfuram minha pele. Sério, isso não é engraçado. Novamente eu iria tentar empurrá-la, mas tudo o que eu menos queria aconteceu.

— Atrapalho?– a voz da Kath ecoou pelo quarto inteiro. Senti Meredith me soltar e pular da cama com a expressão assombrada mais real que eu já vi.

— Ka-Kath? Eu não quis, foi o... — antes que ela terminasse de me incriminar, ou algo assim, tudo o que vi foi um tapa que a loira havia dado, eu quase ri daquilo.

— Piranha! Lembra quando eu disse que não era para encostar um dedo no MEU Josh? Não, eu não estava brincando, agora saía daqui antes que eu perca ainda mais minha paciência! — Ela falava totalmente irada, agora eu tive medo. Meredith não falou nada, apenas sorriu cínica e saiu calmamente, Kath fechou a porta bruscamente. Me levantei devagar pronto para explicar tudo calma e tranquilamente. Mas quem disse que ela deixou?

— Não acredito seu imbecil! Como pôde? Pensei que você me amava, mas... Ah eu novamente estava enganada! Como pude acreditar em você? Depois de tudo? Eu deveria ter acreditado na minha consciência quando ela me disse: Kath, se afaste dele. Vai ser melhor pra você. Como eu queria ter escutado ela, seu imbecil, idiota, besta quadrada! Ah eu não sei quem odeio mais, a você por ter mentido pra mim ou a mim por ter acreditado! — ela falava e falava enquanto andava de um lado pra o outro, era típico quando ela estava furiosa. Mas ela não deixava brecha para que eu ao menos explicasse!

– Kath eu não menti... - não consegui concluir nem minha frase quando senti um tapa forte. Olhei pro chão, calmo. Ela tinha todo direito de estar brava, mas eu não podia explicar?

– Não fala nada! Não quero te ouvir. E... Quer saber? Chega, eu não aguento mais Josh, chega!

– Como? Você não...

– Sim, acabou o que nem deveria ter começado. Só... Sai da minha vida.

Sabe aqueles momentos totalmente loucos da sua vida, onde tudo parece parar? Onde você rever seu pior erro milhões de vezes até o ponto de você sentir nojo de si mesmo? Bem, era o que estava sentindo naquele momento. Cara como eu me odiava! Como eu odiava a Meredith!

Mas eu não consegui falar nada para impedi-la de sair por aquela porta; simplesmente não consegui. Parecia tão certo e tão errado. Bufei sentando na cama passando a mão no rosto totalmente perdido. Como tudo aquilo poderia ter acontecido? E em tão pouco tempo? Era tão injusto cara! Deitei na cama olhando para o teto. Era tão sem graça que doía. Senti algo quente escorrer pelo meu rosto, rolei os olhos.

– Não acredito que estou chorando por você. Que droga Kath! - resmunguei baixo e sorri. Não era um sorriso normal, era triste. Mas quer saber? Eu não importava com lágrimas, não naquele momento. Elas estavam sendo até bem-vindas.

Finalmente achei meu celular e disquei para um número que conhecia bem, alguém em que eu podia confiar e me abrir sem me importar se estava parecendo uma garotinha chorona; meu melhor amigo. Ele serve pra isso mesmo.

(...)

Passei horas conversando com o Zack, e aquilo me ajudou bastante, mas aquilo só durou até eu pegar no sono, outra coisa que também ajudou. Quando acordei já era noite, suspirei saindo devagar do quarto e indo direto para o banheiro. Tomei um banho quente, minha cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento. Bem que eu queria que explodisse mesmo. Me troquei rápido e desci; meu bom-humor tinha acabado, assim como meu namoro. Eu deveria parar de pensar nisso, só por hoje. Quando cheguei no último degrau, vi meus pais entrarem. Eles também não pareciam estar de bom-humor.

– Filho, precisamos conversar. - meu pai falou sério colocando o casaco no sofá. Suspirei negando.

– Pai, agora não é um bom momento pra...

– Filho, por favor... - Minha mãe falava, mas logo chorou. Me dei por vencido sentando no sofá.

– Tudo bem... O que houve? - perguntei baixo olhando para meus próprios pés. Não queria conversar, queria comer alguma coisa e voltar para meu quarto. Só.

– Perdemos. - dessa vez foi minha mãe, e sua voz trêmula, que falou. Não precisei pensar duas vezes para me dar conta do que era. Olhei-os quase aterrorizado.

– Mas... Como? - perguntei tentando não acreditar em meus próprios pensamentos.

– Desculpe, não queríamos, fizemos o possível... - minha mãe disse abraçada ao meu pai. Suspirei olhando pro chão e logo em seguida pra eles.

– Quando? - perguntei.

– Daqui a três dias. Contando de hoje. - meu pai respondeu triste, e o silêncio reinou. Me levantei e comecei a andar de voltar pro quarto.

– Quer que eu avise a Kath? - minha mãe perguntou e neguei com a cabeça ainda andando.

– Não precisa, eu aviso. - só preciso saber como. Completei mentalmente subindo as escadas.

Aquilo, literalmente, não poderia ter acontecido! Droga! Droga! Ah Austrália... Mas que grande porcaria!


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Notas finais do capítulo

Entãããão? Sobreviveram? Tenso não? Kkkkkk brincadeirinha ^-^
Já que vocês são leitores MEGA compreensivos, vão nos deixar viver certo? Não? Okay... Bem, sei que foi duro pra vocês, mas para nós também foi.

Certo, certo, dramas a parte, vamos as explicações básicas:
Escola, falta de criatividade e tempo.
Vocês já sabem da escola e do bloqueio criativo, bem outro é o tempo. Minha irmanzota acabou de nascer (um mês gente *-*), e o curso que eu estou fazendo. E ah, a preparação da minha nova Fic. (Sim, vou ter outra Fic original o/)
Está tudo uma correria só e bem sobra pra mim.
De novo, desculpem. Espero que ninguém esteja morto ou que tenha esquecido nossa pobre BL jogada entre os acompanhamentos esquecidos.
(Eu sei chantagem emocional, estou aprendendo isso ~obrigada maninha~)

Enfim, o próximo é com a Alice, qualquer demora, briguem com ela u.u
Bem, o fim da BL tá chegando gente, e só um avisinho: preparem o coração, tem muita emoção por aí.

E como diz nosso slogan: Comente e faça 2 pequenas e amadoras escritoras felizes :)

Beijinhos da Lunna Povo ♥♥

P.s: Morri de saudade de vocês ♥
P.s²: Vamos responder os comentários em breve, mas lemos todos e sério, não nos matem de fofura *-*