Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 31
Pérola Jensen, feminismo e um hóspede adorável.


Notas iniciais do capítulo

Oi povo! Tudo bem?
Sei que não adianta eu pedir desculpas pela minha demora de dois meses para postar. Mas, eu fiquei triste porque capítulo passado não teve muitos comentários. Eu não tenho facilidade em escrever comédias, sou melhor com dramas. Quem acompanha minha outra fanfiction Percabeth, que é dramática, viu que eu andei postando. Por favor, comentem! Sei que é chato ficar exigindo comentários.
Mais uma coisa: EU SOU UNIVERSITÁRIA! kkkkkkkkk Gente, eu já comecei minha faculdade de Enfermagem e é um pouco puxado (anatomia humana não é de Deus kkkk). Por isso, se eu demorar, tendem entender.
Ei, essa fanfiction já tem mai de um ano. PARABÉNS PARA ELA!
Boa leitura!



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P.O.V. Grover

Apertei a campainha da casa do Percy. Suspirei pesadamente. O bobalhão abriu a porta e sorriu para mim.

– Oi. – disse ele.

– Oi. – falei entrando no seu apartamento. Ele encarou uma grande sacola preta que eu carregava.

– Por que está aqui? – perguntou cruzando os braços.

– Por nada. – menti – Eu não posso simplesmente visitar meu grande e melhor amigo Percy? – sorri de orelha a orelha.

– O que você acabou de dizer foi tão verdadeiro quanto um desejo de “Boa prova” de um professor que te odeia. – afirmou – Diga logo o que quer.

Bufei.

– Sabe aquela garçonete gostosa que eu paquerei uma vez? A Júniper? – perguntei e ele assentiu – Bom, eu a agarrei na casa dela, sem saber que ela tinha um namorado. Ela disse que ele era melhor que eu. Para não baixar a cabeça, eu menti dizendo que tinha uma namorada bem melhor que ela. Agora, ela quer conhecê-la.

– Hum... E o que eu tenho haver com isso?

– Você é um dos poucos amigos que tenho e gostaria que você... – abri a sacola e mostrei uma peruca – Fosse a minha namorada.

Ele começou a rir estrondosamente.

– Nem por um cacete! Não faço isso nem a pau. Chame a Rachel. – disse.

– Júniper já sabe que Rachel e eu não namoramos. – expliquei – Por favor, Percy. Hoje à noite, tenho que ir a um jantar beneficente para crianças órfãs e apresentar uma namorada super gostosa! Nenhuma garota que eu chamei quer ir. Por favor! – uni minhas mãos implorando.

– Não! – negou e foi até a sacola – É sério isso? – ele disse tirando um bocado de coisas de dentro da sacola. Segurou duas bolas de silicone – Meio difícil encontrar uma garota que tenha tanto peito assim. – começou a balançar a bolhas.

– A Annabeth está bem próxima... – comecei. Surpreendi-me com o olhar furioso do Percy. Ele largou as coisas no chão e veio até mim colocando o dedo na minha cara.

– Nunca mais fale dos seios da Annabeth, entendeu? – pronunciou seriamente – NUNCA!

– Cara, é só a porquinha...

– E só eu posso chamá-la assim! Brinque com a minha namorada de novo e eu dou na sua cara.

– Ok... Desculpa. Eu não sabia que a Annabeth causava tudo isso com você. – falei e ele se acalmou. É, o vagabundo estava mesmo gostando da loira – Enfim, Percy, quem foi que te ajudou com a Annabeth?

– Você, a Rachel e a Victoria.

– Olha, eu te ajudei. Está na hora de você me ajudar também. – apelei.

Ele bufou.

– Tudo bem, mas qualquer coisinha, eu pego o beco! – disse ele.

– Muito obrigado Percy, você é um amigão. Enfim, eu ligo quando vier te buscar.

– Não, eu estou sem celular. – disse ele – Deixei o cair na privada, acidentalmente. – revirei os olhos – Venha me buscar às oito horas.

– Ok. – confirmei.

[...]

Já eram oito horas da noite. Toquei a campainha e esperei o Percy.

– Grover, eu não vou! – disse ele do lado de dentro.

– Percy, você disse que me ajudaria! Cumpra sua palavra! Não seja um covarde!

Ele rugiu e abriu a porta.

https://www.youtube.com/watch?v=3x7QKh8VL7I

O Jackson estava IRRECONHECÍVEL! Ele usava um vestido levemente amarelado, frente única e que chegava até a metade da coxa. O cabelo da peruca era preto, ondulado e com uma franja desfiada. Sua boca estava bem vermelha. Ele tinha muito peito e muita bunda!

– Meus. Deus. Do. Céu. – falei pausadamente – Percy...

– Qualquer comentário que você tiver sobre a minha aparência, guarde para você! – ordenou – Estou me sentindo tão ridículo! Cara, eu tive que raspar as minhas pernas e as minhas axilas. – mostrou o que havia raspado – Eu estou usando cílios postiços. CÍLIOS POSTIÇOS, GROVER! – apontou para os olhos – E eu nunca me imaginei usando uma bunda falsa de plástico e peitos de silicone! – ele agarrou seus “seios” e começou a balançá-los – Olha como balança! – como o Percy é dramático! – Estou parecendo um travesti! EU NÃO QUERO MAIS IR!

– Que é isso? Você disse que me ajudaria!

– Farei uma promessa para mim mesmo: NUNCA MAIS AJUDE OS OUTROS! – oh, criatura escandalosa!

– Ok, você cumpre essa promessa depois que me ajudar.

– Espero que essa noite passe bem rápido e não comente com ninguém! – disse irritado.

– Para que todo esse escândalo? Parece que está de T.P.M.

Ele lançou um olhar mortal para mim e agarrou a gola da minha camisa social verde musgo.

– Você não faça hora comigo, não, seu viado! – ele ficou me chacoalhando.

[...]

Chegamos ao nosso destino. Era a quadra de um colégio. Descemos do táxi. Dei uma olhada discreta no meu amigo. Ele estava... Sexy. Segurei a mão dele e fomos caminhando calmamente até a entrada.

– Eu sou espada e gosto de mulheres. – sussurrou Percy para si mesmo – Eu sou espada e gosto de mulheres. Eu sou espada e gosto de mulheres...

– Percy, para quê isso?

– Deixe-me em paz com o meu mantra! – exigiu – Eu gosto de mulheres. Seios, coxas grossas, pele macia e outras partes femininas são minhas paixões...

Ele continuou com os mantras dele. Avistei Júniper. Ela estava linda com aquele vestido rosa bebê que cobria o seu corpo esbelto, que era levemente decotado, um pouco justo e com alguns detalhes brancos. O cabelo liso e longo estava jogado para o lado com ajuda de alguns grampos. Ela me viu e ficou séria.

– Grover. – disse ela.

– Júniper. – falei – Essa aqui é minha namorada. – apresentei o Percy para ela.

Ela pareceu ficar derrotada, como se esperasse que eu chegasse lá sozinho. Bem feito!

– Pazer, eu sou Júniper. – disse ela apertando a mão do Percy.

– O prazer é todo meu, fofa. – falou meu amigo, afinando a voz – Eu sou... Eu sou...

– Ela fica um pouco nervosa quando conhece gente nova. – falei rindo forçadamente – Ela é... Pérola Jensen.

– Ok... Pérola, Grover, podem se sentar ali. – apontou para uma mesa retangular com quatro cadeiras.

Percy e eu fomos até, cochichando um com o outro.

– Pérola Jensen? – indagou – Não tinha um nome melhor?

– O que? Ou era esse, ou era Percyta Jackson. – rebati.

Ele concordou que Pérola Jensen era bem melhor. O tempo foi passando devagar, contra a minha vontade. Demos uma “beliscada” em alguns aperitivos, jantamos e conversamos com Júniper e o namorado dela, o Rodrick.

– E onde está a Rachel? – perguntou Rodrick.

– Ah, ela... – comecei, mas fui interrompido pela minha “namorada”.

– Rachel? Aquela ali deve estar cuidando do chulé insuportável que ela tem por causa do pé de atleta. – disse ele/ela.

– É sério? – interrogou Júniper.

– É sim, queridinha. Aquela ruiva é a criatura mais sebosa que eu já vi na minha vida. Fora o pé de atleta, ela tem um cecê de cegar qualquer um! – olhou para cima e balançou a cabeça negativamente – Eu já falei: “Amiga, passo um limãozinho nisso aí, que a situação do teu sovaco é séria!”. Mas, vocês acham que ela liga? Liga nada!

– Quando eu conheci a Rachel, ela parecia ser bem cuidada e vaidosa. – disse Rodrick.

– Queridinho, as aparências enganam. – disse Pérola. Ele parecia uma barraqueira – Antigamente, a Rachel era bem pior! Ela tinha um mau hálito que fazia um lixão parecer uma perfumaria, tinha mais piolho e lêndea do que presença na escola, as unhas eram todas encravadas e imundas e ela só tomava NO MÁXIMO quatro banhos durante a semana.

O Percy endoidou?

De repente, o humor dele foi embora. Ele bufou, tentando acalmar a raiva. Estranhei o. Olhei para onde ele estava olhando e entendi o que havia deixado ele assim. A namorada dele, Annabeth, estava sentada numa mesa rodeada de pessoas. Ela estava tão sorridente. O ex-namorado dela, Luke, estava ao lado dela, só conversando com a mesma. Os dois pareciam felizes até demais um com o outro.

Cochichei no ouvido do Percy:

– Percy, por favor, não estrague o plano.

Ele não fez nada, o que me deixou mais preocupado. Annabeth se levantou e foi em direção ao banheiro.

– Licencinha, amores, preciso ir ao toalete. – disse Pérola.

É agora que o plano vai por água a baixo!

– Espera, eu vou com você! – disse Júniper, levantando-se com o Percy.

As duas foram.

P.O.V. Percy

Eu estava mesmo gostando da Annabeth, enquanto ela me corneava com o Luke Mané? Ah, isso não!

Entrei no banheiro. Não era tão grande quanto eu esperava. Lembrei-me de quando eu era adolescente e vivia me perguntando o porquê das garotas irem juntas ao banheiro. Desenvolvi duas hipóteses: a) Elas gostam de urinar ao mesmo tempo; b) elas gostam de se reunir e falar mal dos outros.

Avistei Annabeth. Ela estava retocando o rímel. Fiquei ao lado dela. Fingi ajeitar a minha peruca. Ah, a Annabeth estava tão linda. Ela já era linda, porém aquele vestido roxo com decote em V e saia rodada só a deixou ainda mais bela.

– Você é filha de Atena Chase? – perguntou Júniper à Annabeth.

– Sim, sou eu mesma. – respondeu a loirinha.

– Ah, eu queria agradecer a presença da sua mãe e do Sr. Hermes. – disse Júniper – Eles são grandes colaboradores do nosso orfanato.

Annabeth sorriu.

– Gostamos muito de ajudar vocês com as crianças. – falou.

– Ah, que linda atitude! – falei de maneira afeminada – Isso é tão gentil!

– Obrigada. – agradeceu Annie.

– E, sem querer parecer intrometida... – comecei – Mas, quem era aquele loiro MARAVILHOSO sentado ao seu lado?

– Ah, aquele é Luke Castellan, filho de Hermes. – respondeu.

– Hum... Seu namorado? – nem hesitei, fui direto ao ponto.

Ela começou a rir.

– Não, ele é só meu amigo.

– Não parecia. – disse Júniper – Vocês pareciam um lindo casal de namorados.

– Tirou as palavras da minha boca, Juju! – afirmei, tentando não parecer bravo com o que ela acabara de dizer.

– Bom, eu já namorei o Luke, só que não deu certo. – explicou Annabeth – Eu tenho um namorado, o nome dele é Percy. – ela sorriu – Ele é o garoto mais legal que conheci. Sabe aquela pessoa que torna o seu mundo mais colorido? Que faz você sorrir, mesmo quando você está triste? Que, quando te beija, faz com que você se sinta nas nuvens? Bom... Esse é o Percy. O meu Percy! – completou – Eu o adoro. Queria que ele tivesse vindo, só que não consegui me comunicar com ele.

Comecei a me sentir um otário! Quer dizer, então, que a minha porquinha não está tendo um caso com o Luke, já que ela me adora e eu só pensando em coisas erradas a respeito dela? Eu quero esquecer tudo isso!

– Juju, vou voltar para mesa. – falei saindo – Prazer em conhecê-la, honey! – falei olhando para Annie.

Saí daquele banheiro. Tentei parar de sorrir, mas era em vão. Eu... Queria ter algo legal para falar da Annabeth também. Seria tão legal se ela soubesse o quanto eu gosto dela.

Fiquei tão perdido com os meus pensamentos que nem percebi um garçom vindo em minha direção. Ele acabou pisando no meu pé, que já estava doído por causa do sapato que Grover tinha arranjado para mim.

– Ai, porra! – falei. O problema é que a minha frase saiu na minha voz normal, o que fez o garçom fazer uma careta.

– Percy? – perguntou Annabeth atrás de mim.

Virei-me. Ela parecia chocada.

Antes que ela dissesse alguma coisa, tapei a boca dela e a puxei pelo braço. Arrastei a para fora daquilo. Fiz com que parecêssemos os mais discretos possíveis, o que foi difícil. Ficamos numa área aberta, perto de algumas árvores. Destapei sua boca e ela continuou surpresa.

– Percy... O que...

– Annabeth, sei que isso é muito confuso para você! Por favor, não pense que eu sou o que eu não sou, pois eu não sou o que você está achando agora. Eu sou o que eu sou... Espera, eu estou me confundindo!

– Por que está vestido de mulher? E qual é a da peruca e da maquiagem? – fitou-me de cima a baixo – Raspou suas pernas?

– Sim, eu tive que raspá-las. – suspirei – Olha, um amigo meu...

Contei para ela toda a situação do Grover. Ela começou a gargalhar da minha cara.

– Bom, você é linda Pérola! – brincou.

Revirei meu olhar.

– Então, não está com raiva? – perguntei preocupada.

– Não estou com raiva, só que... Eu esperava que o meu namorado pelo menos avisasse quando ele fosse fingir ser do sexo oposto para ajudar um amigo.

– Foi mal, eu queria ter te avisado. Acredita que eu, sem querer, deixei meu celular cair na privada?

– Ah, foi por isso que todas as vezes que eu ligava para você dava desligado. – explicou – Queria que você estivesse comigo, lá na minha mesa, como um garoto e fazendo companhia a mim.

Cruzei meus braços.

– Pensei que estivesse gostado da companhia do Luke. – comentei.

– Está com ciúmes?

– Eu? Claro que não! Mas, não foi legal te ver toda alegre por causa dele. Esqueceu-se do que ele fez com o meu olho?

Ela bufou.

– Ele pediu desculpas pelo o que aconteceu. – afirmou – Não posso ficar com raiva do Luke para sempre, ele é meu melhor amigo...

– Melhor amigo que te traiu.

Foi muito estranho ter dito aquela frase. Parecia até que tinha causado um peso na minha consciência. Admito que me arrependo por ter tido relações com Victoria Rice e ter enganado a Annabeth. Se por um acaso, a Annabeth descobrir minhas traições e o real motivo de eu ter começado a namorá-la (por ela ser rica), como ela ficará? Arrasada? Magoada? Triste? Com vontade de me capar? E como eu ficarei? Será que ela voltaria para o Luke? Será que um dia ela ainda olharia na minha cara? Provavelmente, não!

Annabeth estava falando comigo, mas eu não dava muita atenção ao que ela dizia. Pus minhas mãos no seu rosto, fazendo com que ela me encarasse. Eu estava cabisbaixo, já que o salto alto que eu usava era absurdamente alto (e desconfortável). Encostei nossos narizes e senti nossas respirações se misturarem. Nossos lábios se encontraram em um selinho casto. Abrimos nossas bocas e nos beijamos como de costume. Nossos movimentos eram lentos, mas precisos. Ela acariciava minha nuca enquanto as minhas mãos apertavam a cintura dela. Minha mente ficou vazia.

Nosso beijo foi interrompido por um babaca.

– Annabeth? – indagou Luke. Olhamos para ele, que estava com uma taça de vinho na mão. Ele estava ainda mais mauricinho do que de costume, com aquela roupa social e cabelo com gel – Annie, você é... Lésbica?

P.O.V. Luke

Eu não estava conseguindo acreditar na cena que eu presenciei. Annabeth? Beijando uma garota? Realmente, é bem difícil de acreditar! Espera, cadê aquele namorado chato dela? Percy, eu acho.

– Luke – começou minha amiga – Eu não sou lésbica. – veio até mim e puxou meu pulso para perto da “amiga” dela – Esse é o Percy!

– O QUE? – falamos eu e ELE ao mesmo tempo. É, é ele mesmo.

– Annabeth! – resmungou Percy – Por que contou a ele?

– Por que está vestido de mulher? – perguntei – Resolveu pular a cerca de um jeito diferente?

– O único que pulou a cerca aqui é você! – disse me fuzilando com os olhos.

– Não traí a Annabeth e tenho como provar! – fiz uma breve pausa – Amy Winehouse.

– Ah, seu... Annie, segura meus peitos falsos! – disse ele enfiando a mão dentro do próprio decote.

– Luke? Como conseguiu provas? – começou Annabeth, ficando na frente do “traveco” dela.

– Fui naquele shopping e pedi para ver as câmeras. Na filmagem, dá para ver claramente aquela loira vadia sentando no meu colo contra a minha vontade e, praticamente, estuprando a minha boca.

Percy pareceu irritado com aquela notícia. Annabeth se colocou entre nós dois.

– Olha, não faremos uma confusão aqui, como no aeroporto! – determinou – Quero que os dois apertem as mãos.

Encarei o Percy e ele fez o mesmo comigo. Começamos a rir.

– Muito boa, amor! – disse ele – Essa piada foi ótima!

– Não foi piada. – disse ela – Percy e Luke, eu adoro vocês dois. De jeitos diferentes, mas adoro! Como acham que eu me sinto tendo que ficar dividida entre o meu namorado e o meu melhor amigo? – suspirou – Façam as pazes.

Passamos poucos segundos sem fazer nada. Suspirei e falei:

– Não te suporto, Percy, mas, não quero a Annabeth chateada. – estendi minha mão para ele apertá-la. Ele apenas cruzou os braços e olhou para o lado.

– Percy! – Annabeth o repreendeu. Ele bufou e apertou minha mão.

Voltamos para nossos lugares. Percy sentou-se perto de um rapaz negro e de cabelo cacheado.

– Acho que aquele é o Grover. – disse Annabeth – É amigo do Percy.

Ela explicou que o Percy estava ajudando a esse Grover, fingindo se namorada dele.

– Tanto faz. – falei bebendo vinho.

– Parece chateado. – comentou.

– Eu estou chateado, mas não quero mais falar sobre isso.

P.O.V. Júniper

Já era meia noite. Só restaram Rodrick, Pérola e Grover naquele local, além de mim, é claro.

Não acredito que Grover realmente tinha uma namorada! Que ódio!

– Há quanto tempo vocês namoram? – perguntei.

– Dois aninhos. – respondeu Pérola.

– Bastante tempo... – revirei meu olhar.

– A gente se conheceu no colegial. – disse Grover – Só começamos a namorar depois.

– Planejam se casar? – perguntou Rodrick.

– Não. – negou Grover.

– Não? – rebateu Pérola – Como assim não? – levantou o dedo indicador e começou a balançá-lo – Você acha que sou apenas sua boneca para você brincar e abusar a hora que quiser?

– Não quis dizer isso... – tentou Grover.

– Shut up (Cala a boca)! Está vendo esse dedinho aqui? – apontou para o dedo anelar da mão esquerda – Ele quer uma aliança de ouro e que tenha escrito Forever. Se meu dedinho não tiver isso, pode dar Goodbey aos seus amores. – ela segurou os próprios seios.

Fiz de tudo para segurar o riso.

– Amor...

– Amor o caralho! – ela bateu na mesa – Não sou submissa a você, babaca! – ajeitou o cabelo – Agora, excuse me (com licença).

Ela se levantou e se retirou. Grover foi atrás dela.

P.O.V. Grover

– Que porcaria foi aquela? – questionei.

Eu e Percy estávamos dentro de um táxi, na parte de trás. Ele tirou a peruca.

– Ai, que alívio. – ele quase gemeu. Tirou os sapatos – Que delícia!

Acho que o motorista estava nos espiando pelo espelho.

– Por que fez aquele barraco lá?

– Número um: Você feriu os sentimentos da Pérola, dizendo que não casaria com ela. – tapei meu rosto com as mãos – Número dois: Eu senti que meus pés iam explodir por causa desses sapatos horríveis.

– Que história é essa de sentimentos da Pérola? Ela nem existe!

– Espera... – ele estava se contorcendo estranhamente. Tirou seu traseiro de plástico – Isso também estava me incomodando. – Então, depois de ter passado quase quatro horas como uma garota, comecei a refletir ais sobre a vida e concluí que o sexo feminino não é, de jeito nenhum, o sexo frágil. Como é que as garotas aguentam esse objeto de tortura diabólico sem dizer um ai? – falou balançando o sapato – Eu vi uma menina que, de vez em quando, passava a mão na barriga, pois estava com cólicas menstruais. Mas, ela foi embora? NÃO! Ela continuou lá e de cabeça erguida. Quem foi que deu a luz a mim? Uma mulher! Quem sangra o equivalente a dois meses por ano e nunca morre? Mulheres! Quem consegue trabalhar, cuidar dos filhos e do marido e ainda manter o corpo turbinado? Mulheres!

– Estou começando a achar que você quer ser uma mulher! – falei.

– Olha, amanhã eu estudarei com a Annabeth...

– À propósito, como foi a conversa com Annabeth?

– Nada de mais. Eu não terminei meu discurso. – tirou os cílios postiços – Onde eu parei... Ah, de agora em diante, eu respeitarei mais a minha namorada, minha mãe e minha irmã. Elas valem ouro!

– Já chegamos. – disse o taxista. Ele estava estranhando toda a nossa conversa.

– O senhor é casado? – perguntou Percy.

– Sim.

– Quando chegar em casa, tome um banho, pois você fede para caralho, vá até a sua esposa, beije a e diga que a ama.

Com isso, Percy saiu do carro, apenas de vestido.

[...]

P.O.V. Annabeth

Bati três vezes na porta do Percy. Ele demorou um pouco para me atender. Quando abriu a porta, estava só de bermuda e com o cabelo todo desgrenhado. Seus olhos pareciam inchados de sono. Seu peitoral e seu abdômen estavam completamente visíveis.

– Acordou agora amor? – perguntei.

– Pouco dormi. Thalia passou a madrugada inteirinha treinando solo de guitarra. Entra.

Entrei no apartamento dele. Ele disse que iria só tomar um banho e depois iria estudar comigo. Liguei a TV e comecei a assistir ao noticiário. Escutei o som do chuveiro.

– Annabeth! – chamou-me – Pega minha toalha.

Fui até o quarto dele e achei a toalha dele sobre uma pequena cômoda. Peguei a e fui até a porta do banheiro.

– Aqui está.

Ele abriu a porta e colocou a cabeça e o braço para fora. Recebeu a tolha e já saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura.

– Foi mal pela bagunça.

Ri. O corpo dele estava cheio de gotas de água. Ele se aproximou de mim e me beijou. Ignorei o fato de ele estar seminu e retribuí o beijo. Deixei que sua língua invadisse minha boca e com isso, tudo ficou melhor. Minha mão, que estava na clavícula dele, desceu e foi até o peitoral. Senti meu quadril se chocar contra a cômoda dele. Percy, sem interromper nosso beijo, fez com que eu me sentasse naquele móvel. Como eu estava de short e com as pernas envoltas na cintura dele, senti sua pele molhada.

Puxei para mais perto de mim, como se quisesse fundir nossos corpos. Gemidos involuntários se formou nas nossas gargantas. Meus dedos exploravam suas costas e seu abdômen, enquanto ela apertava minha cintura e minhas costelas. Ele segurou a barra da minha camisa e a puxou para cima, tirando a. Meu sutiã amarelo ficou exposto. Minhas bochechas ruborizaram e os pelos do meu braço se arrepiaram.

– Desculpa. – pediu, afastando-se de mim e me entregando a minha blusa. Vesti a.

– Eu vou te esperar lá fora. – falei.

Desci da cômoda e saí do quarto.

P.O.V. Poseidon

Minha manhã estava ótima. Eu estava na piscina aproveitando meu dia de folga com Anfitrite, Hanna e Tyson, quando de repente...

– OLÁ POPULAÇÃO LINDA DA AMÉRICA! – berrou Ethan.

Putaria!

Avistei o se aproximando de nós. Trazia consigo duas malas grandes e com rodinhas.

– Oi irmãozinho. – disse Anfitrite – Qual é a das malas?

– Eu resolvi que vou passar um tempinho aqui, morando com vocês! – respondeu fazendo uma dancinha estranha.

– Quem permitiu isso? – perguntei. Ninguém respondeu.

Hanna estava sentada na borda, lendo uma revista de moda. Lembro-me de uma vez que falei que ela daria seguir carreira de estilista, mas ela falou que não tinha jeito para isso. Anfitrite estava deitada em um divã de praia, bronzeando-se. Tyson estava na sombra, conversando com um amigo pelo telefone.

– Estou sem abrigo. – disse Etah tirando um lencinho laranja neon de dentro do bolso e enxugou o canto do olho, que nem estava molhado – Fui despedido e expulso do meu apartamento. PRECISAM ME AJUDAR!

– Não, nós não precisamos. – falei.

– Pai! – exclamou Hanna – Não podemos deixá-lo sem moradia. Ele é da família.

– A Hanna tem um coração tão bondoso! – disse Ethan – Quem dera toda a população mundial fosse assim!

– Poseidon, ele é meu irmão. Deixe o ficar aqui por algum tempo.

Rugi.

– Tudo bem, mas é só por um tempo.

Saí da piscina. Ethan olhou para mim e quase tombou para o lado.

– Oh. My. Jesus. Christ. – sussurrou alto o suficiente para todos ouvirem. Notei que ele encarava todo o meu corpo só de sunga.

Eu mereço!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!
Pérola sambando na cara da sociedade!!!!! kkkkkkk
Por favor, aplausos para o Percy e seu discurso! Ele merece.
E... Será que já teremos a primeira vez de Percabeth??? Hum... Safadinhos!
Só eu estava co saudades do Ethan? kkkk
Até a próxima e beijão! :*



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