The Chosen escrita por Little Crazy


Capítulo 10
When love knocks on the door


Notas iniciais do capítulo

Oiii to bolada, nem tive tantos comentários. Mas tudo bem, espero ter MUITOS depois desse capitulo. Até porque não vou postar tão cedo, eu acho. É que minhas provas começam dia 24 e preciso estudar MUITO, sei nada.
Então, por favor, comentem. Espero que gostem desse capitulo *-*

Curiosidades: Peter deveria ter desistido da imortalidade na primeira temporada, onde teria um final feliz com Lexi e Lauren, porém a autora resolveu mudar o rumo da historia, e criar uma guerra na fic.



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No capítulo anterior…

–Posso ajudar? –perguntou Alexia me olhando e em seguida para Lauren

–Claro! Assim vocês passam mais tempo, juntos! –disse feliz e logo em seguida tampou a boca- Merda, esqueçam o que eu disse ok?

Eu e Alexia demos um sorriso amarelo e balancei a cabeça. Sim eu ainda amo a Alexia, e agora tenho uma aliada, Lauren, ela vai me ajudar a reconquistar Lexi.

–Hã…e então..- Lexi tentou amenizar o clima- Vai para o 4 de julho hoje? –perguntou a mim

–Vou, e vocês? –perguntei

–Vamos –elas sorriram.

–Aiii que legal! Podemos ficar todos juntos o que acham? –perguntou Lauren entusiasmada

–Acho ótimo –sorri para Alexia

–Er…Vai ser legal –disse ela corada.

Lauren me olhou e deu um sorriso cumplice, sorri e neguei coma cabeça. Essa minha filha…

_______

Lauren Vega

Eu simplesmente não consigo descrever o quanto estou feliz. Parece que depois da minha chegada ao acampamento, minha vida começou a correr, como se estivesse procurando deixar nos eixos, tudo que deveria ter acontecido durante esses oito anos em que estive presa naquele castelo.

Estou vivendo um sonho só pode, e se isso estiver acontecendo, por favor, não me belisquem. Primeiro eu consigo fugir e rever minha família, depois venho para esse acampamento maravilhoso e faço amigos maravilhosos, e agora, minha mãe está livre, leve, e solta, para namorar meu pai. Sem contar que estamos novamente com Jay e o principal: MEU PAI ESTÁ DE VOLTA UHUUUL!

(*****)

Depois de alguns minutos, eu resolvi procurar Becca, queria saber se ela iria aos fogos do dia 4 de Julho.

Após uns 20 minutos, a encontrei saindo do chalé de Hermes, aparentemente muito chateada. Corri até ela e gritei:

–Becca!

Ela se virou e deu um sorriso, acenando logo em seguida. Cheguei mais perto e sorri, começamos a andar juntas e perguntei:

–Por que estava tão chateada? –indaguei- Digo, quando estava saindo do chalé de Hermes? –ergui as sobrancelhas, curiosa, e contrai os lábios, esperando pela resposta.

–Bom…-suspirou- Eu fui procurar brasileiro e Michel, por que estávamos procurando corpos para nos esquentar durante a queima de fogos –respondeu dramática, e revirando os olhos- Mas aqueles idiotas, são tão infantis, que preferiram fazer bombinhas de pum, a me ajudar –revirou os olhos e me olhou- Conhece algum boy magia, para sua melhor amiga, linda, bela e maravilhosa aqui?

Ri e neguei com a cabeça, ela suspirou e parou no meio do caminho. Deixando-me andar sozinha, por sinal.

–Já sei! –exclamou entusiasmada, quase pude ver, uma lâmpada ascendendo em cima de sua cabeça, como dos desenhos animados- Lauren vem cá!

Voltei andando até ela e ergui as sobrancelhas esperando para que começasse a falar

–Vamos procurar o Andrew! –falou- Ele pode arranjar dois irmãos dele para nós, que são lindos por sinal, e aí vou poder esfregar na cara daqueles elfos natalinos idiotas, que eu tenho um boy magia e eles não –concluiu fazendo uma pose vitoriosa.

–Certo… mas só tem dois problemas –informei- Um: Eu não quero um boy magia, e dois: Porque eles iriam querer um “Boy magia” –fiz aspas com as mãos- Se são garotos?

–Só tenho três coisas a lhe dizer amiguinha –disse Becca me abraçando pelo pescoço e voltando a andar- Um: Você quer sim um boy magia, dois: Aqueles panacas, são os maiores boiolas que já conheci, e três: Você tem que deixar de ser santinha! –exclamou indignada- Quer dizer, você anda, comigo, Andrew que é o maior safado que já conheci. Os elfos que são as pessoas mais maliciosas que já vi, sem contar Trev que também é rasgador de calcinhas, Emma que também não é santa; Jessica que só tem pose de nerd, mas já teve uns quatrocentos namorados. E Brian que pega geral também.

A olhei incrédula, arrancando uma gargalhada dela. Como assim? Eles pareciam tão santinhos!

–Deuses! Eles pareciam tão…santinhos –exclamei- E a Abby, onde fica aí?

–Ah Abby é santinha também, mas todo mundo sabe que ela tem algum namorado, só que aquela traidora nunca nos contou quem é. E o mais absurdo, nunca vimos ela se pegando com ele –disse Becca indignada

–Então isso significa que ela pode não ter um namorado –retruquei

–Claro que não flor, nós achamos que é algum menino da escola mortal, aonde ela estuda –explicou- Mas isso não vem ao caso, precisamos achar Andrew.

Ri, e andamos até a arena, onde avistamos Andrew lutando com um garoto. Seus golpes e bloqueios eram muito bons, mas precisava melhorar um pouco a retaguarda quando fosse dar golpes giratórios. Nos aproximamos e Becca, delicada e super discreta como é, gritou:

–Andrew! Sua bixa loira! Venha cá! –dei um cutucão nela, onde já se viu? – Ah ok, POR FAVOR! AGORA!

Andrew parou de lutar e se despediu do rapaz, veio rindo até nós. Pegou uma garrafa de água e deu um gole. Estava ensopado de suor, deu uma piscadela para nós e se dirigiu a Becca.

–Late migs –brincou

–Late o cacete, me respeita moleque –repreendeu Becca- Te desço a espada, fresco.

–Fala logo o que você quer maluca –riu- Olá Lauren –deu-me um beijo na bochecha e eu dei um sorriso constrangida.

–Credo, fica espalhando esse suor, na Lauren! –Becca deu um empurrão de leve nele que riu- Ela é uma dama britânica não tá vendo? Ela não é igual nós americanos –provocou, sorrindo sapeca.

–Que coisa, Becca! –repreendi- Até você, já não basta o Gabe.

Eles dois riram da minha cara e revirei os olhos, ótimos amigos.

–Então, Becca, o que você quer? –perguntou Andrew sorrindo- Não tenho a tarde toda.

–Ah sim –lembrou-se Becca- Preciso que me arranje dois irmãos seus, bem gatos –concluiu

–Por quê? –perguntou Andrew confuso e dando outro gole em sua garrafa.

–Como por quê?! Deixe de ser lerdo Andrew, para nós ficarmos hoje. Dã –disse Becca revirando os olhos.

–Não sou lerdo, só quero saber o por quê, de você querer dois irmãos meus, sendo que você é só uma –respondeu o loiro jogando o cabelo para trás.

–Santa mãezinha da lerdeza! –praguejou Becca- Não é só pra mim. Lauren também precisa de um, né!

–Eu?! –exclamei- Eu não, já disse que não quero –finalizei.

–Quer sim –retrucou Becca- Então, Andrew, arrume dois gatos, lindos, sexys e gostosos para nós –piscou ela.

–Ok pra você eu já tenho um –disse Andrew olhando para ela e em seguida para mim- Agora você…parece ser tão santinha…não posso jogar qualquer um… -pensou

–Eu já disse que não quero, que coisa –retruquei aborrecida, era tão difícil entender que eu não queria ninguém?

–Quer sim, eu tenho que cumprir a aposta de que você iria para o mau caminho –comentou Andrew ainda pensativo- Já sei! Tenho alguém perfeito para você

–Oba! –animou-se Becca, eu apenas revirei os olhos- Quem?

–Eu, é obvio –revirou os olhos sorrindo convencido

–Você? –perguntou Becca com desdém- Só se for pra ela pegar uma doença, essa sua boca é mais rodada, do que sei lá o quê.

–Estava brincando sua jumenta –Andrew revirou os olhos- E minha boca não é rodada, ok? –disse rindo- Então, Lauren, seu boy desta noite vai ser Henry Collins –sorriu satisfeito

–Uau! –exclamou Becca- Ele é parece um príncipe! Tirou a sorte grande Lauren’s. Ele é muito fofo!

–Não quero esse tal de Henry, vou ficar sem ninguém. Não quero ficar com alguém que não conheço –resmunguei cruzando os braços

–Ora, não seja por isso. Apresento vocês, agora mesmo –sugeriu Andrew me puxando para fora da arena

Finquei minhas unhas em seu pulso e o olhei de forma ameaçadora

–Se você der mais um passo –ameacei lentamente- Vou cortar o que você tem no meio das pernas.

Ele arregalou os olhos e soltou meu pulso, se afastando um pouco

–Nossa, você é tão fofinha, mas agora realmente me deu medo –disse assustado- Pode deixar, não vou lhe apresentar a ele, mas se quiser ficar com alguém é só avisar –deu uma piscadela e saiu andando.

Becca apareceu ao meu lado e negou com a cabeça, cruzando os braços.

–Você tem que andar mais conosco, amiga –disse- Agora virou um desafio pessoal, até o final do mês, você vai ser tão meliante quanto nós –sorriu

Revirei os olhos e voltamos a andar.

(*****)

–Sai Michel! –disse alto, enquanto empurrava o elfo natalino 1- Eu sou garota, preciso usar o banheiro primeiro! –empurrei novamente ele, que tentava entrar no banheiro de todo jeito.

Bom, depois que andar com Becca, vim para o chalé de Hermes, decidi me arrumar mais cedo, pois aqui o banheiro é muito disputado. Lá estou eu, pegando minhas roupas, etc. Quando dois elfos natalinos, entram e decidem usar o banheiro. Gabe até que deixou eu ir primeiro, mas Michel é uma ameba barraqueira, e não deixa eu ir de jeito nenhum!

–E daí? –perguntou fazendo desdém- Sou homem, direitos iguais, amore.

–Cara, deixa ela ir primeiro –defendeu-me Gabe, que estava escorado em um beliche, perto de mim- Você só quer ir, porque ela pediu.

–Nada disso, eu quero ir no banheiro à séculos -retrucou Michel- Eu necessito ir!

–Ahh! Michel –gritei irritada- Vai logo, que saco!

Voltei para meu beliche e sentei irritada, Michel sorriu vitorioso e gargalhou, eu e Gabe o encaramos, sem entender nada. Eu hein, menino louco…

–Cara… -risos- Você…irritada –mais risos- É muito engraçado! Esse seu sotaque! –gargalhadas- Desculpe, pode ir

Ele se dobrava de tanto rir, Gabe balançou a cabeça em negação e riu também. Revirei os olhos para os dois e entrei no banheiro. Tomei um banho bem demorado, só para provocar eles. Idiotas, não vejo a hora de ir pro meu chalé, pelo menos vou ter um banheiro só meu.

–Anda logo Lauren!! –gritou Michel do outro lado- Eu realmente quero usar o banheiro agora!

Gargalhei em silêncio e respondi:

–Amigo, o que não falta por aí é árvore, use uma delas –brinquei- Só lembre de limpar, se não os espíritos da natureza vão lhe comer vivo –lembrei

Ouvi um riso e revirei os olhos, se o que Becca disse, for verdade. Ele já pensou besteira.

–Aii amiga! Morto que não ia dar né? –fingiu uma voz feminina- Nem ia sentir aquele pombã…Ai caramba não me bate Gabe!

Eu não sabia se ria, ou ficava séria. Eu não sabia o que ele iria dizer, então…Terminei de me arrumar e sai sorridente do banheiro. Michel entrou correndo e Gabe riu da cena, coloquei minhas coisas no meu beliche e andei até brasileiro

–Oi, você vai né? –perguntei sorridente

Ele sorriu e olhou pro chão

–Vou sim, você bonita –elogiou

Corei um pouco e dei um sorriso amarelo, esperamos Michel sair do banheiro e fomos juntos até a praia. Os dois já estavam pronto e um dúvida me surgiu

–Onde vocês se arrumaram? –perguntei erguendo as sobrancelhas e os olhando- Já que estava no banheiro.

Eles deram um sorriso e responderam juntos

–Temos nossos segredos, britânica.

Revirei os olhos e ri, assim que chegamos a praia, alguns campistas já passeavam por lá, avistei Becca conversando com Andrew, e fomos até eles.

–Olá –cumprimentei, assim que cheguei

–Olá –sorriam e responderam de volta

Andrew deu uma piscadela e disse:

–Ei Lauren, a gente bem que podia ir bem ali né? –perguntou malicioso- Você tá linda nessa roupa

Becca revirou os olhos e cochichou pra mim.

–Não vá, ele vai querer se pegar com você.

Arregalei os olhos e eles riram, ficamos conversando até Emma, Brian, Trevor, Jess, e Abby chegarem. Nos reunimos bem perto do mar e ficamos admirando o por do sol.

–Vocês não tem noção, do quanto essa vista me deixa calmo –comentou Andrew- Meu pai está particularmente maravilhoso hoje –sorriu debochado

–Seu pai é gostoso isso sim –disse Becca- Bem que nós podíamos ir pro 69 qualquer dia.

Andrew revirou os olhos e riu. Eles riram e eu fiquei com a maior Poker Face, que diabos era 69?

–Ei gente, Lauren não sabe o que é o 69 –disse Michel- Alguém explica?

Becca sorriu e pigarreou, se aproximou de meu ouvido e sussurrou

–É aonde as pessoas transam –logo em seguida riu- Sério.

A olhei incrédula e todos riram de mim.

–Ah…doce Lauren, você é nossa princesa –disseram Gabe e Andrew juntos- Linda, educada e ingênua…

–Mas nada que não possamos mudar até o final do mês –disse Michel

Ele e Becca fizeram uma espécie de High Five, apenas observei a cena. Vi minha mãe, Jay, tia Annie, tio Percy, Luke e Silena, passando em direção a árvore que havia na praia. Logo depois meu pai apareceu e os cumprimentou com um aceno e foi falar com os diretores.

–Gente vou ali, já volto –disse.

Eles assentiram e andei até minha mãe, acenei a eles e abracei mamãe.

–Está linda filha, adorei essa blusa –disse me dando um beijo na testa.

–Obrigada –sorri- Oi gente –cumprimentei

Eles sorriram e logo Jay e seus primos começaram a correr. Avistei meu pai vindo até nós e cutuquei a mamãe, dando um sorriso malicioso

–Olha mãe o papai –disse sapeca.

–Lauren… -repreendeu-me Alexia- Pare com isso, que coisa –rimos.

–Olá damas da minha vida –cumprimentou Peter, galanteador como sempre- Oi filha –deu-me um beijo na bochecha- Olá Alexia –deu um beijo na bochecha da mamãe.

Pronto, pensei, mamãe teve uma parada cardíaca. Senti suas mãos suando, quando ela tocou em mim, me puxando para um abraço.

–Percy, Annie –cumprimentou ele

O mesmo me olhou da cabeça aos pés e ergueu uma sobrancelha

–Lauren, que mini blusa é essa? –apontou para a blusa- E que mini short é esse? Ah negativo, vá já trocar, não quero meninos olhando para você.

–Ora, onde já se viu Peter? –perguntou mamãe batendo com um pé no chão e colocando uma mão na cintura- Deixe ela usar a roupa que quiser, e se os meninos olharem? Qual é o problema? –perguntou indignada- Lauren é linda é tem mais é que se valorizar mesmo.

–Alexia não começa –revirou os olhos- Ela não tem idade pra usar roupas assim –resmungou- Só tem 14 anos.

Eu olhava a cena toda com um sorriso nos lábios, assim como meus tios. Trocamos olhares cumplices e rimos.

–Ah, Peter, por favor –retrucou mamãe- Deixe de ser antiquado, os adolescentes de hoje com 14 já estão na fase dos 16.

–Sim? –perguntou papai colocando as mãos na cintura igual mamãe- E só por isso minha filha tem que andar quase nua?

–Pelo amor dos deuses pai! –exclamei- Pare de exagerar! É só uma roupa.

–Verdade Peter, é só uma roupa, se fosse um namorado tudo bem, mas uma roupa? –perguntou mamãe com desdém- É demais.

–Agora eu vi…-resmungou papai- To perdendo a autoridade de pai, mesmo…

Mamãe revirou os olhos e me abraçou um pouco mais apertado. Ficamos conversando, até que tia Annie viu Luke brigando com Silena, eles tavam se estapeando

–Ei! Vocês dois! –gritou ela- Venham já aqui! –as crianças viram eles e começaram a correr- Voltem aqui! Percy venha! Quero ter uma conversinha com esses dois –ela saiu andando e tio Percy ficou rindo da cena- Vamos logo Perseu –disse ela entredentes e puxando meu tio pela gola da camisa.

Mamãe ria da cena, assim como eu e meu pai, ficamos conversando até os filhos de Apolo começarem a tocar umas musicas, eu balançava meu pé no ritmo da música, estava tão entretida que nem percebi quando meu pai saiu para conversar com Tio Logan.

–Filha.. –chamou-me mamãe, a encarei e ergui as sobrancelhas, esperando para que ela prosseguisse- Fiquei comigo hoje, tá bom?

–Por quê? –perguntei confusa e virando-me para ela

–Porque não quero ficar sozinha com seu pai –disse ela corada- Não me olhe assim!

Ri e assenti, voltando a curtir a música. Meu pai voltou e ele e mamãe estavam tomando alguma bebida que não sabia o nome.

–Lauren? –chamou-me alguém

Viramos e Gus estava parado atrás me mim, sorrimos e eu falei:

–Oi Gus, como vai? –perguntei- Curtindo a festa?

–Sim, sim, e vocês? –perguntou envergonhado.

Assentimos e mamãe ficou conversando com ele, meu pai estava bem empolgado também. Acho que aquilo era bebida alcoólica, por que esses dois estão alegres demais.

–Vejam! –apontou mamãe- Começou!

Olhamos para o céu e vários fogos de artifícios eram lançados ao céu, explodindo em várias luzes coloridas. Sorriamos enquanto observávamos a cena, Gus se virou para mim e disse:

–Onde estão seus amigos?

Olhei para onde estávamos antes, e eles continuavam lá, sorrindo e observando a queima de fogos.

–Ali –apontei para onde estavam- Quer ir lá?

–Por que não? –riu dando de ombros.

–Mãe, já volto, vamos ali rapidinho –menti, a verdade era que queria deixar ela sozinha com meu pai, quem sabe assim eles não se entendessem melhor…

–Rapidinho, hein! –disse ela olhando-me apavorada com a ideia de ficar só com meu pai, acho que ela tinha era medo de ter uma recaída. Coitadinha, mal sabe que é isso que eu quero…

Eu e Gus fomos andando até meus amigos, Becca sorriu para nós e Gabe também, dei um passo para ir até eles, mas Gus me puxou

–Eu tinha me esquecido! –sorriu entusiasmado- Quero lhe mostrar uma coisa, vem –disse me puxando.

Só tive tempo de olhar para trás e ver Becca sorrindo para o céu e Gabe nos olhar confuso, assim como Michel.

–Gus! –disse num tom de repreensão- Você nem deixou eu me explicar com eles!

Ele me puxava pelo meio da multidão de campistas, fazendo ziguezague, até chegarmos a uma parte que levava a floresta. Parei no lugar onde estava

–Eles dizem que não é bom entrar aí, desarmado –avisei- Tem monstros…

Gus puxou sua adaga do cinto e sorriu enquanto jogava ela para cima.

–Relaxa, estamos armados

Sorri e revirei os olhos, andamos até uma pedra enorme que tinha lá, onde ficávamos perto das arvores, lá era perfeito para vermos os fogos de artificio.

–Senta –disse Gus, sentando-se e me ajudando a fazer o mesmo- Tobias que me mostrou isso aqui. Falou que era ótimo para assistirmos a queima de fogos, e ele tinha razão, não é mesmo? –perguntou sorrindo e olhando para o céu

–Sim –respondi encantada com a paisagem, de lá, podíamos ver o estreito de Long Island todinho, víamos o campistas como pequenos pontinhos lá em baixo, o que me deixou curiosa, já que não havíamos subido em um lugar tão alto- Gus?

–Sim –respondeu virando-se para mim

–Porque aqui parece tão alto? –perguntei olhando para os campistas

–Ah, é porque aqui é alto de verdade, mas nem percebemos –respondeu olhando ao redor e dando tapinhas nas pernas- É meio que encantado –explicou

–Ah sim –comentei vagamente.

Continuamos a observar a queima de fogos, até que ele disse:

–Sabe… eu sinto que nós ficamos muito distantes, depois que viemos para cá –indagou- Você vive com a Rebecca, os filhos de Hermes…

O olhei e ele olhava para o chão, visivelmente abatido. Balancei a cabeça em negação e abracei-o.

–Claro que não Gus, é porque fizemos novas amizades –respondi- E você anda muito distante –expliquei- Mas continuamos, como melhores amigos. Juntos contra tudo e contra todos –sorri

–Verdade- ele riu- Mas…de uns tempos pra cá…-ele começou- Eu ando, meio estranho. Não consigo mais olhar você como irmã…

–Como assim? -perguntei confusa, será que ele não gosta mais de mim?

–É…tipo, eu…-ele suspirou e fechou os olhos- Acho que estou gostando de você –disse fazendo um careta de culpado e abrindo os olhos.

Wow, calma. Rebobine, por favor. Como assim? Augustus Phillips, meu melhor amigo desde os 6 anos, disse que acha que está gostando de mim?

–O quê? –perguntei um pouco aguda- Quero dizer…isso é bom…eu acho mas…um pouco bizarro, quer dizer…

–Eu sei, nem precisa explicar –disse ele num suspiro- Eu sei exatamente o que você está pensando: Isso é uma loucura –constatou

–Quero dizer –tentei formular uma frase- Um pouco…não que seja ruim, porque quero dizer…hã…eu acho que talvez eu goste um pouquinho mais de você, do que como melhor amigo.. –disse constrangida- Mas…

Ele arregalou os olhos e perguntou exaltado

Você gosta de mim?

–Er…sim, quer dizer. Não sei exatamente o que eu sinto, mas talvez eu goste de você mais do que como melhor amigo –expliquei- É que…nunca senti isso, então não sei como é.

Corei até a raiz dos cabelos e ele sorriu, me abraçando.

–Lauren! Sempre quis ouvir isso de você –disse feliz e contra meus cabelos

Sorri e corei levemente, nos separamos e ele se aproximou devagar do meu rosto. Estávamos muito pertos, tão perto, que eu poderia…poderia…

–Você ia se incomodar se eu lhe beijasse, agora? –perguntou Gus olhando para os meus lábios e em seguida para mim.

Isso estava mesmo acontecendo? Eu iria beijar meu melhor amigo? Quer dizer…eu nunca beijei na vida, não sei como isso acontece. Pode ser que eu trave, ou fique nervosa demais…Não quero pagar mico, não em um momento tão especial, quanto esse…

–Só se você…não se incomodar em…-mordi o lábio inferior nervosa- Em beijar uma garota que nunca beijou…

Um sorriso brotou em seus lábios e ele me olhou nos olhos.

–Relaxa, essa garota é minha melhor amiga, e a menina que eu gosto. Acho que não vou me incomodar –disse ele sorrindo

–Então…se for assim, pode –sorri

Seu rosto chegou mais perto do meu, nossas respirações se cruzaram, e um frio percorreu meu corpo. Gus, tocou com seus lábios nos meus, trocamos um selinho e ele começou a aprofundar levemente o beijo, eu meio que não sabia o que fazer, então lembrei que precisava agir. Sua língua pediu permissão para entrar em minha boca, e eu permiti, logo estávamos travando uma batalha interna e lenta com nossas línguas. Mas eu travei, aquilo não era certo, Gus era meu melhor amigo. Me separei delicadamente dele e corei, olhando para minhas mãos

–O que foi? –perguntou preocupado- Não gostou?

Ergui meu olhar para ele e neguei com a cabeça

–Não foi bom, é só que… -não consegui terminar a frase

–Você acha errado, imaginei que fosse pensar assim -disse ele um pouco decepcionado

–Não fique triste! –pedi arrependida

–Lauren…você gosta de mim…eu gosto de você. Então não tem nada errado –disse me olhando- Se nós gostamos um do outro, não tem nada de errado.

Refleti um pouco, bom era verdade…mas, aquilo não iria estragar nossa amizade?

–E nossa amizade? –perguntei

–Continua a mesma –disse dando de ombros.

Assenti e dei um selinho nele, o mesmo sorriu e retomamos o beijo de onde tinha parado, agora não estávamos tão apreensivos, afinal não era a primeira vez. Seus lábios eram um pouco macios, porém um pouquinho espessos, mas nada que deixasse o beijo ruim. Ele era bom, acho, não sei ao certo, pois nunca havia beijado alguém.

Nos separamos por falta de ar e ele encostou a testa na minha, sorrimos e eu ainda estava com os olhos fechados.

–Sabia que eu sempre sonhei com esse momento? –perguntou

–Não, mas já que está acontecendo –sorri- É melhor aproveitarmos.

(*****)

Alexia Vega

Depois que Lauren foi embora, eu e Peter ficamos conversando, ele me contava sobre como havia sido no castelo com Lauren, e a relação muito forte que os dois tinham.

Fomos pegar mais bebidas e acabamos sentando em uns banquinhos que tinham perto da arena. Continuamos a conversar, só que depois de 2 copos eu já estava um pouco “alegre” demais. Assim como Peter.

–Sabe…-disse ele- Queria perguntar se você anda malhando…

Sorri e pus uma mecha do meu cabelo para trás.

–Não, eu não tive tempo ainda, mas pretendo –respondi

–Não precisa –disse ele me olhando e sorrindo- Você está ótima. Perfeita para falar a verdade, como sempre foi.

Corei levemente e dei um sorriso amarelo.

–Hã…obrigada, eu acho –respondi- Você também está ótimo –sorri.

–Obrigado –disse ele- Lexi…

–Oi –respondi o encarando

–Você está bêbada? –perguntou

–Não, apenas um pouco alegre –respondi observando a paisagem- E você?

–Também…é que eu queria saber, que se depois do que eu fizer aqui, ainda iremos nos lembrar amanhã –disse Peter pensativo.

–E o que você vai fazer? –perguntei confusa

–Isso –disse ele

Seu rosto se aproximou do meu, fiquei imobilizada, não conseguia me mexer, isso não podia estar acontecendo, afinal eu ainda era casada, mesmo já resolvendo tudo para um divorcio. Seus lábios tocaram no meu e trocamos um selinho demorado, eu queria beija-lo, eu realmente queria. Mas não posso, eu devia me manter afastada dele.

Ele pediu permissão com sua língua e eu cedi, começamos um beijo lento, apenas desfrutando dos lábios que há anos não sentíamos, seu gosto de álcool misturado com seu gosto Peter de ser, estava me embriagando, mais e mais, parecia uma droga. Uma droga a qual eu deveria resistir.

Mas não pude conter, a saudade falou mais alto e logo estávamos presos em um beijo cheio de luxuria, saudades, amor e paixão. Tão intenso que nem mesmo as chamas poderiam descrevê-lo, um beijo digno de filmes, um beijo digno de Alexter.

Suas mãos começaram a passear pelas minhas coxas e minha nuca, enquanto levei as minhas para seus cabelos e o puxei para mais perto, pela gola da camisa polo que ele usava.

Se aquilo era errado? Totalmente, mas o desejo de um ter o outro falou mais alto. Levantei do banco, e continuamos nos beijando, não podíamos arriscar ficar ali, e alguém visse. Peter me conduziu em meio a beijos e arfadas até a arena onde me encostou a primeira parede que viu.

Ergue-me, e pôs uma perna de cada lado de sua cintura, enquanto me prensava na parede. Eu dava leves puxões de cabelos nele, ele parou de me beijar, e desceu os beijos pelo meu pescoço, dando-me um chupão ali, o que resultaria em uma bela de uma marca. Ele levou suas mãos para dentro de minha blusa e apertaram minha cintura, uma de cada lado, depois retirou uma e levou a nuca novamente.

Reiniciamos nosso beijo, agora mais lento e com calma. Ele subiu a mão até meu sutiã e foi o que me despertou de um sonho. Empurrei-o levemente, mas Peter não queria parar, e tive de empurra-lo bruscamente, o que fez com que descesse um pouco e percebesse o quanto ele estava em um situação critica ali em baixo.

Ainda estava surpresa com o que tinha acontecido, ele não conseguia nem piscar, apenas deixou que um sorriso brotasse em seu rosto, e piscou

–Isso foi…-começou a dizer

As palavras voltaram a minha boca, assim como os movimentos. Ele deu dois passos para trás e abriu a boca para terminar a frase, mas não deixei.

–Isso foi errado –disse rapidamente- Não deveria ter acontecido.

E sai com pressa da arena, ele ficou sem reação mas logo pude ouvir o soco que ele deu na parede. Corri em direção a praia, precisava encontrar Jay e voltar para o chalé, era muita coisa para minha cabeça.

Peter segurou meu braço e piscou atônito

–Diga que aquilo não significou nada para você, se falar isso eu lhe deixo em paz –disse ele me encarando

Eu poderia dizer que não significou, mas estaria mentindo, e mesmo que já tivesse mentido outras vezes, agora era diferente. Eu não conseguia mentir.

–A- Aquilo…-suspirei- Aquilo…

–Mãe! –gritou Jay

–Eu preciso ir –disse mudando de assunto. Ele sorriu e deixou a mostra seus lindos dentes brancos, e aquele sorriso que me deixou apaixonada um dia.

Apressei-me em ir até Jay, Annie me olhava desconfiada, mas com um brilho de malicia do olhar, já Percy estava com os braços cruzados e uma feição seria.

–Oi filho –disse me abaixando e olhando para Jay- Vamos? –chamei

–Deixe ele dormir conosco hoje, amiga –disse Annie- Você parece precisar de um tempo sozinha, ou com uma certa mocinha chamada Lauren. Que pelo visto vai gostar de algumas noticias, não é mesmo? – perguntou sorrindo maliciosa

Corei e abri a boca para dizer alguma coisa, mas não consegui.

–Não precisa Annie –disse- Eu estou bem –disse desconfortável com o olhar que Percy me lançava.

Ele parecia aborrecido com o fato de ter “traído” o irmão, mas contente com o fato de me ver daquele jeito, ele parecia estar em uma batalha sobre qual lado escolher.

–Jay, você quer dormir com a gente? –perguntou Percy sorrindo, por fim

–Se a mamãe deixar –respondeu enquanto corria com os primos

–Alexia? –perguntou Percy sorrindo malicioso- Acho que hoje seu chalé pode ficar ocupado, não?

–Percy! –ruborizei- Sim, vai ficar. Mas com minha filha –retruquei

–Aham…-ironizou e gargalhou- Você não tem jeito mesmo –negou- Vamos meninos, tenho um videogame para jogarmos. Até mais Lexi

E passou rindo ao meu lado, os meninos o seguiram e Annie me abraçou e sussurrou

–Não perca ele novamente

Sorri e neguei com a cabeça. Aquilo foi errado, aquele momento com Peter foi errado e não voltará a acontecer.

Vi Lauren correr até mim com um sorriso no rosto e eu sorri para ela. Abraçamo-nos e quando nos separamos, dissemos:

–Eu beijei o Gus

–Eu beijei seu pai

Encaramos-nos surpresas e dissemos:

–O quê?!


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Notas finais do capítulo

Comentem!!! Please!!!
Espero que gostem!