Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 3
De pai para filho


Notas iniciais do capítulo

E aí?
Esse capítulo é mais comédia. Depois de um tempinho entrará mais romance na história, ok?
Esse cap. também é mais para mostrar a relação do Percy com a família.
Boa leitura!



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P.O.V. Percy

Cheguei ao parque aquático do meu pai: Aquatic Fun! Por todo lado tinham piscinas, tobogãs, crianças brincando, gente feia e mulheres esbeltas com biquínis bem atrativos. Avistei um pequeno quiosque e caminhei até lá. Sentei numa cadeira de plástico rotativa, em frente ao balcão.

Do meu lado tinha uma bela morena. Eu conhecia aquela pele morena, cabelo escuro e dentes branquíssimos. http://i3.mirror.co.uk/incoming/article1759456.ece/ALTERNATES/s615b/Mila%20Kunis-1759456.jpg Ela usava um biquíni verdes com desenhos amarelos e uma saia branca comprida como saída de banho. Usava um óculos de sol modelo aviador.

– Gata, você não é guilhotina, mas me faz perder a cabeça! – disse eu. Percebi que ela reconheceu a minha voz, porque sorriu para mim tirando os óculos e me dando uma bela visão dos seus olhos castanhos claros claros.

– Perseu Jackson! – disse Hanna – Suas cantadas estão cada vez piores. – ela recebeu do garçom um coco com um furo em cima. Pôs um canudo.

Hanna foi a primeira filha de Poseidon e Anfitrite. Depois veio eu, só que fora do casamento. E por último temos Tyson. Eu me dava bem com os meus irmãos, só não ia muito com a cara do meu pai e da minha madrasta.

– Hanna, você está cada vez mais linda! – falei e era verdade – Se não fosse minha irmã mais velha, eu...

– Percy, eu não quero mais ouvir cantadas que você costuma usar com as atiradas! – decretou brincando – O que o trás aqui? Sei que não gosta da presença do papai e da mamãe.

– Era isso mesmo que eu estava precisando: a presença do pai e da Anfitrite.

Ela me olhou estranha.

– O que está tramando Jackson? – perguntou duvidosa – Sinto cheiro de plano sujo e confusão!

– E eu sinto cheiro de peixe, vamos sair daqui.

Ela pagou a água de coco. Caminhamos até embaixo de um guarda-sol amarelo enfiado numa mesa branca. Sentamos em duas cadeiras ali presentes. Ela chupou a água de coco através do canudo.

– Hanna, você já ouviu falar de uma tal de... Annabeth Chase? – perguntei. Ela franziu um pouco o cenho.

– Sim. Ela e eu já dividimos a mesma manicure. – informou – Mas nunca chegamos a conversar, ela é muito tímida! Já falei com a mãe dela que é advogada. A mulher tem uma inteligência extraordinária e é uma ótima pessoa. – fitou um menininho gorducho que chorava porque arranhou o joelho – Por que a pergunta?

– Eu ouvi falar que ela está solteira...

– Você não vai dar em cima dessa menina não, né? – falou surpresa.

– Por que não? Nós dois estamos solteiros... E eu sou um gato não sou? – dei um sorrisinho amigável. Ela bufou – Qual é? Me dá pelo menos uma dica. De irmã pra irmão.

– O que eu sei sobre essa garota é o seguinte: ela gosta de ler, cursa Arquitetura, é tímida e romântica.

– Romântica? – pensei um pouco – Se eu chegar para ela e disser “Você não é maconha, mas me deixa doidão!” você acha que eu teria uma chance?

Sua cara tinha uma expressão de “Sério?”.

– Se esse é o seu lado romântico, eu nem imagino o seu lado safado! – falou. Ri um pouco.

[...]

Cheguei até um pequeno escritório. Entrei sem bater na porta.

– Você nunca bate na porta Percy! – exclamou um garoto. Ele estava em frente a um notebook usando um óculos escuro quadrado, já que era cego. Ele é meu irmão mais novo. http://www.hdwallpapersinn.com/wp-content/uploads/2013/07/images.weserv.nl_1.jpeg

– Como me reconheceu Tyson? – perguntei indo até ele.

– Você está cheirando ao protetor solar da Hanna e aos bolinhos da Sally. – nós dos rimos. Tyson me cumprimentou. Depois começou a passar as mãos pelo teclado do notebook e começou a digitar.

– Percy o que quer? – perguntou uma voz autoritária.

Mirei meus olhos em direção a uma mesa que ficava ao lado da mesa do Tyson. Um homem alto e musculoso expressava cansaço e estresse. Ele tinha olhos verdes-mar como eu. Também tínhamos cabelo preto.

– Oi Poseidon! – falei.

– Oi. O que quer? – rebateu.

– Preciso ter uma conversa séria com o senhor a sós. – a última parte eu disse olhando para o meu irmão. Mas óbvio que ele não olhou para mim.

– Bom – começou Tyson – vou dar uma volta. Quando eu chegar, termino o trabalho.

Ele pegou a bengala e saiu do escritório. Fitei meu pai e sentei uma poltrona acolchoada em frente à dele.

– O que o trás aqui? – perguntou.

– Vim conversar com o senhor sobre a vida! – respondi. Ele estranhou – Sabe como é a vida né pai? A vida é... – fiquei encarando o vento, pensando em algo inteligente a dizer, mas não foi o que aconteceu – A vida é como sexo! – balancei positivamente a cabeça – Às vezes estamos embaixo. Às vezes em cima.

– Você veio falar comigo sobre sexo? – escorou os dois cotovelos na mesa – Dispenso. Já sei tudo sobre esse assunto!

– Essa era uma conversa que nós dois deveríamos ter tido há alguns anos atrás! Você é o meu pai! Mas nunca conversamos como pai e filho. Eu lembro que quando eu combinei de ter minha primeira vez com a minha namorada – fiz cara de drama – eu não sabia como colocava a camisinha. – fingi segurar o choro – Você deveria ter falado isso comigo! Mas foi a mamãe que fez! Não queira saber como foi embaraçoso.

– Como ela explicou isso? – ele arqueou as sobrancelhas expressando curiosidade.

– Ela usou uma banana. – disse eu – Lembro que no outro dia, ela chegou para mim com uma banana e uma camisinha – aproximei-me dele – pedindo para eu demonstrar como coloquei.

Foi assustador!

– E como está a Sally? – perguntou mudando de assunto. Ele não gostava quando eu falava coisas do tipo “você foi um pai ausente”.

– Está bem! Começou a sair com um professor de matemática chamado Paul. E como está a Anfitrite?

– Está bem. Vai abrir um Spar aqui na Aquatic Fun.

Nós dois suspiramos ao mesmo tempo.

– Pai, eu tenho um favor a lhe pedir. – ele me olhou com uma cara de “aposto que é dinheiro” – Não é dinheiro.

Ele sorriu de canto.

– É mais ou menos isso! – admiti. Ele bufou – Mas é apenas um empréstimo. Eu dou um jeito de lhe pagar depois, cada centavo!

– De quanto precisa e o que quer fazer?

– Preciso de três mil dólares.

Se Poseidon tivesse o poder de controlar os mares... Ele mandaria um tsunami para cima de mim.

– O QUE? – gritou – O que vai fazer com tanto dinheiro?

– Preciso impressionar uma garota! – afirmei – Uma garota rica!

– Essa garota deve ser muito especial para você precisar de tanto dinheiro! – destacou a palavra “tanto” – Há quanto tempo namoram?

– Ah, eu ainda não a conheço.

– Percy, eu não estou entendendo nada!

Respirei fundo.

– Pai... Só por favor, me dê o dinheiro. Depois lhe explico tudo...

– Você está planejando dar um golpe nessa menina? – disse num tom elevado.

– Não é isso! – menti – Só quero impressioná-la! Vou continuar trabalhando, mas não posso deixar que ela pense que eu sou um cafajeste pobretão! Mas prometo pagar o que lhe devo depois. – fiz uma breve pausa – Cada centavo!

Poseidon bufou o mais alto que pode!

– Tudo bem! Passe aqui a manhã e eu lhe dou o dinheiro.

Sorri vitorioso.

Agora, só falta achar a tal Annabeth.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Só eu gostei da parte: Se Poseidon tivesse o poder de controlar os mares... Ele mandaria um tsunami para cima de mim. kkkkkk
Eu acho que a parte mais embaraçosa foi a da banana!
Próximo Capítulo: P.O.V. da Annie!!!
Comentem!!!



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