Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 29
Annabeth Seduction!


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores que estão loucos para me matar porque faz muito tempo que eu não posto!!! kkkkk
Gente, mil desculpas pela demora! Eu nunca demorei tanto para postar um capítulo! Mas, para compensar a demora, aqui vai um capítulo bem grande!
*AVISOS IMPORTANTES:
1- Vocês viram a capa nova? Diva, não é? kkkk Quem fez foi starkjackson, uma das minhas leitoras! Obrigada, de novo, pela capa flor!
2- Lendo os comentários do capítulo anterior, eu reparei que boa parte dos comentários pedia um flashback da Annabeth drogada kkkkkk Antes de vocês pedirem, eu ia colocar, só não pus no capítulo passado porque ficaria muito grande.
3- Eu já imaginei como vai ficar essa Fanfiction do começo ao fim e eu não incluirei nenhum personagem de Heróis do Olimpo. Espero que você não fiquem chateados, é que eu já pensei em tudo.
4- Nesse capítulo, aparecerão cenas um pouco picantes.
Boa Leitura!



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P.O.V. Annabeth

Flashback on

Chupei lentamente o lábio inferior do Percy. Isso fez com que ele gemesse sofregamente.

Eu não me sentia bem. Sentia como se o meu corpo estivesse pedindo por adrenalina e, ao mesmo tempo, descanso. Minha pele suava excessivamente, o que me fazia sentir um pouco de nojo de mim, já que eu detesto suar.

Parei de beijar o meu namorado e o olhei. Seus lábios já estavam inchados e eu sabia que os meus deviam estar da mesma maneira. Seu cabelo negro estava todo desgrenhado. Ele sorria para mim e eu acabei por sorrir também. Suas íris verde brilhavam.

– Atenção! Atenção! – comunicou alguém dentro do Lovers Rock – Vamos iniciar agora uma sessão de karaokê. Quem quiser participar, venha até o palco e se inscreva.

– Eu quero participar! – falei.

– E você canta? – perguntou Percy.

– Às vezes... No chuveiro.

Levantei-me, já que estava deitada sobre uma toalha de piquenique. Senti o Percy agarrar a minha perna.

– Não, não vai! – disse ele – Vamos continuar aqui, está tão bom!

– Depois, a gente continua. – garanti soltando seus braços de mim.

Caminhei a passos rápidos até o palco. Fui até um rapaz que mexia num notebook. Ele tinha jeito de esquisito.

– Onde me inscrevo para o karaokê? – perguntei.

– Aqui mesmo. – explicou – Que música quer cantar?

Olhei para a tela daquele aparelho eletrônico. Fitei uma lista com centenas de músicas, sendo que a maioria era desconhecida para mim. Apontei para uma canção que eu gostava e sabia toda a letra. Subi no palco, que tinha um baterista, um guitarrista e um baixista, e me posicionei atrás do tripé do microfone. Comecei a cantar.

Recebi alguns aplausos. Percy veio até mim. Eu me abaixei e ele me ajudou a descer. Ele pediu para que voltássemos para a toalha de piquenique e eu assenti. Abracei seu braço direito e escorei minha cabeça no seu ombro, enquanto andávamos. Escutamos um assovio. Viramo-nos.

Tinha um sujeito completamente embriagado com um copo de cerveja na mão. Possuía barba e cabelo loiro, tinha ombros largos, parecia ter quarenta anos, usava roupas estilo motoqueiro e estava acompanhado de vários amigos numa mesa redonda.

– Gostosa, adorei ver o seu showzinho ali no palco. – comentou se dirigindo a mim.

– Chamou minha namorada de que? – Percy se afastou de mim e se pôs na frente do bêbado de maneira bruta. O motoqueiro se levantou e percebemos que ele deveria ter uns dois metros ou mais de altura.

– De gostosa, por quê?

– Por nada. – falou Percy recuando. Parecia um gatinho assustado. Colocou-se atrás de mim – Também a acho gostosa.

– Vamos sair daqui. – propus puxando o braço do Percy. Quando me virei, senti alguém apalpar a minha bunda. Olhei rapidamente para as mãos do Percy e vi que não era ele. Escutei a risada do bêbado tarado e constatei que devia ter sido ele – Já chega! Percy, se você não faz nada, eu faço.

Tomei o copo de cerveja da mão do embriagado e derramei aquele líquido alcóolico na cara do infeliz. Enquanto ele esfregava a própria face, eu o chutei no ponto sensível de qualquer pessoa do sexo masculino: nos países baixos!

– Ai, porra! – gritou.

Vi que seus amigos e mais meia dúzia de caras se levantaram e me olharam raivosamente.

– Puta que pariu! – exclamou Percy. Ele segurou forte a minha mão e começamos a correr. Quando estávamos chegando perto do nosso carro, vimos um delinquente, que parecia ser do grupinho dos bêbados safados, furando o pneu do carro – Droga!

Tivemos que correr mais. Corremos até pela estrada. Quase fomos atropelados, esbarramos num ciclista e eu senti meu celular cair. Avistei de longe um beco. Corremos ainda mais rápidos, se é que era possível. Escoramo-nos num dos muros do beco. Ficamos na sombra e tentamos normalizar nossas respirações. Encostei meu ouvido no peitoral do Percy e fiquei a escutar seus batimentos cardíacos que estavam bem acelerados.

– Estou me sentindo o Usin Bolt. – disse ele.

Minhas pernas fraquejaram e eu caí sentada no chão. Abanei-me e suspirei. Pigarreei.

– Estou com sede. – falei com a voz fraca – Preciso de água.

Ele me ajudou a me levantar e fomos até uma farmácia mais próxima. Entramos naquele ambiente absurdamente claro. Minha visão se incomodou com toda aquela iluminação exagerada e eu fechei os olhos, fazendo uma careta. Pegamos na prateleira uma garrafinha de água mineral e fomos ao caixa para pagar. Quando fomos atendidos, meu queixo caiu.

O atende tinha pele negra, cabelo escuro e encaracolado e nariz fino. Usava um uniforme todo vermelho.

– Ah. Meu. Deus. – disse pausadamente – O Michael Jackson!

Bati palmas animadamente e dei pulinhos de alegria. Percy e o Michael me encararam de maneira estranha.

– Annabeth, acho que você não está bem. – disse o Percy – Primeiro, esse rapaz não é o Michael Jackson. Segundo, esse cantor já faleceu.

– Ele deve ter mentido sobre a morte. – segurei a gola da camisa do atendente e o puxei para perto – Como você pôde enganar todos os seus fãs dizendo que morreu? Por que fez isso? – chacoalhei o de frente para trás.

– Moça, acho que você tem problemas! – disse o Michael.

– Annabeth, larga o rapaz! – Percy começou a puxar os meus pulsos.

Rosnei irada e corri para banheiro. Fechei a porta com força.

– PERCY QUAL É O SEU PROBLEMA? – gritei.

– QUAL É O MEU PROBLEMA? – gritou do lado de fora do banheiro – COMO ASSIM “QUAL É O MEU PROBLEMA”?

– VOCÊ NÃO GOSTA DE MIM! – esmurrei a porta – POR QUE NÃO GOSTA DE MIM?

– DO QUE ESTÁ FALANDO? EU ADORO VOCÊ! É A MINHA NAMORADA!

– SE REALMENTE GOSTASSE DE MIM, ACREDITARIA EM MIM. – chutei a porta – E TERIA DADO NA CARA DAQUELE BÊBADO QUE PEGOU NA MINHA BUNDA E ME CHAMOU DE GOSTOSA.

– EU DEI NA CARA DELE. – afirmou – FOI SÓ MENTELMENTE, MAS EU DEI! E EU NÃO TENHO CULPA SE OS OUTROS CARAS TE ACHAM SEXY.

– ISSO QUER DIZER QUE VOCÊ NÃO ME ACHA SEXY? – frisei a palavra você.

– EU ACHO! – rosnou – EU ACHO VOCÊ UM MULHERÃO, SE QUER SABER!

– E POR QUE NUNCA ME APALPOU?

Ele ficou em silêncio por um curto período de tempo.

– Isso quer dizer que eu posso pegar na sua bunda? – perguntou num tom de voz normal.

– Sim! Por favor!

– Então, sai daí, para eu poder fazer isso. – disse ele calmamente.

– Vou só usar o banheiro e encontro você na saída. – abri rapidamente a porta e dei um selinho nele – Estou louca para sentir essas sua mãos grandes em mim.

Fechei de novo a porta. Fitei um tubo cilíndrico de metal que estava em cima da pia. Era tinta que muitas pessoas usavam para fazer grafite. Entrei num box e baixei a tampa do vaso sanitário, subindo em cima da tampa. Chacoalhei o tudo e desenhei um coração com uma flecha atravessando o na parede. Dentro do coração, eu escrevi: Percy J. + Annabeth C.

Estiquei-me um pouco mais para cima alcançando a janela. Observei a avenida movimentada e... Espera, eu conheço essa avenida. Deixei a tinta cair no chão.

Você sabe bem que avenida é essa, Annabeth. Pensei. Você sabe aonde tem que ir.

Por sorte, a janela era grande o suficiente. Passei primeiro a perna direita para fora. Depois, a esquerda. Balancei meu quadril para frente e caí de maneira desequilibrada no chão, mas caí em pé.

Andei em direção ao norte. Na rua tinham vários mendigos, alguns esticaram a mão para mim querendo esmola. Peguei cem dólares que estava dentro do bolso da minha calça. Havia notas de dez e de vinte. Joguei todo aquele dinheiro para cima e os mendigos agiram como pombas no Central Park. Depois de uns cinco minutos andando, cheguei ao meu destino: um cemitério.

O muro era composto por pedras enormes e cinzentas. O portão preto era composto por grades metálicas. Agarrei as grades e as balancei. Estava trancado.

– PAI! – gritei. Nenhuma resposta. – Pai, sou eu, Annabeth, sua filha. – de novo, fiquei no vácuo – Frederick Chase, pare de me ignorar! Nenhum pai deve ignorar a filha! PAI! Vem brincar comigo. Por favor, me ajuda com a lição de casa. Eu queria que o senhor me ensinasse a andar de bicicleta. PAI! – uma lágrima escorreu do meu olho – Por que me ignora? Por quê?

Deitei no chão. Fiquei de costas para o portão e pus minha cabeça sobre minhas mãos. Estava prestes a cochilar, quando o Percy apareceu dentro de um táxi. Ele gritou o meu nome e veio até mim. Pôs-me nos braços e me levou para dentro do carro. Começou a me perguntar coisas do tipo “Você é louca?” ou “Aonde estava com a cabeça quando decidiu ficar deitada em frente a um cemitério?”. Eu permanecia calada e de braços cruzados.

Eu não fazia ideia de para onde estávamos indo. O silêncio reinou no táxi. Olhei para o Percy da cabeça aos pés e fiquei encarando o.

– Que foi? – perguntou.

– Você é muito gostoso. – falei num fio de voz. Aproximei-me lentamente dele. Beijei o seu pescoço e ele suspirou. Comecei a mordiscar a sua pele. Eu ia apoiar a minha mão na sua coxa, mas eu acabei errando o alvo, ou seja, sem querer, eu peguei no meio das pernas dele. Ele gemeu baixinho.

– Com licença. – disse o taxista – Chegamos.

Percy pagou o rapaz e saímos do carro. Entramos num pequeno prédio.

– Eu vou te dar um pouco de água e vou esperar você se acalmar. – disse Percy – Aí, eu vou te deixar na sua tia.

– Não. – choraminguei – Eu não quero fazer isso agora.

– E o que você quer fazer?

Paramos um de frente para o outro. Empurrei o contra parede. Sussurrei no seu ouvido:

– Eu quero ver o seu pinto. – levei minhas mãos para o seu cinto e comecei a afrouxá-lo.

– Não, não, não. – negou – Aqui não.

Segurou meus pulsos com força.

– Por favor, Percy!

– Annie, pode aparecer alguém.

– Vai ser rápido.

Tirei seu cinto e abaixei sua calça. A cueca dele era vermelha e eu achei aquilo simplesmente tentador. Ele puxou o elástico do tecido para frente e eu baixei meu olhar.

Amei essa visão!

Mordi meu lábio inferior. Ataquei de novo a sua boca. Apesar de estarmos sem fôlego não, queríamos parar. Acariciei sua nuca e ele apertou a minha cintura.

– Com licença. – ai, droga! Por que sempre tem alguém para querer atrapalhar meus momentos românticos com o Percy? Vi que era a Thalia.

– AMIGAAAAA! – gritei abraçando a – Você não vai acreditar! Eu cantei no karaokê do Lovers Rock, briguei com um motoqueiro e conheci o Michael Jackson!

– Mas ele já morreu! – falou ela.

– Foi o que eu tentei dizer a ela, só que ela não me escuta. – protestou Percy.

– Então, ele ressuscitou. – fiquei quieta por um breve momento – E isso nem foi a melhor coisa que aconteceu comigo hoje à noite. – olhei para ela com uma cara de pergunte o que aconteceu.

– E qual foi a melhor coisa? – EH! ELA PERGUNTOU! ALELEUIA!

– Eu vi o pinto do Percy! – abri o sorriso mais largo que consegui.

– Bom... Isso explica o fato da calça dele estar baixada. – disse Thalia com o cenho franzido. Meu tesudo se ajeitou rapidamente.

– Você quer ver também? – perguntei a ela.

– NÃO! – eles dois negaram em uníssono.

– Annie, querida, você não prefere entrar no meu apartamento e beber um pouco d’água? – propôs Percy – Logo, eu entro e coloco o Shrek para você assistir.

– Legal! – falei entrando no seu apartamento.

Fui ao banheiro. Fitei-me no espelho. Como eu estava acabada! Joguei um pouco de água no meu rosto e me enxuguei com uma toalha. A maior parte da maquiagem nos meus olhos estava borrada, mas eu não estava nem aí.

Que calor infernal é esse?

Tirei minhas botas, minha calça e minha blusa. Fiquei só com uma lingerie de renda preta. Saí do banheiro.

Percy estava com os cotovelos apoiados num balcão. Bebia água como se tivesse passado meses com sede. Puxei meu sutiã um pouco para baixo, a fim de levantar mais meu busto. Passei minhas mãos pelos meus cabelos.

– Querido. – pronunciei. Ele olhou para mim e engasgou com água. Esmurrou o próprio peitoral.

– Anna... Beth? – falou tossindo.

Andei até ele rebolando o meu quadril. Pus minhas mãos nos seus ombros e puxei seu casaco, deslizando o pelos seus braços. Não parei de olhar no fundo dos seus olhos.

– Por que você está pelada?

– Eu não estou pelada. Estou seminua. – esclareci – Por quê? Não gostou?

– Ah... Sim, sim, eu gostei.

– Que bom, porque você prometeu que iria me apalpar. Então, eu pensei que você gostaria mais, se eu estivesse assim.

Beijei o calmamente. Fiquei na ponta dos pés. Abrimos mais as nossas bocas. Paramos de ser fofos e começamos a ser provocativos. Deslizei minha língua sobre a dele e ele arfou. Ele pôs as mãos na minha cintura e foi descendo as.

– Percy... – sussurrei.

Ele sorriu de canto. Puxou-me para cima e envolvi sua cintura com as penas. Ele me deitou no sofá e começou a chupar meu pescoço. Puxei sua camisa para cima, tirando a. Fiquei por cima dele e tirei o seu cinto, sua calça, seus tênis e suas meias. Beijei sua boca e fui descendo para o pescoço e depois para o abdômen. Chupei sua pele bem perto da cueca.

– Annie... Eu... Adoro a Annabeth safada!

Sentei em cima da sua barriga. Tirei eu mesma o meu sutiã. Percy ficou boquiaberto. Voltou a ficar por cima e começou a beijar o meu busto. Gemi seu nome e eu acho que ele gostou, pois apertou o meu quadril com força. Baguncei seus cabelos enquanto ele brincava com os meus seios.

– Espera! – ele parou de me beijar e de me apertar. Encarei o, interrogativa – A gente não pode continuar.

– Por que... Como assim? – indaguei parecendo uma garota mimada.

– Porque você é virgem e disse que queria que a sua primeira vez fosse especial... E... Isso não parece especial.

– Esquece isso. – falei – Agora, continua.

– Não. Você está com algum problema e não está agindo como você mesma. Não vou continuar e você pode fazer o que quiser que não vai me fazer mudar de ideia.

Enfiei minha mão dentro da sua cueca. Ele gemeu alto.

– Continua amor! – falei.

Depois de certo tempo, ele ficou “muito satisfeito”. Pensei que ele havia mudado de ideia, mas não! Ai, que ódio!

Flashback off

Eu estava imóvel. Tentava aceitar o fato que eu tinha feito tudo aquilo. Eu me sentia... Uma tarada, uma pervertida, coisas assim!

– Annabeth, não sei se ajuda, mas... Para uma primeira masturbação, você foi... Excelente. – comentou Percy.

– Isso realmente não ajuda. – falei.

– Olha, eu vou lhe deixar na casa da sua tia agora. Se quiser, podemos dizer que saímos do Lovers Rock muito tarde e, quando chegamos na casa da tal Deméter, ela estava dormindo. Você não queria acordá-la e dormiu no apartamento da Thalia.

– Melhor fazermos isso mesmo.

[...]

Descemos do ônibus e fomos até a casa da Deméter. Nico estava do lado de fora, escorado no antigo carro do tio Quíron.

– Nico? Está fazendo o que aqui?

– Sua mãe e o seu tio estão aí dentro. Estão loucos atrás de você.

Droga!

Entrei na casa da minha tia. Deméter, Atena e Quíron estavam reunidos na sala de estar.

– Filha! – pronunciou Atena de maneira exaltada. Fui até ela e a abracei. Fiz o mesmo com o tio Quíron, só que ele não retribuiu. Sentei ao lado do Percy num sofá para duas pessoas – Annabeth, o que aconteceu? Liguei várias vezes para o seu celular e você não me atendia! Resolvi ligar para Deméter e ela não fazia ideia de onde você estava. – cruzou os braços – O que aconteceu?

– Eu... Nós... Saímos muito tarde do show. Chegamos aqui e estava tudo apagado, a tia devia estar dormindo e eu não quis chamá-la e acordá-la.

– Mas, eu sempre vou dormir às três da manhã! – afirmou Deméter.

Droga!

– Saímos muito, muito, muito tarde. – disse Percy.

– Irmã, o que você fica fazendo até esse horário? – perguntou Quíron. Todos nós olhamos para ela, esperando uma resposta.

– Licencinha, minha vida é minha vida e eu não tenho que dar satisfação a ninguém! – rebateu – Além do mais, o foco aqui é a Annabeth e o Percy, não eu! – fez um muxoxo com a boca.

Voltaram a atenção para mim.

– Como o Percy disse... Saímos de lá muito tarde. Eu perdi o meu celular no caminho. Devo ter o deixado cair em algum ugar no caminho. Aí, eu fui para o apartamento do Percy e passei a noite lá, no sofá. – menti.

– Foi só isso que aconteceu? – interrogou Quíron com olhar duvidoso.

– Sim. – afirmei.

– Tem certeza? – semicerrou os olhos.

– Sim, tio. Eu tenho certeza.

– Engraçado, não é isso que o jornal diz. – disse ele soltando um jornal sobre a mesinha de centro. Peguei o jornal e li uma matéria bem estranha.

JOVEM DROGADA FAZ ESCÂNDALO EM FARMÁCIA E PIXA BANHEIRO.

Em uma das principais farmácias de Los Angeles, uma moça, aparentemente, drogada espantou a muitas pessoas. Primeiro, ela acusou um dos atendentes de ser o Rei do Pop, Michael. Depois, a maluca começou a discutir estranhamente com o suposto namorado. Eles dois gritavam um com o outro sobre o fato dele achá-la, ou não, atraente. Em seguida, ela fugiu deixando para trás uma pichação na parede do banheiro.

Abaixo dessa notícia, estavam três fotos. Na primeira, eu discutia com o atendente. Na segunda, Percy parecia estar esmurrando a porta. E na última, o desenho do coração que eu deixei na parede.

Fiquei paralisada. Olhei para os meus familiares sem saber que reação ter. Minha face corou de tanta vergonha que eu estava sentindo.

– Vamos ver... – começou meu tio – Além de você ter feito tudo isso, ainda tem coragem de mentir para sua família? Por favor, não minta: Você realmente se drogou?

– Não precisa de todo esse drama. – disse Deméter – Ela ainda é jovem. Está certa, tem que viver a vida: Tem que se drogar, pichar banheiros de farmácias, fugir dos problemas, dormir na casa do namorado...

Só eu acho a minha tia maluca?

– Falando em dormir na casa do namorado... – Quíron a interrompeu – Annabeth, minha amada sobrinha... Você e o Percy... Sexaram?

– Hã? – foi o que eu consegui dizer.

– Sexaram? – perguntou Percy – O senhor não quis dizer... Transaram?

– Eu não intendo o que a palavra transa tem a ver com o ato de praticar o coito! – disse Quíron.

– Meu irmão, se atualize. – disse Deméter – Ninguém usa mais o termo coito!

– E quais são os outros termos? – perguntou.

– Trepar, rala e rola, transar...

– Já chega! – falei ficando de pé – Mãe, tio, por favor, vamos para casa. Eu prometo explicar tudo direitinho a vocês.

Eles concordaram. Despedi-me do Percy e da minha tia e fui para casa.

[...]

P.O.V. Rachel

Bocejei cobrindo a minha boca com a mão. Abracei a mim mesma, indo até a porta. Tinha algum infeliz apertando freneticamente a minha campainha às duas da manhã. Amarrei o cordão do meu hobby, a fim de não mostrar minha camisola. Abri a porta e só faltei estrangular a pessoa que estava me perturbando.

– PERCY! – exclamei.

– Posso entrar? – ele perguntou, mas nem esperou a minha resposta e já foi entrando.

– Ah... Não! – respondi – Percy, o que você quer?

Ele parecia agitado e frustrado. Usava roupas de dia a dia e um par de chinelas.

– Rachel, eu preciso muito conversar com alguém.

– Seja lá qual for o motivo da conversa, não pode ser depois que o sol nascer? – retruquei – Você sabe que horas são seu maluco? Não sei se você sabe, mas eu trabalho...

– Mas, não dá para ser depois! – afirmou – Eu preciso conversar com alguém agora!

– E por que eu?

– Porque você é minha amiga!

– Conversa com o Grover, então. – sugeri.

– Não dá. Ele vai rir de mim!

Arregalei os olhos, o que foi bem difícil, já que minhas pálpebras pesavam de tanto sono.

– Você descobriu que é gay? – perguntei.

– Quê? Obvio que não maluca! Eu sou espada e sempre serei. É sobre outra coisa...

– Fala logo o que é! – insisti impaciente.

Ele se aproximou de mim e segurou os meus ombros. Olhou-me como se fosse dizer algo seríssimo e importante.

– Eu acho que estou gostando da porquinha. – disse ele. Revirei os olhos.

– É SÓ ISSO? Você aparece na minha casa de madrugada para dizer que acha que está gostando da sua namorada? Percy, vai ver se eu estou na esquina!

– Rachel, isso é sério. Eu estou me sentindo confuso, é estranho.

Falei para ele se sentar na poltrona. Sentei no braço do sofá, pondo a perna direita sobre a esquerda. Apoiei meu cotovelo no joelho e o queixo, na minha mão.

– Pelo o que eu estou notando... Faz tempo que você não fica interessado em uma pessoa.

– Bom... Faz muito tempo que eu não namoro sério. Só tive uma namorada antes da Annabeth e isso foi na época do colegial...

– Percy, vamos logo com essa conversa, porque eu estou morrendo de sono. Para começar, não existe isso de “eu acho que estou gostando de alguém”. Ou você gosta, ou não.

– Mas, eu não sei direito o que eu sinto por ela.

– Você tem fantasias com ela? – ele balançou a cabeça sinalizando um “sim” – Sem serem as sexuais. – acrescentei. Ele pensou de novo, mas continuou com o “sim” – Você gosta das coisas que ela diz?

– É... Ela é intelectual, mas também conversa sobre coisas que eu gosto como música, cinema e outros gostos...

– Enfim, vamos entender isso como um sim. Agora, feche os olhos. – ele obedeceu – Imagine que você está sozinho no seu apartamento. Você passa os canais da TV e nenhum programa lhe agrada. Tédio é a palavra que ronda a sua mente. Você começa a escutar o som da sua campainha, assim como eu escutei da minha, só que no seu caso, não é um maluco lhe perguntando às duas da manhã – ele bufou – é a sua namorada. Annabeth lhe mostra um sorriso enorme e contagiante. Ela lhe abraça e beija a sua bochecha. Suas bocas se encontram e você sente correntes elétricas passaram pelo seu corpo.

Parei de narrar à cena quando percebi que ele estava sorrindo feito um otário. Senti-me um pouco incomodada. Eu já tive uma quedinha por ele, só que ele nunca sentiu nada por mim. Por que a Annabeth conseguiu atraí-lo e eu não?

Rachel para com isso! Você é linda, legal e não tem que ficar correndo atrás de homem nenhum, muito menos pelo Percy, que tem uma revista masculina cheia de besteira no lugar do cérebro! Bola para frente garota!

Pigarreei para que o Percy saísse do transe dele. Disse para ele que ele estava SIM gostando da Annabeth. Depois, mandei ele se conformar e pegar o beco!

[...]

P.O.V. Percy

Já eram onze e meia da noite. Eu estava deitado na minha cama, usando apenas uma cueca e uma calça de dormir. Encarava o teto sem ter o que fazer ou pensar. Escutei meu celular tocar e atendi o, sem olhar que era.

– Alô?

Percy, aqui é a Victoria. – disse ela do outro lado da linha – O que está acontecendo? Por que não responde minhas mensagens?

Revirei os olhos.

– Desculpa, eu andei muito ocupado esse dias.

Deixe-me adivinhar: a bobinha da Annabeth não larga do seu pé? – ele riu e eu a chamei, mentalmente, de idiota – A gente nunca mais se viu. Estou começando a achar que você não quer mais saber de mim.

– Victoria, eu tenho que deligar, agora. Depois a gente conversa.

Ela desligou na minha cara. Dei de ombros. Encarei meu celular por pouco tempo e disquei um dos números dos meus contatos.

Oi Percy! – disse Annabeth.

Eu sorri.

– Oi Annie. – falei – Está com alguns das que a gente não se fala e liguei para saber como você está.

Eu estou bem. Tive que ir ontem ao médico para fazer exame por causa daquela maldita droga alucinógena. – nós dois rimos – Você acredita que o tio Quíron me obrigou a fazer três testes de gravidez? Ele não acreditou quando eu disse que não fiz sexo com você.

– Na verdade, eu acredito que ele lhe obrigou a fazer os testes. Não sei se reparou, mas eu sou um cara irresistível. – brinquei – O Quíron deve ter pensado: Nem a minha sobrinha resiste a esse garotão. – imitei a voz e o jeito de falar do velhote.

Ela riu.

Não sei se ele pensou nisso, mas eu reparei que você é irresistível.

– Então, você me acha irresistível?

Hum... Talvez. Como você está?

– Estou bem. Entediado, mas bem. Você está fazendo o que, agora?

Estava indo dormir. Recebi uma proposta de emprego e vou ter que acordar cedo amanhã. Desculpa, mas eu tenho que desligar.

– Tudo bem. Eu só... Queria ouvir a sua voz antes de dormir. – suspirei – Eu sinto a sua falta.

Eu também sinto a sua. – ela bocejou – Boa noite... Cabeça de alga.

– Boa noite, minha sabidinha.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk pobre Annabeth!!!
O que acharam das coisas da Deméter? kkkk
Só eu que acho que devia ter um programa chamado "De frente com Rachel"? kkkk
Percy, pare com esse negócio de achismo! Você gosta da Annie e ponto final! Hum...

ATENÇÃO!!! (espero que leiam as notas finais)

Queria muito a opinião de vocês para uma coisinha:
Eu estava pensando em colocar somente Grúniper (Grover e Júniper) e outros casais no próximo capítulo. Seria o único capítulo sem Percabeth. Percy e Annie não apareceriam, mas seriam mencionados. E aí? O que vocês acham? Por favor, comentem o que você acham sobre isso, porque, se não comentarem, eu vou acabar colocando mesmo assim. Eu só queria saber o que você acham!

Comentem, por favor!
Beijão e até a próxima! :*



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