Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 5
Planejamentos e Lembranças


Notas iniciais do capítulo

E aí?
Gente, eu adorei esse capítulo! Talvez vocês fiquem com raiva... Logo, logo saberão o por quê da raiva!
Boa leitura!



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P.O.V. Percy

Fiquei de frente a um local que me dava nojo: a padaria do Sr. White.

Suspirei olhando o céu ensolarado.

Percy haja o que houver... Não arranque as bolas daquele velho nojento!

Entrei no local. Algumas pessoas me encaravam lembrando que ontem eu havia sido demitido na frente de todos. Fora que eu soquei o olho do meu ex-chefe.

Caminhei até o balcão. Rachel estava lá. Ela sorriu quando percebeu minha presença.

– E aí valentão? Veio deixar o olho direito do Sr. White roxo para combinar com o esquerdo? – brincou ela.

– Não. – respondi – Preciso que você me faça um favor.

– Jackson o que está fazendo aqui? – bradou uma voz insuportável. Era o Sr. White. Ele estava mesmo com um olho roxo. Maravilha!

– Só vim ver a Rachel. – expliquei olhando para a ruiva.

– Você já viu! Agora vá embora seu sujeitinho de merda!

Entreguei um bilhete para Rachel. Pisquei o olho para ela e caminhei em direção à entrada.

– Já estou indo seu corno! – falei. Senti seu olhar furioso sobre mim.

– Corno? Eu não sou corno! – afirmou Sr. White.

– Tem certeza? Eu lhe aconselharia a se certificar! – brinquei saindo de lá. A esposa dele já havia assobiado para mim várias vezes, mas eu nunca respondi àquela velha ridícula.

[...]

Fitei o relógio verde que ficava na parece do meu apartamento. Já era para Rachel ter chegado. Deitei-me no sofá e liguei a TV. Fiquei só passando os canais já que não passava nada que prestasse. Que tédio!

Bom, pelo menos eu tenho camisinha aqui em casa! Se a Rachel não tiver nada para fazer... Ela bem que podia ficar mais um pouquinho aqui!

Escutei a campainha. Fui até a porta e a abri.

– Demorei? – perguntou Rachel. Ela entrou e examinou o local.

– Não importa. Trouxe as informações que eu te pedi? – perguntei fechando a porta.

Nós dois sentamos no sofá. Ela cruzou as pernas.

– Você me pediu para que eu descobrisse quem é Annabeth Chase. E eu já tenho todas as informações que você precisa.

Rachel me contou tudo que eu precisava. Onde a Annabeth mora, quem mora com ela, onde ela faz faculdade e a melhor parte: ela realmente está solteira!

– E essa – Rachel começou a mexer dentro da bolsa de couro marrom dela – é uma foto dela. – ela me entregou uma foto. A garota era loira e com olhos cinzentos. Muito bonita. http://4.bp.blogspot.com/-kxQ9B_cXJzI/T7FxE6p6mJI/AAAAAAAAAPA/x9ULovPsP-E/s1600/Stars%2BSet%2BPercy%2BJackson%2BSea%2BMonsters%2B1p4eR5ZehXHl.jpg

– Ela é gata. – afirmei.

Tomara que ela seja boa de cama também!

– E o que você planeja fazer com ela? – perguntou a ruiva exalando curiosidade – Por que me pediu para pesquisar sobre ela nas redes sociais?

Respirei fundo e soltei o ar de uma vez.

– Eu pretendo me casar com ela! – falei de uma vez. Ela arregalou os olhos, surpresa.

– O QUE? – indagou – Você vai casar com uma desconhecida?

– Eu vou conhece-la! – garanti – E farei com que ela se apaixone por mim. Aí, nos casaremos, terei acesso ao dinheiro dela e pagarei um empréstimo do meu pai. E então, terei a vida que mereço.

Ela me olhou com uma cara de “Isso é um absurdo”!

– Percy, você não pode se casar com uma garota só para pegar a grana dela! Isso é desumano!

– Mas pensa bem! Ela pode gostar de mim! E eu posso até ser amigo dela! Todo mundo sai feliz!

– Mesmo assim...

– Rachel – pus as mãos nos ombros dela fazendo a ficar de frente para mim – por favor! Só me ajuda.

– Ajudar com o que?

– Me disseram que ela é romântica. Vamos até a casa dela amanhã cedo, já que você está de folga. Se ela sair para algum lugar, nós a seguimos. Aí a gente bola alguma coisa para eu parecer romântico.

– Eu não quero...

– Por favor! – implorei – Diz que vai me ajudar! – fiz cara de cachorro sem dono.

Ela bufou alto.

– Tá bom! Eu te ajudo Jackson!

– Obrigado! Muito obrigado! – encostei o meu nariz no pescoço dela, sentindo o seu aroma. Beijei ali. Fui subindo e beijei sua bochecha – Por que não dorme aqui essa noite? – perguntei com segundas intenções.

Ela apenas sorriu. Nossos lábios se encontraram num beijo feroz. Fui me deitando por cima dela pondo as mãos na sua cintura. Ela laçou as pernas no meu quadril. Afastei nossos rostos para que pudéssemos tomar um pouco de ar. Ela aproveitou e tirou a minha camisa. Comecei a desabotoar a camisa dela e tive uma bela visão do seu sutiã verde musgo. Voltamos a nos beijar com mais intensidade.

Só teve um problema. Escutei um solo de guitarra. Depois uma bateria. Thalia estava ouvindo suas músicas punks. Rachel e eu nos separamos e bufamos ao mesmo tempo. Levantei do sofá e peguei uma vassoura. Comecei a bater o cabo da mesma contra o teto.

– THALIA! – gritei. Ela deve ter me ouvido, porque aumentou o som. Saí do meu apartamento deixando a ruiva sozinha. Bati na porta da Thalia – Abra essa porta sua idiota!

A porta foi aberta pela minha prima usando um short jeans com tachinhas, meias pretas, botas vermelhas e um blusa sem mangas preta. Ela me lançou seu típico olhar de “o que é mané?”. Tomou um gole da sua lata de cerveja.

– Dá para abaixar esse volume? Melhor: rebola esse som no lixo! – rosnei.

– Não! Não dá! E no momento a única coisa que eu quero rebolar no lixo é você primo!

– Você está me atrapalhando com essa música horrível!

– E o que você está fazendo? Planejando assaltar um banco?

– Eu estava quase transando! – falei simplesmente.

– Bom... Espero que você e a sua mão se divirtam muito! – falou batendo a porta na minha cara.

– SUA VACA! – bradei chutando a porta. Saí de lá e voltei para o meu apartamento. Rachel estava só de short e sutiã assistindo ao noticiário na televisão. Sentei do lado dela e fiz o mesmo. E ficamos escutando música punk.

P.O.V. Annabeth

Luke e eu gargalhamos ao mesmo tempo, junto com as outras pessoas. Aquele filme era hilário.

Eu estava dentro de uma sala de cinema enorme. Assistia uma comédia. Contava a história de um cientista maluco que testou um experimento novo nele mesmo e acabou se transformando numa linda mulher. Aí o amigo dele se apaixona por “ele”.

Comi um pouco da pipoca e bebi um pouco do refrigerante. Meu braço direito ficou sobre o braço da poltrona. Continuei a prestar atenção no filme. Mas uma coisa chamou minha atenção. Luke agora estava segurando minha mão com os dedos cruzados nos meus. Tentei ignorar aquilo. Não é que eu não gostasse do Luke, na verdade eu o adoro. É que eu tenho medo dele acabar gostando de mim de novo.

O filme acabou. Todos nós saímos da sala e o Luxe ainda não havia soltado a minha mão. Caminhamos por um corredor, de mãos dadas. Parecíamos um casal de namorados.

– Luke. – chamei e ele olhou para mim – Eu vou ao toalete, retocar a maquiagem.

Saí de lá e entrei no banheiro. Lavei minhas mãos na pia de mármore. Não porque o Luke pegou nelas, mas porque estavam oleosas por causa da pipoca. Abri minha bolsa preta e tirei um gloss labial cor cereja. Peguei meu rímel preto e passei o nos meus cílios ajeitando os.

Eu usava uma calça jeans preta comprida, uma blusa vermelha com corações pretos e uma sapatilha vermelha. Fitei-me no grande espelho retangular e saí do banheiro. Avistei Luke esperando por mim. Ele era lindo e ficava ainda mais lindo usando aquele casaco bege, camisa preta, jeans desbotado e tênis All Star.

– Acho que já está ficando tarde. Melhor eu te levar para casa. – falou ele. Assenti.

[...]

Tirei o cinto de segurança.

– Obrigado pelo passeio. – agradeci. Ele apenas sorriu de canto. Abri a porta do carro dele, mas ele esticou o braço na minha frente e fechou a porta. Encarei o sem entender a situação.

– Annabeth, a gente precisa conversar. – disse ele um pouco aflito.

– Diga. – incentivei.

Ele se virou para mim ainda sentado em frente ao volante. Soltou o ar de uma vez.

– Annie, eu não paro de pensar em você nem por um segundo. – começou – Você é linda. É inteligente e um cara precisa ser louco para não gostar de você. – sorri de canto, um pouco envergonhada.

– Obrigada. – disse meio sem jeito.

– Eu ainda me lembro do nosso primeiro beijo. – ele desviou o olhar para baixo e depois voltou a olhar para mim.

Eu também me lembrava do nosso primeiro beijo.

Flashback on

Eu estava na casa do Luke. Mais precisamente na sala de estar. O Sr. Hermes me contava histórias de quando Luke era pequeno. Eu gostava do Sr. Hermes http://jamesmparry.files.wordpress.com/2012/04/nathan-fillion-1.jpg. Ele era legal. O único problema é que ele tinha uma mania de “bancar o mágico”. Ele ficava tirando moedas dos nossos ouvidos. Além dele não devolver o dinheiro, a gente descobria que realmente eram moedas que estavam nas nossas carteiras.

– Ok pai. Já chega! – alertou Luke um pouco envergonhado.

– Mais agora eu ia contar aquela história de quando você tinha um ano e meio e roubou a mamadeira do seu primo. – protestou Hermes.

– Pai. Já. Chega. – disse o filho pausadamente.

Hermes saiu. Falou que iria preparar algo para comermos.

– O que vamos estudar agora? Física? Química? Matemática? – perguntei empilhando os livros em cima da mesinha de vidro. Nós dois estávamos sentados no chão de cerâmica bege em frente a uma enorme teve de tela plana.

– Química! – respondeu de imediato – Física e matemática eu sempre tiro de letra!

Começamos a estudar. A matéria não era nada difícil. Era até bobinha. Analisamos os cálculos e lemos as teorias.

– Só para recapitular: quando é isotérmica?

– Quando a temperatura se mantém constante. – respondeu.

– Certo! E isobárica?

– Quando é a pressão que fica constante!

– Correto! E isovolu...

– Annabeth. – interrompeu-me. Fitei o – Eu preciso falar algo sério com você!

– Pode falar!

Ele pegou minhas duas mãos. Ficamos nos encarando.

– Annie, eu gosto de você. Gosto muito de você!

Arqueei minhas sobrancelhas.

– Luke, você...

Ele me interrompeu de novo. Só que não foi com palavras. Foi com um beijo calmo e sem malícia. Eu ainda não tinha beijado nenhum garoto. Foi uma experiência... Diferente. Ele desgrudou nossos lábios e ficou me olhando. Eu devo ter ficado muito, muito corada.

– Desculpa. Eu não deveria ter feito isso sem pedir a sua permissão...

– Não, tudo bem! – falei e ele ficou surpreso. Não tinha problema nenhum – Somos amigos de longa data, estamos solteiros, não tem ninguém olhando...

– Quer namorar comigo? – perguntou. Fiquei atônita. O que fazer quando você é pedida em namoro e REALMENTE não esperava aquilo?

– Sim. – falei transparecendo confiança, mas estava um pouco confusa por dentro. Afinal, ele era o meu melhor amigo. E se o namoro acabasse com a nossa amizade?

Ele sorriu. E me beijou de novo. Escutamos um “Own” vindo perto da cozinha. Olhamos e era o Hermes usando um avental laranja escrito: Eu sou O chefe! Ele percebeu o meu olhar envergonhado e o olhar raivoso do Luke. Ele voltou para cozinha.

Flashback off

– Também me lembro do nosso primeiro beijo. – afirmei.

– Por que a gente não... Tenta de novo?

– Luke, você é um cara incrível, mas...

– Por favor, só diga que vai pensar! Em mim e em nós dois juntos de novo. – pediu.

Bufei pensativa.

– Eu vou pensar. – disse eu. Ele ficou com o rosto todo cheio de esperança – Mas preciso de um tempo.

Eu ia tentar abrir a porta, mas ele a fechou de novo. Puxou meu rosto para o dele e encaixou os lábios nos meus. Senti seu hálito refrescante com gosto de pastilha de morango. Eu o correspondia na mesma intensidade que ele.

Separamo-nos.

– É para ajudar a pensar! – explicou. Sorri – Boa noite!

– Boa noite Luke.

Finalmente saí do carro prata dele. Ele buzinou e depois saiu. Entrei em casa. Na sala de estar estava a minha família: Minha mãe, meu tio Quíron e meu amigo Nico.

– E então? – perguntou Atena.

– E então o que? – retruquei.

– Como foi? – indagou Nico. Seus olhos expressavam malícia.

– Não rolou nada entre mim e o Luke! – falei logo de uma vez.

– Esse gloss borrado diz outra coisa. – alertou Nico. Gloss borrado? Ah, sim. Foi porque o Luke me beijou.

– Eu vou pro meu quarto. – disse subindo as escadas. Eles ficaram cochichando entre si, mas eu ignorei. Entrei naquele cômodo passando as pontas dos dedos ao redor dos lábios.

Meu quarto era grande e espaçoso. As paredes foram pintadas de rosa bem clarinho. Eu tinha um guarda-roupa, com portas deslizantes espelhadas, que era uma parede inteira. Do outro lado, tinham várias prateleiras com livros, ursos de pelúcia e porta-retratos. Caminhei até a minha penteadeira de madeira branca.

Apertei no botão de “play” do meu rádio. Uma música começou a ecoar por todo o quarto. Era uma batida animada, mas nem tanto.

Joguei-me em cima da cama sentindo a maciez do meu edredom. Comecei a pensar.

Devo voltar a namorar o Luke?


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Ficaram com raiva das cenas Perachel e Lukabeth? Eu avisei que iriam ter cenas que seriam do Percy e da Annie com outras pessoas!
"- É para ajudar a pensar! – explicou." Hum... Que maneira de fazer a Annie pensar!
kkkkkk Enquanto o Percy tá planejando o Luke já tá agindo! kkkk
Próximo Percy e Annie se encontram ok?
Comentem!



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