Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 2
As patricinhas


Notas iniciais do capítulo

E aí?
Bom, pra começar feliz ano novo a todos!
Gente, eu espero muito que vocês gostem desse capítulo!!!
Boa Leitura!



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P.O.V. Percy

– Você vive se atrasando, não é lá o empregado mais esforçado do mundo e vive roubando os meus pãezinhos que eu sei! – reclamou Sr. White. Desviei o olhar enquanto escutava o velho reclamar de mim – O que tem a dizer em sua defesa Jackson?

Olhei para ele.

Percy, não arranque as bolas dele! Se fizer isso você vai ser demitido pela terceira vez esse ano. Além de levar uma bronca da Sally, vai ter que aturar o Poseidon te chamando de vagabundo porque você não para em um emprego. Respirei profundamente tentando me acalmar. O que aconteceu? Digamos que eu dormi demais e cheguei à padaria com três horas de atraso.

– E então Jackson? – provocou Sr. White – Vai ficar aí calado como um débil mental? Por que não chama a sua mamãezinha para te defender já que você é um imprestável?

Agora pegou pesado!

[...]

Fiquei esticando os dedos da mão direita para ver se aliviava a dor. O soco que eu dei no olho do meu ex-chefe foi muito forte. Já deu para perceber que eu fui demitido.

Fora que eu ainda o chamei de “Corno barrigudo”.

Continuei a andar pela avenida em direção à loja da minha mãe. O clima na Califórnia estava agradável. Cheguei até uma confeitaria. Na parte da frente tinha uma placa de cor creme com um letreiro rosa neon escrito: Sally’s Candies! Entrei no local.

O cheiro de doce impregnou minhas narinas. O lugar era bem confortável. Não era muito grande, mas era aconchegante com as paredes pintadas de rosa bebê com desenhos de tortas e bolos. Caminhei até o balcão.

– Mãe. – chamei uma mulher de longos cabelos escuros que estava de costas para mim. Ela se virou para mim. Um grande e majestoso sorriso se formou no seu rosto.

– PERCY! – exclamou vindo até mim e me abraçando. Retribuí o abraço. De repente ela me olhou duvidosa – Aconteceu alguma coisa? – franzi o cenho – Vou logo avisando que não tenho dinheiro!

Olhei a incrédulo.

– E eu preciso estar com falta de dinheiro para visitar minha querida e amada mamãe? – indaguei sorridente. Ela me lançou um olhar de “Eu te conheço Percy Jackson!” – Ok, eu admito! – levantei as mãos em protesto – Eu fui demitido.

Os olhos castanhos da minha mãe se arregalaram.

– PERSEU JACKSON! VOCÊ FOI DEMITIDO DE NOVO? – gritou. Pedi para que ela se acalmasse e a sentei numa cadeira.

– Sarah traga um copo d’agua para minha mãe! – pedi a ajudante da Sally. Ela fez o que eu pedi.

Sally bebeu toda a água de uma vez, como se fosse uma bebida alcoólica num copinho de vidro.

– Filho – começou calma, mas até um retardado percebia que ela estava nervosa como uma mulher que acabara de pegar o marido no flagra com a amante – você percebe que essa já foi a terceira vez que você foi demitido esse ano?

– Ainda bem que já estamos em novembro! – comentei brincalhão fechando o punho para que ela o socasse de forma amigável. Ela não fez – Mãe a culpa não foi minha! O meu chefe era insuportável! Ele vivia pegando no meu pé e sempre arranjava uma maneira de brigar comigo!

– Eu avisei! Disse para você não ir na onda daquela garota! – Lembrou.

Quando eu estava perto de terminar o colegial, me apaixonei por uma líder de torcida chamada Calypso. Ela era a garota mais bonita do colégio. Então a gente começou a namorar. Depois de quatro dias de namoro, tive minha primeira vez. Ela já não era mais virgem. Deixei os estudos de lado e só me focava nela. Não fui atrás de faculdade nenhuma e ficamos anos juntos. E a minha mãe nunca aprovou o nosso namoro. Ela achava a Calypso uma garota sem objetivos para a vida. No dia do nosso aniversário de três anos de namoro, eu descobri que ela tinha um caso com um tal de Leo Valdez. Mas eu não poderia dar um soco na cara dele! Por quê? Porque ele não sabia. Ele pensava que era o namorado oficial dela.

Aquela vadia me enganou! E eu fiquei sem rumo. Ela me deixou apenas com um belo par de chifres na cabeça. Depois daí não tive mais nenhuma namorada séria, apenas “ficantes”.

– Podemos não retornar a esse assunto? – implorei. Ela assentiu.

– Tudo bem. Mas filho... O que você vai fazer da sua vida? Não pode ficar só esperando a mesada do seu pai!

– Mesada? Merreca, isso sim! – adverti – Se Poseidon me desse metade da atenção que ele dá para a Hanna e o Tyson, talvez eu fosse uma pessoa melhor.

Ela suspirou e passou as mãos nos meus cabelos.

– Vou trazer um bolinho para você!

– Traz com glacê azul!

Ela voltou para o balcão. Apertei minhas pálpebras com os dedos. Escutei o som do sininho que ficava em cima da porta de entrada para avisar que tinha clientes. Apareceram duas garotas. Uma tinha a pele bronzeada e longos cabelos loiros. A outra tinha pele oliva e cabelo ondulado escuro na altura dos ombros. Ambas usavam roupas de grife e salto alto. Eram duas patricinhas. Mas... Eu pegava as duas de maneira bem fácil!

Percy, agora não é hora para pensar em sexo! Você tem que pensar em como vai a sua vida para melhor!

A loira deixou um cartão cair no chão. Ela se inclinou para frente para apanhá-lo... E ela estava com a saia bem curta. Ela se abaixou, mas foi tão rápido que eu não pude ver nada. Porcaria!

– Você ficou sabendo da Annabeth Chase? – perguntou a morena – Aquela nerd que estudou com a gente durante cinco anos.

Annabeth Chase? Que nome estranho!

– Sim! – respondeu a loira – A mãe dela sofreu um acidente de carro e foi parar numa cadeira de rodas.

– Tadinha da mãe da Annabeth! O bom foi que já construíram uma cadeira especial que vai leva-la até o segundo andar na casa dos Chase e já contrataram uma fisioterapeuta particular.

– Essa família Chase deve ser rica! – falei sem querer. As duas garotas me olharam de maneira estranha. – Desculpem-me. Eu não queria atrapalhar a conversa de vocês duas.

A morena assentiu. A loira grunhiu: Hum.

– Enfim... E a Annabeth já está terminando a faculdade de arquitetura. – completou a morena.

– Será que ela e o Luke vão voltar a namorar? – questionou a loira sonhadora.

– Sei que eles formavam um lindo casal, mas... O Luke é lindo, é gostoso e é filho de um grande comerciante. Se a Annabeth não prestar atenção... Não vão faltar garotas querendo ser a futura Sra. Castellan!

Saí de lá. A última coisa que eu preciso no momento é ouvir as fofocas de duas patricinhas sobre uma garota rica que está solteira!

Uma lâmpada se acendeu na minha cabeça.

– É ISSO! – gritei sorridente.

Percebi que as patricinhas e a minha mãe estavam me encarando. Corei violentamente.

– Bom – começou Sally dirigindo-se às suas clientes, levando duas caixas brancas com o logotipo da loja – aqui está a encomenda de vocês. Uma torta de abacaxi para vinte e cinco pessoas, cem docinhos variados e cem salgadinhos também variados.

A morena pagou a minha mãe.

– Obrigado Sra. Jackson. – falou a loira.

– Eu que agradeço. – disse Sally – E voltem sempre.

As patricinhas se foram.

– Percy o que deu em você hoje? – perguntou Sally – Estou começando a achar que você precisa tomar uns “remedinhos” especiais. – ela fez aspas com as mãos.

– Mãe, depois a gente conversa. – disse eu – Agora eu preciso conversar com Poseidon!

Dei um beijo na bochecha dela e comecei a correr em direção à porta.

– Mas o seu pai não gosta de você! – lembrou quando eu já estava saindo.

– Eu sei! – gritei de volta.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
E... Esse Percy... Sinto "maluquice" no ar!!!
Gostaram da Loja da Sally? Eu sei que esse nome tá triste, mas foi o melhor nome que eu consegui inventar!
Gostaram do capítulo?
Comentários, please!



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