POV Draco Malfoy

Quando eu acordei, Hermione ainda dormia. Levantei-me e observei-a dormir. Ela era tão linda. E parecia que a maternidade havia dado uma luz a mais para ela. Com um sorriso nos lábios, eu fui tomar banho.

A água fria escorria pelo meu corpo, me despertando. Sabia que seria um dia complicado, minha castanha não podia se aborrecer e eu também não podia me indispor com a minha mãe no do aniversário dela. Eu ia ter que ficar segurando as farpas afiadas das indiretas de ambas.

Sai do banho não muito contente com a minha sina. Assim que saiu Hermione está desperta, obviamente me procurando.

– Bom dia querida.

Eu desci para buscar o café a ela. Queria caprichar, visto que ela enfrentaria minha mãe. Sério, não sei porque não se davam bem. Eu adoro a minha mãe, com certeza ela é a minha terceira pessoa favorita no mundo. Claro primeiro Hermione, depois nosso filho.

Meu Deus, daqui há alguns dias eu serei pai. Quer dizer, podia até ser amanha, já que pode ser a qualquer hora.

Subi contente da vida com essa idéia. Cheguei ao quarto e lá estava ela, deslumbrante em um dos seus vestidos verdes. Caminhei até ela, e senti ao molhado sobre meus pés:

– DRACO A BOLSA ESTOUROU!

Quando eu ouvi essa frase, eu sabia que ela devia significar alguma coisa. Alguma coisa importante, mas meu corpo resolveu que era hora de travas e ficar estático. Ele senti alguma mudança enorme. Hermione me fitava com uma cara furiosa e dizia alguma coisa que eu não ouvia. Até que eu ouvi, ou melhor senti:

–Ai, Hermione, que....

– DRACO SEU IMBECIL IDIOTA, SE QUISER EU JOGO UMA BIBLIOTECA TODA NA SUA CABEÇA. LIGUE PARA PANSY E PRO BLÁS DIGA QUE O AFILHADO DELES ESTÁ NASCENDO... AAAAAAAAAAH ISSO DÓI, ME LEVA DAQUI AGORA! SEU FILHO ESTÁ NASCENDO!!!

Ela disse tão rápido que eu mal compreendi, só entendi ‘filho’. Rapidamente corri até Hermione, e ajudei a se erguer:

–Draco, a bolsa do bebê...

– O que?

– A PORRA DA BOLSA DO BEBÊ, NA MINHA PARTE DO ARMÁRIO!

Corri para o nosso armário, e logo achei a bolsa com o nome do nosso bebê. Hermione gemia sem parar, gritava e falava cada vez mais palavrões. Voltei pra ela.

– Draco, rápido! E não se esqueça dos celulares!!

Corri mais uma vez, em disparada, até a cômoda e agarrei nossos quatro celulares. Hermione se encaminhava até a escada:

– MAIS QUE MERDA PORQUE TEM UMA ESCADA AQUI??? DRACO VOCÊ VAI TER QUE ME CARREGAR.

– Calma querida. Calma, estou indo!

Coloquei nossos celulares no bolso, a bolsa no bebê no ombro e carreguei minha esposa escada à baixo. Coloquei-a de pé ao lado do carro, já na garagem e voltei pra fechar a casa.

Quando voltei, Hermione já estava dentro do carro.

– RÁPIDO DRACO! VOCÊ NÃO VAI QUERER QUE ELE NASÇA NO SEU CARRO!

Entrei rapidamente no carro, liguei o painel e disquei o número da casa de Pansy:

–Alô?

–Pansy, é o Draco. A Hermione entrou em traba...

–AAAAAAH DRACO DIRIGE MAIS RÁPIDO PELA MOR...

–Ah entendi - Pansy disse - Já estamos indo para o hospital.

Ela nem me deixou dizer tchau e desligou na minha cara. Mulheres.

Hermione fazia o exercício de respiração que lhe foi ensinado e eu corria o mais rápido possível para o hospital. Ainda bem que era perto.

Chegando lá, eu corri para abri a porta para Hermione e já gritava:

–ALGUÉM AJUDE, A MINHA MULHER VAI TER BEBÊ!

Rapidamente vieram me ajudar, colocaram ela em uma cadeira de rodas e a levaram. Eu sinceramente achava que ia desmaiar. Corri para o balcão para assinar a papelada. Quando entrei, Blás e Pansy já estavam lá.

– Draco, o que está fazendo aqui? Você tem que entrar com a Hermione- Pansy foi dizendo.

–E cara, boa sorte! -Blás disse me dando um tapa na costa.

Ele mal terminou de falar e um médico já vinha em nossa direção:

–Senhor Malfoy? Sua esposa está exigindo a sua presença.

Já até imagino o escândalo que Hermione está fazendo.

–Pansy, ligue para os Potter. Hermione me mataria se eu não fizesse isso. Blás por favor, assine a papelada.

Eles assentiram e foram fazer o que eu pedi, não sem antes me desejar boa sorte. Acompanhei o médico até a sala onde Hermione estava. Tive que me higienizar e botar touca e uma roupa lá. No final parecia uma mulherzinha.

Quando, finalmente, pude me juntar a ela, Hermione estava possuída. Sério, nunca a tinha visto assim, nem quando estávamos separados.

–DRACO BLACK MALFOY, NUNCA MAIS VOCÊ VAI TER SEXO NA VIDA? COMO EU DEIXEI VOCÊ FAZER ISSO COMIGO.

–Calma senhora- A enfermeira dizia- Você tem que respirar e fazer mais um pouco de força.

–CALMA NADA! AAAH ESTOU MORRENDO DE DOR. ANESTESIA...PRECISO DE ANESTESIA.

–Hermione, querida. Você queria parto normal. Lembra? - Eu disse, acariciando seus cabelos.

–DRACO ISSO NÃO ESTÁ AJUDANDO.

Depois disso Hermione emudeceu, seus olhos reviraram nas orbitas, e eu achei que ela ia morrer. Ela gritou, se é que era possível, mais alto agora.

–As contrações estão aumentando. - Disse o médico - Hermione, seja corajosa, é hora de fazer força.

Hermione, em meio aos berros, concordou. Eu nunca tinha sido muito religioso, mas naquela hora, em que eu vi Hermione sofrer e ela mesmo assim tirar forças de si para trazer nosso bebê, eu fechei os olhos e orei. Orei esperando, que o que quer que esteja acima de nós, me ouvisse. Não sei quanto tempo se passou, mas de repente, meus ouvidos se encheram com um choro adorável de criança. Ouvi também o choro de Hermione.

–Draco, Draco, olhe. Nosso bebê é lindo!

Quando abri os olhos, minha esposa estava radiante de alegria. Estava tão linda. Ela segurava um minúsculo embrulho e quando eu o olhei, me apaixonei. Era o bebê mais que lindo que eu já havia visto.

–É uma cópia sua meu amor - Hermione dizia- Só os lábios e o nariz que são meus!

Eu olhava atento para ele, e o bebê parou de chorar e nos olhou. Parecia que ele entendia o que estava acontecendo, então ele sorriu. E eu chorei.

Depois, Hermione foi transferida para um quarto, e eles levaram nosso filho pra fazer todos os exames.

–Hermione, meu amor, como se sente?

–Feliz Draco. Como pode ser de outra forma? Eu amo tanto você, e acabamos de ter um filho!

Ela estava radiante. Eu me inclinei sobre ela e a beijei apaixonadamente. Eu não podia estar mais feliz.

Fomos interropidos por uma batida na porta, era a enfermeira:

–Eu acho que alguém aqui precisa de leite.

Eu fui até ela, e desajeitadamente peguei o meu filho:

–Oi bebê, você sabe quem sou eu?

–Draco, ele é um bebê ainda. Me dê ele aqui, para que ele tome leite.

Eu a entreguei a ela, e com carinho ela o guiou ao bico do seio. Me sentei ao lado deles, e fiquei admirando as duas pessoas mais importantes da minha vida.

Pansy e Blás e depois Harry e Gina, vieram visitar os dois, deixar presentes e nos parabenizar. Eu apenas observava feliz e tranquilo. Flashes da minha vida com Hermione, passaram pela minha cabeça. Quem nos conhecesse no colegial, jamais iria apostar nessa nossa vida agora. E só de pensar que meses atrás tivemos a nossa pior briga, doía meu peito. Mas eu e ela sempre superamos e sempre iriamos superar. Meu amor por ela, é diferente de tudo. Ela é a única razão para eu respirar, para eu me sentir feliz. Ela é o meu sol na minha escuridão constante. Eu nunca mais seria capaz de viver sem seu amor.

Enquanto eu devaneava, Hermione sorriu pra mim, meu sorriso favorito, e disse:

–O que tanto pensa Sr. Malfoy?

–No quanto eu amo a Sra. Malfoy.

Hermione enrubesceu, ficando mais linda.

–Eu amo você Draco.

–Eu também amo você Hermione.

E assim que seria daqui pra frente. Nós podiamos brigar ou/e passar por dificuldades, mas eu sempre iria ama-la. Nosso amor seria uma eterna constante em nossas vidas.

Fim!