– Não tem graça Mira- falei revirando os olhos.

– Lee -ela segurou minhas mãos- Eu juro que não estou brincando.

– O que? - comecei a me tremer.

– Calma Lee.

– Olha Mira, isso é impossível, eu não sou uma humana completa.

– Eu posso comprar um daqueles testes.

– Não! Eu não estou grávida. Eu não posso estar! Sabe quantos anos eu tenho?

– Respira Lee, nós ainda não sabemos, mas que eu estou escutando um segundo coração, eu estou.

– Mira se eu estiver grávida, eu vou ser a única meia vampira a engravidar do mundo inteiro.

De repente me veio a ideia de ficar grávida. Logo agora que eu tinha me entendido com meu pai e que eu estava noiva e que... e que...

– Para de fazer essa cara, você não tinha como saber, foi um acidente, assim como sua mãe.

– Mas a Bela queria esse bebê, eu não, não o quero de jeito nenhum.

– Eu vou comprar os testes! Coma alguma coisa- Mira disse e saiu.

Não, não, não. Esse filho ia estragar a minha vida que mal tinha começado. Alec ia ficar furioso, meu pai iria ficar furioso e eu estava furiosa.

Mas como eu iria saber, minha família me apoiou quanto eu perdi a virgindade, mas um filho? Isso é demais até para eles.

E Aro? O que ele iria pensar? Os Cullen criaram outra espécie desconhecida, defeituosa. Um vampiro que era 1/4 humano e 3/4 vampiro.

Mira chegou depois de um tempo com um pacote na mão.

– Você tem que fazer xixi em cima disso e esperar um pouco, se ficar azul, você vai ter um lindo filho, se ficar vermelho, foi alarme falso.

– Tudo bem - respirei fundo.

Entrei no banheiro me tremendo de medo do resultado.

Quando terminei de fazer o teste me encostei na parede e me sentei, pois eu precisava esperar um pouco. Eu podia confiar em um teste de farmácia?

Chorei no banheiro quando eu vi a cor azul, uma cor que iria mudar minha vida para sempre.

– Abre a porta Lee - chamou Mira- Não vai adiantar chorar.

Abri a porta com os olhos inchados e com o rosto de Mira preocupado.

– Vou ter que tirar ele - falei determinada.

– Ele não tem culpa.

– Ele nunca vai saber.

– Você vai fazer o que achar melhor, mas isso pode ser chamado de assassinato.

–Não vai dar Mira, desculpe.

– Pare de tentar achar algo para colocar a culpa, foi um acidente.

– Foi um erro.

– Como você poderia saber?

– Eu devia.

– Isso nem aconteceu com sua irmã.

– Eu não tenho condições.

– Você é a garota mais forte que eu já conheci.

– Sou?

– Nem você faz ideia de o quanto.

– Eu vou pensar.

– Vai contar ao Alec?

– Não!- me apressei a dizer - Ele não pode saber.

– Vai contar para alguém?

– Vou.

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– Você está o que? - Japer quase gritou.

– Fala baixo! Quer que o castelo todo saiba?

– Releen, isso é muito sério. Você é única.

– E sei, por isso vim pedir sua ajuda, será que Carlise vai concordar em tirar?

– Tirar? Você quer tirar? - perguntou Alice ao lado de tio Jasper.

– Quero sim.

– Mas Lee, esse bebê não tem culpa nada.

– Eu sei que ele não tem, ta legal? Mas eu também não.

– Então vai deixar um bebê sofrer e você não?- Jasper me questionou.

Isso me fez calar a boca e imaginar pela primeira vez que era uma vida que eu guardava dentro de mim.

– Mas o papai..ele...

– Ele fez a mesma coisa- Alice me interrompeu- Não pode te julgar.

– Bela não tinha seis anos.

– Releen- Jasper me chamou irritado- Você não tem realmente seis ano você quer ser tratada como alguém de seis anos? Aposto que não pensou nisso quando foi para a cama com Alec. Então não se faça de vítima.

Em um segundo eu vi que Jasper tinha razão.

– Ninguém está dizendo que vai ser fácil Lee- Alice- informou- Mas você pode passar por isso.

– Eu não sei- falei insegura- Alec pode não querer mais nada comigo.

– Então isso vai ser muito bom, pois você vai ver se ele realmente gosta de você.

– É totalmente diferente você aguentar uma namorada e você aguentar uma namorada e uma criança.

– Aguentar? - perguntou tio Jasper- Essa é a palavra mesmo? Você teve um briga gigigante com seu pai para que Alec pudesse te... aguentar?

– Não, ele me ama, mas...

– Olha, por enquanto você deixa isso apenas entre nós, vamos ver como essa gravides ocorre e se esse bebê te faz mal- falou Alice

– Tudo bem- concordei rápido.

– Pois vá dormir, Jasper pode ficar te cuidando por enquanto.

Voltei para o corredor de cabeça baixa e passando a mão na minha barriga, um mês era bastante comparado com o a gravidez da minha mãe.

– Onde diabos você estava? - apareceu Alec furioso- Eu te procurei durante o dia inteiro.

– Desculpe..eu...eu tive uns problemas gigantes hoje.

– Problemas? - ele franziu a testa.

– Não quero falar sobre isso Alec, estou com muito sono.

– O que aconteceu?

– Já disse que não vou falar sobre isso.

– Então vamos- ele falou irritado.

– Eu vou dormir no meu quarto.

– O que?

– Desculpa Alec, eu só... bem... desculpa mesmo.

– Lee! Me diz o que está acontecendo!

– Eu não posso Alec.

– Como não pode? Achei que confiava eu mim.

– Eu confio, confio minha vida à você, é só que não tem haver só comigo.

– Tem haver com quem mais?

– Eu vou te contar, eu juro, mas é que agora não dá, não dá mesmo.

– Você não espera que eu fique aqui vendo você aflita, enquanto eu não posso fazer nada, espera?

– Espero, do fundo do meu coração, eu espero sim.

Andei apressadamente pelo corredor e entrei no meu quarto respirando pesadamente. Olhei para minha barriga e apontei para ela.

– Você já está causando problemas bebê- acusei.

Senti um chute na minha barriga que fez toda a minha costela doer. Me assustei, um mês o bebê ainda era de um tamanho de um feijão. Mais um chute e uma dor.

A criança estava formada! Isso queria dizer que na minha gravidez...

... minha barriga não cresce.