The Chosen escrita por Little Crazy


Capítulo 9
Peter


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEY!!!! TROLLEI VOCÊS! Pois é, disse que ia postar, só que não consegui. Bloqueio criativo sabe?
BOOOOM eu gostei do inicio desse capitulo, não sei se vocês vão gostar mas...Eu não curti esse final,mas foi o que deu.
Queria agradecer a Line Marques, Nymeria Malfoy Jackson, Annie Jansen,
Girl Problem, Ayara Wolf, biapjo, Juliana Darc, Son of Momo e Another Girl, por comentarem! Vocês são divas!
GEEEEEEEEEEEENTEEE CÊS ASSISTIRAM AO OSCAR? EU ASSISTIR!!! TAVA VENDO PELA TNT E FOI MUUUUITO LEGGGAAALLL! Jenn caindo de novo kkk, a Ellen DeGeneres tava hilaria kkkk. VOCÊS VIRAM A SELFIE DIVOSA DELES?! Aii foi lindo, o pessoal que comentou deve ter percebido que eu tava beeem mais louquinha que o normal. Pois é é isso. Espero que gostem, e não vou fazer curiosidades, pqtocompreguiçamsm.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/453335/chapter/9

Peter

Muitas coisas aconteceram, principalmente depois que Lauren foi embora. Descobrir que ela tem um Elo dos Sonhos comigo não foi nada fácil, isso vai além do que expliquei a ela. Ter uma conexão forte como essa, significa não somente que podemos morrer durante os sonhos, como também morrer na vida real, por exemplo: Se estivermos em uma batalha e Lauren for golpeada em uma parte vital, que possa mata-la, eu sofrerei também, embora eu não vá morrer, ela correrá esse risco.

Eu continuo estudando sobre isso, em segredo, não posso denunciar que tenha um Elo dos sonhos com Lauren. Senão Hecate irá procurar um jeito de raptar minha pequena novamente, e não posso permitir isso.

A vagabunda da Hecate, depois que Lauren foi embora, parece ter surtado de vez. Lembro como se fosse ontem, da atrocidade que ela fez, logo após o retorno de Albert.

Acordamos com os sinos tocando, eu já sabia que isso iria acontecer. Abri meus olhos lentamente e vi Hecate vestindo seu robe preto. Seus cabelos ondulados caiam por suas costas, seus lábios carnudos e avermelhados estavam pressionados e ela andou até a sacada.

– O que foi ? –perguntei sonolento

–Alguém está fugindo –respondeu cheia de raiva- MAS O QUE!? PETER OLHE ISSO AQUI!

Levantei rapidamente e corri até ela, vi Lauren correndo com Gus, lágrimas ameaçavam cair de meus olhos, minha pequena iria embora, depois de 8 anos cuidando dela, teríamos que nos despedir assim. Dessa forma.

–Mas o que aquela idiota está fazendo? –perguntou retoricamente Hecate, fervendo de raiva- Você sabia disso? –perguntou entredentes- Mas é claro que sabia! Como fui burra! Vocês estavam tramando todo esse tempo!

–Pare com isso –revirei os olhos- Se fosse para eu ter participado, com certeza teria ido com ela ao invés do Augustus

–Veremos Peter, veremos –disse Hecate mordendo o lábio inferior com raiva- GUARDAS! –gritou jogando o robe para trás e saindo da varanda.

Vi Lauren olhando para nós, Gus gritava com ela, mas a mesma parecia não perceber, os guardas já chegavam perto deles. Assenti para que ela continuasse

–Vá com os deuses filha –sussurrei

Ela fez uma cara de choro e voltou a correr.

(*****)

Assim que Albert voltou, eu já me encontrava na sala dos tronos, tentando acalmar Hecate, ela bufava de raiva, e ainda se encontrava de pijama.

–Amor, se acalme –pedi sentado no trono- Eles vão conseguir pega-la, não se preocupe, eu mesmo vou dar um castigo nela –disse fingindo raiva

–Você? –riu debochada- EU VOU MATAR AQUELA FEDELHA –berrou com ódio- COISA QUE JÁ DEVIA TER FEITO A MUITO TEMPO!

–OPA,OPA,OPA! –gritei levantando-me- NÃO VAI MATAR ELA NÃO!

–Ah não? –perguntou com os olhos vermelhos de raiva e cruzou aqueles braços branquelos dela- Ah é verdade, vou tirar os órgãos dela, enquanto sua Laurenzita, berra de dor. Vou quebrar cada dedinho delicado, ouvindo como música para os meus ouvidos, os gritos dela, e por fim, vou mata-la torturando-a, do modo medieval, com fogo, choque…Tudo que vá causar gritos e dor nela –pronunciou-se lentamente- E você –apontou para mim- Vai assistir tudo, acorrentado, amorzinho.

Meu corpo inteiro tremia de raiva, minha vontade era voar em cima daquela vadia, e arrancar todos aqueles dentes brancos dela.

–Ah e não posso esquecer –falou com um sorriso maligno no rosto- Vou…acabar com a vida, da mamãezinha da Lauren –disse fazendo uma cara de deboche e voz de bebê- E você como sempre. Vai continuar sem as mulheres que ama –sorriu

Não consegui controlar minhas ações, só vi quando já estava prensando ela contra a parede e com meu rosto a apenas 1 cm do seu

–Cala…essa…boca…sua…vagabunda –cuspi as palavras no rosto dela- Elas são mil vezes melhores que você!

–Ah claro, Alexia sendo aquela problemática –sorriu de lado e semicerrou os olhos- E Lauren sendo aquela vadiazinha, fracote, inútil. Que não consegue matar nem uma mosca!

–PORQUE ELA NÃO É UM MONSTRO FEITO VOCÊ! –berrei com ódio e soltei ela no chão, eu estava quente de raiva e meus pulsos tremiam, loucos para acertar um soco nela. Mas não faria isso, não bateria em uma mulher.

Ouvi a gargalhada fria e sem humor dela, um guarda entrou e disse:

–Minha rainha, os guardas voltaram, e encontraram seu filho, Albert –comunicou

–Albert? –perguntou Hecate desconfiada e se sentando no trono- Mande eles entrarem, imediatamente

As portas se abriram e os soldados entraram, uma fileira se posicionou em nossa frente, eu apenas me escorei, bufando de raiva ainda. Albert foi empurrado por um soldado e bufou

–Não toque em mim, assim! –gritou

–Albert Philips –disse Hecate entredentes- O que você fazia com eles?

Ele engoliu em seco e olhou para a mãe

–Fui tentar captura-los sem os soldados –resmungou

–Ah sim…e você conseguiu? –perguntou a mãe bufando de raiva

–Não senhora

–ENTÃO PORQUE TENTOU? SEU IDIOTA!

–Me desculpe

–Conversaremos depois –disse ela respirando fundo- Saia daqui

O garoto saiu, lançando olhares de raiva aos soldados. Hecate se levantou e parou em frente ao chefe da guarda

–E os fugitivos? –perguntou séria

–Não conseguimos capturar eles senhora –o filho de Ares disse- Mas se quiser iremos revistar a área inteira do castelo, agora mesmo.

–E QUERO ELES IMEDIATAMENTE! –berrou- SAIAM DA MINHA FRENTE!

Eles rapidamente saíram da sala e ela virou para mim

–Você –apontou- Terá o que merece. Ninguém faz o que você fez comigo –sorriu e saiu

–Vagabunda –murmurei

(*****)

Algumas horas se passaram, e os soldados voltaram. Comunicaram que não encontraram nada, apenas um pedaço de roupa masculina, em uns arbustos fora do labirinto.

–Chamem aquela amiga dela, filha de Vênus –ordenou

Logo Tania chegou, e observou tudo assustada. Meu coração ficou apertado, mesmo sendo romana, Tania era minha irmã, não queria a ver sofrer.

–E então…Conte-me tudo sobre a fuga de Lauren e Augustus –ordenou Hecate- Afinal, vocês viviam juntos.

Tania engoliu em seco, ela não sabia, não podia saber, aqui dentro apenas eu, Lauren e Gus sabíamos.

–E-eu não sei de nada senhora –confessou- Lauren nunca comentou nada sobre isso.

–Pare de mentir! –gritou- Eu sei quando você mente!

–Eu juro senhora –confessou ameaçando chorar

–Conte a verdade –disse lentamente

–Tudo bem…-a pobre menina engoliu em seco- Uma vez, ela comentou sobre ficar livre logo desse castelo. Mas não entrou em detalhes.

–Sabia que você mentir desse jeito, está me deixando irritada? –debochou Hecate

–Eu não estou mentindo! Eu juro! Por favor minha senhora! –chorou a garota

Eu que estava escorado todo esse tempo na coluna, andei até elas apressado. Hecate puxou a espada de um soldado, que observou tudo assustado. Corri até elas, mas eu parecia não sair do lugar. Hecate parou em frente à Tania, que estava ajoelhada aos prantos

–Última chance, eu quero a verdade –anunciou lentamente

–Ela…uma vez…falou…q-que seus pais estavam…que eles e-estavam cruzando países, para resgata-la –chorou- É só isso! Eu juro!

Um sorriso brotou no rosto da feiticeira e ela disse:

–Eu acredito em você, querida –sorriu mais ainda- MAS NINGUÉM MENTE PRA MIM!

E cortou a cabeça da moça. Eu parei no lugar, com os olhos esbugalhados e a boca aberta, assim como todos que estavam lá. Todos gostavam muito de Tania, ela era uma alegria de menina, e mais que isso, era melhor amiga de minha filha. Lauren iria ficar arrasada quando soubesse.

–O QUE VOCÊ FEZ?! –berrou um Albert furioso, que tinha acabado de entrar- PORQUE FEZ ISSO?!

Hecate virou-se para ele e sorriu

–Isso, querido, acontece com quem mente pra mim –avisou- Espero que não faça isso, não é mesmo? –um sorriso sádico brotou em seu rosto.

Ele pareceu espantado e engoliu em seco

–Eu gostava dessa garota mãe –confessou- De verdade!

Saiu correndo da sala e continuei observando o corpo sem vida de Tania, jorrando sangue para quem quisesse ver.

–Você foi longe demais- falei antes de sair da sala

Nós nunca chegamos a ter conversar sobre o meu castigo, o que eu agradeci, pois não queria sofrer as torturas mentais que ela me submetia. Tania teve um enterro digno, apesar de tudo, Albert sofreu em silêncio durante uma semana. Acredito que ele gostasse realmente da garota, afinal, nunca olhou para ela como olhava para as outras, havia um desejo diferente nos olhos dele. Nada carnal, e sim amoroso, tenho certeza que ela ficará viva na memória de quem a amava.

Eu andava pelos corredores do castelo, iria até o calabouço, procurar novamente pistas sobre minha profecia. Dobrei no corredor da direita que levava até a parte mais sombria do castelo, quando vi alguém escorado na parede, com o pé esquerdo apoiado na parede assim como a costa.

–Albert, o que faz aqui? –perguntei assustado

Ele deu um sorriso afetado para mim e disse:

–Estou indo embora, mas antes preciso lhe mostrar uma coisa –comunicou olhando para os pés.

Franzi a testa e cruzei os braços

–O que, exatamente?

–O motivo para você ter vindo parar aqui –respondeu me olhando cético- Você sempre procurou no lugar errado...

–Do que você está falando garoto? –perguntei irritado

Ele revirou os olhos e passou andando por mim

–Me siga –mandou- Só temos uma hora, ela saiu e volta logo, logo.

Puxei o rapaz pelo braço e o fuzilei

–Eu lhe fiz uma pergunta!

–Ora, Peter. Deixe de ser burro –bufou enraivecido- Estou falando da profecia, é óbvio.

Meu corpo congelou como ele sabia sobre isso?

–Como sabe sobre ela? –indaguei

–Ouvi você e Lauren conversando uma vez –confessou olhando para os lados envergonhado- Também ouvi você e mamãe brigando, e você mencionou ela.

–Hum…-resmunguei desconfiado- E como descobriu sobre os meninos?

–Gus falou uma vez durante o sono e ouvi no dia em que Lindsay morreu, você conversava com alguém no seu quarto. Sem contar que não é de hoje, que sei dos seus esquemas com aqueles dois –respondeu revirando os olhos- Agora me solte, preciso mostrar antes que ela volte.

Soltei o braço dele e andamos até as masmorras, subimos uma escada que levava até á mais longe das torres, Albert abriu uma com uma chave de forma envelhecida à porta, que rangeu feito o motor de um carro.

–É um pouco velha –explicou com um sorriso amarelo

Assenti e ele passou por mim, colocou o braço para que eu esperasse.

–Ela deve ter colocado algum feitiço aqui…-murmurou- Et erusbescant ex alica*

Runas apareceram e ele as leu rapidamente e sorriu

–Como imaginei… Desencantaten leporem* –falou em alto e bom som.

Uma parede imaginaria caiu sob nossos pés, Albert andou até uma porta que havia no fundo, abrimos e me deparei com vários e vários buracos com pergaminhos dentro.

–Qual é a profecia? –perguntei com o coração acelerado

–Aquela ali –disse apontando para uma que brilhou assim que falei- Vá até lá e pegue, você faz parte dela –disse jogando o molho de chaves que segurava- A profecia se manifesta, quando o escolhido para participar, está presente no local.

Andei apreensivo até o buraco

–Rápido Peter, só temos 20 minutos –pediu apressado e olhando para o relógio

Andei rapidamente e estendi a mão, a profecia voou e pousou nela. Tentei abrir mais toda vez que desenrolava o papel, ele se enrolava novamente.

–Não é essa –disse

–Claro que é –respondeu o garoto- Uma vez, segui minha mãe e ela abriu a profecia. Aconteceu à mesma coisa, é porque não se pode abrir sem que a verdadeira escolhida esteja presente. Ou os três –disse me olhando significativamente

–Está querendo dizer, que só a Lauren pode abrir? –perguntei andando até ele

–Não, eu quero dizer que só você, Lauren e a mãe dela, podem abrir –explicou fechando a porta- Vocês são os escolhidos, só que tem um problema.

Parei imediatamente de andar e o encarei

–Qual ? –perguntei assustado

–Ela não está completa –explicou- Faltam quatro partes

–Como?! –perguntei exaltado- Quer dizer que procurei por 8 anos só um pedaço da profecia!? E preciso procurar mais 3?

Albert me olhou e deu um sorriso amarelo

–Na verdade…você precisa procurar quarto –disse me empurrando para fora da sala e murmurando um encantamento

–Como assim? –perguntei irritado- Isso tá tudo errado!

–Não, está tudo certo –retrucou- A que existe no mundo inferior, é muito grande. Caso não tenha percebido, e não existem profecias grandes como aquela, a menos que esteja fragmentada –apontou para a minha e olhou para o relógio- O que é o caso da profecia de vocês, são quatros partes que foram espalhadas pelo mundo, existe apenas duas que estão em posse de alguém. No caso essa –olhou para o pergaminho e em seguida para mim- E outra que está em algum lugar da China, em uma aldeia muito simples, que é muito bem escondida, e aparece apenas para pessoas muito especiais, como vocês.

–Então vou ter que ir até uma aldeia que pode ou não aparecer, e procurar uma profecia? –perguntei irritado enquanto descíamos as escadas.

–Não, você não pode ir. Isso é o destino da Lauren –explicou- Os deuses as espalharam, assim que descobriram. E isso aconteceu um ano atrás, ninguém sabe disso, só eu, você, minha mãe e Circe –olhou novamente para o relógio- Temos apenas 10 minutos, Peter precisamos sair daqui agora! Você tem que procurar sua filha e dizer isso a ela! Minha mãe já começou a procurar. Vocês estão atrasados!

Respirei fundo e disse:

–Tudo bem, vou nos transportar até meu quarto, você sai pega suas coisas enquanto eu faço o mesmo, e vamos até o atalho que você tem pro labirinto

–Que atalho? –perguntou nervoso

–Por favor, Albert, eu sei do atalho. Você usou um para achar Lauren e Gus naquele dia –revirei os olhos

–Hã…ok –erubesceu

Segurei no braço dele e aparatamos em frente ao meu quarto, eu corri e comecei a recolher minhas anotações e tudo que fosse precisar, joguei tudo em cima da cama e estalei os dedos, minhas coisas voaram para dentro de uma mochila, pus ela na costa e sai do quarto, entrei no de Albert e ele colocava um porta retrato dentro da mochila.

–Pronto? –perguntei

–Claro, temos 5 minutos.

Segurei no braço dele e aparatamos na ponte que leva ao labirinto, Albert olhou para os lados e apontou em uma direção no leste.

–Ali

Corremos até lá e um alçapão estava escondido no meio das folhas, Albert puxou e entramos, corremos até uma escada que tinha. Subimos ela e Albert abriu outra portinhola, saímos no meio de uma floresta, corremos até a campina que existia na saída do labirinto e olhei para ele

–Onde você vai ficar? –perguntei

–New Jersey –respondeu sem fôlego

(*****)

Havíamos saído em um beco que ficava perto de um barzinho. Fechei os olhos e nem pude acreditar no que estava sentindo

Liberdade, isso definia, estava libertado daquele castelo, não precisaria mais seguir as ordens daquela vagabunda.

–Estamos livres –sussurrou Albert descrente e com um sorriso no rosto- Peter! Estamos livres!

Virei-me e sorri, nos abraçamos e observei a paisagem que tinha

–Porque escolheu New Jersey? –perguntei

Ele travou e piscou algumas vezes, em seguida tirou um papel com um endereço escrito, do bolso.

–Por isso –respondeu

–O que seria isso? –perguntei observando um homem passeando com a filha. Meu coração apertou, como sentia falta de Lauren.

–O endereço de um amigo –respondeu

–Amigo? –perguntei confuso e virando para ele

–Sim, alguém que não vejo há muito tempo. Descobri que ele se mudou para cá, depois que eu e meu irmão sumimos, e resolvi procura-lo, quem sabe ainda esteja vivo…

–Hum –comentei- Então tudo bem, não quer ir para o acampamento comigo? –sugeri- Podia passar um tempo lá, depois eu lhe trazia para cá. Vai ficar mais seguro –lembrei

–Não, eu não posso mais adiar essa busca –negou- Tenho certeza que vou encontrar ele aqui, não é tão grande. Em menos de 1 mês já achei.

–Bom…Tudo bem –disse colocando as mãos nos bolsos- Até qualquer dia, se cuida.

–Você também –disse triste- Vou sentir sua falta

–Eu também, marrento, eu também –confessei- Considero vocês como filhos, conte comigo pra qualquer coisa.

–Você também, até.

Apertamos as mãos e ele correu para o outro lado da rua, assim que o sinal para pedestres abriu. Observei ele sumir quando alunos de uma escola saíram e foi aquela correria só.

–Vai em paz cara –murmurei

(*****)

Andava pelas ruas de Londres, eu procurava o apartamento de Alex, entrei em contato com um informante que eu tenho dentro do Acampamento, e ele me contara o que aconteceu, depois liguei para Logan e ele me informou que Percy tinha ido atrás de Alex, em seu apartamento.

Estava sentado em um banco perto de uma banquinha de jornais, vi um MG6 cinza passando por mim e parando em frente a um prédio luxuoso, entrou na garagem e logo percebi que era Alex, certa vez eu vi Alexia andando com esse carro. Mudei de aparência, agora eu parecia um senhor de meia idade, com ternos luxuosos e segurando uma pasta de trabalho. Manipulei a névoa para que o porteiro me deixasse entrar, fiquei esperando o elevador, assim que ele chegou, Alex entrou por uma porta que tinha saída na garagem. Estava acompanhado de James, o que tornava tudo mais complicado

–Mas pai! Porque você fez aquilo?! Não precisava empurrar a mamãe –dizia o menino, com uma expressão preocupada

–Ela não se machucou filho –explicou o pai irritado- Era só para ela não me impedir de levar você

–Mas não precisava fazer aquilo!! –gritou o menino irritado

–James já chega! –gritou o pai, fazendo o menino se calar com medo- Você está me irritando com essa ladainha, sua mãe está bem.

O menino fez um bico e se agarrou ao casaco que segurava. Correu até mim e me olhou com seus olhinhos verdes, iguais aos de Alex

–Posso subir com você, moço? –perguntou

–Claro que pode campeão –disse sorrindo e dando espaço para ele passar

–Obrigado moço –agradeceu e correu até o elevador, ficando na ponta dos pés para alcançar o número da cobertura- Pode me ajudar? –pediu

–Claro, qual se…-fui interrompido

–Deixa que eu aperto James –se intrometeu o pai, irritado.

Fui mais para trás e dei espaço para que ele entrasse com a mala do garoto. Apertei um número aleatório e esperei, James ia para frente e para trás dentro do elevador.

–James pare com isso –pediu o pai- Vai se machucar

–Não vou não –teimou o menino

–James é a última vez que eu estou avisando, você vai ficar de castigo –ameaçou o pai

–Ah pai, para de ser chato –provocou o garoto

Alex fechou os punhos ao lado do corpo e murmurou um “Só ela conseguia controlar esse menino”

Meu andar chegou e sai, mas não sem antes ouvir um

–Até logo, moço –despediu-se o menino

Sorri e acenei. Esperei o tempo em que eles chegariam e subi novamente. James estava lá fora recolhendo o casaco dele, enquanto o pai colocava a mala no quarto do garoto

–Não demore James! –gritou o pai.

–Tá, só vou pegar o casaco! –respondeu o menino.

Sai do elevador sem que James notasse. Ele discava um número no celular, esperou um tempo e praguejou

–Atende mamãe –pedia num sussurro- Porcaria. Quando eu preciso ela não atende!

–Quer ajuda? –perguntei calmamente.

Ele se assustou e sorriu.

–Oi moço, o que faz aqui? –perguntou desconfiado

–Achei que pudesse ter esquecido meu pen drive no elevador, quando seu pai passou com a mala, pudesse ter caído –inventei uma desculpa rápida.

–Ah sim, e você encontrou? –perguntou

–Encontrei sim –respondi enfiando a mão no bolso e conjurando um pen drive- Aqui está –mostrei

–Ah sim! Será que você pode me ajudar? Eu vou consigo ligar pra uma pessoa –pediu James.

–Claro, lá em baixo é melhor o sinal –respondi

–Hum…é que não posso descer sozinho… -fez uma careta

–Quer que eu vá com você? –perguntei, torcendo para que Alex demorasse.

–Eu quero, mas tem que ser rápido, tá bom? –perguntou

–Claro.

Dei sorte de o elevador estar parado ainda, coloquei o térreo e vim pensando o caminho inteiro, em como iria deixar esse menino e voltar para acertar as contas com Alex...

O elevador abriu e saímos, um carro estava parado em frente ao prédio, vi Percy subindo as escadas e quase corri para beijar ele.

–Percy –chamei aliviado, deixei que apenas ele visse minha verdadeira forma e sorri- Cuide de James um instante, preciso falar com o pai dele. Sobre um certo assunto que interessa a nós dois –sorri sombriamente

–P-Peter? –perguntou Percy puxando James- Você tá bem? –perguntou ao garoto

–To sim, ele conhece você? –perguntou o menino confuso

–Conheço sim James –sorri- Me espere Percy, vou para o acampamento com vocês.

Nem deixei ele responder, aparatei no andar de Alex e ele estava desesperado apertando os botões do elevador

–Anda…anda…-pedia

–Olá Alex –cumprimentei

Ele virou-se assustado para mim e disse:

–O que faz aqui? Quem é você? Cadê meu filho? –perguntou vindo furioso até mim

–Não me reconhece mais? –perguntei sorrindo sarcasticamente- Mas deve lembrar-se do peso da minha mão, certo?

Acertei um soco forte no rosto dele,que caiu desnorteado,e depois disso foram socos atrás de socos.

–ISSO! É POR VOCÊ TER ROUBADO ELA DE MIM!

Ele se protegeu com as mãos e se encolheu, eu parei de soca-lo e me distanciei. Ele levantou com dificuldade e limpou o sangue que escorria da boca dele.

–SEU IDIOTA!! FILHO DA PUTA, QUEM É VOCÊ? –berrou com raiva

Sorri, e deixei que ele visse quem eu sou. O mesmo ficou espantado e abriu a boca para falar, mas fechou.

–Acho que assim é melhor para você me reconhecer, não é mesmo? –perguntei sorrindo de lado

–CADÊ MEU FILHO? –berrou

–Está com o tio dele lá em baixo, não se preocupe. Ele não vai ver o pai chorar como uma menininha –disse andando até ele

–O que você vai fazer com ele? –perguntou amedrontado

Dei um sorriso de deboche e fingi pensar

–Bom…eu vou primeiramente, tira-lo daqui e depois, vou devolver ele para Alexia. LUGAR DE ONDE NUNCA DEVIA TER SAÍDO! –berrei

–DEIXA MEU FILHO FORA DISSO –berrou correndo até mim e me acertando um soco.

Segurei a mão dele e começamos a rolar no chão, desferindo socos atrás de socos, imobilizei ele e comecei a socar o estomago dele

–Você…é…um…MERDA –gritei e bati mais ainda nele

–POSSO SER UM MERDA, MAS ELA PREFERIU FICAR COMIGO! E NÃO COM VOCÊ –berrou

Larguei ele e recuei dois passos, ele não disse isso. Alex levantou e sorriu.

–Doeu foi Peter? Doeu saber que ela me prefere a você? –perguntou sorrindo

Nem sei como fiz isso mas em menos de um segundo eu já batia com muita força nele, que já estava tão fodido, que nem reagia mais.

–ISSO É POR VOCÊ TER FEITO ELA SOFRER –acertei um soco- ISSO É POR VOCÊ TER TRAÍDO ELA –outro soco- ISSO É POR VOCÊ TER SIDO UM FALSO COM MINHA FILHA –mais um soco- E isso…é por você ter batido nela –bati com a cabeça dele na parede, ele caiu no chão e deu um sorriso afetado e deformado

–Sabe…de uma coisa…- me encarou- Eu não me arrependo de nada –sorriu amplamente

Acertei três chutes nele e resolvi parar, se eu me descontrolasse, iria acabar matando ele.

–Você é um ser desprezível mesmo…-constatei

Observei pela ultima vez o corpo de Alex, teu terno todo sujo de sangue, cabelos arrepiados e todo suado. Não que eu estivesse diferente, mas pelo menos, não fui eu quem conseguiu afundar numa fossa.

Aparatei e liguei para Apolo, esperei que ele atendesse e disse.

–Venha para o apartamento de Alex agora, ele vai precisar dos seus cuidados –disse andando até o carro de Percy.

–Peter? É você? –perguntou descrente

–Sim irmão sou eu, venha logo pra cá –falei enquanto entrava no carro- Depois a gente conversa.

E desliguei, James e Percy me olhavam assustados.

–O que você fez? –perguntou Percy amedrontado. Esse aí foi o herói de uma profecia, mas parece uma mariquinha, eu hein.

–Dei o que ele merecia –respondi em grego, não queria que James escutasse

–O que quer dizer com isso? –perguntou Percy em grego

–Ele apanhou um pouco, agora liga esse carro e vai pro acampamento –finalizei, ainda em grego.

Ele ligou o carro e acelerou, James me olhou e perguntou:

–O que você fez tio ?

–Conversei com seu pai –respondi

–Sobre o que?

–Sua mãe –respondi- E sua irmã

–Você conhece elas também? –perguntou confuso

–Conheço, muito bem por sinal –respondi sorrindo de lado.

–Hum –ele comentou e cruzou os braços lá atrás.

–Jay, vamos viajar se segure –avisou Percy

.Viajamos pelas sombras e em segundos, corríamos pelas estradas que levavam ao acampamento. Paramos na trilha que levava até meu antigo lar e saímos do carro.

–Preciso chamar Blackjack –anunciou Percy, ainda assustado.

–Não precisa, eu tenho uma amiga que pode ajudar –respondi assobiei e virei para ele- Não vai avisar a Lexi, sobre James?

–Ah é…claro. Só um instante

Ele se afastou um pouco e pôs o celular na orelha, alguns segundos depois começou a conversar algo que não prestei atenção, vi um vulto branco voando até mim e sorri, fazia muito tempo que não via a minha garota.

Percy estendeu o celular a mim e atendi

–Quem? –perguntou Lexi.

–Alexia,estou com James –disse contendo um sorriso- E estou indo para o acampamento

Ela ficou em silêncio, mas podia ouvir sua respiração.

–A-Alô? –perguntou

–Alô, estou com James. Me espere na colina –e desliguei assim que meu Pégaso pousou em minha frente

Entreguei o celular a Percy e fiz carinho no cavalo

–Saudades de você garota, quanto tempo –comentei

Ela relinchou e deu uma “patada” em meu pé, sorri e disse

–Ok, me desculpe, eu sei que não dei noticias, mas você precisa entender –comentei

Ela me deu aquele olhar desconfiado e olhou para James.

–Olha! É o Pégaso da Lauren! –disse correndo e fazendo carinho nela. Eu me espantei e ia colocar o braço para ele não fazer isso, afinal ela não era um Pégaso carinhoso, ninguém conseguia chegar perto dela.

–Você já tinha feito isso antes? –perguntei espantado

–Já, Lauren me ajudou –respondeu- Vamos?

Sim, claro. Coloquei-o nas costas do Pégaso e subi, logo estávamos nos céus voando em direção ao acampamento, vi o carro de Percy chegar mais rápido que nós e ele correr em direção ao arco, passamos por cima da barreira mágica e sorri, como sentia falta daquele acampamento. Vi algumas pessoas falando com Percy e várias pessoas desviando o olhar para nós 3, lentamente pousei no gramado, rindo dos gritos de felicidade que James dava

Nem bem estávamos no solo, quando o garoto pulou e correu até a mãe.

–Mãe!!!-gritou

–Filho! –disse Alexia aliviada- Eu te amo! Nunca mais vou ficar longe de você!

Ele riu e disse:

–Ta bom!

Colocou James no chão e pude ver Lauren surpresa e muito pálida. Ela abriu um sorriso e correu em minha direção.

–PAI!! –gritou

Ela me abraçou forte e inalei os cabelos dela.

–Que saudade de você filha! –sussurrei

–Eu te amo pai! –exclamou- Estava morrendo de saudades!

Alexia estava paralisada. Assim como Sr.D, Quíron e todos que presenciavam a cena. Nos soltamos e andamos até eles, Lauren se soltou de mim e me posicionei em frente a Alexia, abri um sorriso e disse:

–Olá Alexia –cumprimentei com a melhor voz sedutora que consegui e um sorriso de lado. A olhei dos pés a cabeça, mesmo depois te ter dois filhos e com quase 30, Lexi não perdeu seu ar adolescente, feições jovens e jeito de uma menina-mulher - Quanto tempo

Ela me olhou com um misto de surpresa,admiração,espanto,medo e curiosidade. Parecia travar uma batalha interna dentro de si mesma, até que conseguiu dizer:

–Verdade Peter –com a voz tremula, mas logo ergueu o olhar e me encarou- Quanto tempo.

Dei um sorriso de lado e olhei para James, que via a cena toda agarrado na cintura da mãe, Lauren, orgulhosa como é, nem conseguia nem disfarçar a felicidade, baguncei os cabelos de James e sorri.

–Precisamos conversar –anunciei- É sobre minha busca –disse sério- Finalmente, Lexi! Finalmente. Depois de 14 anos! Eu encontrei –respondi sorrindo aliviado- Tudo isso pode ter um fim!

Ela me olhou confusa, mas logo pareceu entender. Sua boca se abriu em um O e lágrimas brotaram em seus olhos

–É o que eu estou pensando? –perguntou emocionada

–Sim –sorri e abracei-a- Encontramos Lexi! Nós encontramos!

Ela parecia desconfortável em me abraçar, mas mesmo assim retribuiu e ouvi ela rir. Nos separamos e desviamos o olhar para Lauren que estava com as mãos na boca e sorria na maior cara de pau. Assim que percebeu nosso olhar, tratou de fingir que estava com alergia e começou a espirrar. Rimos e virei para os dois diretores de acampamento. Quíron sorria com a cena e Sr.D estava curvado, com aquela banca caindo e a boca aberta.

–P-peter? –perguntou estupefato

–Eu mesmo cara de vinho –sorri.

–Seu moleque! Como assim você some! Sem dar explicações??! Deixando todos preocupados! –gritou me dando um pescotapa, ou tentando né. Porque sou bem mais alto que ele.

–Ai caramba para com isso, é assunto sério! –resmunguei- Vamos até a casa grande, precisamos conversar –falei

Cumprimentei todos que eu conhecia e dei um beijo na testa de Lauren, que me abraçou

–Onde está Gus? –perguntei olhando-a

–Não sei, deve estar com o pessoal do chalé dele –respondeu- Vamos lá ver ele!

–Não posso joaninha –respondi- Preciso ter uma reunião com sua mãe, Quíron e Sr. D –desculpei- Quando sair eu procuro você.

–Hum..ta bom, beijo –disse triste

–Não fique assim, joaninha. Prometo que fico com você depois –abracei ela mais apertado ainda- Para matarmos a saudade

Ela riu

–Ta bom gigante –deu um beijo na minha bochecha, de Alexia e James- Vem Jay, vamos procurar o Gus.

–Ta bom, tchau tio –despediu-se.

–Tchau campeão –respondi

–Filha –chamou Alexia, quando estávamos perto da casa grande- Porque joaninha?

Lauren sorriu e disse

–Pergunte a ele –e correu com James em direção aos chalés.

Lexi balançou a cabeça e riu

–Ela é um anjo –comentou- Me arrependo tanto de não ter visto ela crescer

–Não foi culpa sua –comentei- Hecate que tirou ela de você.

–É mas podia ter sido mais forte…

Puxei ela pelo braço e senti um frio percorrer meu corpo, coloquei minhas mãos ao lado de seu rosto e ela piscou algumas vezes

–Você, tem que parar com isso, Lauren estava bem. Foi melhor assim, se ela for mesmo à escolhida, precisava passar por isso. Isso ajudou ela, para saber lutar, e fazer decisões no futuro –ergui as sobrancelhas e a encarei- Não fique se martirizando por isso.

Ela assentiu e a soltei, andamos até a casa grande e subimos para uma sala onde uma enorme mesa estava posta e tinham cadeiras por lá. Sentamos e tirei a profecia do bolso.

–Bom…é sobre a profecia –disse

–Obviamente –comentou Sr. D fazendo pouco caso.

–Tudo que sabemos sobre ela –disse olhando para Alexia- Está errado, mas vocês –falei olhado para os diretores- Já deviam saber disso.

Eles assentiram e Lexi me olhou confusa

–Como assim?

–É bem mais complicado do que você pensa. Envolve não só nós dois, como a vida de muitas pessoas. Ela é realmente muito complicada, e o pior. Ainda não está completa. São 5, aquela que tem no mundo inferior. Não é a verdadeira.

–O que? –perguntou confusa e deixando aquela ruguinha que tanto amo no meio da testa, como sempre faz quando está confusa.

–Isso mesmo, não é a verdadeira –respondi

–Claro que é –respondeu- Se não fosse meu pai avisaria

–Na verdade- pigarreou Sr.D- Ele está sendo vigiado, não pode contar a você. Descobrimos a um tempo atrás que a profecia era falsa, ela foi manipulada, por alguém. Ninguém sabe quem foi ainda, mas era para enganar vocês –disse nos olhando- e Hecate, tanto é que é impossível uma profecia ser grande daquele jeito, precisa estar fragmentada, e aquela não está, apenas uma parte foi rasgada, que é a parte em que fala sobre Hecate, e…bom Claire –disse me olhando cauteloso

–Claire? Quem é…ah…-comentou Alexia se lembrando- Porque ela fazia parte da profecia?

–Porque…-engoli em seco- Eu fui para o castelo, na esperança de que Hecate cumprisse o trato, eu ia e ajudava a reforçar as barreiras, e recrutar um exercito. E ela trazia Claire de volta.

Claire tinha sido o grande amor da minha vida, pelo menos era o que eu achava, só que ela morreu durante a batalha de Manhattan e eu fiquei desolado, até encontrar Alexia.

–Você foi pra lá por causa disso? –perguntou incrédula- Não se pode trazer alguém que já morreu!

–Agora eu sei disso ta bem? Na época eu não sabia! –exclamei irritado- Ela vinha brincando com minha mente, desde quando vim ser diretor daqui! E no dia em que lhe trai, foi o inicio do plano dela. Mas você voltou e nós nos entendemos, e então eu fui embora, logo depois descobri sobre o Alex e foi quando tudo desmoronou, principalmente depois daquele sonho em que conversei com você!

Eu tinha enlouquecido! Achei que se ajudasse ela, eu poderia ter o amor da minha vida de volta, mas não! Eu não tive! Porque eu nunca o perdi!

Ela piscou algumas vezes e abaixou a cabeça ofendida, virou-se para Sr.D e disse:

–O que fala nessa profecia? -perguntou

–Ninguém sabe –respondeu- Não podemos abrir se não tivesse vocês 3, nem mesmo Apolo conseguiu. Então Zeus mandou que os deuses do vento as espalhassem pelo mundo.

–E somente duas estão em posse de alguém. Essa –ergui a minha- E uma que está em uma aldeia muito simples na China –disse- O problema é que não sei como chegar lá.

Alexia travou e ficou pálida

–Aldeia? Na China? –perguntou

–Sim, mas ninguém sabe onde fica, ela aparece quando pessoas especiais precisam. Você deve saber disso –falou Sr.D olhando-a

–É…-murmurou

–O que você quis dizer com isso? –perguntei a ele e em seguida olhando para Alexia

–Depois eu lhe explico –respondeu a mim, e pôs uma mecha de cabelo para trás.

–Só temos um problema –disse- De vários, na verdade.

–Qual? –perguntou me encarando

–Lauren que precisa achar –disse bem rápido

Alexia se levantou da cadeira e nos encarou perplexa.

–Minha filha não vai sair em uma missão –falou batendo na mesa e encarando todos nós.

–Ela precisa –pronunciou-se Dionísio- É o destino dela, se não for por bem. Zeus vai dar um jeito de que seja por mal.

Assentimos e ela bufou irritada

–Minha filha não vai participar disso –falou e saiu da sala.

Enterrei meu rosto na mesa e dei um grito abafado

–Deuses…que mulher difícil.

–Peter, você precisa convencer ela e deixar Lauren ir. Vai ser o melhor a todos –disse Quíron pela primeira vez.

–Tudo bem…

(*****)

Havia se passado 1 dia desde que voltara ao acampamento, Apolo me comunicou que Alex estava bem, apenas com o orgulho ferido. Vivia grudado com Lauren, Alexia e Jay. Gus pareceu bem desconfortável com minha volta, toda vez dava um jeito de fugir quando me aproximava. Tem alguma coisa errada aí.

Minha relação com Alexia não foi uma das melhores desde nossa conversa, ela fugia sempre que falava sobre a profecia, Lauren não ficou sabendo sobre nossa conversa. Preferi não entrar em detalhes sobre minha fuga nem nada que envolvesse a profecia.

Hoje seriam os fogos de 4 de julho e todos estavam muitíssimos animados, meu dia estava indo bem até o fim do almoço.

Eu andava calmamente com Jay em meu pescoço, Lauren rindo dos apelidos que Jay dava ao senhor D e Lexi ria de mim e Jay. Ah que foi? Eu também ajudava.

–Peter –chamou Quíron

Virei-me e o encarei

–Sim?

–Seu pai está aqui, quer falar com você –disse tenso.

Olhei para Alexia desconfortável, era tudo que eu precisava. Meu pai aparecer para estragar meu dia. Retirei James de meus ombros e segui Quíron até o escritório do Sr.D, meu pai estava de costas, observando o movimento do acampamento pela janela. Entrei e fechei a porta.

–Hã…olá pai

–Olá Peter, como vai? E as férias como foram? –perguntou sarcástico- Aproveitou bastante? Curtiu ficar sonhando com a volta de Claire?!

–Para com isso tá bom! –pedi irritado- Devia me dar um abraço e dizer que estava com saudade e preocupado, COMO TODO PAI NORMAL FARIA. Mas não, você acha que criou um soldado, pronto para a guerra, não é mesmo?

–Você deveria ser um soldado pronto para a guerra –disse friamente- Mas não, é um babaca que se deixa levar pelas emoções.

–Claro! Eu sou humano! Não sou um Deus babaca igual você! Que esconde as emoções atrás de motos, óculos de sol e roupas pretas!

–BASTA! –berrou- Você não tem o direito de falar de mim, cale-se e escute o que tenho a dizer.

Resolvi me calar antes que perdêssemos a cabeça e uma loucura acontecesse.

–Claro pai, pode falar –debochei.

–Peter você é um irresponsável! Sumiu por anos, sem dar noticias! Deixando todos nós preocupados, sem manter contato! SEM COMPARTILHAR A LOCALIZAÇÃO! –berrou meu pai furioso- Você só me trás decepção.

–Já acabou pai? –perguntei, tentando esconder o quanto fiquei magoado.

–Você é um babaca mesmo. Só apareça na reunião que terá, de você não espero mais nada –respondeu com desgosto.

–Pode deixar pai –respondi seco.

Ele sumiu em uma luz forte e uma névoa vermelha com cheiro de sangue se instalou na sala, dissipando-se em seguida.

Revirei os olhos e sai, andei até a área dos chalés. Onde Lauren e Alexia estavam sentadas conversando. Sentei ao lado de Alexia que se afastou um pouco, e abraçou a filha que sorriu.

–Como foi lá? –perguntou Alexia e Lauren juntas.

–Bom…Vou ter que ir a uma reunião, como sempre –respondi olhando para Alexia, que abaixou a cabeça e sorriu, envergonhada.

Dei um sorriso de lado e ri pelo nariz.

–Algumas coisas nunca mudam –disse ela sorrindo.

–Verdade, algumas coisas nunca mudam –disse sorrindo.

Quando eu e Alexia namorávamos, sempre haviam reuniões, os deuses intrometidos como são, viviam implicando com nosso namoro, eu tinha de comparecer praticamente toda semana em uma reunião. E estávamos assim, por causa disso.

Lauren nos lançou um olhar curioso e sorriu.

–Ah! Pai! Você precisa começar a reforma do meu chalé! –disse exaltada- Por favor, faz ele bem bonito. Ta?

Rimos

–Ta, todo rosa com enfeites de ursinhos, serve? –perguntei debochado

–Claro que não né pai –disse ela revirando os olhos- Quero um bem legal.

–Posso ajudar? –perguntou Alexia me olhando e em seguida para Lauren

–Claro! Assim vocês passam mais tempo, juntos! –disse feliz e logo em seguida tampou a boca- Merda, esqueçam o que eu disse ok?

Eu e Alexia demos um sorriso amarelo e balancei a cabeça. Sim eu ainda amo a Alexia, e agora tenho uma aliada, Lauren, ela vai me ajudar a reconquistar Lexi.

–Hã…e então..- Lexi tentou amenizar o clima- Vai para o 4 de julho hoje? –perguntou a mim

–Vou, e vocês? –perguntei

–Vamos –elas sorriram.

–Aiii que legal! Podemos ficar todos juntos o que acham? –perguntou Lauren entusiasmada

–Acho ótimo –sorri para Alexia

–Er…Vai ser legal –disse ela corada.

Lauren me olhou e deu um sorriso cúmplice, sorri e neguei coma cabeça. Essa minha filha…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem os erros, e esse foi o maior capitulo até agora kkkk
Beijos, comentem! espero que gostem, qualquer coisa ou duvida, só mandar MP ou comentários.
AHHH Gente!! Se quiserem mandar comentários enoooormes, podem mandar. Eu amo comentários grandes! Se quiserem contar a vida de vocês eu deixo. AMO VOCÊS BEIJO!!