Broken Angel escrita por Phoenix


Capítulo 6
Patched Angel




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Capítulo VI - Patched Angel

Entreabre os olhos lentamente convertendo o negror de outrora em branco, desviando os olhos para o próprio braço vê alguns curativos feitos sobre este, que repousava em meio aos lençóis brancos que lhe cobriam. Estava num hospital.

Memórias do que se passara no calabouço voltam para si, fazendo-o sobressaltar-se, sendo impedido de se levantar por braços que o empurram para baixo. Voltando os olhos para este, apavora-se, passando a debater-se mais intensamente.

– Nathaniel, por favor, fique quieto. – pede sem mudar sua fisionomia séria.

Vendo que o garoto preparava-se para gritar, joga-se sobre este, cobrindo seus lábios com ambas as mãos. Ambos ficam vários minutos desta forma, até que o mais novo se acalma, percebendo que este não lutaria mais, liberta-o.

– O que você quer pai? – pergunta após recuperar o controle da própria respiração.

– Apenas conversar. – responde voltando a se sentar na cadeira do lado esquerdo da maca.

– Sou todo ouvidos. – diz friamente.

– Eu sei o que deve estar passando por sua mente agora, e sei que deve me odiar, mas saiba que eu nunca quis o seu mal..

– Oh, claro – corta-o asperamente – Quando me entregou de bandeja nas mãos daquela psicopata, você com certeza desejava o meu bem!

– Eu não aceito que fale desde jeito da sua irmã!

– Então me diga de que forma devo me referir a ela! – retruca aumentando o tom de voz.

Ambos se encaram enfurecidamente, e então se calam. Após alguns segundos, o menor passa a fita-lo discretamente, observando como os fios loiros e ralos pendiam para trás em uma cascata lisa, o cavanhaque cuidadosamente aparado sobre o queixo, e os olhos esverdeados encarando um ponto fixo sobre os lençóis que lhe cobriam. Os olhos de sua irmã.

– Diga logo o que quer. – murmura ao fim da análise.

– Eu pensei que gostaria de saber que daqui a algumas horas eu pretendo embarcar em um voo para Amsterdam e que ficarei fora por tempo indeterminado. Talvez eu não retorne.

Vendo a surpresa tomar os olhos dourados, continua.

– Tomei a liberdade de passar nossa casa para o seu nome, assim como uma grande quantidade de dinheiro para a sua poupança, que será liberado assim que completar dezoito anos daqui a três meses. Até lá, poderá usar o dinheiro do cofre, deixei a combinação dentro do seu livro favorito, juntamente com a localização de sua mãe, sei que sempre quis saber onde ela estava..

Ainda tonto pela quantidade de informações, o loiro não pode fazer nada, a não ser fitar o pai boquiaberto.

– Eu sei que nada disso é capaz de apagar de sua mente toda a raiva e a frustração a que foi submetido durante todos esses anos, tampouco o seu ódio por mim, mas saiba que eu desejo que seja muito feliz meu filho. – conclui sorrindo de forma triste para este.

– Por que esta falando isso tão de repente?! E quanto a Ambré, você..

– A Ambré esta morta, Nathaniel. – retruca em um fio de voz.

O silêncio paira pelo local.

– Ela esta.. morta? – pergunta quando finalmente consegue encontrar sua voz.

– Sim, eu a matei. – responde abaixando os olhos para as próprias mãos.

– Você.. você a matou?! Como?! Quando?! – pergunta atordoado.

– Com um tiro, um pouco antes de você desmaiar..

– Você atirou nela? – questiona ainda tentando entender o verdadeiro significado daquelas palavras.

– Acabei chegando mais cedo que o previsto de minha viagem de negócios. Quando entrei em casa, ouvi gritos vindos do andar de cima, então corri para lá o mais rápido que pude, quando vi que estes vinham do calabouço atrás do espelho, pensei em ignorá-los, mas então eu ouvi um tiro, e depois mais gritos, me desesperei e abri a passagem descendo a escadaria. Eu sempre soube o que acontecia naquele lugar, mas só quando o vi acorrentado e machucado que percebi o quanto você verdadeiramente sofria meu filho, e quão monstruoso eu fui por permitir que aquilo se perpetuasse durante todos esses anos.

Pausando-se momentaneamente, o mais velho esfrega os olhos com as mãos tremulas, limpando as lágrimas que começavam a se acumularem ali.

– Aquela não era mais a minha querida filha, internamente, eu sempre soube que há anos aquela não era mais ela, mas eu só fui aceitar que o meu anjinho não estava mais lá naquele momento. – pausa – Quando eu a vi tatear a arma.. eu sabia que ela ia atirar em você, então peguei o revolver que sempre carrego comigo durante as viagens, e puxei o gatilho..

Ao concluir o relato, o homem soluça demoradamente, encolhendo-se mais contra a cadeira e chorando como nunca havia chorado durante toda a sua vida. Sem ação, o loiro só pode assistir, enquanto via o homem que sempre lhe provocara tanta repulsa desabar.

Naquele momento não conseguia sentir pena ou compaixão, pois suas cicatrizes ainda permaneciam ali para provar o quão merecedor daquele sofrimento aquele homem era. Tampouco conseguia sentir algo com a morte de Ambré, não após todos aqueles anos sendo humilhado e maltratado. Suas emoções pareciam estar congeladas no lugar mais obscuro de seu ser, seu coração parecia anestesiado, assim como todo o seu corpo, e uma incrível compreensão de finalmente estar livre tomava-o pouco a pouco.

Finalmente estava livre! Esta muda compreensão não pode deixar de lhe trazer a imagem do ruivo.. espera.. Castiel!

– Onde esta o Castiel?! – pergunta desesperado.

– ...

– Onde esta o Castiel?!! – repete em um tom mais urgente, ameaçando se levantar.

– Ele.. Oh Nath, eu sinto tanto..

– O que aconteceu com ele?! Ele esta bem, não esta?!

– O tiro foi muito próximo ao coração..

– E-ele..

Não consegue completar esta frase, sentindo seus olhos queimarem, enquanto se negava a deixar que sua mente chegasse aquela palavra.

– Ele esta na sala de cirurgia agora, não a nada que possamos fazer.

– Onde fica? – pergunta sentando-se na maca.

– No final do corredor, mas você não pode ir até lá! – diz alarmado.

– Eu acho que é um pouco tarde para começar a se preocupar comigo, pai. – murmura sem encará-lo, desenroscando-se dos lençóis.

– Não vão permitir que entre lá!

– Não importa! – retruca encostando os pés sobre o chão.

– Nathaniel..

– Eu não vou deixa-lo sozinho, esta bem?! Ele não me abandonou e eu também não pretendo abandoná-lo!

– Você esta sendo imprudente.

– Eu não me importo!

– Você não é assim! – repreende ao ver o loiro agarrar a maçaneta.

– Acho que passei a ser. – concluí batendo a porta atrás de si.

Determinado, passa a marchar a passos decididos pelo corredor. Ainda não acreditava que havia desobedecido o seu pai pela primeira vez na vida, a simples compreensão deste fato o faz sorrir sem perceber.

No caminho até o fim do corredor duas enfermeiras tentam impedi-lo de chegar ao seu destino, mas simplesmente as ignora. Lembra-se então que ainda trajava as vestes hospitalares e que muito provavelmente as suas costas estavam totalmente descobertas, ri ao imaginar o comentário sarcástico que muito provavelmente o ruivo soltaria a respeito disso. Céus, que droga estava fazendo?!

Prendendo a respiração, fita o letreiro que indicava que a sala de cirurgia estava em uso. Sentindo um frio no baixo ventre, senta-se em uma das cadeiras em frente à sala cirúrgica, apoiando os braços sobre os joelhos tensos e cruzando as mãos, voltando a fitar o letreiro.

Os segundos parecem passar como horas e os minutos como dias, todo o seu corpo reclamava pela posição incomoda, mas não se move, a única coisa que importava era o letreiro. Não sabia ao certo por quanto tempo permanecera inconsciente na maca, mas agora o cansaço parecia acercar-se de si pouco a pouco.

Em um determinado momento pisca e não volta a abrir os olhos, entrando em um mundo de sonhos e lembranças a tanto deixadas de lado por si..

Flash Back on:

– Papai! Papai! Olha a boneca que eu ganhei!! – exclama abraçando a perna do rapaz.

– Ela é linda meu anjo. – diz acariciando as madeixas loiras da menor.

– Eu sei, fui eu mesma que escolhi! – fala orgulhosa.

– Você tem um ótimo gosto. – concluí sorrindo para esta.

– Papai, olha o que eu escolhi! – chama o loiro esticando o carrinho de brinquedo para o maior.

– Nathaniel, posso saber o que é isso? – pergunta franzindo o cenho.

– É o carro de corrida mais veloz de todo o mundo!! – exclama gesticulando com as mãos euforicamente.

– Jogue-o fora.

– Co-como?

– Você já tem seis anos, não tem mais idade para brincar com essas porcarias. Não deveria estar na aula de piano?!

– E-eu..

– Não quero saber! Eu me esforço muito para que você tenha os melhores professores, o mínimo que pode fazer é assistir as aulas.

– Eu resolvi dispensar o professor por hoje, para que ele pudesse passear comigo e a Ambré. – intervém a morena, aproximando-se dos três.

– Como você espera que ele aprenda piano, senão comparece as aulas?!

– Foi só uma aula, ele é apenas uma criança, não pode exigir que passe o dia trancafiado numa sala!

– Ele já tem seis anos!

– Ele só tem seis anos!

– Mamãe, papai, vocês estão brigando? – pergunta a loira encarando-os curiosamente.

– Não minha filha, eu e o papai estávamos apenas.. Nathaniel!! - alarma-se ao ver o loiro largar o carrinho e sair correndo. – Viu só o que você fez?!

– O que eu fiz? Você que fica o tratando como se fosse um bebê!

– Você é incrível! – bufa passando a puxar a menina para longe do homem.

– Mamãe, nós ainda vamos tomar sorvete?

– Claro, eu só preciso encontrar o Nathaniel antes.

– Acho que ele não quer ser encontrado, mamãe.

– Tudo bem, então vamos nós duas. – diz agarrando suavemente a mão da menina, seus olhos entregando o seu real estado de espírito.

OoOoOoOoOoO

Sentia suas pernas doerem e seus pulmões reclamarem, mas não parava de correr. Precisava se distanciar de todas as palavras ditas com ódio e de todos os gritos. Estava cansado de ver sua mãe e seu pai brigarem cada vez mais, isso lhe entristecia e o invadia com um sentimento tão grande de culpa que sentia vontade de chorar.

Tinha medo de perder um dos dois e sentia que podia viver sua vida inteira sem sorvete, doces ou passeios com a mãe se isso os fizesse voltarem a ser felizes como eram há alguns anos atrás. Se a sua presença os deixava tão infelizes, por que nascera?

Com este pensamento, sente uma fina linha translucida trilhar por sua face, que rapidamente desaparece em meio aos dedos pequenos e desajeitados. Não podia chorar, homens não choravam!

E então sente o seu corpo colidir com algo macio, sua mente nada mais era que um turbilhão, suas pernas tremiam sem parar, enquanto um ar quente fazia-se presente sobre a sua orelha. Arfando algumas vezes ainda tenta se conter, mas as lágrimas simplesmente escapam sob o aprisionamento de suas orbes, assim como os soluços que não demoraram-se para segui-las.

Sem se dar conta, agarra com força o tecido macio da camisa do ser desconhecido a sua frente, enquanto afundava o seu rosto contra o peito do mesmo. Não queria pensar em mais nada, apenas esconder-se em um lugar onde os gritos não lhe atingissem mais.

– Hey.. o que pensa que esta fazendo?

Ao ouvir a voz infantil e sussurrada sente o seu coração acelerar-se no peito, mas não o solta.

– Você esta me molhando! – não obtém resposta - Esta me escutando?!

Sentindo o garoto chacoalhar a cabeça negativamente contra si bufa, girando os olhos e retirando a franja de seus olhos.

– Você não deveria chorar, afinal, meninos não choram.Ou por acaso você é uma garota? Isso explicaria por que se parece tanto com uma. – concluí sarcasticamente.

Mas então o choro do loiro intensifica-se, fazendo o moreno desesperar-se.

– Hey, eu estava brincando, os meninos choram de vez em quando, não precisa ficar assim!

Sentindo o outro tremer ainda mais contra o seu corpo suspira pesarosamente.

– Pronto! Passou, passou! Esta melhor agora?! – pergunta enlaçando-o com os braços e dando apressadas batidas contra as costas do mesmo.

Ouvindo os soluços cessarem, gira os olhos, continuando a niná-lo em seus braços até que este se acalmasse totalmente. Quando isso acontece, o afasta de si, limpando desajeitadamente os rastros de lágrimas sobre a pele levemente amorenada, passando a encarar intensamente os orbes dourados do menor, sentindo sua face esquentar levemente.

– Err.. esta mais calmo agora? – pergunta desviando os orbes acinzentados para o lado.

O loiro apenas acena positivamente.

– Ok.. posso saber por que estava chorando ou perdeu a língua?

Vendo o outro continuar calado prepara-se para ir embora, voltando-se para este ao ouvir um apelo sussurrado:

– Por favor, fique..

– Então vai me contar?

– Eu apenas.. não aguento mais ouvir os meus pais gritando! É sempre a mesma coisa, e eu odeio as aulas de inglês, de piano e todas as outras. Por que eu não posso ir brincar como todo mundo?! O meu pai sempre me obriga a fazer tudo o que não quero fazer e mesmo assim ele sempre grita comigo e eu.. só queria que tudo fosse diferente. – concluí desviando os olhos angustiados para os próprios sapatos.

Passam-se então longos segundos, até que o moreno decide responder ao loiro:

– Se detesta tudo isso, então por que faz? – questiona franzindo o cenho levemente.

– Eu já disse, sou obrigado!

– Ninguém é obrigado a fazer nada, essa é a desculpa que as pessoas dão para não fazer nada a respeito de seus problemas.

– Como.. como pode dizer isso?!

– Dizendo.

– Isso.. isso..

– Viu? Você não tem resposta. Por que não para de simplesmente inventar desculpas e resolve logo os seus problemas?

– Eu..

– Não precisa ficar se justificando para mim, apenas faça o que quer e pronto. – diz dando de ombros, passando a afastar-se do loiro.

Arregalando os olhos em alarde, o loiro grita para este:

– Você não me disse o seu nome!

O moreno então pausa seus passos, virando-se na direção do loiro e sorrindo de canto para este.

– Castiel.

E então desaparece do campo de visão do loiro, que permanece fitando o espaço que segundos antes o moreno ocupara por vários minutos..

OoOoOoOoOoOoOoO

Mais tarde naquele dia..

– Oi meu amor, esta melhor agora? Me desculpe, a mamãe não queria falar aquelas coisas, eu e o seu pai o amamos muito, esta bem? – pergunta acariciando as madeixas loiras do menino que acena positivamente. – Agora vá brincar com a sua irmã.

Obedecendo, o loiro corre até onde a loira estava vendo esta desviar os olhos da boneca que segurava para encará-lo.

– O que foi? – questiona curiosa.

– Posso brincar com você? – pergunta timidamente.

– O que? Para estragar a minha boneca? De jeito nenhum!

– ...

– O que? Vai continuar parado ai?!

– ...

– Por que você não volta para aquele seu esconderijo idiota e fica de uma vez por lá? Quem sabe assim a mamãe e o papai deixem de brigar e voltem a serem felizes como naquela vez que dormiu na casa da vovó.

As palavras da loira saem de forma inocente e infantil, enquanto esta manipulava a boneca entre seus dedos sonhadoramente, tanto que não notara o que estas significaram para o maior, até que este avançasse sobre si. Entre surpresa e horrorizada começa a gritar, enquanto sentia o seu cabelo ser puxado com força e gotas quentes caírem sobre a sua face, rápido demais, sente o peso diminuir e o seu cabelo ser solto enquanto uma sequencia de ações transcorriam em frente a sua vista embaçada e seu coração martelava freneticamente sobre o peito.

Gritos podiam ser ouvidos, mas só conseguira compreender um.

– Nathaniel!!

Flash Back off:

Sentindo como se tivesse tido o corpo submerso em uma banheira de gelo sobressalta-se, sentindo o suor gelado descer por sua compleição física enquanto procurava com os olhos saltados pela placa sobre a porta da sala de cirurgia. Sente o coração saltar, estava desligada.

E então a porta se abre diante de si, dando passagem a dois homens trajados de azul, e em seguida, uma maca e em seu encalço, um homem de jaleco e uma enfermeira.

– Castiel..

Entre ansioso e tremulo ergue-se, capturando as madeixas escarlates a emoldurarem a face ligeiramente mais pálida, a visão faz o seus membros se paralisarem, nunca em seus dezessete anos de vida avistara uma expressão tão branda da face do roqueiro, como se todos os problemas simplesmente se esvaíssem. Como se estivesse preparado para partir..

Tal pensamento faz suas pernas moverem-se por conta própria, lentas, sendo guiadas pelo arrastar da maca e pelos passos apressados, em pouco tempo o seu ultimo obstáculo era uma porta. Mais uma barreira.

Apenas agarra por entre os dedos firmes a maçaneta e destrói a ultima barreira entre ambos os jovens; os ocupantes nem parecem notar sua presença, continuam o seu trabalho em conectar o ruivo aos aparelhos necessários, ao terminarem, seus cenhos franzidos perscrutam o loiro, os lábios da enfermeira movem-se e com um aceno do médico todos deixam o quarto.

Novamente a sós..

Como que atraído a imagem sobre a maca deixa-se ser guiado até o ruivo, levando sua mão esquerda até as madeixas rebeldes em uma suave caricia; tivera tanto medo de perdê-lo. O real entendimento do significado dessa palavra faz seus olhos arderem.

– Se.. se ao menos..

Seu coração parece falhar por alguns segundos, suas batidas parecem conter um que de lamúria, completando a frase cujos seus lábios pareciam incapazes de pronunciar.

“Se ao menos tudo pudesse ter sido diferente..”

“Nada disso foi uma escolha, seu idiota!” sua mente parece retrucar irritadiça, em um tom muito semelhante ao que sabia que o ruivo usaria.

Tudo havia acontecido como era para acontecer, em nenhum momento, um dos dois teve um caminho ou uma escolha, apenas haviam sido arrastados para o desfecho final. Agora tudo o que podia fazer era pedir com todas as suas forças para que este lhe reservasse um desfecho que não o afastasse do ruivo.

– Eu sei que você ainda esta ai dentro seu ruivo arrogante, então não se atreva a me deixar!

OoOoOoOoOoO

Flash Back on:

2 anos atrás...

– Nath? – chama recostando-se ao batente da porta.

– Hun? – desvia os olhos de seu livro para a loira.

– O que esta fazendo? – questiona tamborilando os dedos pela madeira clara da porta.

O loiro apenas indica o livro.

– Ha... claro.

– Algum problema? - questiona deixando o livro de lado.

– Você me acha.. feia? – não o encara.

– Por que a pergunta?

– Por nada, foi bobagem minha perguntar..

– Ok .. - dá de ombros.

– Nath?..

– Sim?

– Você me odeia?

– Não.

– Você esta mentindo..

– ...

– Obrigada por isso.

A loira vira-se de costas, mas então volta-se para dentro ao ouvir o chamado do loiro.

– Aproposito, Ambré?

– Sim?

– Você esta bem assim, não mude.

– Oh.. ok. Nath?

– Hn?

– Eu quero você longe do Castiel. – concluí friamente.

– Esta bem..

Flash Back off:

– Hey.. Bela adormecida?


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Notas finais do capítulo

Lil: Oi? *desvia das pedradas* Desculpa mesmo povo, mas é que desde que eu comecei a trabalhar... Ah vocês entendem, né? O tempo passou tão rápido. e.e'' *morre*
Bem, se estiverem dispostos a continuar a acompanhar eu continuarei a escrever, provavelmente demorará um pouquinho mas não percam as esperanças u.u'' *morre²*
Aproposito, alguém viu Hoje eu quero voltar sozinho? Ainnn, a cena do chuveiro.. a blusa de frio.. @¬@ ain!!!
Kisses mores ;)