Releen escrita por Dreamer


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

mais um para vocês...



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Segui Jane pelo corredor à fora enquanto ouvia os passos de Alec atrás de mim provavelmente confuso com o que tinha acabado de acontecer.

Com certeza passar um tempo com minha família ia fazer essa ideia maluca sair da minha cabeça. Precisava controlar meus pensamentos para meu pai nem desconfiar dessa minha “fase”, com os anos você aprende a driblar as leituras de pensamentos de Edward. Mas eu precisava conversar com alguém sobre isso.

Jane abriu uma grande porta e dentro parecia uma grande cozinha, olhando melhor, se parecia mais com uma sala de reunião, devia ser isso já que os vampiros não comem. A sala era grande e tinha duas mesas que ocupavam a maior parte da sala com cadeiras ao longo da mesa. Minha família estava sentada nas cadeiras e olharam para nós.

Comecei a pensar nos dias do meu treinamento e na minha saída do castelo, podia praticamente sentir meu pai varrer minha mente em busca de alguma coisa errada.

Uma pequena parte da mesa estava com comida e vi Nessie bebendo um copo de suco. Corri para meus pais e Alec e Jane permaneceram na porta apenas olhando. Abracei primeiro minha mãe, era muito difícil eu abraçar alguém, mas eu estava com tanta saudade da minha família. Depois meu pai me abraçou beijando minha testa. Logo depois Alice e Jasper me deram um longo abraço seguido de alguns outros abraços.

– Você está bem filha? – meu pai me perguntou desconfiado – Pode me falar se eles fizeram algo com você?

– Está tudo bem Edward, nada aconteceu – respondi sorrindo.

– Se sente Lee, pode comer em paz hoje – Jasper falou abraçando Alice.

Me sentei ao lado de Jake e sorri para ele. Exatamente! Eu iria conversar com Jake e depois talvez com o Jasper.

Me estiquei para pegar o pão que estava em frente ao Jake e aproveitei para falar no ouvido dele:

– Me encontre no jardim.

Ele me olhou confuso e eu fiz que cinco com os dedos indicando que era para me encontrar as 5 horas da tarde e ele assentiu.

Comi em silêncio enquanto os outros falavam ao mesmo tempo, coisas como probabilidades de ir embora. Odiei essa conversa e como eles ficavam falando mal dos Vulturi e reclamando de tudo que eles estão passando.

– Por que vocês não vão para casa? – perguntei fazendo todos se calarem.

– Claro que não Releen, somos uma família – Carlise foi o primeiro a falar.

– Eu sei vô, mas vocês não têm mais nada para fazer aqui – falei indiferente.

Meu pai virou bruscamente para Alec e Jane furioso.

– Foi você que mandou ela falar isso? – ele perguntou direto.

– Edward – me levantei depressa – Ele não tem nada a ver, é só que eu odeio ser a razão de prender vocês aqui.

– Apenas queremos nos certificar de que você ficará bem – mamãe falou pegando a mão de papai.

– Não me aconteceu nada e sei que não vai acontecer.

– Não vamos embora. Queremos proteger você.

– Não percebe que é exatamente o que eu estou tentando fazer? – elevei meu tom de voz.

– Qual o problema de ficarmos aqui? – meu pai perguntou elevando a voz também.

– Que eu tenho que ouvir vocês reclamando de como odeiam esse lugar – me levantei – E a maneira mais simples de resolver isso é simplesmente indo embora.

– Está defendendo aqui? – Edward riu – Como se você gostasse daqui.

– Quer saber Edward – foi minha vez de rir irônica – Aqui as pessoas não me tratam como uma completa esquisita, isso não quer dizer que gosto daqui, só quer dizer que eu não sinto esse incômodo todo que vocês sentem. Então eu devia ser a única a ficar – olhei para Nessie e depois para papai – Nessie é a única que sempre recebeu a preocupação de vocês.

Falei isso e caminhei para a porta em velocidade natural enquanto Alec olhava para mim com curiosidade e quase percebi que ele segurava um sorriso. Ouvi minha mão dizer para meu pai que eu tinha que esfriar a cabeça.

Passei pela porta e pude ouvir apenas uma pessoa me seguindo, não precisei me virar para saber quem era. Meus olhos ameaçavam soltar lágrimas, mas eu não ia me permitir chorar na frente de Alec.

Eu não sabia onde estava indo ou que eu faria. A verdade foi que eu sempre pensei assim, Nessie sempre foi o orgulho dos meus pais e de certa forma eu invejava ela por ser popular e legal, mas eu simplesmente era do jeito que sou. Me joguei na parede não me importando mais com Alec e escorreguei até me sentar e minha lágrimas foram caindo sem um choro. Alec rapidamente se agachou na minha frente segurando minha cintura.

– Ei Cullen calma – ele passou a mão em uma lágrima.

– Não me chame pelo meu sobrenome, esse clã me odeia.

– Lee, vamos para o quarto para você se deitar um pouco.

– Me leva? – fiz biquinho e ergui meus braços, sem saber o que estava fazendo.

Apesar da situação ele sorriu ergueu os musculosos braços, me ergueu e começou a seguir para o quarto. Eu gostei da sensação de estar nos braços de Alec e enxuguei minha lágrimas em sua blusa na altura do peito.

Chegamos no quarto e Alec me depositou na cama, eu já tinha parado de chorar. E apenas fiquei olhando ele sentado na poltrona.

– Foi muito corajosa – ele comentou.

– Acha que posso ir passear um pouco no jardim sozinha?

– Tudo bem – ele falou sensibilizado com meu estado.

– Obrigada – me levantei enquanto eu tirava a jaqueta para entrega-lo.

– Fica pra você – ele sorriu e saiu do quarto.

Corri em direção ao jardim que ficava em uma parte mais afastada do castelo. Jake não estava lá e eu fiquei algum tempo pensando na vida que nem consegui notar quanto tempo tinha passado.

– Lee – falou Jake se aproximando.

Corri para ele e lhe dei um abraço muito forte.

– Eu me apaixonei Jake, acabei de brigar com minha família porque me apaixonei.

– Do que está falando – ele se separou para me olhar nos olhos – Se apaixonou por quem?

– Alec Vulturi – falei envergonhada – Precisava falar isso pra alguém que não é da família.

– Alec? Você enlouqueceu?

– Completamente, eu devo estar completamente louca.

– Talvez você esteja exagerando e só sinta atração, seu primeiro beijo foi com ele e...

– Não foi meu primeiro beijo Jake – interrompi apressada – Eu gosto dele, gosto da irmã dele. Quando ele conversa comigo, parece uma pessoa normal igual a mim – eu atropelava as palavras, aliviada por desabafar com alguém – Eu não consigo ler ele e isso me desperta tanta curiosidade sobre ele que chega a me assustar.

Ele passou as mãos nos cabelos, preocupado, e andou de um lado para o outro.

– Eu preciso de uma luz, acho que estou me tornando uma Vulturi!


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Notas finais do capítulo

comentem se gostaram ou se odiaram :)