Grávida do Primo - HIATUS escrita por Sophia Potter


Capítulo 15
Perdão


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeey peoples!! Quanto tempo a Dona Sophia não aparecia, não é mesmo? Okay, me matem! Culpada! HAUSHUSAH
Cara serio, um super obrigado pelos reviews, estão todos divonicamente divos ^.^ Amei todos!
Bem, não tenho muito o que comentar nesse capitulo, mas ele está beeeem grandinho, ahuhasuh.
Prestem atenção, okay? ^.^
Beijão e boa leitura, nos lá em baixo!!



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Pov Rose:

Sentei aos pés de uma arvore perto do lago. Meus pés estavam doendo para caralho, minha maquiagem borrada, com as lágrimas que desciam pelo meu rosto. E eu me sentia uma completa idiota, era como se aquelas semanas fossem, o erro mais sem razão que eu já cometera em toda minha vida.

COMO EU PUDE SER TÃO IDIOTA?!

Scorpius tinha me enganado tão facilmente! E onde estava a toda esperteza de Rose Weasley?

As lágrimas desciam pelo meu rosto, e acabavam molhando-o completamente. Eu não sabia mais o que fazer queria sumir, sair de Hogwarts, do país, do mundo! Mas eu sabia exatamente que isso não adiantaria merda nenhuma, estava envergonhada... ERA UMA APOSTA! Depois de tudo que eu tinha dito a ele...

Eu me sentia vazia, como se alguém estivesse queimando meu peito com um ferro em brasa. Queria abraçar alguém, que me dissesse algo bom...

Encostei minha cabeça na arvore e olhei para o céu, as estrelas pareciam sem o seu costumo brilho, uma das coisas que eu mais gostava de fazer, hoje pareceu sem sentido, nem mesmo o céu pareceu importante naquele momento.

Ainda olhando para cima, vi de relance alguém sentar-se ao meu lado. Ignorei, não estava afim de falar com ninguém.

–Sabe, tirando as marotagens, o que eu mais gosto e o que eu sempre gostei em Hogwarts, é o céu... – Comentou Alvo, olhando para o mesmo lugar que eu. – É de longe um dos mais bonitos.

Continuei calada, mas mesmo assim, meu primo não saiu do meu lado e parecia que não sairia tão cedo.

–Ainda mais refletido nesses lindos olhos azuis... – Alvo completou colocando uma mexa de meu cabelo, atrás de minha orelha. – Que aliás estão mais brilhantes que o normal... Será que é porque eu estou aqui? – Brincou ele. Me permiti a sorrir mesmo que fosse um sorriso triste. – Como você está? – Perguntou o moreno ao meu lado.

Eu queria dizer que estava ótima, que estava tudo bem, mas minha voz mal saiu. Meu queixo começou a tremer então, mordi meu lábio inferior, e olhei para cima tentando conter as lágrimas, mas como sempre não funcionou. As lágrimas saíram sem controle.

Senti ele me envolver em seus braços e me apertar, prendendo-me contra si. Pousei a cabeça em seu peito, eu chorava como uma criança desesperada. Alvo me abraçou com mais força.

–Calma, Rose... Vai ficar tudo bem... – Disse ele, parecendo não ter convicção das suas próprias palavras. – Eu estou aqui... Por mais que isso não mude nada...

Me afastei dele olhando diretamente para seu rosto, para minha completa surpresa ele não demostrava pena, mas sim... Raiva. Alvo, sempre fora meu amigo, nos afastamos bastante depois que Scorpius começou a ‘andar’ com ele, mas mesmo assim ele sempre, sempre mesmo, estava exatamente ‘lá’ quando eu precisava.

–Você não deveria estar aqui... Ele é seu melhor amigo. – Falei me afastando um pouco mais de meu primo.

–O fato dele ser meu melhor amigo, não faz com que o que ele fez fique menos idiota e insensível, piora as coisas mais ainda...- Ele tentou se aproximar novamente de mim, mas eu recuei.

–Olha Alvo... Eu quero ficar sozinha. – Disse com convicção mesmo que minha voz não tenha sido como eu desejava.

–Não deixaria você sozinha agora nem que... Sei lá. – Falou ele, procurando algum argumento. – Não importa... Não vou embora... Nunca. – Afirmou por fim.

Sabia que mesmo gritando eu não o convenceria a sair, meu primo sempre se preocupou comigo, largava tudo o que podia estar fazendo se soubesse que eu estava mal. Eu já havia desistido de entender o porquê, a muito tempo, me convenci ao fato de sermos amigos a tantos anos.

–Não tem nenhuma garota esperando por você? – Usei a última tentativa que me restava.

–Não... A única garota com quem eu iria, já estava acompanhada... – Respondeu Alvo, ‘fuzilando’ todas as minhas expectativas, enquanto olhava para o escuro lago a nossa frente.

*

Estávamos conversando já fazia mais de vinte minutos, e em momento algum tocamos no assunto “Scorpius”. E sinceramente eu estava feliz com isso, e Alvo parecia estar também. Já tínhamos falado sobre todos os assuntos possíveis, até mesmo do quanto estávamos idiotas naquelas roupas, apesar de que minha opinião sobre Alvo de terno era bem diferente de idiota...

Quando finalmente parecia que todos os assuntos tinham acabado, nós dois nos permitimos ficar em silêncio por um bom tempo. Ouvi uma música, que eu realmente gostava, começar a tocar no castelo, fechei os olhos e um sorriso largo formou-se em meu rosto.

–Rose? – Alvo me chamou, levantando e se pondo a minha frente. – Isso vai parecer muito clichê, mas você quer dançar?

Dei um sorriso torto e ele o retribuiu, enquanto eu me levantava com sua ajuda.

Coloquei um mão eu seu ombro, enquanto a dele foi parar em minhas costas me puxando contra si. Alvo fechou sua outra mão em torno da minha e começou a me conduzir conforme o ritmo da música, ele me fitava com aqueles penetrantes olhos verdes, e posso dizer que é quase impossível prestar atenção na dança quando se olha para eles.

E foi quando seu rosto assumiu uma careta de dor, que percebi que tinha pisado em seu pé pela segunda vez. Ele sorriu ao ver minha expressão de preocupada e me girou, me prendendo contra si novamente. Percebi que meu primo dançava muito bem, e eu não fazia ideia de como aprendera, mas, ao contrário de mim, que estava completamente desengonçada, ele sabia o que estava fazendo. No entanto, mesmo sabendo dançar ninguém é capaz de aguentar uma pessoa pisando em seu pé o tempo todo.

Após meu pé ir pela terceira vez parar em cima do seu, ele se curvou de dor:

–Que droga Rose! – Falou Alvo rindo, enquanto sentava-se na grama. – Você precisa urgentemente de um professor de dança.

–Duvido eu conseguir um com tanta paciência...- Comentei enquanto me sentava ao seu lado.

–Eu ficaria encantado em ensinar você... – Declarou meu primo jogando uma pedra no lago. – Aliás, só um idiota diria que não.

–O Scorpius diria que não... – No mesmo instante que as palavras saíram da minha boca eu me arrependi de tê-las pronunciado.

–Como eu disse um idiota. –Retrucou ele, deitando-se no chão, seu rosto assumindo uma expressão séria.

Deitei ao seu lado e ficamos em silêncio. Não me permiti olhar para seu rosto e ele parecia estar fazendo o mesmo em relação a mim. Perdida em meus pensamentos, me lembrei de quando viemos para Hogwarts a sete anos atrás, meu primo havia dito, que não importava o motivo, ele estaria ao meu lado e sempre me diria a verdade. Foi me lembrando disso que uma pergunta me veio em mente:

–Alvo... – O chamei, e ele virou seu rosto para me olhar. – Você sabia da aposta?

Seu rosto enrijeceu e ele voltou a olhar para cima. Franzi a testa e sentei-me.

–Eu te fiz uma pergunta Alvo. – Ele olhou-me por uns segundos, sentando-se também.

–Olha, Rose... – Meu primo colocou a mão em meu ombro e eu a tirei rapidamente.

–Você sabia ou não? – Senti minha voz falhar, com a raiva que começava a surgir me levantei e o encarei.

Alvo calmamente levantou, parou em gente a mim. Seus olhos se encontraram com os meus, e eu pude ver a verdade antes mesmo de sair de sua boca.

–Sim. – Sussurrou ele, olhando para baixo.

Naquele momento eu senti como se alguém tivesse me baleado pelas costas. Aquela única palavra, me machucou muito mais do que todas as outras que eu ouvira do Malfoy. Parei onde estava, as batidas do meu coração duplicaram a velocidade, e eu comecei a ficar tonta.

–O-o q-quê? – Perguntei baixinho, o que não era a minha intenção, mas a raiva era tanta que as palavras pareciam impronunciáveis.

–Me desculpe...- Olhei-o fixamente, me perguntando se ele deveria estar brincando.

–“Me desculpe”? – Exclamei, minha voz estava áspera. – Você é um idiota Alvo! É tão divertido assim ficar brincando com os sentimentos dos outros? Veio aqui para ficar rindo de mim depois?

Eu comecei a empurra-lo, minhas mãos batiam contra sem peito, e ele parecia não se importar. As lágrimas começaram a surgir novamente e escorreram pelo meu rosto. Senti a água molhar os meus pés, ao mesmo tempo em que avançávamos para o lago.

–Vocês dois são iguais! A única coisa que muda é o nome e a aparência! – Minha voz começava a aumentar, ele me olhava fixamente sem ao menos piscar. – Eu jamais pensei que você faria isso, Alvo... Pensei que você fosse meu amigo... E a sua promessa? Sempre a verdade? PORQUE VOCÊ NÃO ME CONTOU?! – Gritei chegando ao nível máximo de minha voz, estava tomada por frustação e raiva. As lagrimas caiam com mais rapidez, e o choro provocou um soluço em minha garganta.

Empurrei ele pela última vez e me virei, a agua raspando pelas minhas pernas enquanto eu me direcionava para fora do lago. Quando fui dar o segundo passo, senti a mão do meu primo fechar-se em torno de meu pulso e me puxar para trás outra vez.

Meu corpo se chocou contra o dele, e com a força eu senti minhas pernas ‘cederem’, eu poderia jurar que tinha torcido o pé.

Antes que eu pudesse sequer pensar, Alvo me puxou para cima novamente, e suas mãos foram parar na minha cintura. Ele me prendeu entre seus braços deixando praticamente nossos corpos grudados.

–Agora você vai me ouvir. – Sussurrou ele em meu ouvido, e eu senti minha pele se arrepiar por completo.

–Me. Larga. – Falei pausadamente, tentando empurrá-lo, o que devo admitir que não funcionou.

–Eu não contei nada a você porquê...

–Porque? – Perguntei grosseiramente.

–Porque, pela primeira vez, eu vi que você estava feliz, que tinha conseguido o que mais queria... E por mais errado que fosse o que eu estava fazendo, eu não tinha coragem de acabar com a sua felicidade... E por mais idiota que que o Scorpius possa ser, ele tinha conseguido o que eu queria a muito tempo... – Eu estava paralisada, com tais palavras, mas não importavam, eu já estava cansada de palavras. – Ser o motivo do seu sorriso.

–Quer saber Alvo?! Você acha que é só vir aqui, dizer palavras legais, que eu vou esquecer de tudo? – Perguntei, deixando-o abismado, comecei a empurrá-lo pela segunda vez, dando socos em seu peito. – Pois vou dizer a você! Não, isso não vai acontecer.

Quando fui empurra-lo mais uma vez, ele segurou meus pulsos fortemente, e nossos olhares se encontraram. Seus olhos desviaram para minha boca, e os meus para a dele, e por um maldito motivo nossos rostos se aproximavam cada vez mais. Alvo tirou alguns fios de cabelo do meu rosto e se abaixou, deixando nossas bocas se encontrarem. Ele me beijou lentamente, pude sentir o gosto de chocolate em sua boca. Percebi sua mão lentamente passar do meu pulso para minha cintura. Isso causou um arrepio percorrer pelo meu corpo.

Quando o ar começou a ser necessário urgentemente nos afastamos. Sorrimos um para o outro, passei minhas mãos em torno de seu pescoço.

–Mais uma maneira de se redimir? – Indaguei sorrindo.

–Não, beijei você porque eu queria. Não para me desculpar. – Afirmou ele. – Alias se eu fosse você teria aceitado. – Riu-se Alvo.

Agarrei a gola de sua camisa e o puxei para mim, beijando-o novamente. As mãos dele deslizaram pela minha nuca, e mais uma vez o efeito que ele causou em mim foi avassalador.

*Dois dias depois*

Já fazia dois dias, que bem, estava saindo, ficando com Alvo. Ele era simplesmente incrível, me fazia rir nos momentos mais difíceis, me compreendia muito bem, não tão bem quanto Lily, mas mesmo assim. Ele sabia, e eu também que Scorpius ainda permanecia bastante em minha mente, mas Alvo sempre me fazia esquece-lo quando estávamos juntos.

Estava lentamente saindo da biblioteca quando vejo meu irmão passando cabisbaixo, por mim. Ele parecia não ter me notado.

–Hugo? – Meu irmão virou-se para mim, e eu pude ver em seus olhos tristeza. Quando nossos olhares se encontraram, ele baixou o olhar e encarou o chão. – Está tudo bem? – Perguntei me aproximando dele. Ele ergueu a cabeça e me encarou por uns instantes. Ele parecia pensar em uma resposta convincente, mas ele me conhecia perfeitamente bem para saber que eu não era idiota.

Ainda não havia conversado com Hugo sobre a Lily, eu sabia que já deveria ter feito isso a um bom tempo, mas toda vez que eu me aproximava, ele fugia. Meu irmão parecia disposto a se afastar das pessoas para não ter que preocupa-las. Hugo sempre foi assim, não esperava que agora fosse diferente.

–Acho que não preciso te responder isso, você já deve saber a resposta... – Falou ele com um meio sorriso, porém com os olhos tristes. Lhe lancei um olhar compreensivo, e cheguei perto dele.

–Quer desabafar? – Hugo suspirou, e depois assentiu. Peguei sua mão e o conduzi para fora do castelo. Sentamos sob a grama.

Fiquei fitando o rosto de meu irmão, que tinha um olhar sério e triste. Estiquei minha mão até seu cabelo. Com o meu toque, Hugo fechou os olhos.

–Estou desabando Rose, não sei mais o que fazer... – Falou com a voz rouca, abrindo os olhos enquanto eu tirava minha mão de si. Eu sabia que ele queria que eu apenas o ouvisse, conhecia meu irmão com a palma de minha mão, então eu apenas o fitei. E ele prosseguiu. – Sinto muita falta dela... De quando ela estava aqui e fazia tudo parecer fácil. Quero ficar perto dela, perto do meu filho... Eles precisam de mim, Rose. – Então a primeira lágrima escorreu de seu olho. – Quero eles aqui comigo, para mim poder protege-los de tudo! Quero a minha família, Rose... – Seus olhos então se encontraram com os dele, detestava o ver triste, isso doía muito em mim. Me aproximei dele, passando meus braços pelo seus ombros, e o abracei, por mais que não demostrasse, Hugo estava frágil e precisando de mim, eu sabia disso. Seus braços envolveram minha cintura, enquanto suas lágrimas molhavam minhas vestes. - Idiota da minha parte querer isso não é? Sendo que a culpa de tudo é minha, eu a perdi... Eu perdi a pessoa que eu mais amo nesse mundo!

Uma lágrima escapou de meus olhos, aquelas últimas palavras, ditas por ele foram simplesmente... Sei lá! Hugo sempre foi fechado, e ouvir aquilo dele era um sinal de que ele estava amadurecendo e de que Lily, era sortuda por tê-lo.

–Calma, Hugo... – Falei passando a mão em seus cabelos. – Isso não é culpa sua, sabe disso... Talvez esse afastamento, seja bom para vocês, um tempo para colocar as coisas no seu devido lugar!

–Não, não Rose... Eu preciso dela perto de mim. – Falou ele soluçando, ainda aconchegado em meu abraço.

–Hugo... – Dei um beijo em sua testa, e deixei mais uma lágrima cair. – Lily sempre vai estar do seu lado, mesmo não estando aqui em Hogwarts... Ela só precisa de um tempo... Olha tudo que aconteceu com essa baixinha? Para uma garota de apenas 16 anos ela encarrou isso tudo numa boa, não acha? – Perguntei e ele assentiu com lágrimas nos olhos. – Então, deixa ela pensar e colocar tudo lugar, enquanto você faz o mesmo? Um tempo é sempre bom, irmão, sempre. – Ele deu um sorriso, em meio as lágrimas, e se separou de mim. – É assim que eu gosto de te ver, com um sorriso. – Falei passando a mão em seu rosto tirando as últimas lágrimas de seu rosto.

–Obrigada... – Falou ele me dando um beijo na testa. – Por ter me ouvido e me compreendido.

–Hugo, sou sua irmã... Eu tenho que fazer isso. – Falei brincando e ele revirou os olhos, enquanto eu dava um risada.

–Idiota... – Resmungou Hugo, enquanto eu ria.

Ele sem dúvida era uma peste na minha vida... Mas eu o defenderia entre unhas e dentes. Pois eu amava essa peste.

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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Espero realmente que tenham gostado!
Gente postei uma nova fic, que na verdade é uma short, e espero que vocês apareçam por lá, se quiserem dar uma olhada, me deixariam muito happy: http://fanfiction.com.br/historia/529608/What_Hurts_The_Most/
Bem, faz um bom tempinho que não recebo uma recomendação :'( Assim, eu deixo vcs recomendarem ok? E favoritarem também!
Aguardo os reviews de vcs lindas? :*
Beijão