Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 1
O dia a dia de Percy Jackson


Notas iniciais do capítulo

E aí?
Primeiríssimo capítulo!!!
Tomara muito que vocês gostem!!! Vou logo avisando que vocês verão os personagens de um jeito bem diferente!
Boa leitura!



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P.O.V. Percy

Acordei de mau humor. A chata da vizinha de cima tem uma mania irritante de arrastar os móveis todo dia por volta das sete da manhã. Que vontade de cortar a ponta dos dedos dela com um alicate afiado. Levantei da cama sem vontade de levantar e encarar o fato de que a minha vida é uma merda. Bufei estressado.

Caminhei até o banheiro. Depois de ter urinado e tomado um banho de água fria (já que eu não tenho regulador de temperatura da água), fui escovar os dentes. Fitei-me no espelho enquanto sentia o gosto de menta da pasta dental. Meus olhos verdes-mar estavam com olheiras já que ontem eu fiquei enchendo a cara com vodka e fui dormir já estava amanhecendo. Saí daquele cômodo.

Vesti uma calça jeans, um tênis All Star e uma camisa branca que tinha escrito “Eu odeio acordar cedo”. Na cozinha, abri a geladeira à procura de algo para comer. As únicas coisas que eu encontrei foram: queijo estragado, leite fora do prazo de validade e uma garrafa de suco de laranja.

- Que vida maravilhosa! – falei irônico.

Saí do meu MINUSCULO apartamento. Subi as escadas que ficavam perto da porta do meu apartamento. No andar de cima, bati com bastante brutalidade contra uma porta.

- THALIA! – gritei. A porta foi aberta por uma garota pálida como um cadáver, cabelo preto e olhos azuis. Tinha um jeito de se vestir bem punk. Ela me encarou furiosa.

- O QUE É JACKSON? – gritou.

- Por que todo santo dia você tem que arrastar esses móveis? Porra! – disse eu.

- Primeiro, minha casa estava com problemas de insetos. Segundo, você não pode reclamar de nada já que todo sábado você chama uma prostituta e os dois ficam gemendo e gritando até às cinco da manhã! – rebateu – Ah, Jackson! Que bom! Mais rápido! – imitou.

Ergui uma sobrancelha.

- Eu acho que você está com carência sexual. Se quiser, eu conheço uma garota que vende uns vibradores excelentes!

Ela sorriu irônica.

- Como sabe se são excelentes? Você já testou?

- Vá se lascar! – mandei.

- Vá à merda! – bradou.

Percebemos que tinha um garotinho moreno de pouco mais de sete anos nos encarando com olhar espantado.

Ficamos atônitos. Ele saiu correndo.

- Tenha um péssimo dia Thalia Grace! – falei saindo dali.

- O mesmo para você, Percy Jackson! – falou ela.

[...]

Eu já estava na parada de ônibus, devorando uma coxinha e um copo de café que eu comprei numa esquina de um cara que parecia o Capitão Barbossa dos Piratas do Caribe. Terminei de comer e rebolei o copo descartável e o guardanapo no chão, já que eu não estava nem aí para os catadores de lixo.

O ônibus chegou. Tinha só um lugar vago. Sentei-me rapidamente e fiquei a encarar a rua pela janela.

Pai, não custava nada me dar um carro, pensei.

Meu pai, Poseidon, é dono de um grande parque aquático aqui na Califórnia. Resumindo, ele é rico. E por que EU não sou rico? Bom, os meus pais não são casados. Ele é casado com uma perua chamada Anfitrite e a minha mãe, Sally, era empregada deles. Já dá para adivinhar o que aconteceu: meu pai traiu a esposa com a minha mãe. Quando Anfitrite pegou os dois no carro, ela bateu neles com a primeira coisa que achou: um aspirador de pó. Depois disso, minha mãe foi demitida e meu pai foi “perdoado”. Por que entre aspas? Porque a Anfitrite não tem emprego e ela não iria querer se divorciar de um homem rico e bem sucedido como meu pai, então ela o perdoou. E dessa traição nasceu eu! O bastardinho.

Morava com a minha mãe e ficava recebendo uma mesada do meu pai. Como já tenho vinte e dois anos e não estudo mais, parei de receber o dinheiro do meu velho.

Cheguei ao meu local de trabalho: uma padaria estúpida. Entrei no local bem iluminado e arejado. Claro e receptivo. Cheio de mesas com pessoas que eu não gosto.

- Está atrasado Jackson! – afirmou Sr. White. Ele era o meu chefe. O velho era careca, tinha uma barriga de esquistossomose e só de olhar para cara dele dava nojo. – Dez minutos.

- Desculpe-me Sr. White. – pedi – Eu tive problemas com uma vizinha chata hoje e...

- Não me interessa. – falou levantando o dedo – Mais um atraso e eu demito você.

Saí de perto dele. Um dia eu ainda vou arrancar as bolas dele e depois, fazê-lo engolir. Fui para trás do balcão. Do meu lado ficou uma ruiva bem sexy. Rachel foi uma das garotas mais fáceis que eu já peguei. E eu já peguei muitas. Ela me mandou seu sorriso travesso e provocante.

- Atrasado de novo Jackson. – afirmou – Estava fazendo o que? Posso saber? – Rachel Tinha uma voz hipnotizante e sensual.

- Não pode. – falei brincalhão.

- Estava com alguma vadia?

- Bem que eu queria. – sorri maliciosos para o vento.

- Com licença. – uma senhora que aparentava ter uns quarenta anos chamou a nossa atenção – Vocês não tem vergonha de ficarem falando essas coisas promiscuas no balcão?

- Não. – respondeu Rachel direto. A senhora abriu a boca num “O” perfeito. Ela parecia ser uma daquelas mulheres conservadoras e bem comportadas. A chata nos entregou uma sacola branca com sete pães quentinhos. Informamos o preço, ela pagou e foi embora.

- Que tédio! – falei enquanto bocejava.

- Também estou muito entediada. – afirmou a ruiva.

- Você bem que podia dar uma passada lá em casa hoje, para nós... Batermos um papo. – falei com segundas intenções.

- Isso depende. Da última vez que eu fui na sua casa, a sua vizinha chata ficou tocando música punk, o seu apartamento estava fedendo a meia suada e eu me deitei em cima de uma pizza de queijo que estava na sua cama. – lembrou.

- Olha, eu não tenho culpa se minha prima mora em cima de mim e fica só tocando aquelas músicas estranhas! – defendi-me. Sim, Thalia é minha prima. O pai dela, Zeus, é irmão do meu pai – Quanto a pizza...

- Diga pelo menos que a sua casa foi higienizada a menos de cinco dias!

- Foi. – falei sem muita certeza.

- Ótimo. – disse ela – Eu vou.

- Ei, você dois! – chamou o Sr. White. Por que esse velho não morre logo? – Parem de conversinha e trabalhem seus inúteis!

- Um dia – comecei – eu ainda vou...

- Vai arrancar as bolas dele e depois, fazê-lo engolir! – interrompeu-me ela – Você já disse isso um milhão de vezes!

E o tempo foi passando...

Finalmente, o meu expediente acabou. E por sorte minha, o da Rachel também.

- Já que estamos livres... – falei sorrindo para ela. Rachel bufou como se estivesse dizendo: “Percy Mané”.

[...]

Depois de ter ficado um bom tempo me divertindo com a Rachel, ela se foi. Disse que tinha hora marcada no salão. O outro motivo dela ter ido, foi porque a Thalia começou a escutar seu rock estranho. Fiquei andando pelo meu apartamento só de cueca box cinza. A minha moradia além de ser pequena era pobre. Os móveis já estavam velhos e desgastados. As paredes precisavam de uma boa pintura. Eu precisava de uma nova vida. Uma vida digna para uma pessoa como eu!

Sentei no sofá e bufei pensativo.

- O que eu faço comigo? – perguntei a mim mesmo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Percy safadinho... Hum...
Só eu que amo a Thalia?
Ei, a Rachel não é piriguete não viu? Próximos capítulos, vocês a conheceram melhor!
Aviso: esquistossomose é barriga d'agua!
Gostaram?
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