Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 36
Muita informação para pouco tempo


Notas iniciais do capítulo

Hello my babies! Saudades? =3
Gente... Minha faculdade entrou em greve (por isso que estou tendo um tempinho para escrever). Não sei quando volto a ter todas as aulas e tal, mas vamos ver se consigo adiantar alguma coisa.
Um dia desses, perguntaram em uma outra Fanfiction Percabeth minha (Procura-se um amor que tenha olhos cinzentos) se Stray Heart estaria perto de acabar. RESPOSTA: Bom, ainda faltam muitas coisas para acontecer, mas estou adiantando a história o máximo que posso. Planejo terminá-la, se Deus quiser e a faculdade ajudar, antes do fim desse ano.
Muito obrigada Lara Chase Jackson e Louca por Cristo por estar comentando sempre. I love vocês! ♥
Gente, em toda história minha, sempre, sempre, sempre, sempre mesmo, tem algum momento em que os leitores querem dar na minha cara e tal. Talvez... Tenha chegado a vez dessa fanfiction (deixei vocês na curiosidade, né? kkkkkkk).
Boa leitura!



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P.O.V. Percy

Annabeth olhou para Rachel e estendeu a mão direita.

— É um prazer te conhecer. – disse a Sabidinha. Rachel retribuiu o cumprimento.

— Igualmente.

Estávamos eu, Annabeth, Grover e Rachel em uma cafeteria, dentro de um shopping.

Bom, muitos preparativos para o casamento já estavam encaminhados: Lista de convidados, igreja, salão, o bolo, recepção... E naquele dia, conversaríamos com os padrinhos. Escolhi Rachel e Grover como meus padrinhos e a Annabeth, infelizmente, optou pela minha prima chata Thalia e o mauricinho idiota Luke.

Faltavam poucos meses para casarmos e eu já havia alterado algumas coisas em minha vida. Comecei a faculdade de Biologia Marinha, construí um relacionamento melhor com o meu pai e com o Quíron e contratei uma corretora de imóveis para arranjar uma casa para mim e para a futura Sra. Jackson. Tudo estava indo bem.

— Aqueles nojentos ainda vêm? – perguntei para Annie.

— Percy! – ela me repreendeu – Você prometeu que iria ser mais gentil e paciente com o Luke.

Bufei. Eu estava doido para olhar para a cara daquele loiro besta. Além de ele perder a Annabeth, ainda seria o padrinho do casamento dela.

— Então, Rachel o que você faz mesmo? – perguntou Annie.

— Eu trabalho em uma boutique com a minha irmã gêmea, Raquel. – respondeu a ruiva – E sou revendedora de cosméticos. E você?

— Eu sou arquiteta.

Escutamos a porta do estabelecimento se abrindo. Vi a Thalia entrando, sendo acompanhada pelo Castellan. Ambos gargalhavam e seguravam capacetes. Thalia usava um short curto, frouxo e claro, tênis All Star, uma blusa preta com desenho de costelas e coluna vertebral e uma jaqueta jeans. Luke estava diferente. Não estava com aquelas vestimentas formais como de costume. Usava jeans desbotado, camisa azul Royal e tênis.

— Foi mal a demora. – disse Thalia. Ela se sentou ao lado de Luke. Estávamos em uma mesa de madeira redonda.

— Bom, Grover e Rachel, esses são meus padrinho: Luke e Thalia. – apresentou Annabeth – Luke e Thalia, esses são Grover e Rachel.

— Já conheço Grover. – disse Thalia – Ele vive indo ao apartamento de Percy, parece que mora lá.

— Olá Thalia. – disse Grover.

— E você não me é estranha... – pronunciou Thalia para Rachel.

— Eu era namorada de Percy. – mentiu Rachel.

Para quem não lembra: Rachel fingiu ser minha namorada quando conheci Annabeth.

— Que coisa. – comentou Grover – Rachel é ex do Percy e será madrinha dele. Percy disse que Luke era ex da Annabeth e será padrinho dela...

— E você é um Zé Ninguém. – falei e todos riram.

— Desejam algo mais? – perguntou a garçonete.

— Eu vou querer um capuccino. – respondeu Luke.

— E eu, apenas uma água. – falou Thalia.

Começamos a conversar sobre o casamento e Thalia só faltou dizer Aleluia quando Annabeth disse que não iria interferir na escolha dos vestidos das madrinhas.

[...]

P.O.V. Thalia

— Vai fazer algo interessante hoje? – perguntei ao Luke enquanto ele pagava o capuccino dele no caixa.

— Não, por quê?

Sorri e não respondi. Eu queria deixá-lo na curiosidade. Despedimo-nos daquela galera e subimos na minha moto.

— Oh, meu Deus... Estou sendo sequestrado por Thalia Grace. – brincou Luke.

— Não seja bobo.

Pus meu capacete e liguei a moto. Eu dirigia calmamente, aproveitando o dia agradável, o trânsito favorável e a companhia de Luke. Depois de uma meia hora, chegamos ao local que eu queria: World of Tatoos! Era uma “clínica” de tatuagem profissional e em conta.

— Não vou fazer tatuagem. – advertiu Luke.

— Ah, qual é? É só tinta na pele. – retruquei.

— Não é só isso. É uma tinta que não sai mais! – ele passou a mão nos cabelos – Falando nisso, você nunca me mostrou as suas.

— Eu te mostro... Se você entrar. – ele revirou o olhar – Por favor, Luke. Se não quiser, pelo menos me acompanhe.

— Tudo bem.

Entramos. As paredes eram de cor púrpura, cheias de retratos de pessoas com o corpo completamente tatuado. Fui até o balcão e conversei com Dayse, a recepcionista. Ela era uma grande fã da minha banda e uma mulher muito engraçada.

— Oi Thalia! – disse ela, fazendo um coque no seu cabelo laranja.

— Oi Dayse! O Dean está ocupado? – perguntei.

— Na verdade, não temos nenhum cliente hoje.

— Ok.

Puxei Luke pela mão e passei por uma porta preta. A outra parte do estabelecimento era mais clara, tinha cadeiras que pareciam macas e algumas prateleiras móveis de alumínio. Dean estava lá. Ele tinha estatura média, cabelo curto e castanho, pele morena e olhos verdes. Tinha também uma argola no lábio inferior.

— Oi Dean! – falei abraçando o.

— Olha quem resolveu aparecer! – ele brincou.

— Pois é. – ri – Quero fazer uma tatuagem e, ah, esse é Luke, meu amigo.

— Olá. – disse Luke apertando a mão dele.

— Vai se tatuar também? – perguntou Dean. Luke negou – Bom, pode se deitar ali Thalia, que eu vou pegar o material.

Dean me deixou sozinha com Luke.

— Então... Cadê as suas tatuagens?

Comecei a rir e tirei minha jaqueta. Luke se sentou em um banco e fiquei de lado para ele. Levantei a lateral da minha blusa, até chegar à barra do meu sutiã. Senti o acariciar a lateral da minha cintura, sobre a minha tatuagem.

— É um belo raio. – comentou.

— Eu adoro esse raio. – falei. Minha tatuagem de raio tinha 15 centímetros e era preta com sombreado.

— Por que tatuou um raio?

— Bom, o raio é um símbolo de poder. – respondi – E ele não pode ser controlado. – mostrei para ele a outra lateral do meu corpo, onde estava a outra tatuagem.

— Freedom. – ele leu.

— Exatamente. Liberdade.

Ele voltou a analisar o meu raio, cautelosamente.

— Por que me expulsou do seu apartamento quando nos beijamos? – perguntou sem olhar para meu rosto.

— Ah... Não foi bem assim... Bom... Eu não quero conversar sobre isso. – fiquei de costas para ele e me sentei.

— Por quê?

— Porque eu não quero. – falei mais grosseiramente do que eu realmente queria – Desculpa, Luke, eu não queria falar assim...

— Tanto faz.

Vi o se levantando e andando em direção à saída.

— Espera, não vá embora. – quase me levantei – Fica aqui comigo.

Ele se aproximou de mim, com a expressão séria e cautelosa ao mesmo tempo. Acariciou meu cabelo e umedeceu os lábios com a língua. Não vou mentir: Eu adorava quando ele fazia aquilo.

— Não quero ir embora, Thalia. Quero ficar perto de você, gosto da sua companhia.

— Eu também gosto da sua, Luke. Só não quero falar sobre aquilo.

— Ok, foi só um beijo.

Engoli em seco.

— É, foi só um beijo. – assenti.

— Então, o que vai tatuar? – perguntou curioso.

— Uma constelação no dorso da minha mão

[...]

P.O.V. Annabeth

Eu estava com o Percy e a minha família na sala de estar. Alexis, filha de Apolo, desfilava para nós.

— Então, eu caminharei até o altar desse jeito. – ela narrou caminhando de maneira fofa – E segurarei a almofada com as alianças assim. – ela pegou uma almofada qualquer e demonstrou.

— Que linda! – comentou Atena.

— Eu só acho... – começou Tio Apolo – Que eu deveria levar Annabeth até o altar...

— NEM INVENTE! – gritou Tio Quíron – Já discutimos isso catorze vezes, seu bocó. Eu convivo com Annabeth desde que ela era um bebê. Eu troquei fraudas dela, dei comida a ela, ajudei a com deveres de casa, brinquei com ela... Eu a levarei até o altar! – Apolo ia dizer algo, mas Quíron o interrompeu – Diga algo e eu passarei com essa cadeira de rodas por cima de você.

— Isso seria uma cena interessante de se ver. – afirmou Tia Ártemis, enquanto comia uma panela de brigadeiro.

Apolo enfiou o dedo na panela de Ártemis, fazendo bufar, e lambeu o dedo. Conversamos um pouco mais e eu subi para o meu quarto com o Percy.

— Sua prima Alexis é uma fofa. – comentou o Cabeça de Alga.

— Eu sei. – concordei rindo – Quando tivermos uma filha, quero que seja como ela.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Você já pensa em ter filhos?

— Bom, penso, mas não agora. – fiquei de frente para ele, sentada – Penso em como nossos filhos serão, quando eu estiver grávida...

— Como eles são nos seus pensamentos?

Respirei fundo.

— Eu queria muito ter um menino e uma menina. Queria muito que eles tivessem seus olhos verdes e seu jeito brincalhão. Nas noites chuvosas, eles bateriam na porta do nosso quarto e pediriam para dormir conosco. Nós os deixaríamos na escola e os pegaríamos depois. Uma família feliz.

— Eu gostei de tudo isso. – ele me deu um selinho – Mas, preferiria que eles tivessem seus olhos.

Sorrimos e nos deitamos.

POUCOS MESES DEPOIS

P.O.V. Percy

— Não acredito que não vai ter uma despedida de solteiro! – exclamou Grover. Ele e Rachel me encaravam com as mãos na cintura.

— Não, vou passar a véspera do meu casamento com a Annabeth. – afirmei.

Meu apartamento estava repleto de coisas da Annabeth, já que ela se mudaria para cá. Estava lotado de caixas. Uma verdadeira bagunça.

— Não vamos nem fazer grandes coisas. – disse Rachel – Só vamos sair para beber. Só nós três.

— Já disse que não vou. – escutamos a campainha e, em seguida, Annie entrou – Oi amor.

— Oi Percy. – ela me beijou – Oi pessoal.

Abracei Annabeth e lancei um olhar para meus dois amigos pedindo para que eles saíssem. Levei Annabeth para o meu quarto, antes de ver meus amigos saindo.

— Por que me ligou com tanta urgência? – ela perguntou.

— Ué... – entramos no banheiro e a deixei em baixo de chuveiro – Nossa última transa como namorados.

Liguei o chuveiro, rapidamente, molhando a. Ela riu, xingou-me e me molhou. Nem preciso comentar o que aconteceu depois, né?

[...]

P.O.V. Hanna

Já eram nove horas da manhã quando eu terminei de me maquiar. Meu vestido era longo e de cor ciano, bem simples e tomara que caia. Meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto e me maquiagem era simples, porém marcante.

— Pessoal, nós não somos a Annabeth! – adverti – Quem tem que se atrasar hoje é ela!

Tyson, meu irmão, estava no sofá, esperando comigo. Anfitrite, minha mãe, apreceu usando um macacão cinza liso sem mangas. Poseidon estava de terno, assim como Tyson.

— Anda logo, Ethan! – berrou Anfitrite.

Ethan desceu lentamente as escadas. Além de ele estar TOTALMENTE de preto, estava com o rosto coberto por um véu da mesma cor.

— Que palhaçada é essa? – indagou Poseidon.

— Eu estou de luto, querido Popo. – explicou Ethan – Daqui a algumas horas, Percy praticamente morrerá por ter caído na laia da Annabeth comida de Hospital...

— Por que comida de hospital? – perguntou Tyson.

— Nunca provou comida de hospital, meu anjo? – disse Ethan – É totalmente sem sal!

Bufei e exige:

— Por favor, vamos logo!

P.O.V. Rachel

Olhei meu reflexo na câmera. Graças à maquiagem, consegui desfarçar minhas olheiras. O batom vermelho deu um Up no meu visual. Meu cabelo estava todo para o lado e meu vestido verde era todo fechado na frente, bem chique e que marcava bem a minha silhueta. Eu estava linda (eu sou linda, na verdade), mas uma puta ressaca estava me consumindo.

— Grover... – chamei o. O mesmo estava quase dormindo sentado em um dos bancos da igreja – Não devíamos ter bebido tanto.

— O que? – ele pronunciou lesado.

Grover estava numa ressaca muito pior que a minha. Estava tão bêbado (AINDA) que já tinha me falado cada besteira.

— Vocês tinham que estar de ressaca, justamente, no meu casamento? – reclamou Percy. Ele estava lindo em seu paletó preto e branco.

— Cala a boca. – falei.

A igreja já estava começando a lotar. Sally Jackson, mãe de Percy, chegou acompanhada pelo namorado dela, Paul Blofis. Pai de Percy também chegou, juntamente com a família dele. Muitas pessoas foram chegando aos poucos, a maioria eu não conhecia. Avistei uma grande atriz.

— Ah, meu Deus! – exclamei – Aquela é...

— Sim, aquela é May Castellan. – disse Percy – Mãe do Luke.

May era uma atriz fabulosa. Ela estava mais que elegante ao lado do marido e da filha.

— Vou pedir um autógrafo! – falei e Percy disse para eu fazer isso durante a recepção, porque ele queria todos em seus lugares durante o casamento – Espera... Cadê o Luke?

P.O.V. Luke

— Já estou quase terminando, Luke. – disse Thalia do quarto dela.

Eu estava na sala de estar dela, esperando, para irmos ao casamento. Nossa relação estava normal. Nunca mais nos beijamos e nem tocamos no assunto, apesar de eu querer. Saíamos, íamos ao cinema e a shows, ela frequentava a minha casa... Mas, não passava disso.

Fiquei de pé quando senti a presença dela. Fiz um grande esforço para não ficar de boca aberta, porque nunca vi Thalia tão linda. Na verdade, nunca vi uma mulher tão linda. Ela estava estupenda em um vestido amarelo (nunca a imaginei usando essa cor) tomara que caia, que decote em forma de coração, que marcava bem o corpo dela até as coxas. Ela usava argolas douradas em um dos braços e as demais jóias eram delicadas. O cabelo negro dela estava liso, repartido no meio e chegava até o busto. O olho não estava tão carregado como de costume, mas seus lábios estavam vermelhos.

— Uau... – foi o que eu consegui dizer.

Ela riu e falou:

— Você está muito bonito.

— Você é linda.

Ficamos pouco tempo calados e saímos.

P.O.V. Ethan

Fitei Percy de longe e senti um aperto no coração. Comecei a chorar, chamando a atenção de todos na igreja. Recebi uma bela de uma cotovelada do Tyson, que pediu para eu parar de escândalo.

— Escândalo? – repeti – Meu amor, você nunca me viu fazendo um escândalo de verdade! Da última vez que eu fiz um, rolaram pedras e xingamentos babados!

— Ethan! – gritou Percy – Fica quieto!

— Percy... Você tem certeza? – quase me ajoelhei – Olha o que você está perdendo! – passei as mãos pelo meu corpo e escutei umas risadinhas pelo local, até do padre – E cadê a Annabeth Comida de Hospital?

— Tio, senta! – Tyson me puxou para trás me fazendo sentar... No banco.

Escutei a voz de Thalia Grace, a Roqueira Brega! E... Minha Santa Lady Gaga! Quem era o bofe acompanhando a gótica? Loiro, alto, tesudo... Alguém afere minha pressão, please, que ela subiu mais que a inflação! Thalia ficou do outro lado do altar, com o rapaz. Arranquei o véu da minha cabeça e enxuguei minhas lágrimas.

— Ué... Você não estava de luto? – perguntou Hanna.

— Gata, estava do verbo não estou mais, ou seja, é passado e quem vive de passado é dono de indústria de frauda geriátrica.

Levantei-me e fui até Thalia com um sorriso de orelha a orelha.

— Thalia, gata! Hi! – falei e ela não disse nada – Como está? – de novo, ficou calada. Bicha mal educada – E quem é seu amigo?

— Eu sou Luke Castellan. – ele disse estendeu uma mão para mim. Apertei a suspirando.

— E eu sou Ethan Nakamura... Apesar de agora preferir o sobrenome Castellan...

— Como? – pronunciou o loiro confuso.

— Luke, não dê atenção ao Ethan. – aconselhou Thalia – Ele é muito chato.

— Alguém pediu sua opinião, Joan Jett da classe média? Claro que não, né amor? Licença.

Afastei a com uma “bundada”, quase derrubando a. A roqueira quase caiu e eu tive que conter meu riso, o que foi bem difícil.

— Tudo bem, Thalia? – perguntou Luke Gostoso Castellan.

— Ela está bem, chuchu! – respondi de imediato – Então, você...

Comecei a puxar assunto, deixando a gótica brega (que estava até elegante) de fora sempre que possível.

— Conheço Annabeth desde que éramos muito pequenos... – comentou.

— Então... Vai fazer alguma coisa depois do casamento? – perguntei ansioso.

— Vou sair com Thalia.

— Eca... – deixei escapar – Pensei que pudéssemos sair... Sem a esquisita aqui.

— Vai se lascar, Ethan! – exclamou Thalia.

— Ei! – advertiu o padre e a esquisita se desculpou.

— Ethan, vá pertubar outro, faz esse favor. – ela disse.

— Estou conversando com o gostoso... Quer dizer, Luke.

— Acho que Annabeth chegou. – disse Luke.

— Volte para o seu lugar, bobão. – ordenou Thalia.

— Agora deu! – estalei os dedos duas vezes, com uma das mãos na cintura – Dê-me uma razão para sair, Joan Jett da classe média.

Thalia puxou o rosto do Luke para ela e o beijou. E como eu fiquei? No chão, né amores? Escutei até alguns gritos de felicidade do marido da atriz May Castellan. Voltei para o meu lugar, mas sem perder a pose, é óbvio.

P.O.V. Thalia

Afastei meus lábios de Luke Castellan e... DROGA! Eu estava corada! Só tem uma coisa que eu odeio mais do que pessoas que fazem barulho enquanto comem: Ficar corada. Qualquer pessoa corada transparece insegurança ou vergonha. Eu estava sentindo um pouco de cada, ainda mais com o Luke me fitando com aquele olhar atrativo que só ele tinha. Escutei alguns gritinhos vindos da família dele (mais especificamente, do Sr. Hermes e da irmã dele, Vanessa) e, infelizmente, fiquei ainda mais vermelha.

— Eu adorei isso. – comentou Luke rindo da minha cara.

— Não ria de mim, seu besta. – cruzei meus braços desviando o olhar.

— Dessa vez receberei alguma resposta sobre esse beijo?

Bufei.

— Talvez, Luke.

P.O.V. Annabeth

— Você está tão linda. – comentou Atena enxugando uma lágrima no canto do olho.

— É claro que está linda! – exclamou tia Afrodite – Eu que desenhei esse vestido de noiva.

Eu já havia descido do carro e estava de frente para igreja. Meu vestido não era totalmente branco. Ele tinha um fundo em marfim claro, era evasê e tinha apenas uma manga que era caída para o lado. Era cheio de rendas e com poucas pérolas, tornando-se delicado. Meu cabelo estava preso em um coque alto dando suporte ao longo véu. Meu buquê era de rosas brancas.

Tia Afrodite entrou na igreja juntamente com Ares, Silena, Charles e o pequeno Andrew. Tio Apolo e tia Ártemis empurraram a cadeira de rodas da minha mãe, restando apenas eu, tio Quíron e Alexis do lado de fora. Alexis usava um vestido da mesma cor do meu buquê, bem rodado e com uma tiara de flores na cabeça. Ela segurava uma almofada retangular branca com prata que tinham duas alianças presas por fitas.

— Está pronta, querida? – perguntou meu tio, estendendo a mão para mim.

— Sim. – afirmei confiante.

A cadeira de rodas do tio Quíron era móvel sem que ele ou alguém precisasse empurrar porque ela tinha um motor. Ele segurou minha mão e eu escutei a marcha nupicial. Meu coração parecia não se conter de felicidade.

Alexis entrou na noça frente. Andávamos sobre um longo tapete vermelho. Olhando para todos os lados consegui avistar as famílias dos meus sogros, Nico e a família dele e me foquei no altar. De um lado estava meus amigos e padrinhos Thalia e Luke juntos com a minha mãe. Do outro lado, Rachel, Grover, Sally Jackson, Poseidon e o Percy. Quando o meu olhar encontrou com o dele, meu sorriso se estendeu o máximo que pode e o dele também. Eu não consegui olhar para mais ninguém.

Quando eu fiquei ao lado do amor da minha vida e segurei a mão dele... Foi inexplicável. Simplesmente, perfeito. Entreguei meu buquê à minha mãe e fitei o padre.

— Queridos amigos... – começou o padre – Estamos aqui hoje para celebrar a união entre Perseu Jackson e Annabeth Chase...

— EU PROTESTO! – gritou Grover. A atenção de todos, inclusive a minha, foi em direção a ele.

— Meu caro, ainda não chegamos nessa parte. – falou o padre.

— E eu com isso? – disse Grover, desequilibrando-se e caindo sentado. Ele definitivamente não estava bem. Rachel tentou levantá-lo.

— Grover, fica quieto. – disse ela.

— Desculpa Rachel e seu padre. – falou Grover – Foi mal aí por ter interrompido a sua fala é que eu não estou legal. Sabe como é a vida, né? É complicada.

— Tudo bem. – disse o padre.

— É que eu enchi a cara ontem, para tentar esquecer os problemas... A vida não está legal.

— Podemos voltar a ter foco no casamento? – indagou Percy com raiva.

— Valha, como você é egoísta... – comentou Grover – Ninguém é de ferro.

— Grover, qual é o seu problema? – retrucou Percy.

— É que daqui a algumas horas... O meu bebê vai nascer. – disse Grover.

— Meus parabéns! – disse o padre alegre.

Ué? E o meu casamento?

— Mas, padre... Eu não queria ser pai. – comentou Gover. Ele estava quase desmaiando.

— Meu jovem... Às vezes, não sabemos o que realmente sentiremos diante de certas situações até encará-las e vivê-las. – aconselhou o Padre.

Grover olhou para o vento, pensativo e disse:

— Talvez, o senhor tenha razão. Parece a situação do Percy.

Ergui uma sobrancelha.

— Como assim? – perguntei.

— Tipo, o Percy detestava a Annabeth quando eles começaram a namorar. Ele vivia dizendo que ela era chata e sem graça. Percy estava assustado.

Fiquei completamente atônita. Olhei para Percy, indignada, sem acreditar.

— Isso é verdade? – interrogou tio Quíron.

— Foi assim... – começou Grover – Percy estava sem um tostão furado no bolso. Ele sabe que a Annabeth e a família dela são montadas no dinheiro, então ele foi atrás da Annabeth por causa disso. Quando eles se conheceram, ele fez a Rachel fingir ser namorada dele, só para bancar o maioral e tal. Quando ele descobriu que a Annabeth namorava o babaca do Castellan...

— EI! – protestou Luke.

— Ele pediu para que Victoria Rice beijasse o Luke, para que a Annie achasse que tinha recebido um belo de um par de chifres. – continuou Grover – Depois, ele começou a namorar a Annabeth, mas continuou mantendo caso com a Victoria Rice.

Senti duas coisas ao mesmo tempo: A falta de chão e um aperto no peito. Como... Não pode ser...

— Percy chamava a Annabeth de porquinha, por causa da grana. Porém... Apesar de ele achá-la um pé no saco, ele tinha um baita tesão por ela e era doido para transar com ela, para ver se a relação deixava de ser tão besta. – agora, a atenção estava toda em mim – Percy passou por tanta coisa para aplicar um golpe na loirinha... O motorista emo dela até o beijou!

O NICO É GAY?

— Filho... – começou o Sr. Hades – Você é homossexual?

Nico ficou imóvel, sem saber o que fazer.

— Ai que tudo! – berrou Ethan.

— Espera pessoal, eu não terminei. – reclamou Grover – Enfim, Percy fez da Annabeth uma tremenda de uma otária, mas hoje em dia ele até gosta dela. Temos que concordar que eles formam um casal bonitinho.

Grover riu e simplesmente desmaiou. Rachel e Sally começaram a tentar socorrê-lo. Olhei para o Percy, seriamente. Encarei o mais fundo possível dos seus olhos e perguntei, cautelosamente:

— Isso é verdade?

Ele engoliu em seco e respondeu:

— Sim.


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Notas finais do capítulo

Gente, por favor, acalmem o coração, vamos devagar! Estão querendo dar na minha cara como eu disse nas notas iniciais? Eu sinto que sim. Nem conheço vocês pessoalmente, mas já sinto umas mãos envolta do meu pescoço.
Percy, um recado para você: Fodeu!
Thalia, a Joan Jett da classe média, tem recado para você também: Mulher, toma uma decisão! O gostoso está no papo.
Para Annabeth comida de hospital: Segura essa marimba monamuor!
Eu não queria ter terminado o capítulo desse jeito, mas amo deixar esse gostinho de quero mais. kkkkkkk
Então, por hoje é só! Pretendo postar de novo em breve e espero não ser morta por nenhum de vocês, porque aí não vai ter continuação. :P
Um beijo meus amores! :*



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