Attack on Zombie escrita por Nobody


Capítulo 3
Capítulo 3 - Primeiro encontro


Notas iniciais do capítulo

E aí?? O que estão achando até agora?
Espero que estejam gostando...

Boa leitura :)



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Meu coração palpitava mais forte a cada passo dado naquele jogo de equilíbrio no qual eu me encontrava. Depois de ter subido mais uns quatro metros rumo à copa, eu estava de pé sobre um de seus grossos galhos andando até a árvore de trás. Poderia ser fácil passar de uma na outra por conta da proximidade de seus galhos, mas a altura não permitia tal facilidade.

Até agora eu só dera três passos pequenos, mas já era o suficiente para que eu me visse obrigada a tirar minha mão direita da única fonte de apoio que me restava, o tronco. Abri os dois braços para ter equilíbrio e continuei a ir em frente. Observava o galho firme e longo, porém fino, em cada passo que eu dava. A largura do galho dava espaço apenas para um pé. Um passo após o outro era o que eu precisava até chegar ao galho da outra árvore.

Após mais uns seis passos cheguei perto do galho. Ele estava um pouco mais abaixo que o qual eu estava, comecei a me abaixar vagarosamente até sentar-me no galho e olhei para baixo para observar a minha situação. Apesar da folhas das árvores, era possível ver: Duas daquelas coisas que estavam envolta da árvore começaram a sair indo para o centro da floresta. Cinco me seguiam lá de baixo erguendo os braços em uma tentativa inútil de me apanhar e os outros continuavam a arranhar o tronco da árvore tentando subir.

Comecei a me arrastar até chegar na folhagem final do galho e coloquei meus pés sobre o galho seguinte. Ele estava forte também, e era bem maior do que aquele em que eu estivera. Assim pude dar início da uma engatinhada até o tronco central daquela árvore. Quando cheguei nele, agarrei-o como se fosse um prêmio que eu conquistara. Suspirei fundo e olhei para as minhas mãos que tremiam. Olhei para o pedaço do céu pouco visível e ele me alertou que estava escurecendo. Olhei para baixo e para aquelas coisas que tinha me seguido. Eu não queria ficar com elas no escuro, eu iria esperar amanhecer para prosseguir.

Coloquei a mão por minha jaqueta e peguei o pacote de salgadinho estourado, joguei todos em meu colo e taquei o pacotinho no chão. Ele saiu voando até bater em uma árvore do outro lado. Alguns daqueles seres, ao ouvirem o pequeno som dela batendo na árvore foram se arrastando até lá, e como se esquecessem de mim, ao verem que não tinha nada, começaram a andar em direção a floresta. Restavam apenas três embaixo de mim e mais quatro que continuavam a raspar as mãos na árvore.

Após umas cinco horas parada encostada no tronco, meu salgadinho já havia acabado. E eu estava com sede por isso. Dei um sorriso melancólico pensando em minha situação: sem nenhuma lembrança, perdida e já devia ser de madrugada e aquelas coisas não pareciam estar cansadas ou com sono. As que estavam embaixo de mim ficavam a andar incessantemente de um lado para o outro olhando para cima e gemendo a cada instante. Será que eles sentiam dor? Eu não conseguia mais ver nitidamente os rostos deles, mas alguns estavam muito deformados, outros pareciam normais apesar da palidez e da situação da roupa. O que tinha acontecido com eles?

Pensei em alguma justificativa para aquilo que estava acontecendo, mas nenhuma resposta apontou. Lembrei-me da casa com as tábuas nas portas e janelas e percebi que queriam manter aquelas coisas lá fora. Então já fazia um bom tempo que eles estavam por aí.

Os gemidos e passos faziam com que minhas pálpebras pesadas não conseguissem se fechar. E nem deveriam. Mas, mais pesado do que meus olhos era o meu coração. Naquele momento eu tinha apenas uma recordação para me apegar e me fortificar, mas apenas uma já era o suficiente.

Aos poucos a noite começava a acabar.

Um garoto de cabelos escuros e olhos azuis esverdeados corria na minha frente sorrindo para mim. Eu também sorria enquanto o seguia.

– Onde estamos indo Eren?

A imagem começou a escurecer, mas eu ainda consegui ver ele pegando em minha mão me apressando mais.

– Rápido! Vamos Mikasa!

Abri meus olhos. Um flash de memória. Elas estavam voltando aos poucos, apesar de não trazerem muitas respostas até agora. Mas me trouxe uma grande resposta. Mikasa, este era o meu nome. Mikasa Ackerman.

O sol já estava passando pelas folhas das árvores. Hora de ir.

Desci até o próximo galho e identifiquei o local onde estava. Agora restavam só três a caminharem por perto. Era apenas eu andar em silêncio por entre os galhos e descer quando me visse livre deles. Desci mais dois galhos. Eles não estavam me vendo. Comecei a caminhar até o próximo galho, igual eu tinha feito no dia anterior. Mas aquilo era de certo mais perigoso: apesar de ser uns quatro metros mais baixo que o qual eu tinha atravessado, ele estava cheio de um musgo úmido. E agora já não dava para voltar.

Continuei a andar até sentir meu pé se desfazer de seu equilíbrio e me ver batendo em um galho até cair no chão. Então comecei a correr. Minha visão estava borrada pela queda, mas eu podia ver aqueles três serem a correrem para mim. Então, vi o clarão do dia vindo lá da frente. Corri mais o mais rápido que pude e atravessei a cerca. Continuei correndo até ir atrás de um carro, e fiquei observando-os enroscarem-se na cerca.

Fechei meus olhos um pouco para me acostumar com a luz e segurei meu braço que estava sangrando, fazendo pequenas gotinhas de sangue escorrer pela manga de minha jaqueta até cair no chão. Olhei para o local em que eu estava e vi o caos nele: era uma cidade destruída, com carros capotados e queimados e lojas quebradas por onde eu olhasse.

Caminhei até o mercado grande que eu vi. Não parecia ter qualquer sinal de vida por onde eu passava. Nem sinal daquelas coisas. Conforme eu fui seguindo em frente, via várias pessoas e aquelas coisas caídas no chão, imóveis, mortas. Todas com um furo no cabeça, assim como aquelas pessoas da casa.

Entrei no mercadinho andando pelas paredes, analisando bem antes de avançar. Cheguei na sessão farmacêutica e peguei uma faixa e anticépticos. Tirei minha jaqueta, desinfetei o ferimento, que não era muito profundo, e comecei a amarrar a faixa, mas logo escutei um barulho vindo do outro corredor. Coloquei minha jaqueta e corri meus olhos para um machado fincado na cabeça de uma daquelas coisas que estava no chão. Arranquei-o do crânio daquilo e fui andando cautelosamente até lá. Fiquei encostada na prateleira que estava nos separando. Era eu ou ele nesse momento. Então, seria ele.

Virei-me rapidamente pronta para acertar-lhe com força na cabeça, mas eu também estava na mira.


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Notas finais do capítulo

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