ele não pretendia abdicar do tipo de relacionamento que tinha com Bella e que tanto lhe agradava para receber a aprovação dos pais. Aliás, uma aprovação que ele duvidava que fosse possível acontecer.

Ambos eram muito conservadores e Bella tinha dois fatores contra ela: não era de seu povo e, obviamente, já não era virgem.

Para Edward isso não importava, mas os pais dele não pensavam assim.

Edward enterrou os dedos nos cabelos de Bella, tão lisos e sedosos.

— Não quero ir embora.

— Eu também sei disso — comentou bella, movimentando os quadris contra a ereção de Edward.

Ele gemeu de novo.

— Você é uma provocação.

— Uma provocação nunca vai até o fim. Eu pretendo. Mais tarde.

Só de imaginar esse "mais tarde" edward sentiu os joelhos fraquejarem.Bella era perfeita para ele. Fisicamente, era uma combinação ideal. Ela media l,74 m, mais do que a média das mulheres. Certamente, era muito mais alta do que a maioria das mulheres de seu país, mas era mais baixa do que ele. E eles se davam muito bem, tanto na cama como fora dela, como agora.

bella tinha olhos misteriosos e lábios carnudos, bons de se beijar. Suas curvas não eram grandes demais nem pequenas demais, e quando a paixão a dominava, por vezes o deixava sem ar.

— Talvez eu queira que você vá até o fim agora.

—Vai perder sua reunião? — perguntou Bella, sem fazer nenhum movimento para se afastar.

Edward trincou os dentes e a soltou. Beijou-lhe a testa, depois a têmpora, mas não se arris­cou a beijar-lhe a boca novamente.

— Não, eu não posso — disse ele, dando um passo atrás.

Ela esboçou um sorriso triste.

— Nem eu, mas adoraria.

— Eu também.

Bella entrou na sala sem afastar os olhos de edward. Ele conhecia aquele olhar. Ela não queria deixá-lo, tanto quanto para ele era ter­rível vê-la se afastar.

— Precisamos de umas férias, de um tempo para nós.

Com edward evitando viajar por causa da gravidez de rose, fazia muito tempo que edward e bella não tinham um tempo juntos, sem as eternas interrupções dos deveres de di­plomata de edward.

— Separados? — perguntou bella, lívida. Edward percebeu que ela não estava brincan­do. De onde vinha aquela insegurança?

— Juntos. Quero estar com você sem nada que nos perturbe.

— Ah! —Bella sorriu. — Parece uma boa idéia.

— Pois é. Que tal depois do batizado? Eu poderia pegar um avião e encontrá-la em Iso­le del Rei. Poderíamos ficar lá alguns dias... pegando sol e fazendo amor até ficarmos sa­ciados.

Bella franziu a testa.

— Seria maravilhoso, mas vamos pegar o sol da Grécia mesmo, porque terei de voltar no dia seguinte ao batizado.

— Por quê?

— A noite de gala.

— Pensei que a idéia de você trabalhar como voluntária em vez de arranjar um novo emprego fixo com um diplomata seria para ter mais liberdade para viajar comigo.

— Posso viajar com você, mas foi você quem falou em férias. Neste momento não dá para eu tirar férias. Principalmente depois da viagem a Kadar e com o batizado tão próximo.

— Arranje alguém para assumir suas res­ponsabilidades.

— Não.

— Se estivesse trabalhando para mim, isso não seria problema.

— Não quero trabalhar para você.

— Por que, afinal de contas? — vociferou Edward, e logo trincou os dentes. Raramente se irritava com Bella, mas este era um ponto de discórdia, e jamais aceitaria a opinião dela.

— Preciso ser independente.

— Mas você não é independente. Você é minha dependente. Seu trabalho de voluntá­ria na agência de Apoio à Infância não muda isso.

— Não quero ter um emprego por viver com você. Quero conquistar meu lugar, mes­mo não sendo paga.

— Não se esqueça de que a conheci como assistente de um diplomata. Você era excep­cional e, quando se despediu, seu chefe ficou desolado. Não tenho dúvida de que também seria excelente na minha equipe.

— Mas os outros talvez não fossem dessa opinião. Eles pensariam que consegui o em­prego por ser sua amante.

— Quem se importa com isso?

— Eu me importo. E gosto do que faço no Apoio à Infância. — Ela baixou os olhos para examinar o relógio e voltou a fitá-lo. — Pre­ciso ir. Você também.

— Não terminei a conversa.

— Eu já. —Bella deu um passo atrás, como que enfatizando o próprio ponto de vista.

Edward a seguiu, frustrado.

— E eu devo simplesmente aceitar isso?

— Sim, já decidi. Se você vai aceitar de bom grado ou não, é problema seu.

— Você parece meu pai quando fala desse jeito.

— Não pareço sua mãe?

— Não. Para começar, ela nunca discutiria esse tipo de questão.

Bella franziu a testa e continuou caminhan­do para a porta enquanto falava.

— Esse deve ser mais um detalhe que me impediria de ser princesa de Zohra, não é?

Edward abriu a boca para responder, mas Bella já saíra da sala. Não gritaria por ela por­que não pretendia dar um espetáculo para a empregada. Sua vontade era esmurrar alguma coisa. Em vez disso, pegou a pasta.

Bella tinha razão. Ele não podia se dar ao luxo de chegar tarde na reunião desta manhã. Mas ela estava errada quanto a outra questão. Eles iriam rever essa idéia de ela trabalhar para ele. Era uma tolice Bella se preocupar com o que os outros pensariam. Em pouco tempo constatariam a excelência do trabalho dela.

Durante quase dois anos edward aceitara o fato de Bella querer independência. Agora, contudo, queria passar mais tempo com ela, e a única maneira de tornar isso realidade seria incluindo-a na equipe. Talvez nessa condição sua família tolerasse a presença de Jade em algumas ocasiões.

Se ela queria tanto conhecer a família dele, podia ser um pouco menos teimosa e colaborar para que isso acontecesse.

Mas alguma coisa lá no fundo lhe dizia que não seria tão fácil assim.