Attack on Zombie escrita por Nobody


Capítulo 17
Capítulo 17 - Primeira Missão . Parte I


Notas iniciais do capítulo

Yo o/
Já vou logo me desculpando pela demora >.<
Dessa vez atrasei alguns dias ^^
Mas espero que gostem do capítulo xD
Bem, ele parecia que ia ficar meio (muito) grande, então dividi em partes :)
Boa leitura!



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Olhares sérios e nervosos se cruzavam enquanto o forte som das hélices do helicóptero V- 22 Osprey ensurdecia os seus passageiros. O ruído era bem maior do que de um helicóptero normal e suas hélices duplas faziam-no cortar o ar em uma velocidade incrível. O meu corpo tremia junto com as paredes gélidas e eu já não podia mais escutar as batidas de meu coração.

Naquele helicóptero militar havia cinco pessoas distribuídas de cada lado, encostadas nas paredes frias de metal enquanto esperavam para enfrentar a situação para a qual foram resignadas. Todos sabiam o que iriam fazer lá. Mas eu realmente sabia?

– Nós vamos pousar. – a voz do piloto acordou todos do transe e então começamos a nos preparar arrumando as mochilas que levaríamos.

Um solavanco indicou que o helicóptero já estava no chão. Imaginei onde teríamos parado, e ao sair dele eu encontrei minha resposta: estávamos em um heliporto de um dos altos prédios do centro da cidade. Quando o cabo Rivaille desceu, o monstro de metal alçou voo pelo céu do fim da tarde, fazendo o ar empoeirado bater em meu rosto.

– Okay, pessoal. Esta é a última vez que irei falar o nosso objetivo. – Levi, como sempre, tinha a voz firme. – Nós iremos limpar o máximo possível dos portos e depois começaremos a busca. Agora, - ele olhou ao redor e apontou para o porto a frente. – nosso primeiro lugar a limpar.

Assim que disse isso, ele saiu correndo e pulou da beirada no edifício. Todos começaram a fazer a mesma coisa e eu segui-os. Então, meus pés sentiram a falta do chão e meu corpo começou a cair cada vez mais rápido, onde apenas a emoção daquele momento conduzia meu espírito. Apertei os gatilhos e os cabos soltaram em direção ao próximo prédio e eu seguia flutuando pelo ar. Quando olhei ao meu redor, vi os meus companheiros sérios com alguns esboços de sorriso no rosto, eles gostavam da sensação de voar. E eu também.

Um por um dos soldados foram parando em cima de uma casa enquanto aguardavam a chegada de todos. Mordedores rodeavam a casa gemendo e tentando nos alcançar com as mãos. Quando todos já estavam posicionados no telhado, Levi pegou uma granada da sua bolsa, arrancou o pino e a tacou no início do porto. Pedaços de carne voaram por todos os lados e a mancha escura de sangue espalhou respingos por toda a parte. Agora começava a missão de limpeza.

A equipe foi dividida em dois grupos com cinco pessoas cada, onde cada grupo iria ficar responsável por um lado do porto. Correndo por entre telhados e saltando até o litoral, chegamos ao lado oeste.

Meu grupo era composto por dois homens velhos e outros dois mais moços. Eu não sabia o nome de nenhum deles, mas assim que colocamos nossos pés no chão e começamos o extermínio, eu sabia que eles eram muito bons: como formação estavam os dois velhos na frente, que perfuravam a cabeças daqueles andarilhos que apareciam, e atrás estava eu e ao meu lado os dois jovens. Enquanto os mais velhos abriam o caminho para que pudéssemos avançar, nós cuidávamos para impedir a passagem de qualquer outro ser no nosso círculo seguro.

O moço loiro ao meu lado esquerdo ainda não tinha sacado as espadas, ele estava usando uma pistola em cada mão e atirava nos zumbis que estavam mais longe com uma precisão gigantesca. Cobrindo ele estava o rapaz moreno, que quando algum mordedor se aproximava do companheiro já era exterminado rapidamente. Eles trabalhavam muito bem juntos. E eu ficava atrás deles, impedindo a passagem dos que vinham para perto de nós.

Quando minha espada atravessou a cabeça de um, muitos outros começaram a vir atrás de mim, mas um dos senhores utilizou uma das pistolas e rapidamente matou a todos. Não era possível um tempo para agradecer e eu sabia que eles alguma hora também iriam precisar de mim. Então eu iria me esforçar.

Localizei minha força e velocidade e consegui fazer o trabalho mais rápido. Comecei a trabalhar de uma forma mais grupal, onde hora eu defendia e era defendida. Os mordedores começavam a se aproximar cada vez mais rápido e nossas forças não eram o suficiente para acabar com aquela horda gigantesca em nossa volta. Tiros ecoavam pelo ar e mesmo assim o número daqueles seres parecia aumentar cada vez mais.

– VAMOS PARA AQUELA PLATAFORMA!

O grito do homem mais velho fez com que todos em um instante já estivessem no ar em direção à plataforma de cargas. Por poucos segundos um daqueles mordedores não conseguiu alcançar meu pé enquanto meu corpo era puxado para ar. Apoiados em um dos ferros da plataforma, os homens começaram a carregar as armas e então pularam para os contêineres mais abaixo. Pelo visto, agora seria cada um por si.

Pulei em cima de um contêiner e observei o que eles estavam fazendo: o moço moreno usava a espada enquanto voava por enormes colunas de contêineres empilhados e um dos senhores tacava várias granadas nas multidões que se formavam ao longe. O outro senhor seguia com um revólver o rapaz moreno enquanto o moço loiro, ao lado dele, usava suas armas para eliminar os mortos-vivos ao seu redor. Na verdade, eles não estavam cada um por si.

Minha visão foi ao longe por um instante e eu vi o grupo de Rivaille também sobre contêineres acabando com os zumbis que se aproximavam. Então, analisando a situação, eu vi que aquilo era uma missão suicida. Tentar acabar com uma multidão de zumbis que parecia aumentar cada vez mais era algo praticamente impossível.

Foi então que senti meu corpo vacilar. Olhei para os mordedores que tentavam subir onde eu estava. Seus rostos desfigurados eram pálidos e já estavam apodrecendo; seus olhos amarelados eram vazios, sem alma, e a boca ensanguentada mostrava os vestígios de que já tinham mordido alguém. Era isso. Podia ser uma missão suicida, mas iríamos diminuir o número daquelas criaturas e aumentar a chance de alguém conseguir sobreviver.

Apertei a espada e pulei no ar. Os ganchos foram se prendendo a qualquer coisa em seu alcance e então minha espada cortava a cabeça de todos aqueles que estavam perto de mim. Hora ou outra uma explosão ocorria ao meu lado, ou então tiros eram passados perto de mim e acertavam mordedores próximos. Eu estava mais rápida do que no começo e o corte de minha espada já era mais profundo.

Os mortos-vivos foram caindo cada vez mais e o nosso grupo continuava inteiro. Parei sobre o contêiner onde estavam o moço e o velho e peguei minhas pistolas para os ajudarem de outra forma. Minha mira não era tão boa quanto à deles, mas eu conseguia acertar vários também.

Quando o chão enchia-se de corpos e os zumbis subiam por eles para nos alcançar, pulávamos para outro contêiner e continuávamos a exterminá-los. O que para mim parecia algo impossível já estava tornando-se realidade.

Depois de quase uma hora daquela forma de combate, já podíamos descer no chão novamente. Entre corpos ensanguentados e deformados, nosso círculo foi refeito e o trabalho parecia estar cada vez mais rápido. Agora, todos usavam as espadas para economizar munição.

Entre chutes para afastá-los e o corte vindo de alguém, conseguíamos suportar tudo aquilo em equipe. Enquanto eu cortava no meio a cabeças daqueles seres em uma dança rápida e forte, senti meu pé sendo puxado e deslizei ao chão. Um dos zumbis que havia sido explodido tinha perdido apenas metade do corpo. Olhei para trás e vi os que se aproximavam de mim. Finquei a espada na cabeça do zumbi que me segurava e antes que eu pudesse me levantar, o moço moreno já estava atrás de mim me defendendo enquanto o loiro me levantava.

– Você está bem? – Sua voz grossa, apesar de sermos desconhecidos, saiu preocupada.

Soltei-me dele e agradeci com a cabeça. Voltamos às posições e terminamos a nossa tarefa.

Com o ‘fim’ daquela espécie de batalha, apenas alguns seres sortidos andavam por entre os corpos. A escuridão já começava a surgir quando os grupos se reencontraram no meio daquele festival de sangue.

O olhar rebelde de Levi passou examinando a todos nós, talvez verificando se todos estavam bem. Seus olhos escuros percorreram todo o porto, examinando-o.

– Este ponto já está limpo. Vamos subir para nos reabastecer.

Nossos corpos se içaram para cima até tocarmos no topo de um prédio de uns três andares. Lá nós distribuímos a água que alguns tinham nas mochilas e as munições para serem recarregadas. Uma garota, alguns anos mais velha que eu, sentou ao meu lado e me esticou a garrafa de água. Enquanto eu bebia, fazendo pequenos rios escorrerem pelo meu queixo, a garota arrumava as suas armas. Devolvi a ela a garrafa e ela esvaziou-a, jogando-a do outro lado.

Quando olhei ao redor, vi que havia quase uma perfeita roda formada, onde cada um cooperava ajudando com alguma coisa: alguma arma ou munição, ou até mesmo o cilindro de gás. Senti o peso dos meus e vi que eles poderiam durar por mais um tempo. A moça ao meu lado fez o mesmo e percebi que o dela parecia mais leve.

– Você quer um cilindro? – A moça fez que não com a cabeça.

– Obrigada, mas não vou precisar.

Um rápido sorriso brotou de seus lábios até que ela se levantou rapidamente e seguiu em direção à Levi. Os dois trocaram algumas palavras e ela voltou ao meu lado. Levi pegou de uma mochila um tipo de binóculos e o mirou até o próximo porto, que ficava a uns dez quarteirões dali. Por um momento eu poderia jurar que vi algo semelhante a um leve sorriso sendo formado em Rivaille, mas foi algo tão rápido que até desconsiderei o fato.

– Willian, nós iremos poder usar aquilo agora. – Quando Levi falou, um homem gigantesco se levantou. Eu ainda não tinha observado todos que estavam ali, mas me perguntei como eu não tinha percebido esse homem: ele deveria ter uns 30 anos, era muito alto e musculoso e carregava uma mochila bem maior do que a de todos, o que me fez pensar em como ele conseguiria ser ágil no EMT carregando-a. O homem se aproximou de Levi, que era relativamente menor do que ele, e pegou o binóculo. – Naquele porto há tanques de gás.

O homem ficou um tempo olhando para o porto até Levi chamar a atenção de todos.

– Espero que vocês já tenham descansado o suficiente. – A voz seca de Levi não mostrava preocupação nenhuma conosco. – Vamos em frente.

Willian e Levi pularam em direção ao outro prédio enquanto ainda arrumávamos as mochilas. Nosso descanso não havia sido nem de uma hora e voltar para um lugar escuro com zumbis não era bem o que esperávamos. Mas todos estavam determinados a terminar isso logo.

Atravessando o ar por entre prédios altos e medianos, chegamos rapidamente a um edifício pequeno, de um cinco andares, que tinha o nosso próximo ponto para ser limpo em sua frente. Nem todos tinham chegado quando Willian abriu aquela mochila enorme e tirou a bazuca que carregava dentro dela. Ver o homem posicionando aquela enorme arma nos seus ombros e acertando o foco dela me fez recuar alguns passos para trás. Aquilo não seria exagero? Forcei minha vista para tentar ver além da escuridão, e então eu consegui ver um movimento que parecia ser formado por milhares de cabeças. Entre os portos, aquele era o qual parecia estar mais cheio.

Minha atenção voltou quando o som alto daquela bazuca ecoou, fazendo o disparo em uma velocidade extrema. Assim que o disparo foi dado, instantaneamente todos se abaixaram e o som forte da explosão foi ensurdecedor, fazendo até o próprio prédio tremer levemente. O vento quente trazia fagulhas de brasa no ar e quando levantei para ver, havia no meio das trevas uma fonte gigantesca de luz e calor que incendiava os corpos dos zumbis que, mesmo assim, continuavam andando.

– Vamos.

A ordem de Rivaille foi seguida prontamente e uma roda formou-se ao redor daquele fogo em poucos instantes. Dois homens ficaram atrás eliminando qualquer mordedor que houvesse sobrevivido ao fogo e nós, os que ficaram na frente, exterminávamos todos os seres que vinham prontos para nos devorar.

Entre chutes para não deixa-los se aproximarem e vários cortes com a espada, tiros e movimentos rápidos, a vinda daqueles seres até nós parecia ser o nosso fim. Estávamos lutando bravamente, cooperando, mas, por suas expressões, todos pareciam pensar o mesmo que eu: pelo rumo que a situação tomava, dificilmente iríamos sair vivos.

– RIVAILLE!!! – a moça gritou enquanto vários mordedores se agrupavam perto dela, quase paralisando totalmente os movimentos da garota. Um moço de pela escura ajudou-a a se livrar daquele grupo, mas uma multidão esperava por nós. – DESSE JEITO IREMOS MORRER!

Levi, que estava ao meu lado, lançou um olhar percorrendo o grupo. Ele deu um salto e pisou na cabeça de um zumbi pegando impulso no ar. Os cabos dele se lançaram ao nada, fazendo-o se suspender apenas levemente, mas soltando o gás ele pegou impulso e em rodopios no ar ele cortou a cabeça de vários em um mesmo instante e voltou para o seu posto.

– Ninguém vai morrer nessa missão, Romanov. – Sua voz séria e sua atitude rápida deu confiança para todos. – Ackerman, fique aqui. Vou trazer a situação para o nosso lado.

Assim que disse isso ele correu no interior de nosso círculo, beirando o fogo e pulando sobre os corpos caídos. Quando olhei para a brecha que ele tinha deixado, vários zumbis já estavam se aglomerando. Tentei eliminar o máximo possível, mas parecia que apenas eu não era suficiente, e então vários tiros vieram por trás de mim e acertaram aquelas cabeças que caíram no chão.

– Yo, garota. Te salvei de novo, não é? – O moço loiro ficou ao meu lado por alguns momentos enquanto a quantidade de criaturas parecia aumentar. Então, o som de bombas explodindo chamou a atenção de alguns mordedores do fundo que se dispersaram até lá.

Em um rápido olhar, a imagem de Levi girando no ar passou por mim. Aquele estilo dele era incrível. Mesmo não tendo um lugar para os ganchos se apoiarem ele conseguia decolar no ar e com um único movimento giratório ele derrubava vários ao seu redor. Se eles me tinham como um ‘prodígio’, o que seria o cabo Rivaille?

Com várias outras granadas jogadas e Rivaille atuando no meio daquela multidão, as coisas começaram a se acalmar devagar. O moço loiro ao meu lado já havia recarregado as pistolas umas seis vezes quando sua munição acabou. Até aquele momento nós estávamos lutando do mesmo modo que eu vira ele e o outro moço: ele atirava nos mais distantes enquanto os mais próximos eram eliminados por minhas espadas.

Quando meus braços já estavam doloridos de tanto lutar, aquela missão suicida parecia estar chegando ao seu fim. Rivaille já tinha voltado ao círculo ao redor do fogo e a multidão de zumbis se resumia apenas a dezenas e mais alguns espalhados ao longe. O imenso fogo atrás de nós já estava em apenas faíscas por entre a brasa, e a maior parte das pessoas ajudava a jogar os corpos daqueles mortos-vivos no resto do fogo para queimarem devagar.

Depois daquele momento foi nós tivemos o nosso verdadeiro descanso. Em cima de um dos prédios estavam todos os soldados descansando, alguns deitados com a cabeça sobre a mochila e outros limpando suas armas. Todos nós estávamos cansados e orgulhosos pelo nosso trabalho.

Há algumas semanas, pensar em realizar uma tarefa como essa seria dada por mim como loucura e prontamente eu iria me recusar a realiza-la. Mas agora, eu mesmo tinha pedido para participar dessa missão e no momento estava deitada de costas sobre o chão de cimento tendo a minha bolsa como travesseiro.

Olhando para a imensidão do céu eu conseguia ver a esperança.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Eu juro que tentei descrever do melhor modo possível as lutas ... Mas não sou muito boa nisso, principalmente quando é em grupo xD
Então comentem o que acharam, o que pode ser melhorado... sabe, opiniões sinceras sobre o que acharam das cenas de ação irão me ajudar a melhorá-las da próxima vez ^^
Bjão pra todos aqueles que tem acompanhado :)
Xoxo ;*



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