Um amor inesperado e.. inesquecível escrita por Babydoll


Capítulo 27
Sim! Seguir em frente


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora... mas sabem como a vida é...
Nao foi o ultimo capitulo... por que quis separar o final deste..HUAHUA. A ideia do finalzinho desse cap foi inspirada por um comentário da princesakory . Obrigada por acompanhar desde o começo e sempre comentar linda *-*
Sem mais delongas (e pedidos de desculpa adiantados pelos possíveis erros)



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Povs. Estelar

O vento fresco do final de tarde entrava pela janela do carro e bagunçava meu cabelo. Dirigia um carro muito especial para mim em particular, um Chevy azul claro com detalhes brancos. Lembrei-me da outra chave que achei na caixa a qual Max deixara para mim, e essa chave era a do seu carro, e, quando eu estava dentro dele, a presença DELE era tão intensa, que eu quase podia tocá-la. Até parecia que ele estava ali.

O começo do por do sol estava a minha frente na estrada. Eu estava sozinha, mas ia me encontrar com o resto dos titãs mais tarde. Afinal, hoje não era um dia qualquer. Hoje, se faziam 6 meses desde a morte de Max Bresser...

“Só de me lembrar do seu nome, o meu coração dói”, eu pensava comigo.

Eu estava a caminho da casa dos Bresser. Queria vê-los de novo, ver como estavam, se todas as meninas estavam bem. Devido a minha fraqueza após o plano de Slade de tirar X de mim, eu não fui capaz e retornar a casa eles antes, e me senti muito culpada por isso. Eles me apoiaram tanto desde que os conheci...

Segui a estradinha de chão que me levaria ao sitio dos Bresser. Na trilha já da casa, pude avistar os pastos, a lagoa, e ao lado dela, o local onde dançamos debaixo das estrelas na noite da véspera de natal.

Um bolo começou a se formar em minha garganta ao me lembrar daquelas cenas na minha memória. Apertei meus punhos em volta do volante em uma tentativa de impedir as lagrimas de saírem. Obtive sucesso, por enquanto.

Estacionei o carro ao lado da casa. Sai e me dirigi a grande varanda da frente. Quase chagando a porta, Suzane, mãe de Max, já foi abrindo a porta.

Suz- Oh, querida! Como é bom ver você! – Seus olhos estavam marejados. E ela veio ao meu encontro à procura de um abraço. Eu a abracei e ouvi um suspiro triste. – Ouvi o Chevy, e por um momento, achei que meu filhinho estaria de volta para casa.

Nossa! Eu não tinha pensado em como poderia afetá-los aparecendo assim, ainda mais com o carro. Suzane, era uma mulher tão amorosa, uma mãe extraordinária... não merecia ter sofrido o que sofreu.

Star- Suzane, eu não pensei...

Suz- Por favor, me chame de Suzy querida. Você ainda faz parte da família, sempre fará. – Suas palavras me atropelaram e me atingiram em cheio. – Quer entrar?

Star- Sim Suzy, por favor.– Fomos entrando na casa enquanto conversávamos. Mas não pude deixar de notar em quanto o lugar estava mudado. A harmonia que eu havia sentido, o aconchego... tudo estava acabado. Ate a casa sentia a falta do filho primogênito. – Sinto muito em chegar aqui assim, ainda mais com o carro dele.

Ric- Não há problema nenhum Estelar. – Richard Bresser havia acabado de descer as escadas e caminhou para mais perto de nos. – Ele deu o carro a você, tem o direito de ir a qualquer lugar com ele. E apreciamos muito sua visita. – Ele passou a mão em volta da cintura de Suzy, e a levou para mais perto de seu corpo. Eu pude ver que ele tentava consola-la. Aquele casal era um exemplo de amor puro.

Com os olhos ainda meio inchados, Suzane nos convidou para sentar na mesa da cozinha.

Enquanto nos dirigíamos para lá, eu continuei a minha conversa.

Star- Obrigada pelo carinho, Sr. e Sra. Bresser, e também sinto muito não ter vindo antes.

Suz- Não precisa de desculpar querida, sabemos o quanto a sua vida é agitada.

Star- Outra coisa também, é essa questão do carro. Não acho justo um bem tão caro ficar para mim, não me parece certo. Prefiro que fique com vocês...

Ric- Não não, Max deixou ele para você e aceitamos isso. Por favor, fique com ele...

Star- Isso significa muito para mim, obrigada Richard. – Suzane nos serviu café e voltou a sentar. Enquanto tomava um gole, eu me voltei para eles. – Como estão todo vocês?

Suz- Poderíamos estar melhores... Mas estamos lidando juntos com a situação.

Ofereci-lhes um sorriso triste.

Star- Bom que vocês têm uns aos outros. E se precisarem, tem o apoio dos Jovens Titãs também. Queremos ajudá-los o máximo possível, com mantimentos entre outras coisas.

Ric- Não minha jovem, muito obrigada pela oferta generosa, mas não precisa mesmo se preocupar conosco.

Star- Não, por favor, eu quero ajudar. Sei que quem ajudava antes com a casa era Max, e, se essa for à única coisa que posso fazer, eu quero fazê-la.

Suz- Você realmente é um anjo, sabia?

Engraçado né amor, eu sempre te chamei de anjo... Mas parece que agora, eu que sou o seu anjinho da guarda... estarei cuidando de você ao longe.” – As palavras do vídeo de Max despertaram em minha memória.

Star- Só estou fazendo o que eu acho que é certo.

Suzy limpou os olhos e abriu um sorriso sincero.

Suz- Bem, quer ver as meninas antes e ir?

Star- Eu gostaria muito.

Nos levantamos e ela me fez um gesto para que a seguisse... fomos para a sala, e lá, encontrei as quatro meninas. As duas mais velhas estavam deitadas no sofá, enquanto as menores estavam sentadas no tapete no chão, todas assistindo TV.

Micaela, Mariana, Michele e Melissa, em ordem crescente. As quatro possuíam os cabelos com o mesmo tom dos de Max. E assim que elas me viram, as menores vieram correndo.

Mik- “Esteiar” que saudade de “voche”!

Star- Oi Mika ! – Me agachei para poder abraça-la. – Como estão vocês? – Eu perguntei para as demais, enquanto me levantava com Micaela no colo.

Mar- A gente ta bem ... mamãe parou de chorar esses dias.

Mich- Sinto falta do meu irmão. – A do meio vinha me cumprimentar.

Star- Também sinto falta dele.

Mel- E devia sentir, a culpa dele ter morrido é sua! – Aquela acusação me deixou pasma. Mas às vezes, eu sentia que isso era verdade.

Suz- Melissa! Como tem coragem de dizer isso. Sabe que não é verdade!

Star- Não se preocupe Suzy, eu to bem.

Mel- Estamos melhor sem você! – Melissa saiu e subiu as escadas, batendo forte a porta de seu quarto.

Suz- Desculpa por isso, vou atrás dela.

Star- Não! Não precisa... S é rio.

Mich- Ela só tem raiva porque brigava com Max o tempo todo, ela vai ficar bem.

Star- Hum, que menina madura, quantos anos tem mesmo? – Forcei um sorriso, e beijei a testa de Michele. – Obrigada.

Coloquei Micaela no chão dei um abraço e despedida em todas. Chegando na vez de Suzane, ela me abraçou com força. Não foi um aperto muito grande para mim, mas para qualquer humano, seria.

Suz- Obrigada por vir aqui querida.

Star- Eu que agradeço, e me desculpem por qualquer coisa, eu não queria causar confusão.

Suz- Não causou, ela esta assim desde que... você sabe.

Acabei de dar tchau a todos, e me voltei para o carro, seguindo meu caminho , que era o centro de Jump City.

OooOoOOOooOOOoo

Enquanto dirigia, deixei algumas lagrimas rolarem. Eu tinha o direito de ficar triste nesse dia. Estacionei o carro ao chegar ao meu destino, e me olhei no retrovisor para limpar o choro. Pude ver através do espelho o colar que eu usava, um coração dourado, com duas flechas cruzadas formando um X. Olhei para o banco do lado e vi o buquê de flores vermelhas que eu havia comprado. As segurei firme.

Suspirei fundo e desci do carro, avistei os titãs na praça, me esperando. Aquela praça... Na qual eu e X tivemos a nossa primeira conversa de verdade. Lugar onde a nossa amizade havia nascido, para depois crescer mais e vir a se tornar aquele nosso amor tão lindo e intenso.

Star- Oi amigos. – Cheguei perto de Cyborgue e Robin. – Ue ... cadê a Ravena e o Mutano?

Cyb- O casalzinho feliz foi dar um passeio... parece que esse lugar florido mexeu com a cabeça deles.

Lembrei de quando disse ao Max no quanto aquele lugar ficaria lindo na primavera... que o chão pareceria coberto de veludo devido as flores. O que realmente parecia... pena ele não estar aqui para ver.

Robin deve ter percebido a minha “cara de paisagem” pois veio para perto de mim.

Rob- Como você esta hoje?

Star- Estou só me relembrando de muita coisa. – Forcei um sorriso, não muito convincente. – Mas que bom que os dois estão se dando bem.

Cyb- É, o verdinho deu sorte.

Star- E como você ta com a Abelha Cyborgue?

Pude ver as bochechas do Cyborgue ficarem rubras.

Cyb- Que? ... Eh, eu? Não ... Não tem nada ... Er, eu vou chamar a Ravena e o Mutano... te encontro na ponte.

Eu e Robin nos entreolhamos e rimos, enquanto o homem de metal se afastava de nos, apressado, e todo corado.

Star- Muito fofo ele ficar tão nervoso assim por causa de uma garota.

Rob- É, acho legal ele estar apaixonado. Todos precisamos de ter amor na vida.

Não pude respondê-lo, eu não queria, pois eu sabia o que ele queria conseguir com isso. Eu tinha coisas mais importantes para focar agora.

Fomos caminhando em silencio ate a pequena ponte de madeira pintada de branco que tinha no parque. Ela era pequena, charmosa, romântica, mas ao mesmo tempo, perfeita para climas tristes de fim de tarde. A noite estava chegando, o vento já começava a esfriar, mas ainda havia alguns raios de sol refletindo por entre as folhagens das arvores.

O pequeno lado da praça brilhava com as ultimas luzes de sol que batiam nele. Ao chegar no meio da ponte, avistei Mutano, Ravena e Cyborgue de pé na outra ponta.

Star- Robin, se importa de ficar com eles por enquanto? Quero fazer isso sozinha.

Rob- Claro Star. – Ele pegou a minha mão por um segundo, a apertou com carinho, e depois se afastou, indo se juntas aos outros.

Fui ate o corrimão da ponte, e, comecei a despetalar algumas rosas, jogando as suas pétalas no lago, e enquanto fazia isso, eu comecei a conversar baixinho com Max, rezando para que, de alguma forma, ele pudesse me ouvir.

Star- Max, meu anjo... Eu nunca pude te agradecer de verdade por tudo o que você fez por mim. Por ter me salvado de tantas maneiras, por ter sido sincero, e por ter me mostrado um amor tão maravilhoso e verdadeiro... (as lagrimas começaram a brotar nos meus olhos) Você me faz muita falta!

Terminei de jogar todas as pétalas na água, e me debrucei no corrimão, me debulhando em lagrimas e soluços. Um choro desesperado.

Ouvi passos na ponte, então tentei me controlar. Quando ergui meu rosto, vi que ela Robin que vinha para perto de mim.

Star- Estou bem, serio... - Não me deu nem tempo para terminar de falar, Robin veio, me puxou para perto de si e me abraçou com força.

Rob- Odeio te ver chorando. – Ele disse me soltando do abraço, e me encarando de frente.

Star- Às vezes, chorar é preciso... assim como amar. Ninguém vive sem amor.

Robin me olhou com confusão, mas não pude deixar de notar um sorrisinho de leve brotar em seus lábios.

Rob- Estelar, o que você que dizer...?

Coloquei meu indicador em seus lábios, fazendo-o se calar, e então, meio indecisa sobre o que e como falar, eu continuei.

Star- Quero dizer que eu quero tentar Robin, quero nos dar outra chance.

Eu vi seus lábios formarem um sorriso ainda maior.

Rob- Espero que não tenha sido a minha insistência que a fez mudar de ideia.. eu não quero que voltemos se você não achar que realmente quer isso.

Star- Não Robin, eu quero. – Eu segurei suas duas mãos e comecei a falar, olhando diretamente para seu rosto. - A vida é uma dádiva concedida a nós por um poder maior, mas, tudo o que é dado, um dia precisa ser devolvido. Por isso, não vamos nos prender no passado, vamos viver o hoje, não tentando adivinhar o futuro, pois não sabemos se haverá um amanhã. Amar, errar, nos arrepender e amar de novo, pois não há amargura maior do que a duvida por não ter tentado. E vamos apreciar cada minuto de felicidade, pois na vida não há segunda chance. O tempo só corre, e ele não espera por ninguém. – Respirei fundo, e continuei. – Eu quero você, Robin. Eu quero ficar com você... Você me faz bem, faz me sentir viva de novo. Você me atrai, e eu não quero simplesmente continuar ignorado todas essas sensações que você provoca em mim. Então sim, quero tentar... mas não vamos cometer os mesmo erros certo?

Rob- Por mim, tudo ótimo. – Ele fez uma carinha muito maliciosa. Tirou suas mãos das minhas. Colocou uma mão na parte detrás da minha cintura e outra na minha nuca, me puxando para si, e me dando um beijo. Foi quando me dei conta que eu senti falta desses lábios. Falta do gosto dele, falta do seu perfume...

Separamos-nos alguns segundos depois, pois ao longe pudemos ouvir Cyborgue e Mutano.

Mut- Uhuul, é isso ai cara!

Cyb- Robin galã!!

Rimos juntos, ainda com as testas coladas. Ele terminou de limpar o meu rosto de choro, e então me deu a mão, me puxando para fora da ponte. Mas eu não saí do lugar.

Star- Só quero terminar de me despedir. Podem ir indo para a torre... encontro vocês na lá.

Robin- Por mim tudo bem. Só tome cuidado.

Star- Como se eu fosse uma garotinha indefesa...

Lancei um sorriso provocante e deixei eles irem.

Enfim só, eu continuei em é na ponte, fitando as pétalas flutuarem nas águas calmas da pequena lagoa. Senti o vento fresco da noite.

Star- Jericó, estou cumprido minha parte do trato... Estou voltando a viver, não estou só me lamentando. Isso também vale para você, Max. Não significa que eu estou de esquecendo de nenhum de vocês, pelo contrario, eu queria que essa chance fosse dada a vocês dois, e não a mim. – Mas lagrimas surgiram nos meus olhos. – Mas nós nos acostumamos com a ausência né? Nunca nos conformamos...

Então, o vento se tornou mais forte, e começou a roçar em meu cabelo como um velho amigo, e pude jurar que ouvi ele sussurrar ao meu ouvido “estou orgulhoso de você” ...

OooOOOooOOooooOooo

Eu havia acabado de chegar em casa. Não me demorei muito na ponte depois que os titãs foram embora. Não se passavam das 19:30, horário em que todos nós nos sentávamos juntos no sofá e víamos TV para relaxar do dia.

Star – Amigos, cheguei. – Mas, enquanto entrava pela sala principal, não vi ninguém lá. Nem na cozinha, nem no sofá... Fui para a sala de treinos, mas em vão. Estava vazia também.

Decidi ir para o meu quarto, tomar um banho, e colocar roupas confortáveis. Enquanto andava pelos corredores, ouvi uma conversa, bem baixa...palavras cochichadas.

Cyb- Se você acha que consegue, acho que devia.

Rav- Mas ela pode não gostar!

Eu não precisava ouvir mais uma palavra para saber que a conversa se tratava de mim.

Mut- Você não sabe. Temos só que perguntar pra ela.

Rob- Isso pode fazer mais mal o que bem. Querem vê-la igual a um zumbi novamente? Sem comer, sem beber...

Segui os sussurros e percebi que vinham de dentro do escritório do Robin. Parei detrás da porta.

Cyb- Só acho que se ela achar uma boa ideia vai querer tentar!

Star- O que é que eu vou querer tentar? – Eu disse alto, abrindo a porta. – Odeio quando guardam segredo e mim!

Cyb- O-olha Star... Nós não estávamos guardando segredo...

Star- Cochichos não são comuns por aqui. – Eu disse ríspida.

Mut- É que tivemos uma ideia, bem... A Ravena teve...

Rob- Íamos te contar, só temíamos que não fosse uma boa ideia.

Star- Falem logo! – Meu coração estava acelerado... por que isso parecia ser tão importante? – Ravena?

Rav- Lembra-se de quando me pediu para estudar os tipos de portais, para banir Slade? – Afirmei com a cabeça. – Então, eu descobri um tipo de portal... Ele pode ficar entre o mundo dos vivos e dos mortos. Pode invocar uma pessoa em especial para se encontrar com você lá.

Meus olhos estavam arregalados, e minha respiração estava ofegante.

Star- Posso me encontrar com Max??? – Fui me aproximando. Minhas mãos estavam tremulas.

Rav- Sim, você pode... Mas não é algo que possa fazer sempre. O feitiço só funciona uma vez com cada pessoa... E o tempo máximo de tempo que pode ficar dentro desse portal é apenas 24h. Se continuar lá dentro depois desse tempo, vocês dois ficarão presos em um limbo.

Eu olhei para baixo, tentando assimilar todas as informações.

Rob- Estelar, se quiser tentar, não vamos te impedir... mas tem que prometer que voltará a tempo.

Cyb- E também prometer que vai ficar bem depois.

Mut- É, porque tipo... esse é um tempo apenas para você se despedir...

Eu afirmei com minha cabeça, entendendo todas as regras e condições. Eu ainda olhava para baixo, apertando meus lábios. “Será que eu queria isso? Um tempo tão curto...”

Star- Preciso de tempo para pensar.


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Notas finais do capítulo

E então, e então ??Esperarei comentários ok ?? U.u se eu receber mais de 5 comentários, já posto o finalzinho dessa fanfic ate amanhã, já postarei o ultimo, haha. Beijoos beijos