Pov. Kath

Finalmente meu castigo acabou! Faz uma semana e eu fiquei com o Josh e com a Cynthia esse tempo todo. Nesse exato momento, estou dormindo. O que faria pelo resto do dia. Mas, o despertador me odeia e começou a bipar feito louco.

– Mas que droga! - reclamei rolando na cama e tentando bloquear os raios de sol da minha linda face.

Cambaleei até o banheiro, tomei um bom banho e me vesti de qualquer jeito e desci as escadas tentando mentalmente desejar que hoje fosse sábado, mas porque estou com a sensação de esquecer algo? Humm...

– Bom dia, meu anjo! - minha mãe está muito sorridente, oh não, ela quer me deixar de castigo por mais tempo? Não! Não!

– Bom dia? - respondi desconfiada e ela correu até mim e me abraçou forte.

– Feliz aniversario, minha filha! - ah era isso!

– É meu aniversario? Caramba! É mesmo meu aniversario! - comemorei feito criança saltitando por ai.

– Não acredito que você esqueceu do próprio aniversario. - riu enquanto me acompanhava para a mesa.

– É que rolou tanta coisa, que isso me escapou da mente. - sorri sem graça.

– Mas, bem, aproveite seu café da manhã especial de 17 anos, minha princesinha. - sorriu, se eu me envergonhei com isso? Nunca! Minha mãe não é para sempre, preciso aproveitar cada mimo, até que bem...Me entenderam!

– Awnnn momis valeu! Que mesa linda, vou ficar mal acostumada. - brinquei sentando-me.

– Ah não vai não! Só tenho todo esse trabalho uma vez no ano, então nem venha se aproveitar! - nossa como ela sabe estragar o clima.

– Ai não joga na minha cara! - fingi um bom drama logo pela manhã.

Ela riu alto e nós começamos a comer aquela maravilha, quem dera que todos os dias fossem assim. Eu estava tentando enfiar meu garfo na gelatina de morango e ela sempre saia deslizando pelo prato. Nem me perguntem porque estava usando garfo.

– AH MAIS QUE...Olha uma mensagem! - esqueci da bronca que iria dar na gelatina quando meu celular vibrou. - É DO PAPAI!! - gritei. Mas uma parte de mim, meio que ficou decepcionada por não ser dele.

"Bem, primeiramente, bom dia minha filha e feliz aniversario.
Adoraria estar do seu lado agora, sorrindo e comendo a comida deliciosa que sua mãe faz no seu aniversario. Mas estou aqui preso nesse hospital ridículo! Mas eu queria mesmo assim, te dizer que estou orgulhoso de você. Você é a melhor filha que um pai poderia ter. Amável, responsável, sorridente e muito amada. E por isso, vou te dar uma coisa especial, mas é surpresa claro!
Te amo, loirinha.
Papai :)"

Preciso dizer que quase cai no choro?

– Oh meu Deus. ELE VAI ME DAR UM CARTÃO DE CREDITO!! - gritei histerica e minha mãe gargalhou, quando sinto meu celular vibrar.

"P.s: E não, não é seu cartão de credito!"

Depois disso eu murchei. Eu voltei a comer, ainda esperando uma ligação, mensagem, qualquer coisa que pelo menos provasse que ele se lembrava. Ele precisava lembrar.
Eu e minha mãe terminamos de comer e ela se levantou da mesa.

– Vai aonde mãe?

– Lá em cima pegar uns documentos do seu pai...- ela deixou a frase meio vaga, ela tava escondendo algo.

– Pra que?

– Para levar para o hospital.

– Pra que?

– Ai, Katheriny! Como você é chata! O médico pediu pra alguma coisa, eu não sou advinha tá sabendo? - me deu um tapa de brincadeira, e eu ri junto com ela.

– Ai ok, pode ir! - fingi estar emburrada e ela gargalhou.

– Não vai pra escola?

– Sei que quer se ver livre de mim, mami. Mas eu to esperando o Josh. - disse indo pra sala.

– Ok, me avisa quando for embora. Vou comemorar! - brincou rindo e eu fiz minha cara de indignação.

– Valeu hein mãe! - gritei enquanto via ela subir as escadas.

Me joguei no sofá. Ainda era meio cedo, mas ele já devia ter acordado. Esperei por mais tempo, tipo, 5 minutos e liguei pra ele. Caiu na caixa postal! Não deixei nenhuma mensagem.

30 minutos depois...Foi esse o tempo que eu esperei, deixei 6 recados, liguei umas 15 vezes e nada! Absolutamente nada! Aquele...Imbecil! Como pode esquecer o meu aniversario? Esquece, vou a pé.

– Mãe! Já estou indo! - gritei pegando minha mochila.

– O Josh já chegou?

– Não! Eu vou a pé mesmo! - gritei e sai batendo a porta.

Aquele idiota vai me pagar! Como pode esquecer MEU aniversario?!

(...)

Depois de dias de caminhada...Opa, acho que exagerei, não foram dias, apenas uns 20 ou 25 minutos de caminhada, mas para uma preguiçosa como eu, parecem dias. Entrei no colégio, com alguns minutos disponíveis para procurar, matar e esquartejar o Josh!
Procurei por todo o patio e nada. Será que ele faltou? Ai isso seria o fim! Como eu...Sei lá o que eu faria, mas eu queria que ele estivesse aqui e...

– Katheriny!! - alguém gritou atrás de mim, e no exato momento que me viro algo quase se joga em cima de mim.

– O que? Mas...Cynthia? - falei ainda buscando por ar.

– Feliz aniversario, amiga! Ownt que orgulho, 17 aninhos. E com uma carinha de 10 hein. - fez uma careta e engraçada e eu ri alto.

– Obrigada, mas não precisava tudo isso. Todos estão olhando. - sussurrei o final e ela riu mais alto ainda.

– Que olhem! O que é bonito precisa ser admirado. - falou nem um pouco exibida.

– Pois é né. Mas ah! Me lembrei, viu o Josh? - perguntei esperançosa e ela pareceu pensar.

– Humm...Não, não que me lembre. Pensei até que viria com você ou que você viria com ele, coisa assim. - sorriu, ela parecia meio aeria hoje.

– Ok, eu...- o sinal tocou logo quando eu estava falando, mas que droga!

Eu andei lentamente ao lado da Cynthia, não estava com a menor vontade de ir pra aula, mas fazer o que?

Passei a aula de biologia inteira checando minhas mensagens, ligações, talvez ele tenha deixado alguma coisa na caixa postal. Um parabéns ou essas coisas. Mas nada! E só pra piorar drasticamente, o professor lembrou que era meu aniversario. Oba! Mas o pior mesmo, foi que a turma TODA cantou aquela musiquinha, ai só pode ser voddo da Meredith mesmo.

(...)

– Finalmente liberdade! - quase pulei de felicidade quando o último sinal tocou.

– Hahaha se acalma, Kath. - Zack sorriu, e abraçou a namorada por trás. - E a proposito feliz aniversario. Não queria falar no meio daquela confusão.

– Obrigada, de verdade. Mas, seu amigo não veio, porque? - disse tentando parecer indiferente.

– O Josh? - perguntou e eu assenti com a cabeça. - Eu não sei porque ele faltou. Ele não costuma faltar...Deve ter ficado doente ou coisa assim.

– Doente? - falei meio incrédula, ok todo mundo pode ficar doente, mas sei lá, eu não queria que ele ficasse doente. Logo hoje!

– Eu não sei, mas eu vou tentar ligar pra ele.

– Ok.

– Ai amiga, quase me esqueço! Seu presente! - Cynthia com sua animação, me assusta, e...Pera, ela disse..

– Presente? - acho que meus olhos até brilharam. Já comentei que adoro ganhar presente?

– Sim! Achou que eu iria simplesmente esquecer o seu aniversario, amiga? - mas outra pessoa esqueceu. Pensei em dizer, mas resolvi ficar calada. - Toma! Espero que goste. - sorriu abertamente.

– Obrigada, tenho certeza que vou amar! - falei pegando uma caixa meio grande, quadrada, com vários corações como textura, e tinha um laço em cima.Onde ela guardou isso? - Oh. Meu. Deus. - falei assim, que abri a caixa.

– Gostou? Não gostou? Tá viva? Hello Katheriny?

– OBRIGADA AMIGA!! - gritei histérica e praticamente me joguei em seus braços.

– Amei! Isso é lindo. Não precisava.

– Quer que eu pegue de volta então? - brincou.

– NÃO!! É meu presente, tira o olho morena! - brinquei e todos gargalharam.

– Ai sua mão de vaca! Vamos logo, não quero ficar mais tempo presa aqui.

– Ok ok.

Nós saímos e eu ainda estava boba com meu presente, a Cynthia sabe mesmo como agradar. Estão curiosos pra saber meu presente né? Não? Mesmo assim vou falar. Ela me deu uma camiseta, (a que eu sempre babava nas vitrines das lojas), um shorts muito lindo, um par de sapatilhas e alguns acessórios, tudo tão lindo. Fala, fala se não tenho a melhor amiga desse mundo?

(...)

Cheguei em casa depois de passar o caminho inteiro da volta vendo o Casal Melação Suprema se beijando e tal, enquanto eu ficava de vela, quando o meu quase namorado me abandona no meu aniversario. Uau, que dia! Quando abri a porta de casa, meu queixo foi ao chão.

– PAIIII!!!! - gritei me jogando nos braços dele. Meus olhos já estavam marejados.

– Oi minha loirinha! - falou enquanto eu ainda estava abraçada com ele, provavelmente ele vai precisar de outras costelas.

– Já teve alta? Como veio até aqui? Fugiu do hospital? V...- o bombardeei de perguntas, até minha mãe me parar.

– Filha, lembre-se de respirar ok? - brincou e eu fiz careta.

– Mas como está aqui? Pensei que...- novamente fui interrompida. Poxa, se não querem que eu fale é só avisar.

– Eu não tive alta, ainda! Mas graças a sua mãe e seu talento como atriz - lançou uma piscadela pra ela, ui papai - Conseguiu que eu passasse um pouco de tempo com a minha filhota, gostou da surpresa?

– SIM! Mas só um tempo? Quando vai ter alta?

– Ainda não sei, mas breve com certeza. Agora vamos aproveitar! - falou com um sorriso de orelha a orelha.

Nós almoçamos a comida deliciosa da minha mãe, conversamos, eu levei bronca por ter fugido do castigo, enfim, nada de anormal.

(...)

Meu pai já tinha ido embora. O que era uma pena, queria ter ficado mais tempo com ele, mas o médico disse que ele não podia. Eram umas três da tarde, quando meu celular toca, no momento estou jogada no sofá, vendo minha TV desligada, pelo simples fato de ter preguiça para liga-la, já que o controle está quebrado. Mas, deixa eu voltar a falar do celular. Bem, ele tocou, nem olhei no identificador de chamadas, só atendi.

– Alô

– Oi, Kath.

– Josh?!

– É. Bem, eu...

– Como assim? Você some hoje e nem se explica?!

– Olha, eu só ia dizer que...

– Você deveria me dar uma explicação!

– KATH! Me deixa falar ok?

– Ah ok.

– Bem, se troca, que eu vou te buscar em 30 minutos ok? Beijos.

Ele desligou. Aquele imbecil desligou! Mas se acha que eu vou fazer o que ele mandou ele está...Bem certo, estou curiosa. Mas só por curiosidade! Acabei colocando a roupa nova que a Cynthia me deu, o Zack me deu um lindo pingente, obviamente a namorada loucamente na moda dele - não posso falar mal dela depois desse presente– obrigou o coitado a escolher um decente, mas ele comprou os dois hahahaha!

Depois de terminar de me arrumar e de pentear um pouco meu cabelo, ouvi uma buzina de moto, meu coração acelerou na hora. Porcaria de poder que o Josh tinha sobre mim!

Desci as escadas e depois de um grito me despedindo da minha mãe, sai e dei de cara com uma perfeição, digo, Josh.

– Você está brava com ele. Você está brava com ele. - repeti meu mantra e caminhei na sua direção, tentando fazer uma cara de brava.

Ele tirou o capacete preto e os cabelos dele voaram lindamente o deixando mais gato. Se fosse comigo, sairia o mal em forma de cabelo, mas como é com o sortudo lá.

– Oi. - disse sorrindo. Não se derreta! Não ouse se derreter com isso Katheriny.

– Oi? Oi? OI? - gritei, brava e ele me encarou confuso.

– É, oi. Sobe ai. - falou me entregando o capacete.

– Não! Você sumiu. Quer dizer nem foi pra escola hoje porque?!

– Preguiça, e falta de vontade. - deu de ombros.

– Sabia que hoje é meu aniversario?! - por favor, diga que sim, se não te esmago!

– Ah é? Parabéns. Agora dá pra subir? - rolou os olhos.

– Tá! Mas pra onde vamos? - perguntei subindo e colocando o capacete.

– É surpresa. - um sorriso maroto ficou em seus lábios.

Ele acelerou e eu me segurei nele. Bem forte. Ai porque ele tinha que ter um perfume tão bom? Ah amadeirado, que delicia...Fechei meus olhos só sentindo o momento. Eu só abri meus olhos quando senti a moto parar de andar. Quando minha visão melhorou, eu quase tive um AVC. Não acreditei pra onde ele tinha me levado.

Pov. Josh

Bem, depois de faltar a escola, por motivos que não vou falar agora - perderia a graça quando descobrissem - e depois de quase ser morto pela Kath, eu a trouxe num parque. Isso mesmo, parque de diversões. E antes que me xinguem, eu não esqueci do aniversario dela, não sou um monstro ok? Mas bem, ela está parada, fitando a entrada do parque com os olhos brilhando e com um sorriso enorme. Essa é uma das coisas que mais amo nela.

– OMG!! Josh seu retardado! Porque não me disse que era um parque de diversões?! - quase gritou e saltou da moto, eu sorri. Ela sempre assim.

– Surpresa. Gostou?

– Se gostei? Eu amei!!! - se jogou em cima de mim, e eu a abracei forte.

– Anda vamos logo, acho que não quer perder um minuto não?

– Claro que não! O que você tá fazendo ai parado? Vamos! - me puxou até aquelas barraquinhas que vendem as entradas. Como se chamam mesmo?

– O que desejam? - um homem meio velho, com um meio sorriso perguntou. Eu abri a boca pra responder, mas a loira foi mais rápida.

– Duas entradas!

– Ok, então dá...15 dólares, as duas. - falou sorrindo e destacando aqueles papeizinhos.

– Ótimo, Josh, paga! - falou me olhando.

– Porque eu?

– Porque sim! Vai, vai. - em apressou e eu rolei os olhos, enquanto pagava aquele senhor.

– Divirtam-se. - falou me entregando os bilhetes - lembrei o nome, é bilheteria!

– Obrigada. - agradeci e entrei no parque junto com a Kath.

O parque era novo por aqui. Era enorme! Tinha todos os tipos de brinquedos, desde de os mais infantis aos mais radicais. Era demais. E acho que a Kath era quem mais estava empolgada, ela se controlava pra não gritar e saltitar por ai.

– Aonde vamos primeiro? - perguntei em seu ouvido e ela arrepiou-se, eu sorri.

– Montanha Russa! - gritou e me puxou para o brinquedo.

– M-Montanha Russa? - não que eu tenha medo, mas...Na verdade, eu não gosto de altura, tudo porque quando eu era criança, cai da janela do segundo andar da casa dos meus avós e quebrei minha perna. Depois disso eu evito coisas altas demais. Não acham que é motivo suficiente?

– É, mas não me diga que tem medo. - sorriu de uma forma estranha.

– O-que? Medo? Hahahaha por favor né, Kath. - soltei uma risada irônica e ela rolou os olhos.

– Então vamos, Sr. Não Tenho Medo. - ironizou e saiu andando - e me puxando.

Ficamos na fila esperando a nossa vez, quando infelizmente a nossa vez chegou ( a fila tinha que estar pequena!) comecei a suar frio. O que é? É um trauma de infância!

– Não se preocupe, eu seguro a sua mão. - falou como se estivesse falando com uma criança e eu lhe dei língua.

Aquela coisa começou a subir, subir, subir. Porque tinha que ser tão alto mesmo? E parou bem no alto, deu pra ver o parque inteiro, engoli em seco, e quando desceu?

Nossa, eu senti um frio na barriga, uma adrenalina incrível! As voltas, os giros, tudo parecia em câmera lenta. Mas o carrinho parou e só nesse momento eu senti as unhas da Kath quase perfurando a minha mão, mas não me importei muito a adrenalina ainda estava a mil.

– Isso foi incrível! Nunca me senti tão bem. Que adrenalina...Vamos de novo! - falei com um sorriso enorme. Sim, eu provavelmente já superei meu medo.

– De novo? Tá maluco? Isso quase me matou! Eu não ando mais nisso! - falou brava e com muito...Medo? Hahaha não vou deixar essa passar.

– Não se preocupe, eu seguro a sua mão. - imitei sua voz, a fazendo ficar vermelha de raiva.

– Não não não! - choramingou assim que o carrinho andou de novo.

Após outra volta, acho que quem saiu com medo de altura foi ela, mas depois disso andamos em todos os brinquedos, desde os mais chatos até os mais legais, segundo a Kath claro, tiramos varias fotos em cada lugarzinho daquele parque, foi bem divertido.

Ficamos assim, indo em um em outro, comemos algumas coisas, besteiras, pra ser mais exato e quando nos demos conta já havia anoitecido. O céu estava incrível, limpo e estrelado. Nós estávamos sentados no pier que tinha lá, haveria uma especie de show de fogos de artificio, parece que o parque era bem rico e sempre fazia isso nas inaugurações em novos lugares.

Só estávamos nós no pier, a água batendo na madeira, o som das risadas e gritos do parque pareciam estar longe. O ar estava...Muito bom. Estávamos apenas sentados, olhando a vista, em silêncio. Mas era um tipo bom de silêncio, mas como a Kath adoro estragar esses momentos...

– Josh.

– Que foi? - me virei pra ela. Como alguém pode ser tão bonita com tão pouca luz?

– Err...Você esqueceu mesmo meu aniversario? - ela corou, a deixando mais linda ainda.

– Acha mesmo que eu esqueceria do seu aniversario, pequena? - ela sorriu, mesmo com vontade de reclamar que não era "pequena".

Ela não disse nada, mesmo abrindo a boca umas três vezes, não falou nada. Eu me aproximei e toquei seu rosto, ela fechou os olhos sorrindo, e eu toquei meus lábios nos seus, eu senti ela sorrir mais e retribuir o beijo com vontade. Era incrível como o beijo dela conseguia ser tão...Diferente. Era tão inocente que chegava a ser um pouco desajeitado, mas amava desse mesmo jeito. Eu segurei sua cintura, para trazê-la mais pra perto. Quando o ar se fez necessário nos separamos, mas continuamos com as testas coladas.

– Feliz aniversario, pequena. - sorri.

– Ei! Eu tenho a sua idade! - reclamou.

– Idade, não tamanho. - ri alto e ela me fuzilou com os olhos.

– Ah qual é. - bufou, mas acabou rindo junto.

– Olha os fogos! - avisei encarando o céu que começava a ficar colorido e brilhante.

– Que lindo. - falou com os olhos brilhando.

– Você é linda. - deixei escapar sem querer e ela me encarou, e sorriu largamente. Eu realmente preciso saber pensar e não falar.

– É, to sabendo, o espelho me diz isso sabe? - se gabou e eu ri enquanto ela me abraçava.

– Você sempre precisa estragar o clima assim?

– Cala a boca! - riu e ficamos em silêncio novamente, apenas vendo os fogos iluminarem e colorir o céu azul escuro.

Depois de mais um tempo eu a levei pra casa e voltei pra minha. Assim que cheguei, me joguei na cama. Amanhã seria o dia. Não iria mais esperar!

É amanhã!