Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 22
Uma sogra amigável e uma sogra histérica!


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi, oi meus queridos!!!
Demorei muito? espero que não.
Gente, vamos começar a ter capítulos maiores. Bem maiores, talvez demore, mas eu acho que vocês vão gostar!
Nesse cap. vocês se surpreender com algumas coisinhas (não! Não teremos cenas Pernico se é o que vocês estão pensando kkkkk).
Boa Leitura!



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P.O.V. Percy

Despertei. Meus olhos se irritaram com o ambiente claro. Percebi que estava deitado sobre uma cama de casal em um quarto amplo. As paredes rosa escuro eram cobertas por fotografias de diversas coisas: paisagens, pessoas, animais e lugares. Sentei-me e notei algo: eu estava pelado! O lençol grosso amarelo estava todo amassado e o chão, repleto de roupas amarrotadas.

– Bom dia! – disse Victoria abrindo a porta do quarto. Ela usava um short jeans curto e uma camisa verde com corações vermelhos. Segurava um copão de café.

– Bom dia. – falei. Minha voz soou não tão animada quanto a dela. Eu estava morrendo de sono!

– Quer um gole? – perguntou.

– Tem açúcar?

– Sabe que eu gosto de café puro!

– Então não! – esfreguei a mão nos meus olhos – Que hora é?

Ela fitou seu relógio de pulso dourado.

– Onze e quarenta e cinco.

– O QUE? – gritei pulando fora da cama – Ah, merda! – vesti minha cueca enquanto recebia olhares maliciosos da Victoria.

– Que foi amore?

– Eu disse para Annabeth que iria almoçar na casa dela hoje.

– Por quê?

– Preciso pedir a permissão da mãe dela para namorá-la.

A expressão da cara da Victoria era bem esquisita.

– Isso é frescura! – exclamou – Quantos anos essa menina tem? Quinze? Catorze?

Ri do comentário dela. Terminei de me vestir.

– Victoria Rice – comecei – Ontem à noite você me fez o cara mais feliz do mundo! Se dependesse de mim, passaria o resto do dia com você, mas não posso!

Dei um selinho nela. Já estava para dizer “tchau” quando ele me puxou para um beijo mais quente.

– Tchau Jackson! E não deixe de me visitar, ou eu conto tudo para Annabeth. – brincou.

[...]

Toquei a campainha da casa dos Chase. Não sei o que aconteceu, mas eu consegui chegar ao meu apartamento a tempo de tomar banho, trocar de roupa e comer pelo menos uma torrada.

A porta da frente foi aberta por um cadeirante de cabelos escuros e encaracolados. A barba dela parecia estar a mais de um ano sem ver uma lâmina de barbear! Ele usava uma camiseta preta por baixo de um casaco cinza. Ergueu uma sobrancelha me encarando de baixo a cima.

– Ah, eu me lembro de você! – afirmou – Você é o... – olhou para o nada.

– Percy. – completei.

– Oi! – Annabeth apareceu atrás do paraplégico com um sorriso estonteante no rosto.

– Oi querida. – falei. Ela puxou a cadeira de rodas daquele esquisito para trás e veio até mim. Abraçou o meu pescoço.

– Minha mãe está lhe esperando e o almoço já está pronto.

Pelo menos eu vou comer do bom e do melhor DE GRAÇA!

Eu e minha namorada fomos até a sala-de-jantar. A mãe da Annabeth já estava lá na sua cadeira de rodas lendo um jornal. Ela era uma versão mais velha exata da filha. Ambas tinham o cabelo loiro-areia e pele parda. Até o formato do rosto era parecido. A Sra. Chase percebeu minha presença.

– Olá Percy! Bom dia! – cumprimentou-me gentilmente tirando os óculos de grau. Foi aí que eu percebi que os olhos dela também eram cinzentos. A roupa dela era bem neutra: Camisa com mangas compridas cor bege, calça jeans azul clara e brincos bem discretos.

– Bom dia Sra. Antônia. – falei na maior simpatia. Recebi olhares estranhos da minha namorada e da minha sogra.

– Meu nome é Atena. – corrigiu-me.

– Ah, é claro! – foi o que eu consegui falar depois do vexame que passei.

Como eu sou uma anta!

Sentei-me ao lado de Annabeth. Atena (e não Antônia) ficou numa ponta da mesa retangular de madeira rústica. O tio cadeirante ficou perto da loira mais velha. Uma mulher morena de longas madeixas castanhas claras apareceu com uma grande bandeja metálica.

– Percy, essa é nossa empregada Susy. – informou-me Annabeth.

Nem reparei muito no que ela falou. Eu estava focado mesmo era na refeição: carne assada banhada em molho de tomate acompanhado de uma salada básica e macarronada. Meu estômago fez uma dancinha da vitória no interior da minha barriga.

– Susy, querida, você vai me servir suco de uva com soja, né? – perguntou o paraplégico com olhar de pidão.

– Sim Sr. Quíron. – respondeu a empregada. Quíron? Que nome esquisito!

A empregada saiu e logo apareceu aquele motorista gay.

– Nico sente-se conosco, meu bem! – falou Atena. Essa mulher só fala amigavelmente?

Nico estava com olheiras enormes. Parecia atordoado e angustiado. Notou-me e corou levemente. Que droga! Desviei o olhar dele.

– Bem que eu queria me juntar a vocês, mas não posso. – disse ele – Acabei de receber uma ligação da minha madrasta e vou precisar ser liberado mais cedo hoje Sra. Chase.

– Aconteceu algo ruim? – perguntou Annabeth.

– Meu pai arranjou um briga com um policial e está correndo o risco de ser preso.

– Por que ainda está aqui Nico? – indagou Atena – Vá logo!

Nico saiu correndo quando seu celular tocou. Foi um momento estranho, mas logo voltamos ao normal. Susy nos serviu suco de uva com soja, como o Quíron queria.

– Então, Percy... – começou Quíron – Quando minha querida sobrinha Annabeth disse que o namorado dela almoçaria conosco hoje, a primeira pessoa que veio na minha cabeça foi Luke Castellan.

Eu travei naquela hora e acabei engasgando. Dei leves murros no meu peitoral Aquele velhote mencionou o Luke babaca na frente?

– Tio Quíron! – resmungou Annabeth.

– Não estou dizendo nada de mais! – argumentou – Só que eu já perdi a conta de quantas vezes o Luke veio almoçar aqui. – sorriu ironicamente – Já conheceu o Luke? – fiz “não” com a cabeça – Deveria conhecê-lo! Ele é um rapaz inteligentíssimo. Trabalha com o pai dele naquela empresa de tênis: Hermes. A mãe dele é uma atriz muito conhecida em Hollywood...

– Tio. – dessa vez foi a Atena que chamou a sua atenção. Ela lhe mandou um olhar repreensivo. Ele começou a beber o suco e deu de ombros.

Eu quero matar esse velhote.

Continuamos almoçando. Pedi à Atena a permissão para namorar Annabeth e ela disse que me achava um bom rapaz e deixou-me namorar a filha dela.

– Eu vou me arrumar. – comentou Annabeth subindo as escadas.

Sentei no sofá. Quíron apareceu me fitando seriamente.

– Olhe garoto, eu não vou muito com a sua cara. – revelou. Eu não sabia que reação ter – Mas se a Annie gosta de você, eu não posso fazer nada. Agora, se você magoá-la ou fazê-la chorar, eu juro que o Bruce Lee vai baixar em mim, independentemente da cadeira de rodas.

Engoli em seco.

– Tio Quíron pare de incomodar o Percy! – ordenou Atena longe de nós.

Cinco minutos depois, Annabeth apareceu. As botas marrons dela cobriam a maior parte da canela. A calça jeans azul marinho era colada nas coxas grossas. A regata preta foi coberta por uma camisa de botão xadrez vermelha e preta. Os lábios dela brilhavam com o batom coral.

Agora, eu a levaria para conhecer a minha mãe. Óbvio que ela não pediria à Sally permissão para me namorar! Só iria conhecê-la.

[...]

Estacionei em frente à casa do Paul Blofis.

Descemos do carro e caminhamos de mãos dadas até a porta. Toquei a campainha. Ninguém respondeu! Passamos um bom tempo esperando e nada.

– Annie espera aqui, por favor. – pedi e ela assentiu.

Dei a volta ao redor da casa. Avistei uma janela aberta. Fui até lá. Com dificuldade, consegui passar por ela, tendo acesso à cozinha. Quase não dava para ver a pia por causa da pilha de louça suja. Aquela cozinha estava um verdadeiro caos!

Andei até a sala-de-estar. A televisão estava ligada e passava um programa bobo. Sally e Paul estavam dormindo sentados no sofá e dormindo. A cabeça dela encostava no peitoral despido e cabeludo dele.

– Mãe! – pronunciei balançando o braço dela – Mãe. – como essa mulher é dorminhoca! – Mãe, eu peguei o dinheiro da sua carteira.

Rapidamente, ela acordou.

– Quem pegou meu dinheiro? Quem? – perguntou esfregando os dedos nos olhos. Paul também acordou. – Ah, é você Percy.

– Bom dia para senhora também. – ironizei. Paul me cumprimentou e eu retribui – Ok, eu preciso que vocês dois se arrumem bem rápido e agora!

– Por quê? – a pergunta da Sally saiu junto com o bocejo.

– Minha namorada está aí fora e ela quer te conhecer.

– Ah, sim. Sua namorada. – sorriu bobamente e depois arregalou os olhos e fez cara de assustada – NAMORADA? – Paul e eu nos espantamos com a reação dela.

– O que foi querida? – perguntou ele.

– Percy que história é essa de namorada? Como assim você tem uma namorada? Quem é? – Sally não estava agindo como se tivesse ganhado na loteria. Agia como se tivesse pegado Paul na cama com outra.

– Se a senhora parar de agir como uma histérica e se ajeitar, eu lhe apresento a...

– Calypso? – indagou balançando meus ombros para frente e para trás – Você está namorando aquela vendida de novo?

– Não! – fechei o punho. Eu detestava ouvir aquele nome, Sally sabia disso. Por que ela teve que falar?

Escutamos a campainha.

– Eu vou subir e vestir uma camisa. – disse Paul – Sally venha comigo.

Minha mãe assentiu e foi com ele.

Fui até a porta levando comigo a chave. Abri a porta para Annabeth.

– Está tudo bem? – perguntou ela confusa – Eu escutei algo que parecia uma discursão.

– Sério? – fingi-me de sonso – Foi só impressão sua.

Ela entrou e ficou a analisar tudo. A casa não era tão “luxuosa” quanto a dela, mas parecia ser confortável. Chamei a para se sentar comigo no sofá. Quanto já estávamos sentados, pus meu braço sobre o ombro dela. Annabeth me lançou seu típico olhar inocente e delicado. Dei um selinho nela.

– Desculpa pelo “surto” – fez aspas com a mão – do meu tio.

– Não estou incomodado com as coisas que ele falou. – menti. Na verdade, eu não estava nem aí se o Luke era o “bam bam bam” das paradas. Se o Quíron gosta tanto assim do Castellan, por que não namora ele?

– Olá! – a voz da Sally parecia mais calma agora. Ela conseguiu trocar de roupa e ajeitar o cabelo a tempo. Aleluia!

Annabeth se pôs de pé rapidamente. As duas se cumprimentaram.

– Mãe essa é a Annabeth. – falei – Annie essa é minha mãe, Sally.

– É um prazer conhecê-la. – disse a loira.

– Ah, Percy como a sua namorada é bonita! – afirmou Sally.

Annabeth abaixou a cabeça um pouco acanhada.

– Fiquem aí, eu vou preparar um lanche. – disse Sally.

Depois que a Sally preparou nosso lanche (bolo azul com café), ela e a Annie começaram a conversar sobre tudo, principalmente sobre mim. Minha mãe disse que ela, além de bonita, era muito inteligente e arranjou uma desculpa para me dar uma broca do tipo: Por que não arranjou uma garota assim antes? O Paul apareceu.

– Sr. Blofis? – indagou Annabeth.

– Srta. Chase? – retrucou o meu padrasto.

– Vocês se conhecem? – perguntei.

– Sim. – Annabeth respondeu indo até ele e o abraçando – Ele foi meu professor de matemática no ensino médio.

– Que mundo pequeno. – comentou Sally – Eu volto logo, logo. – ela subiu as escadas.

Por sorte, o Paul não me conhecia muito bem, então ele não sabia os meus podres! Tudo numa boa.

Minha mãe voltou trazendo um álbum de retratos roxo com desenhos de carros azuis.

– Ah, não! – exclamei – Isso não!

– Qual o problema filho?

Annabeth começou a ver as minhas fotos de quando eu era pequeno. E tinha cada foto! Tinha que eu estava na banheira (e sim, dava para ver aquilo), em outra eu estava abraçado com a Sally no colégio. Tinha até foto de mim chorando porque ralei o joelho.

– Ah, Percy! Você era tão fofinho. – falou Annabeth apontando para uma foto até engraçada.

– Eu vivo dizendo isso para o Perseu, mas ele começa logo a fazer cara de “que saco mãe”. – disse Sally.

– Perseu? – perguntou Annie. Fiz sim com a cabeça.

Aquela tarde finalmente acabou. Despedimo-nos da Sally e do Paul. Entramos no carro.

– Quando posso conhecer seu pai?

Essa frase quase me fez enfartar. Eu não quero fazer isso!

– Ah... Conhecer... Meu... Pai? – senti que estava falando de maneira um pouco nervosa.

– Qual o problema?

– É que... Eu e ele não temos muito contato. E é melhor não irmos, pois minha madrasta não gosta...

– Você não tem muito contato com o seu pai porque a sua madrasta não gosta? – interrompeu-me – Percy, ela gostar ou não de você não lhe tira os seus direitos de filho, como passar um tempo com o pai. – fazia até sentido o que ela falou – Não ligue para ela. – passou a mão no meu cabelo.

– E quando eu vou podar conhecer o seu pai?

Ela suspirou. De repente, ela ficou “distante”. Parecia estar sozinha e cansada. Começou a fitar as unhas.

– O meu pai morreu no dia do meu nascimento, Percy.

Talvez vocês me achem um otário, mas, por um breve momento, eu pensei no pai dela gestando ela. Não sei por que, mas pensei nisso. Esse pensamento foi bem tosco.

– Como assim? – perguntei.

Ela me contou o que aconteceu: o acidente de carro no momento que ela estava para nascer.

Encostei minha cabeça no ombro dela. Ela pôs a cabeça dela sobre a minha.

– Vamos para minha casa. – sugeriu.

– Vou pedir para sua mãe me mostrar algumas fotos de quando você era criança. – ela riu um pouco – Assim, eu terei minha vingança por você ter rido de mim com o joelho ralado. – forcei uma risada maligna. Ela riu ainda mais.

Liguei o carro e partimos.


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Notas finais do capítulo

OOOOWWWWNNNN que coisa mais fofinha!!!
Victoria sua égua, eu desejo muito que você vá para o Tátaro. u.u
Quem aí se surpreendeu com a reação do tio Quíron? Na boa, só eu que quero ver ele dando uma de Bruce Lee? kkkkk
Eu acho tão fofo o jeito que a Annie trata o Percy (Sabe de nada inocente) kkkkk
Tomara que o Percy tome jeito né? E quem sabe, pelo menos, ele aprende a falar o nome da sogra kkkkkk Antônia! kkkkk
Então mereço comentários? Espero que sim! =3



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