Promessa de um novo amor escrita por Rosi Rosa


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Sara e Flack continuam sua saga frente a louca dos lábios vermelhos que está disposta a matar e morrer.



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Apesar da serenidade de Flack, ele tremia por dentro, temia não conseguir desarmar aquela mulher antes de acontecer o pior, antes de oferecer a Sara suas desculpas pela sua total falta de hospitalidade.

Agora uma pequena multidão observava o desenrolar daquela tragédia anunciada, os policiais evitavam mais aglomeração.

A mulher soltou um palavrão gritado, remexeu a cabeça para que os cabelos de uma cor extravagante saísse de seus ombros, ela endireitou a postura demonstrando estar pronta para matar e morrer.

Sara tentou falar alguma coisa, mas o olhar de afeição e preocupação que recebeu de Flack a emudeceu temporariamente. Ele continuou impassível, o olhar furioso queimava a mulher a sua frente.

Escuta moça, não tenho o tempo todo, não sou psicanalista e tão pouco uma de suas amigas pra ouvir você choramingar um amor não correspondido. Peço que me dê a arma e vamos resolver isso de forma civilizada. Flack soltou o ar de seus pulmões com violência, a paciência sendo minada aos poucos, o suor corria de seu rosto.

A mulher sorria e chorava aos mesmo tempo, quando falou, o tom de voz dela era de arrependimento, dor e ironia.

O corpo que você "peritazinha" analisou agora a pouco era do meu amante. Ela olhava pra Sara com ódio velado nos olhos. Um policial e uma prostituta, que casal mais incomum, vocês não acham? Ela não esperou que eles respondessem, com uma gargalhada engasgada continuou.

Ele achava que eu não era boa pra ele, mesmo eu declarando todo o meu amor para o desgraçado. Eu não era boa pra ser amada por ele, mas isso não o impedia de querer usar o meu corpo. Dei-lhe uma noite regada a sexo, algemei ele e me ofereci em bandeja de prata, eu era dele... apenas durante a noite. Ao amanhecer ele me desprezou, disse que eu não passava de uma vadia sem coração. Sem coração? E todo o amor que eu lhe ofereci não conta? Deixou-me sozinha, no quarto, na cama, na vida. E partiu para trabalhar.

Flack e Sara a ouvia em silêncio, o desabafo, o relato de um crime.

A mulher suspirou dramaticamente e continuou.

Eu o segui, aqui nesse estacionamento eu o encurralei, falei mais uma vez do meu amor, jurei mudar por ele... e ele? Gargalhou na minha cara, riu do meu amor, empunhei a arma em seu peito e mesmo assim ele riu descaradamente, disse que eu não teria coragem de feri-lo... dei-lhe o último beijo, demorado pra que eu gravasse o seu gosto e atirei... matei o amor, se eu não seria boa pra ele, ele não seria bom pra mais ninguém.

A mulher gargalhou histericamente, as feições denunciando uma insanidade perturbada, Sara tapou a boca com uma das mãos para não expressar seu horror, Flack balançou a cabeça com um expressão torturada, sem que ninguém notasse ele dava passos imperceptíveis em direção a mulher. Ela notou e com um grito de pavor... atirou.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer quem leu e comentou, quem leu e não comentou, quem não leu, mas passou por aqui dando uma olhadinha, enfim... obrigada e comentem!



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