Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 23
Letra A, Mal de Alzheimer e Best Friend Forever!


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi meus leitores amados!!!
Então, perceberam que esse cap. tá bem maior né? Estou tentando me acostumar a escrever grandes e a partir de agora, essa fic terá cap. bem maiores mesmo, eu juro pelo Rio Estige! kkkk
Espero que você gostem do cap.!!
Boa leitura!



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P.O.V. Percy

Era véspera de natal e também o dia em que Annabeth e eu comemoraríamos um mês de namoro.

Analisei-me uma última vez no espelho. A camisa cinza de manga longa contrastava bem com a calça preta que eu usava. Peguei um casaco já que o clima estava muito frio. Saí do meu apartamento.

Encontrei-me com minha prima Thalia na escada. Ela segurava a sua guitarra azul petróleo. O vestido dela tomara-que-caia preto ficou quase todo coberto pelo longo casaco. Além das botas pretas de cano longo, ela fazia questão de usar meia preta. Percebi que o cabelo não era mais curto e repicado. Agora chegava até os ombros e possuía algumas mechas azuis.

Entreolhamo-nos.

– Feliz natal Jackson! – disse ela. Estendeu uma mão para que eu a apertasse.

– Feliz natal Grace! Desejo-lhe muita... – fiquei um tempo sem falar nada.

– Eu sei que você não me deseja nada de bom, retardado. É só dizer Feliz Natal. Não precisa bancar o carinha que vai ser gentil com a prima que não gosta só por que... Ah, deixa para lá!

Ela saiu andando apressadamente. Às vezes a Thalia era bem estranha, não sei o porquê, mas era.

[...]

Cheguei na casa dos Chase. Fui recebido por um velhote chato chamado Quíron. Ele me mandou seu olhar típico de “eu não gosto de você”. Desejei-lhe feliz natal e ele simplesmente me deixou no vácuo.

Annabeth apareceu. Achei a roupa dela um pouco parecida com a da minha prima, só que a da loira era mais feminina. Ambos os vestidos eram pretos, só que o da porquinha cobria os ombros e a saia era bem larga e chegava na metade da coxa. Um cinto rosa neon marcava a sua cintura, porém o que mais chamava a minha atenção era o decote em U.

– Feliz natal sabidinha. – falei.

– Para você também, cabeça de alga. – brincou.

Teve um dia que fomos à praia e eu fiquei com a cabeça coberta por algas. Aí eu comecei a falar “malditas plantas” e a Annabeth me disse que algas não são plantas. Elas pertencem ao reino Protista. Nós tiramos aqueles apelidos baseados nessas besteiras.

Abracei a cintura dela, ainda segurando o seu presente. As mãos macias dela acariciavam a minha nuca. Parei com essa babaquice de ficar só encarando ela e a beijei. Nossos beijos sempre eram... Simples. Nada de “esfrega, esfrega de língua” ou mordidas leves. Apenas lábios encaixados se movimentando.

Separamo-nos um pouco. Mostrei-lhe uma caixa preta e branca com uma fita vermelha. Ela agradeceu e pegou a caixa. Despois de desfazer o laço e abrir a caixa, ela sorriu. E não foi qualquer sorriso. Foi um sorriso contagiante.

– Ah, é lindo, Percy.

Agora, ela segurava uma pelúcia de golfinho azul. Como naquele dia também era natal, resolvi dar um presenta a mais. No pescoço do golfinho (nem sei se esses animais tem pescoço) tinha um colar dourado com um pingente de coração. Não era ouro, mas era folheado.

Annabeth me agradeceu com um selinho. Peguei o colar das mãos dela e ela segurou todo o cabelo para cima e ficou de costas para mim. Coloquei o colar nela.

– Sente-se. – disse ela.

Sentei no sofá que ficava perto da árvore de natal toda enfeitada que ficava só piscando. Toda a casa parecia estar natalina até demais! Acho que era porque alguns parentes da porquinha estavam para chegar.

Annabeth pegou uma caixa verde retangular perto da árvore. Sentou do meu lado e me entregou o meu presente.

– Obrigado amor.

Rasguei logo o embrulho e abri a caixa de papelão.

– Adorei a camisa. – comentei segurando a camisa branca e preta de polo. Percebi que tinha algo a mais. Um porta retrato de vidro com uma foto de nós dois. Na imagem, estávamos de frente um para o outro com os narizes encostados.

Olhei para ela e nos beijamos mais uma vez. Fomos interrompidos por uma campainha.

– Eu atendo! – falou Annabeth em voz alta. Ela abriu a porta e recebeu os tios dela.

Apolo segurava Alexis nos braços. Ártemis vinha logo atrás segurando algumas caixas enfeitadas.

– Você está segurando a Alexis só para eu carregar os presentes! – acusou Ártemis.

– Que é isso? Imagina! – ironizou Apolo pondo a filha dele no chão.

Depois que todo mundo começou a desejar “feliz natal” um para os outros e a trocarem presentes, eu já estava para desmaiar de fome.

– Quando vamos poder comer? – perguntou Quíron impaciente – Eu vou morrer de fome!

Concordei com ele mentalmente. Acho que foi a primeira que concordei com alguma coisa daquele velho bocó!

– Temos que esperar a Afrodite, esqueceu? – indagou Atena.

– Não podemos começar a refeição sem ela? – propôs Apolo.

– Vocês sabem como ela é! – disse Ártemis – Sempre é a última a chegar e faz um escândalo quando começamos algo sem ela.

Meia hora depois, a campainha tocou. Apolo gritou “eu atendo”. Foi estranho, já que todos estavam perto dele. O loiro abriu a porta.

Um homem alto e largo entrou. Ele não era gordo, porém parecia ser muito musculoso. Usava roupa social e parecia cansado. A barba estava rala e o cabelo castanho era um pouco desgrenhado. Segurava algumas bagagens. Acho que eu já tinha visto.

– Annabeth – sussurrei no ouvido da loira – Esse é Ares Willians? Aquele lutador de UFC?

Ela balançou a cabeça sinalizando um sim.

– Ele é o marido da minha tia. – informou.

– Feliz natal. – disse Ares, não muito animado.

Uma mulher que aparentava ter vinte e cinco anos entrou com um bebê nos braços. Os longos cabelos escuros dela ondulavam e chegavam até a cintura. A pele branca me fazia duvidar se aquele bebê era filho dela, pois a criança era negra.

– Andrew. – chamou Atena. Os olhos do bebê brilharam quando percebeu a presença da advogada – Oh, que coisa mais fofinha!

Atena pegou a criança nos braços e começou a lhe dar beijinhos. Annie levantou e abraçou a moça que acabara de entrar.

– Ah, que saudade prima. – falou Annabeth – Percy, essa é minha prima Silena.

Cumprimentei Silena. Cara, ela é muito gata!

http://dammit.com.br/wp-content/uploads/2013/11/lucy1.jpg

– Charles. – chamou Silena – Jimmy. Tragam as minhas malas. – mandou.

Dois homens entraram. Um era negro e muito parecido com o bebê. http://novaslistas.com.br/system/items/000/421/157/original/Tristan_Wilds_-_Charles_Beckendorf.jpg?1386024612 Devia ser o pai da criança. O outro era alvo e de cabelo castanho escuro como o de Ares. http://www.onlinefreecomputers.com/wp-content/uploads/2012/12/David-Henrie.jpg Ambos pareciam ricos e descolados, tipo aqueles mauricinhos chatos das escolas. Annie apertou a mão de um deles.

– Oi Jimmy. – disse ela.

– Oi Annabeth.

E o que aconteceu depois?

Uma verdadeira deusa entrou naquela casa. Imaginem uma mulher alta, sexy, morena de cabelo castanho chocolate, olhos verdes claros, lábios carnudos e corpo escultural. Isso dava para perceber bem, graças ao vestido vermelho vinho justo e com um generoso decote em V.

– Feliz natal. – o jeito que aquela mulher pronunciou aquelas simples palavras fez os pelinhos da minha nuca se arrepiarem.

– Olá Afrodite. – disse Quíron – Ela já chegou. Eba! Vamos comer.

Todos se dirigiram para o outro cômodo. Sentamos à mesa. Annie que serviu o jantar.

– Quem é você? – perguntou Afrodite olhando para mim no momento que eu colocaria a primeira garfada dentro da boca.

– Sou Percy. – respondi – Namorado da Annabeth.

– Annie, eu pensei que você estivesse namorando aquele garoto que trabalha na empresa de tênis. – disse Silena.

– Quem dera... – Quíron falou em tom triste.

POR QUANTO TEMPO EU VOU TER QUE ATURAR COMENTÁRIOS SOBRE O LUKE MANÉ?

– Não, eu namoro o Percy. – afirmou Annabeth pondo a mão no meu ombro.

Começamos a refeição. Afrodite não perdia a oportunidade de falar algo ruim sobre Atena e Ártemis. Quando não falava sore o cabelo delas, comentava, indiretamente, o fato delas não terem compromisso com ninguém.

– Espera um momento. – quando falei isso, todos pararam de conversar e olharam para mim – Atena, Afrodite, Ártemis e Apolo. O nome de vocês quatros começa com A. E agora, eu percebi outra coisa: Vocês são irmãos, mas não se parecem.

Olhei para Annabeth e ela tinha um sorrisinho de canto no rosto.

– Eu adoro essa história. – comentou Apolo.

– Eu considero estranha. – falou Ártemis. Atena assentiu.

– Na verdade, ela só é bizarra. – esclareceu Quíron.

– E estranha. – acrescentou a “porca-mãe”. Esse apelido é ótimo para Atena: Porca-mãe. O que? É melhor que Antônia.

– Bom... Percy... – começou Afrodite – Eu, Atena, Ártemis e Apolo somos irmãos só por parte de pai. Por isso não somos muitos parecidos e quanto a letra A...

– O meu sogro tem uma queda por mulheres que tem A como inicial do nome. – interrompeu Ares – É isso!

Alguém poderia me explicar que ser na face da terra tem essa besteira? Que estupidez!

– Meu irmão casou-se, primeiro, com uma cubana chamada Alejandra, mãe de Afrodite. – explicou Quíron – Durante uma viagem, ele conheceu Angelina, uma médica. Apaixonou-se desesperadamente por ela, separou-se de Alejandra e casou com Angelina. Pouco tempo depois, a Atena nasceu. Quando Atena e Afrodite já estavam bem crescidas, elas apresentaram a professora preferida delas, Aisha. E aí... Ah, vocês podem deduzir o que aconteceu!

– Ártemis e eu fomos gerados. – brincou Apolo.

– Isso não é só... Coincidência? – perguntei.

– Poderia até ser. – falou Atena – Só que já conversamos com o nosso pai e ele disse que as mulheres que iniciam o nome com “A” tem um... Toque especial.

– É por isso que a Annabeth e a Alexis têm esses nomes? – disse eu.

– Sabe que eu nunca reparei nisso. – falou Apolo.

– Eu também não. – concordou Atena.

Afrodite olhou para os irmãos com uma cara de “eu sou a maioral”.

Um pensamento bem tosco passou pela minha mente: e se o pai deles acabasse se apaixonando por Ares. Afinal, o nome dele começa com A.

Por mim, aquele jantar não terminaria nunca. Por quê? Eu prometi para Annabeth que a levaria para a casa do Poseidon para conhecê-lo. E eu não queria fazer aquilo!

Quando terminamos o jantar, todo mundo voltou a conversar. Comecei a falar com o Charles e o Jimmy.

– Espera, você deu um Smartphone para o seu filho de onze meses? – interroguei.

– Por que não? – refletiu Charlie – Logo ele aprende a digitar.

Charlie disse que trabalhava numa empresa de informática. O pai dele, Hefesto, era o dono. Jimmy era muito calado. Apenas concordava com o que falávamos. Vi de longe Annabeth sinalizando com a cabeça para que nós dois saíssemos.

Despedimo-nos dos familiares dela e fomos para o carro que eu aluguei. Assim que entramos, ela me abraçou e me beijou.

Levei minhas mãos para cintura dela e a apertei de leve. Ela apertou meu ombro direito enquanto acariciava meu cabelo. Desci minha boca para o seu pescoço quente. Senti que ela ficou surpresa, pois parou de se mexer. Depositei beijos demorados na pele dela. Subi para trás da orelha. O cheiro do cabelo da Chase penetrou nas minhas narinas.

Annabeth me afastou pelos ombros. Fitei as bochechas coradas dela. Seus lábios estavam franzidos.

– Vamos. – ela só disse aquilo.

Confesso que eu esperava ouvir um “continua” ou “deixa eu fazer o mesmo em você”.

Liguei o carro e dirigi. Ficamos calados por um bom tempo. Será que ela me achou muito “afoito”? Ou ela não gostava? Quem sabe... Ah, eu não sei o que foi que deu errado!

– Percy para o carro, por favor. – pediu gentilmente. Estranhei o pedido dela, mas estacionei o carro em frente à uma casinha – Um amigo meu mora aqui.

Descemos do carro. Andamos até a porta e ela tocou a campainha.

– JÁ VAI! – gritou alguém do lado de dentro. A porta foi aberta brutalmente por um senhor esquisito – Eu conheço você. – disse apontando para mim. Eu tinha certeza que não conhecia ele.

Ele era um pouco mais alto que eu. Seu cabelo preto brilhava de tanta oleosidade. Seu cavanhaque era até legal. Ele usava roupas escuras de tecido grosso por causa do frio. Ele me lembrava do Nico. Os dois eram pálidos até demais.

– Acho que o senhor está me confundindo com alguém. – falei.

– Não! – negou balançando o dedo indicador na minha cara – Você é meu neto mais novo, o Jeff. Tenho certeza!

Neguei com a cabeça.

– Pai, o senhor não tem netos!

Quem disse aquilo? Nico, a bichona do volante. Isso explicava o fato deles serem tão parecidos.

– Não tenho? – perguntou o maluco para o filho dele. Nico balançou a cabeça negativamente – Nico! Já está passando da hora de você me dar netos! Você é meu filho, né?

– Sim. – respondeu.

– Ah... – olhou para o nada – Perséfone! Cadê o meu gato? – o louco foi para dentro de casa berrando.

Nico e Annabeth se abraçaram e desejaram felicidades um para o outro. Depois que se soltaram, o emo e eu nos cumprimentamos com um aperto de mão. No fundo, eu estava com medo daquele baitola querer me agarrar de novo. Ainda mais na frente da minha namorada!

Entramos mais adentro daquela casa. Na sala de estar, uma mulher morena fazia carinho no cabelo do pai do Nico. Seus longos cabelos escuros estavam presos num rabo de cavalo que tinha uma flor roxa presa. Ela tinha uma expressão cansada e feliz ao mesmo tempo.

– Quer dizer que eu não tenho gatos? – perguntou o esquisito.

– Não Hades! – disse a mulher sorrindo – Você tem um cachorro chamado Cérbero.

Duas garotas assistiam televisão, entediadas. Uma era bem parecida com o Nico. O mesmo cabelo negro, pele branca e jeito de antissocial. http://en.hungertimes.com/wp-content/uploads/2012/03/Isabelle-Fuhrman-375x500.jpg

– Percy, essa é minha irmã Bianca. – disse Nico. Bianca apenas balançou a cabeça para mim – E aquela é Zoe, filha de Perséfone. – a morena era bem mais bonita e parecia com a mulher do Hades. Sorriu para mim mostrando que tinha covinhas. http://1.bp.blogspot.com/-gjlyFRWOjKY/T5bjs6hT7HI/AAAAAAAAVKM/H_fA8YTlKbI/s1600/cantores-vanessa-hudgens--90c986.jpg

Annabeth falou com todo mundo e saímos dali escutando o Hades reclamar com o cachorro dele. Era estranho o ver tentando obrigar o rottweiler a miar e não latir.

– Hades tem Mal de Alzheimer. – disse Annabeth colocando o cinto de segurança – Acho que você percebeu isso.

Assenti. Voltamos para a estrada. Annabeth ligou o rádio.

– Sua família é bem legal. – comentei.

– Bem diferente né? – bufou – A tia Afrodite é muito irritante às vezes. Ela vive se gabando que é uma estilista muito conhecida em Paris, que a Silena é uma modelo famosa e que o Ares nunca perdeu uma luta. Porém, nunca devemos tocar no assunto “idade”. – fez aspas com as mãos – Ela detesta pensar que já tem mais de quarenta anos. E ela não se considera avó. Considera-se titia do Andrew.

– E o Jimmy? – pronunciei – Ele parece meio... Deslocado.

– Esse meu primo é a pessoa mais tímida que eu conheço. – afirmou – Mas ele é legal e muito inteligente. Estudo direito em Paris.

Chegamos na casa de Poseidon em dez minutos. Minhas mãos começaram a suar. Eu sentia que Anfitrite iria querer “causar”. Quando eu era pequeno, gostava muito de brincar com Tyson e ele também. Só que a Anfitrite fazia questão de lhe dar brinquedos novos e caros para me causar inveja. Eu tinha ódio disso!

Apertei a campainha. O portão grande de aço foi aberto automaticamente deslizando para o lado. Caminhamos por uma estreita faixa de concreto que ficava no meio da grama daquele jardim suspenso.

Entramos numa área que era quase o tamanho de todo o meu apartamento. E ainda tinha um lustre dourado.

– Percy, você veio! – falou uma doce voz feminina animadamente. Era a minha querida irmã Hanna. Ela estava ao lado da Anfitrite. As duas eram quase idênticas, mas a Hanna tinha um toque diferente. Tinha uma “áurea de felicidade” e um jeito simpático que a mãe dela não tinha.

Hanna veio até mim e me abraçou forte.

– Não precisa quebrar minhas costelas! – falei.

Ela se afastou de mim e logo olhou para a Annie.

– Você deve ser a Annabeth. Eu sou Hanna. É um prazer lhe conhecer!

– Sinto o mesmo. – disse Annie. Fomos para mais perto da minha família.

Poseidon não parecia zangado ou estressado como sempre. Ele bebia champanhe normalmente enquanto segurava Anfitrite pela cintura.

– Annie, esse é meu pai Poseidon. A esposa dele Anfitrite e o meu irmão Tyson. – informei apontando para cada um.

Tyson esticou uma mão para que ela apertasse. Ela fez aquilo. Meu irmão estava com seus óculos escuros de sempre e segurando uma bengala.

– Como está a Sally? – perguntou Anfitrite a mim.

Vai começar!

– Bem – respondi simplesmente.

– Que legal... – pronunciou falsamente. Poseidon fez um muxoxo com a boca olhando para a mulher dele. Essa só fez revirar os olhos.

– Annabeth, você namora o Percy há quanto tempo? – muito bem Tyson! Ele estava querendo mudar de assunto.

– Um mês exatamente. – respondeu ela.

– Não entendo como você conseguiu aturar as besteiras que ele fala. – brincou Hanna. Ela usava uma blusa verde de alças finas, uma saia longa preta que era curta na frente e salto alto.

Annabeth apenas riu e eu mandei para os meus irmãos um olhar de “não tem graça”.

Comecei a pensar que, talvez, dar uma passada na casa do meu pai não fosse algo tão ruim. Mas, como sempre, o Jackson aqui estava errado.

Meu tio Zeus apareceu. Sua feição era um tanto surpresa. Pensei que fosse pelo fato de eu nunca participar das festas comemorativas com a família.

– Annabeth? – pronunciou olhando para minha namorada.

– Sr. Zeus?

Por que eu sinto que as coisas vão ficar ruins... PARA MIM!

De repente, Zeus e Annabeth começaram a conversar como se já se conhecessem. Constatei que ela devia reconhecê-lo do Jornal na TV, já que ele era aquele carinha que falava sobre meteorologia.

–Onde está a Thalia? – perguntou Annabeth.

Espera... Ela conhece a Thalia?

Fiquei preso nos meus pensamentos que nem percebi a chegada da minha prima no local. E a pior parte: ela e a porquinha realmente se conheciam.

– Há quanto tempo? – disse Thalia. O abraço entre elas duas foi bem longo.

– Nossa Thalia! Como você está diferente!

– Você também Annie.

– Acho que você já deve conhecer o meu namorado – comentou a loira.

As duas olharam para mim. Quando Thalia me olhou e fez expressão de “Você?” eu admito que as minhas pernas começaram a balançar. Thalia sabia bem como eu realmente era: Jeito garanhão, pegador e vida mansa. E se ela fosse contar os meus podres para Annie?

– Jackson? – senti que o que a Thalia realmente quis dizer foi “Logo o Percy? Podia ter arranjado outro!”.

É agora Cabeça de Alga. Você está ferrado, lascado, profundamente fudido! PORRA!

– PRIMA QUERIDA! – talvez eu tenha falado um pouco mais alto do que queria – Thalia, minha prima preferida. Me dá um abraço. – abracei a punk e a levantei um pouco. Estranhei-a não ter feito por onde quebrar os meus ossos – Como você está?

– É! – disse Annie – Pelo visto vocês se conhecem mesmo!

– Se nós nos conhecemos? – falei – Nossa! Nós dois somos unha e carne! Batmam e Robin! Débi e Lóide! Zé Colmeia e Catatau! Somos amigos do peito, do fundo do coração mesmo! – deixei transparecer firmeza – Best Friend Forever! – Ok, essa parte do BFF ficou gay.

– Não sabia disso. – falou Annabeth segurando o riso.

– Nem eu. – falou Thalia baixinho.

Thalia saiu de perto de nós e foi conversar com o pai dela. Acredita que ele deu para ela um cheque de dois mil dólares? Ela falou que era o que faltava para poder comprar uma moto irada. E ainda jogou na cara dele que ele esqueceu de novo o aniversário dela. A punk ainda falou um pouquinho com a Hera, só que dava para sentir que elas estavam só matado só com o olhar.

Chegou a hora de levar Annabeth para casa. Aproveitei para oferecer carona para Thalia. Ela aceitou permanecendo com seu olhar de desconfiada. No carro, as duas não paravam de conversar. Ora falavam sobre os tempos colegiais em que elas estudavam juntas, ora falavam sobre fatos mais recentes. Falaram até no Luke Mané. Nessa hora, Annabeth olhou para mim meio que querendo saber se eu me incomodava. Sinceramente, eu não ligo. Só sei de uma coisa: Ela é MINHA namorada e vai permanecer sendo. Não é o Luke que vai acabar com os meus planos, mas eu não quero que eles fiquem muito juntos.

E eu não aceito ser corno DE NOVO!

Primeiro deixei Annabeth na casa dela, que ficava a cinco minutos da minha – se estiver de carro. Quando eu e ela saímos do veículo, ela me deu um demorado beijo de boa noite. Voltei para o carro.

– COMO ASSIM VOCÊ ESTÁ NAMORANDO A ANNABETH? – gritou a louca roqueira quando já estávamos perto de chegar ao nosso destino.

– Calma Grace! – rebati – Olha, nós dois...

– Eu te conheço Perseu! Sei que você está planejando algo. Cadê o Percy mulherengo de sempre? Cadê aquele cara que quase toda semana dormi com uma garota diferente? Que fala que é só estalar os dedos – ela estalou os dedos – e todas as garotas ficam de joelhos na frente dele?

– Isso acabou. – menti estacionando o carro. Olhei sério para Thalia – Eu não consigo ser esse Percy que você falou com a Annabeth. Ela é diferente de todas as outras garotas que eu me relacionei. Eu estou apaixonado por ela, é sério!

Ela ergueu uma sobrancelha para mim.

– Eu vou ficar calada, por enquanto – levantou o dedo – Eu vi o jeito que a Annabeth olha para você e não quero acabar com a felicidade dela. Mas faça algo de errado e eu te bato até você ficar com uma dor do caralho! Entendeu?

Fiz sim com a cabeça.

E já não bastava o Quíron me infernizando?


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Notas finais do capítulo

kkkkkkkkk Bem jeito Percy, vai ter que aturar dois agora!
OWN, Charlena!!! Que nindo!!! Só eu que amei o ANDREW? E esse Jimmy? Hum... Ele vai dar o que falar kkkkkkk
Não sei se vocês concordam comigo, mas ninguém é melhor para interpretar uma filha de Hades do que a menina que fez A Órfã! Minha opinião...
Owwwnnn Zoe!!! Como sempre divando!
Tadinho do Cérbero. imaginem um cachorro sendo obrigado a miar!
Gostaram do cap.? Espero que sim///
Um beijão e comentem please!!!!



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