Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 16
A peça do tio Apolo.


Notas iniciais do capítulo

E aí?
Graças aos deuses, eu consegui um tempinho para postar!
Deixa eu comentar com vocês de onde eu tirei a ideia da peça: A peça era um fic que eu ia escrever. Mas eu fiquei com preguiça e perdi a vontade de escrever. Então, resolvi colocá-la como peça nesse cap.! Espero que vocês gostem!
Boa leitura!



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P.O.V. Annabeth

San Diego ficava a 210 quilômetros de distância de distância de Los Angeles. Percy foi dirigindo e conversando comigo e o tio Quíron. Eles dois ficavam o tempo todo me parabenizando. Por quê? Eu recebi o resultado da prova e passei!

[...]

Sentamos em poltronas pretas acolchoadas. Tio Quíron ficou num espaço próprio para paraplégicos. Senti meu celular vibrar dentro da minha bolsa vermelha. Peguei o rapidamente e li a mensagem que apareceu.

Precisamos conversar. Sinto a sua falta.

Luke

Que droga! Nesses últimos dias, Luke ficava só me mandando mensagens do tipo: “Por favor, me ligue.”, “Annabeth Chase, eu preciso falar com você.” e “Ligue-me assim que receber essa mensagem, por favor.”.

Eu não gostava de quando ele me pedia essas coisas. A última vez que Luke e eu nos vimos, foi quando ainda namorávamos e eu o peguei me traindo. Como eu poderia olhar na cara dele depois daquilo? Se ele quer tanto me ver, por que ele não vem até mim em vez de me mandar mensagens? Nós ainda poderíamos ser amigos? Acho que não!

Percebo que Percy Jackson estava olhando de uma maneira nada discreta a mensagem do Luke.

– Algum problema? – perguntei. Ele tomou um susto.

– Não! Eu só estava... – ele não sabia o que responder.

Ignorámos aquilo. Ainda demoraria para peça começar. Minha prima Alexis e minha tia Ártemis vieram até nós.

Ártemis estava usando um vestido preto com alças finas que era justinho, porém muito discreto e comportado, pois ele chegava até os joelhos. Seus olhos azuis estavam destacados com a sombra preta. Seu cabelo ruivo estava todo trançado para o lado de uma maneira descontraída.

Alexis estava muito fofa. Seu cabelo estava solto, mas com uma tiara cor de rosa que possuía um lacinho. O vestido dela tinha o fundo branco e era coberto por uma renda rosa bebê. Ela olhou para Percy.

– Oi. – cumprimentou Alexis.

– Oi. – disse Percy – Você é a...

– Alexis! – respondeu ela.

– Que nome bonito! – comentou Percy. Minha prima foi até o Quíron e o abraçou fortemente.

Ártemis nem falou com Percy. Apenas acenou com a cabeça e falou com tio Quíron.

Recebemos o aviso que a peça começaria. Pus meu celular no silencioso. As enormes cortinas vermelhas foram abertas. No palco, estava apenas uma cama de casal com um homem moreno de corpo atlético e uma mulher de cabelo castanho avermelhado escuro. Os dois aparentavam ter quarenta anos.

– Não quero ir trabalhar hoje! – resmungou o homem deitando sobre as pernas da mulher.

– Jerry, querido, nós precisámos trabalhar! – disse a mulher – Aquela agência de modelos não anda sem você e eu preciso ir para o tribunal ver um caso. – ela saiu da cama. Pôs um par de sandálias nos pés. A mulher estava usando apenas um micro short e uma camisa social branca masculina.

Jerry ficou de joelhos, puxou ela para trás e tacou um beijão na boca dela.

– Eu te amo Abigail! – disse Jerry.

– Também te amo. – concordou Abigail. Um bulldog apareceu e latiu para o casal que se separou e abraçou o cachorro, enchendo o de mimos.

As cortinas foram fechadas para que a cena mudasse. Quando se abriram novamente, não estava mais no quarto do casal e sim numa praça pública.

Abigail caminhava com o celular numa mão e um copo grande de café na outra. Como ela não olhava por onde andava, acabou esbarrando num pintor que pintava um quadro de madeira. Os dois ficaram um pouco melados do café que foi derramado.

– Saia do meu caminho! – bradou ela.

– Ora, a culpa é sua! – respondeu ele. Os cabelos dele eram loiros e a pele bronzeada. Reconheci o como meu tio Apolo – Eu estava aqui fazendo o meu trabalho e veio você e esbarrou em mim.

Os dois começaram a discutir.

A peça continuou a rolar. Abigail descobriu que tinha câncer de mama e quando foi contar para o seu marido Jerry, ele confessou que a traía com uma garota mais jovem. Foi aí que descobrimos que Abigail não podia engravidar, pois ela não tinha útero. Jerry decidiu se separar, pois a sua amante estava grávida e ele queria passar pela experiência de ser pai.

Abigail fica desolada. Com isso, ela passa a ficar mais tempo com Henry (Apolo). Ela consegue tirar o tumor do seio sem correr risco nenhum. Ela e Henry constroem uma amizade, apesar de brigarem o tempo todo.

Agora estavam numa cena em que o cachorro dela (que ela chama de Fred) estava em cima de um leito de hospital veterinário.

– Doutor, o que há com o meu Fred? – perguntou ela passando a mão sobre a barriga do animalzinho enfermo.

– O seu cachorro é um bulldog e essa raça não vive por muito tempo, pois já nasce com doenças. – disse o veterinário – Sinto muito.

Abigail começou a chorar. O veterinário saiu e só Abigail, Henry e Fred ficaram naquele cômodo de hospital.

– Você foi um amigão! – disse ela ao cachorro – Eu me lembro de quando te adotei. – enxugou uma lágrima na bochecha – Você era só um filhotinho, tão pequenininho. Eu sentirei tanto a sua falta Fred!

Henry cobriu o com um lençol branco. Abigail se aninhou nos braços dele.

Admito que chorei vendo essa cena. Mas nem foi tanto. Escutei um soluço do meu lado. Vi que Percy estava chorando como se tivessem arrancado as pernas dele. Ele percebeu meu olhar sobre ele e enxugou as lágrimas e se ajeitou. Aproximei minha boca do ouvido dele e sussurrei:

– Relaxe! Eu não conto a ninguém.

Voltei a me sentar direito. Senti a respiração dele perto de mim. Ele encostou os lábios no meu ouvido.

– Obrigado! – sussurrou ele. Aquele “obrigado” foi tão... Estranho! Ele pronunciou como se quisesse que eu ficasse com os pelos arrepiados.

Continuei a prestar atenção na peça. Passaram alguns dias. Henry e Abigail acabaram de voltar de uma festa. Eles estavam na sala de estar da casa dela. Riam bobamente. Sentaram num sofá. Ficaram conversando sobre coisas bestas que viram na festa.

– Você é bonita! – comentou ele tirando uma mechinha de cabelo do rosto dela. Ela franziu os lábios.

– Obrigado. – agradeceu ela – Você também é! – Henry a beijou. Apolo interpretava tão bem que nem parecia um beijo técnico! Os dois foram se aproximando cada vez mais. Ela o puxou pela gola da camisa. Ele pôs as mãos na cintura dela, o que a fez gemer – Chega! – ela interrompeu o beijo levantando se rapidamente.

– Que foi? – perguntou Henry confuso – Eu fiz algo que não devia?

– Não é isso! É que... Eu não quero ter outra decepção!

Ele ficou em pé também. Abriu de uma vez a camisa social vermelha de botão que usava. Todos escutamos assobios e uns gritinhos de “lindo” vindo da plateia. O que? O tio Apolo é muito bonito. Ele deixou a camisa cair.

– Garanto que você não vai se arrepender! – afirmou ele. Henry e Abigail se aproximaram instantaneamente e voltaram a se agarrar. Ela parecia fazer questão de passar a mão no abdômen dele! Deitaram no sofá, com ele por cima.

Olhei para Alexis e ela estava tapando os olhos com as mãos. Ártemis e eu rimos da situação.

Devo admitir que tio Apolo se garantiu escrevendo essa peça. Estava realmente fantástica! Abigail e Henry começaram a namorar sério. Tiveram de aturar os outros falarem mal, já que ela era bem mais velha que ele. Um dia, ele recebe uma proposta de ir trabalhar em outra cidade. Ele diz que vai, mas promete voltar para ela. Passado alguns dias, ela recebe a visita de seu ex-marido canalha que diz querer voltar com ela. Ela recusa e ele a agarra bem na hora que Henry chega.

– O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – gritou Henry furioso.

– Não é isso que você pensa que está acontecendo. – tenta Abigail.

– Como não? – rebateu ele – Eu saí de viagem e quando chego você está se agarrando com o cafajeste do seu ex na sua casa! – ele derruba propositalmente um buquê de flores que segurava e sai. Ela o seguiu.

Na próxima cena foi ela deitada num leito de hospital. Tinha acabado de acordar e Henry estava ao seu lado.

– O que aconteceu? – perguntou ela. Ele dá um selinho na testa dela – Você... Eu...

– Não se preocupe! – disse ele – Jerry me contou tudo. Foi ele que te agarrou contra sua vontade.

– Que bom! Mas o que aconteceu? Por que estou aqui?

– Você me seguiu ontem à noite no seu carro e acabou capotando. – ele fez um muxoxo com a boca – Se eu tivesse te escutado, você não estaria aqui! A culpa é toda minha!

– Não se preocupe. Eu logo sairei daqui e nós dois vamos tomar um sorvete de menta com chocolate.

Eles dois riram, mas ele parecia aflito.

– Henry, eu não estou sentindo as minhas pernas!

E o que aconteceu? Abigail foi parar numa cadeira de rodas. E chegamos na última cena. Henry e Abigail na sala de estar da cada dela. O buquê de flores ainda estava no chão. Ele entrega para ela. Em meio as flores, tinha uma aliança. E ele a pediu em casamento e fim!

Todos aplaudiram. Esperamos algumas pessoas saírem e fomos para o palco. Percy empurrou o tio Quíron para que ele subisse por uma rampa. Chegamos até o tio Apolo que estava junto com a mulher que interpretou Abigail e o homem que fez o Jerry.

– Parabéns papai! – Alexis correu e pulou nos braços do pai.

– Obrigado amor! – disse ele – Nossa como você está linda!

– Foi a tia Ártemis que me arrumou.

Apolo encarou a irmã de cima a baixo.

– Você também está linda irmã! – comentou. Ela agradeceu – Mas pare de tentar me seduzir! Lembre-se que incesto é proibido!

– Alexis, querida, tape os olhos, por favor! – pediu Ártemis. Alexis fez o que ela pediu e Ártemis mostrou o dedo do meio para o irmão. Apolo apenas sorriu – Já pode destapar os olhos.

Apolo olhou para o tio Quíron que estava sério.

– O que foi tio? – perguntou ele.

– Isso foi alguma indireta? – rebateu Quíron. Ninguém entendeu – Por que ela teve que ficar na cadeira de rodas como eu e a Atena?

Deixamos para lá. Apolo fez um cafuné na cabeça do tio Quíron e logo olhou para Percy.

– Ah, eu sou Percy. – disse ele. Apolo o olhou com uma cara de: ainda não te conheço.

– Ele é meu amigo. – informei.

[...]

Voltamos para Los Angeles.

Percy e eu ficamos em frente a minha casa, apenas olhando para as luzes da cidade, sentamos no capô do carro que ele alugou.

– Eu sempre me divirto saindo com você. – disse ele.

– Eu também. – assenti – E Percy...

Respirei fundo antes de pedir o que estava na minha mente. Ele me olhou atencioso. Os olhos verdes brilhando de curiosidade.

– Depois de amanhã, é o meu baile de formatura. E eu não tenho parceiro. Então queria saber se você não gostaria, se não lhe atrapalhar em algo, de me acompanhar.

Ele sorriu para mim.

– Annabeth Chase já pode se sentir acompanhada por mim. – brincou ele. Nós dois rimos.

– É melhor eu entrar, está ficando tarde. – falei.

– Ok. Tchau.

Abraçamo-nos rapidamente. E mais rápido ainda, ele depositou um beijinho na minha bochecha.

Percy piscou o olho para mim e entrou no carro, saindo do meu alcance de vista.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Ai, ai, ai, esse Percy! kkkkk Dá p/ perceber né que as cenas Percabeth logo virão?
E esse enredo da peça. Seria uma fic meio louca! Mas o que vocês acharam?
Só que que gostei da parte do choro do Percy? kkkkk
Comentem please!!!



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