Povs. Estelar

Tentei não pensar mais naquilo. Eu não queria estragar a minha noite. Me concentrei em conhecer a família de Max.

Chegamos em um sitio afastado da cidade. Era a casa a qual Max tinha vivido e crescido. Possuía um grande pasto ao redor. Um curral atrás da casa e uma lagoa descendo um barranco à direita.

Descemos do carro e fomos em direção a casa.

Tinha uma varanda grande de madeira à frente, com cadeiras de madeira.

Batemos na porta da frente e uma linda menininha de cabelos cor de palha abriu a porta.

?? – Max, você veio! – Ela devia ter uns 5 anos, e estava de chuquinha no cabelo, um vestido rodado verde e branco.

X- Oi minha lindinha. – Ele se agachou e abraçou a pequenina.

??- Quem “ie” essa Max? – Ela disse apontando para mim.

X- Essa é a Estelar, Mika. - Ele se levantou e se postou ao meu lado. – Star, essa é Micaela, minha irmã. É a caçula.

Me agachei disse a ela.

Star- Oi Mika, você é linda sabia? – A pequenina me olhava com os olhos atentos.

Mik- Te “coinheço” da TV, você “ie” bonita. – Ela disse e saiu correndo e rindo.

Dei uma risadinha e me ergui de novo.

Max e eu entramos na casa. Por dentro, ela era bem espaçosa, mas ao mesmo tempo, era humilde. O lugar era uma graça, confortável e charmoso ao mesmo tempo. Pude sentir o cheiro de comida caseira sendo pronta na cozinha.

??- Max! Você finalmente chegou meu filho.

X- Oi pai. Bom rever o senhor. – O pai de Max era um senhor de cabelos castanho escuros com mechas grisalhas. Aparentava ter quase sessenta anos, mas ainda possuía o corpo forte e robusto.

??- Também estou feliz Max. – Os olhos do de Max mostraram tristeza ao vê-lo. Achei estranho. – Vamos, me apresente essa linda moça que você trouxe.

X- Pai, essa é Estelar. Star, esse é meu pai, Richard. – Me assustei, ele possuía o mesmo nome que Robin.

Star- Muito prazer senhor. – Estendi a mão e ele correspondeu.

Ric- O prazer é todo meu Estelar. Minhas filhas te adoram. Fico feliz de saber que Max achou alguém que ele realmente goste.

Max deu um sorriso ao meu lado e se dirigiu a cozinha, enquanto eu e Richard conversávamos.

Star- Também gosto muito só seu filho senhor.

Ric- Haha, pode me chamar de Richard se preferir. Você já é da família sabia?

Star- Obrigada.

Ric- Não Estelar, eu que agradeço. Esta ajudando muito meu filho.

Fiquei sem entender, já ia perguntar quando ouvi a voz de uma mulher.

??- Haa, onde esta ela? – Era a mãe de Max. Ela vinha caminhando da cozinha, acompanhada por ele. Era uma senhora e uns 50 anos, cabelos loiros com alguns fios grisalhos. Ela usava um avental na frente do vestido estampado vermelho. – Awn querida, que prazer finalmente conhecê-la.

Ela chegou perto de mim e já me abraçou. Vi Max rindo atrás dela.

X- Star, essa é minha mãe, Suzane.

Suz- Pode me chamar de Suzy querida.- Ela disse quando desfez o abraço.

Star- É um prazer igualmente Suzy.

Suz- Vem, vamos jantar, e você tem que conhecer o resto das meninas. Querido, me ajuda aqui na cozinha, e Max, leva ela pra sala.

Eu e Max fomos para a sala, e lá encontramos quatro meninas. Micaela que encontramos na porta, outra de 10 anos, uma outra que aparentava ter uns 12 e outra de 15.

–Max!! Elas gritaram unanime, e foram todas correndo abraça-lo.

?? – Saudades de você maninho.

X- Senti falta do rebanho, haha.

??- A estelar, dos titãs! É ela mesmo. – A de 12 anos apontava para mim.

X- Star, essa é Mariana – Ele apontava para a garota de 10 anos. – Michele, é a do meio, Melissa é a segunda mais velha. – Olhei para ele, e ele entendeu a pergunta. – É, todos os nomes começam com “M”.

Star- Prazer conhecer vocês garotas.

Mich- Somos suas fãs Estelar!

Mel- É, a gente te adora!!

Todas começaram a me puxar para o sofá e fizeram muitas perguntas.

Mich- Como é Tamaran?

Mari- Você gosta de voar?

Mel- Por que você pode namorar com um retardado igual meu irmão?

Mich- É, você não namorava o Robin?

Suz- Meninas, chega! Deixem a Estelar respirar. –Suzy disse me levando para a mesa. –Venha querida, o jantar já esta pronto.

Todos fomos para e mesa comer. Era tão bom ver e estar junto de uma família como a de Max.

Todos conversavam, brigavam, voltavam às pazes, e se apoiavam. Aquilo era ser uma família de verdade. Conhecer os erros uns dos outros e aceita-los. Estar ao lado de quem ama, mesmo sabendo que ele não esta fazendo o que é certo. Dividir conhecimento a ajudar uns aos outros.

Depois do jantar, reunimos na sala. Max acendeu a lareira. Ficamos conversando, as meninas brincavam com os presentes que haviam ganhado, e vi pais de Max presenteando um ao outro. Suzy o abraçou e deu um beijo rápido em Richard. O gesto foi pequeno, mas só de pensar, em quantos anos os dois ficaram juntos, era lindo de ver tanto amor entre duas pessoas assim, e depois de tantos anos.

Max brincava com as irmãs dele, eu apenas estava sentada no sofá, observando tudo, mas eu podia sentir o afeto e carinho que eles tinham um pelo outro. E isso, fazia eu me sentir muito bem.

Uma musica começou a tocar no radio, os pais de Max começaram a dançar juntos no meio da sala.

X- Vem comigo! – Max disse, me puxando para for da sala.

Saímos da casa e fomos em direção a lagoa ao lado da casa.

Star- O que vai fazer Max?

X- Você vai ver. – Ele procurou algo no chão, ligou uma tomada e milhares de luzes de natal se acenderam nos galhos das árvores ao nosso redor.

Eu fiquei admirando aquilo tudo, as luzes acessas, a agua da lagoa refletindo toda aquela beleza. O som da natureza, com os grilos ao nosso redor.

Max ligou um radio próximo a nós, e nele tocava a música que seus pais estavam dançando. (Summertime Sadness – Lana Del Rey).

Ele se aproximou de mim. Estava com uma pequena caixinha de veludo vermelha nas mãos. Me assustei por um segundo.

X- Feliz natal minha princesa! – Ele disse, e abriu a caixinha e eu vi... Um lindo colar com um pingente de coração dourado. No meio do coração, duas flechas, que coincidentemente formavam um “X” no meio do coração.

Star- É lindo Max. Obrigada.

Ele sorriu, fez um gesto para eu me virar e eu o fiz. Ele tirou o meu cabelo das costas e passou a mão suavemente pela minha nuca, o que me fez arrepiar. Ele colocou o colar em mim, e, comigo ainda de costas, ele me abraçou e pegou o colar.

X- Mandei fazer uma gravação atrás do colar.

Ele virou o pingente de coração e leu em voz alta.

X- Dona do meu coração. Eu a amarei para sempre.

Me virei e olhamos um nos olhos do outro.

Star- Eu não comprei nada para você.

X- Você esta aqui comigo Star, não preciso de mais nada no mundo.

Ele me puxou para mais perto, me abraçou com força e me beijou carinhosamente. O gosto do seu beijo era incrível. Seus lábios haviam sido feitos para se encaixarem perfeitamente nos meus. Continuamos beijando ate nossos corpos pedirem por ar.

Quando nos separamos, eu tinha um sorriso no meu rosto. Ficamos abraçados, com nossas cabeças encostadas. E, ao som da música que tocava no rádio, começamos a dançar.

Eu já havia tirado meus sapatos, e, quando eu estava ali, naquele lugar maravilhoso, dançando com o garoto que eu amava, eu realmente, me sentia mais do que feliz. Eu finalmente estava viva de novo, e sentia que nada poderia mais me machucar no mundo enquanto eu estivesse com Max ao meu lado. E, se a minha existência se acabasse hoje, eu poderia dizer que tive uma ótima vida.

Quando voltamos para a casa de Max, tudo estava mais silencioso. As meninas já haviam ido dormir, Susane e Richard estavam retirando a mesa.

Star- Posso te ajudar a lavar os pratos Suzy?

Suz- Obrigada querida.

Enquanto eu ajudava Suzy na cozinha, vi Max e Richard conversando na sala. Quando eu e Suzi acabamos, fomos nos juntar a eles.

Star- Agradeço a vocês dois por terem me recebido aqui.

Ric- Imagine, foi ótimo tê-la conosco.

Suz- Voltem sempre que precisarem.

Ric- Fico feliz por você meu filho.

X- Obrigado pai. Vamos Star?

Despedimos e voltamos para o Chevy. No caminho, perguntei a Max por que o pai dele parecia tão triste.

X- Ele se preocupa demais comigo. Tem medo que alguém me machuque.

Star- Mas por quê? Quem poderia te machucar?

Ainda sem olhar para mim, ele respondeu, e pude sentir a tristeza em sua voz.

X- Há muitos anos, eu me meti com as pessoas erradas. Depois que você entra nesse mundo, é difícil sair.

Star- Mas o que você fazia?

X- Digamos Estelar, que eu já fiz muitas escolhas erradas na vida. Meus pais estão felizes por ver que eu finalmente fiz uma escolha certa.

Star- E qual seria essa escolha?

X- Ter você na minha vida.

Meu coração pulou de alegria, ele sempre sabia o que falar para me deixar feliz.

Demos as mãos. E eu sabia que nunca mais poderia me separar dele.

X- Te deixo na torre?

Eu o olhei por um momento. Ir para a torre era o certo a fazer, mas o que o meu coração me indicava outra direção.

Star- Não... Hoje não.

OOoooOOoooOOoo

03:00

Entramos no quarto de Max e eu senti um frio na barriga, um arrepio na espinha. Mas eu podia sentir dentro de mim, que essa era a escolha certa a fazer.

Ele apareceu atrás de mim e me abraçou, dando leves beijos no meu pescoço.

Eu me virei e começamos a nos beijar ardentemente, e ficava cada vez mais intenso.

X- Eu te amo Kory!

Entre respirações ofegantes, eu disse:

Star- Também te amo Max...

Fomos andando para trás juntos, dando beijos e mordidas um no outro, até chegarmos na cama dele. Eu me deitei lentamente e ele se postou em cima de mim.

Foi tudo muito rápido, mas ao mesmo tempo muito devagar. Entre abraços e beijos, eu me entreguei a ele. Nos unimos de corpo e alma. Éramos um só coração, batendo juntos. Eu tinha certeza que o amava, mas naquele momento, amar parecia pouco comparado ao que eu sentia.

Ele era a razão de tudo. Da minha vida, a minha felicidade. Ele era a minha companhia. X havia me salvado de mim mesma. Quando eu havia perdido as esperanças, ele as recuperou e as transformou em um amor puro e lindo, ao qual eu não poderia mais viver sem.

Tudo era maravilhoso perto dele, eu me sentia a garota mais feliz do mundo.

OooOOooOOOooOOOo

Povs. Narrador

03:00

Na sala da torre, uma jovem empata que havia acabado de chegar em casa, pegava uma maçã na geladeira.

Mut- E AIIIII RAVENA.

Rav- Sério Mutano, precisa mesmo gritar às 3 da manhã?

Mut- Esse é o meu jeito... Chegou mais alguém?

Rob- Eu. – Os dois amigos se assustaram ao ver o mascarado entrando na sala.

Mut- E ai Robin, tudo em cima?

Robin lançou um olhar tipo “fica calado ou morre”. E Mutano não disse mais nada.

Rob- A Estelar já chegou Ravena? – Disse o garoto prodígio ,enquanto sentava no sofá.

Rav- Não Robin, só nos três.

Cyb- Quatro.- Cyborgue diz entrando na sala.

Mut- Como foi a noite Cyb?

Cyb- Ótima, haha. E a de vocês?

Mut- A minha foi incrível. Eu e a Patrulha do Destino comemos muito, jogamos jogos, ate ganhei presentes..- Disse o garoto verde com empolgação, enquanto mostrava um porta retrato que ganhara de natal. Nele havia uma foto da patrulha do destino reunida e um cachorro verde no meio.

Rav- A minha noite foi normal. Mas foi bom ver minha família.

Cyb- E você Robin?..- Robin nem se mexeu, apenas ficou fitando a janela a frente do sofá. – Xii, o que deu nele?

Mut- Cyb, a Estelar ainda não voltou.

Ravena escutou a conversa e estava sentindo a energia ruim no ar.

Rav- Ta legal, me expliquem o que esta acontecendo.

Quando Mutano acabou de contar a ela a cena que viram mais cedo, e a conversa que escutaram da Estelar, ela lançou um olhar triste para Robin.

Rav- Coitado, ele deve estar destruído.

Cyb- Vou conversar com ele. – Cyborgue se aproximou do garoto e se postou a sua frente. – Robin? – Ele nem se mexeu. – Escuta cara, eu sei que é difícil pra você, mas tem que seguir em frente, como ela fez. Na vai adiantar nada ficar aqui esperando ela voltar quando você sabe exatamente onde ela esta.

Rob- Tem razão Cyborgue. – O homem de lata de assustou, não achou que seria tão fácil convencer Robin, já que ele era bem insistente quando queria alguma coisa.

Cyb- Tenho?

Rob- Sim. Realmente não adianta eu ficar aqui sem fazer nada. Eu tenho que ir atrás dela. – Ele disse já de levantando do sofá e decidido a procurar sua amada. Quando foi impedido por uma energia negra que o segurava. – Ravena...

Rav- Me desculpe Robin, não podemos deixar que faça isso.

Ele olhou para ela, incrédulo.

Mut- É cara, assim como a Estelar deixou você seguir a sua vida, você também não pode interferir a dela.

Robin ficou com raiva, mas eles tinham razão. Não havia mais nada a ser feito.

Cyb- E também a Estelar que conhecemos não teria coragem de fazer tal coisa, entende? Você deve estar preocupado demais. Já já ela vai estar aqui.

Rob- Eu vou pro quarto. – Robin disse se virando para a porta.

E então, todos foram dormir.

07:00

Na sala, o alarme começou a disparar. Os titãs se levantaram correndo e foram no telão ver o que estava acontecendo.

Cyb- Jonny Rancid, criou um Papai Noel robótico que esta destruindo tudo na cidade.

Robin olhou em volta e percebeu... ela ainda não estava ali. O coração dele pesou.

Rav- Vai ficar tudo bem. Vou chamá-la no comunicador. – Ravena disse ao perceber a tristeza do amigo.

Mut- É, feliz natal pra vocês. - Disse o menino verde, percebendo toda a situação. Robin apenas o ignorou.

Rob- Titãs, vamos !

E os quatro se dirigiram para o centro da cidade.