*Releen*

Abri meus olhos e primeiro coisa que pensei foi... dor!

Muito dor de cabeça.

Depois pensei em como aquele lugar era diferente. Senti que estava deitada no corpo de alguém.

O que foi que eu fiz?

Olhei para a pessoa e encontrei Alec olhando para cima. Menos mal! Mas o que eu estava fazendo deitada só de blusa, calcinha e sutiã com o Alec?

– A gente não fez sexo - ele falou lendo meus pensamentos com uma cara brava.

O que eu fiz? Eu fiquei bêbada. Bêbada!

– E agora vai me explicar direitinho o que aconteceu ontem que me deixou plantado.

– Estou com muita dor de cabeça Alec.

– Bem feito! Para você aprender.

– Não era minha intenção...

– Dançar de short e sutiã?

– O que?

– Foi exatamente o que você fez.

– Está mentindo.

– Tive que tirar você de cima de uma mesa - ele se levantou.

– Eu... Mas...

– O que você estava fazendo lá?

– Um amigo da Miranda apareceu lá pedindo para a gente ir para uma festa e eu pedi para a gente não ir, mas Mira disse que só ia cumprimentar uns amigos e alguém me ofereceu uma bebida e acho que tinha alguma coisa dentro, pois a partir dai eu não me lembro de mais nada!

– Você fez uma besteira gigante.

Me levantei indo em direção ao Alec sem me importar com a roupa que eu usava, ou a falta dela.

– Me desculpa, me desculpa.

– Tentamos recomeçar e você faz isso comigo?

– Eu não queria mesmo. Não era para acontecer.

– Um cara veio falar comigo para mandar você continuar com sua dancinha. Como acha que eu me senti?

Estava com vergonha de mim. Queria sair correndo e ficar sozinha. Como assim eu estraguei tudo? Senti a primeira lágrima rolar na minha bochecha.

– Beba água -ele disse frio - Se não vai desidratar.

– Onde estou?

– No meu quarto.

Durante todo nosso namoro, Alec nunca havia me trazido para o seu quarto. olhei ao redor. Tudo muito masculino.

Fui em direção à uma jarra de água e coloquei em um copo para mim, bebi.

– Tem um comprimido para dor de cabeça.

– Obrigada.

Peguei o comprimido e tomei e como meu corpo era rápido a dor de cabeça foi indo embora.

– De quem são essas roupas?- perguntei vendo que eu não tinha aquelas roupas.

– São de uma amiga minha.

– Você troca roupas íntimas com suas amigas?- perguntei enciumada.

– Ela esqueceu aqui.

– Nossa, traz as pessoas aqui, mas só me traz depois de dois meses.

– Eu te disse que já transei.

– Precisa esfregar na minha cara colocando essa droga em mim?

Estava com nojo daquelas roupas em mim.

– Queria dormir com as roupas molhadas?

– Podia ter passado no meu quarto.

– Eu fiquei te ajudando, te dei banho, te dei minha blusa e roupas e assim que me agradece? - ele falou quase gritando.

– Para de gritar comigo! - falei me virando de costas para ele - Pode pegar uma roupa no meu quarto?

E comecei a chorar, mas eu não queria que Alec visse, eu estava de costas, mas tinha certeza que ele ouviu meus soluços.

– Eu já peguei, está no banheiro.

Fui para o banheiro sem me preocupar se que ele visse as minhas lágrimas. Me olhei no espelho e fitei aquele rosto inchado e envergonhado.

Logo você Releen Cullen que nunca frequentou festas e nunca ficou bêbada. O que aconteceu com você?

Sai do banheiro com o olhar baixo.

– Se fizer isso de novo eu juro que acabo com você, entendeu?

– Aham - sentei na cama - Você viu a Mira? Como ela deixou isso acontecer?

– Não vi ela, mas soube que chegou de manhã cedo.

– Alec - falei olhando seus olhos - Você sabe que eu nunca faria isso se estivesse sóbria.

– Eu sei.

Me levantei e fui para trás dele colocando minhas mãos por debaixo de seus braços e apoiei minha cabeça no seu ombro.

– Pode me perdoar?

– Você me estressa muito Cullen.

– Mas você também me ama muito, não é?

Ele se virou sorrindo e me puxou pela cintura, minhas mãos pararam no seu peito.

– Nunca teste minha paciência, ouviu?

– Ouvi sim.

Ele alcançou meus lábios com fúria. Logo minhas mãos estavam presas na sua nuca possibilitando ele de me puxar para mais perto dele, apesar de eu achar impossível. Mordisquei seu lábio para finalizar o beijo.

– Sinto que faço você beijar cada vez melhor.

– Convencido.

– Vou castigar você.

Ele me empurrou e eu cai na cama com ele encima de mim. Ele me beijou no pescoço e eu gemi alto por alguma razão. Puxei sua blusa para cima e a tirei fazendo ele me mandar um olhar safado.

– Você tem péssimo gosto para roupa - falei.

– Então deixa eu tirar para você.

Ele puxou minha blusa e eu cai em cima dele mordendo o lábio.

– Desde quando você aprendeu aprendeu a ser sexy?

– Achei que tinha me ensinado.

– Vamos sair hoje?

– Claro.

Depois do nosso momento eu voltei para o meu quarto e fiquei lá o resto do dia. Procurei por Alec, mas ele simplesmente sumiu e não consegui encontrá-lo.

Quando ficou de noite eu me arrumei o mais bonita que eu pude. Vesti um vestido azul curto que ficava colado até minha cintura e depois ele abria ficando solto, um salto preto, uma maquiagem leve e deixei meus cabelos soltos.

Alec apareceu no meu quarto usando um terno. Ele estava lindo e seu sorriso fazia o meu aparecer.

– Você não podia estar mais linda.

– Obrigada.

Andamos pela rua em silêncio apreciando nossas mãos dadas e sentindo seu cheiro.

O que será que a gente faria depois daqui? Ele ia só me levar para o meu quarto e ir ou me levaria para o dele?

Chegamos em um restaurante e ele reservou uma mesa do lado de um rio no jardim. Lugar não podia ser mais perfeito.

– Tenta pedir um suco dessa vez? - Alec perguntou rindo.

– Eles vão me obrigar a beber vinho - brinquei.

Pedimos minha comida que logo terminou.

Alec pegou a única rosa que tinha no arranjo que ficava na mesa e entregou para mim.

– Uma rosa para um cravo - ele falou rindo.

– Por que não estou surpresa por você não ser romântico? - perguntei pegando a rosa.

– Quer que eu seja romântico?

– Por favor.

– Sou louco por você - ele quase penetrou meus olhos - Estou alucinado por você.

– Ah Alec, sou apaixonada por você - sorri - Você mudou tudo desde que...

Percebi que tinha um anel dentro da rosa.

– O que é isso?

Tirei o anel de dentro da rosa e fiquei segurando olhando ele maravilhosamente. Era de ouro branco e tinha um esmeralda e um rubi.

– Ah isso - ele sorriu - Acho que temos que tornar oficial, não acha?

– Tornar oficial o que? - perguntei quase explodindo por dentro.

– Releen, quer casar comigo?