Alec me depositou na cama do meu quarto, pegou um algodão com alguma coisa e passou onde tinha um machucado na minha testa.

– Você é louca?- ele perguntou de repente me fazendo levar um susto.

– O quê?- perguntei confusa.

– Que ideia brilhante ficar batendo na porta.

– Eu estava assustada.

– E para se acalmar ficou gritando para chamar atenção?

– Achei que eles podiam te pegar desprevenido.

– Regra número um: nunca se preocupe com um Vulturi.

– Deixe de ser idiota, acabei de dizer que fiz aquilo para te ajudar!

– Em vão!

– Você é um ingrato!- falei igual a uma criança.

– O que?- ele ficou confuso- Eu nunca pedi nada. Na verdade a única coisa que eu pedi foi para você ficar quieta e nem isso você conseguiu.

– Se uma pessoa te dá um presente, você não vai agradecer só porque não pediu?

– Do que você está falando?

– Eu não sei.

– Para salvar sua vida eu preciso que você me escute.

– Desculpe por não participar do curso contra rebeldes- falei irônica.

– Fala como se eu estivesse contra você- ele bufou- Nunca conheci uma garota tão confusa como você.

Eu peguei a mão dele e fiquei brincando com ela. Não queria discutir com Alec, não agora. Ele se inclinou e me beijou. Eu segurei sua nunca trazendo ele mais para mim. As mãos de Alec acariciavam meu rosto com delicadeza.

– Uau- falou a voz de Jane- Adicionaram um novo turno.

Empurrei Alec e ele começou a rir. Jane entrou no quarto com um sorriso de orelha à orelha.

– O que você quer Jane?- perguntou Alec abafando um sorriso.

– Vim ver se a ruiva ai está bem- ela piscou- Mas vejo que ela recupera as forças rápido.

Eu fiquei o mais vermelho que um ser pode ficar de vergonha. Por que o Alec não podia trancar a maldita porta?

– Não precisa ficar vermelha- Alec disse se divertindo- Dá vontade de te morder.

Eu era parte vampira e isso me fazia regenerar mais rápido. Me sentia muito melhor.

– Eu odeio vocês- me afundei no travesseiro.

– Aro quer ver vocês dois- Jane informou.

– Acha que consegue andar bem?

– Ainda não perdi as pernas.

Jane riu da cortada que eu dei, ainda estava com raiva por ele não ter trancado a porta.

Ele colocou meu braço ao redor do pescoço dele e Alec correu em velocidade de vampiro. Chegamos na sala de Aro rapidamente e só estávamos nós três na sala.

– Minha prezada Releen- ele falou muito educado- Como se sente?

Eu olhei para Alec desconfiada e ele assentiu em sinal para que eu continuasse a conversa.

– Me sinto bem melhor, obrigada.

– Eu chamei os dois porque os pais da Releen ainda não sabem do ocorrido- ele assentia enquanto falava- E eu gostaria de que eles continuassem não sabendo.

Eu entendia Aro, ele sabia que minha família iria querer me levar embora e por incrível que pareça eu concordava com ele.

– Eu concordo- falei firme e ele pareceu surpreso- Não quero que eles saibam.

– Posso saber o por que de sua decisão?

– A verdade é que- Alec passou as mãos no cabelo- Quando ela foi sequestrada eu percebi que Lee é minha dristante.

Eu e Aro ficamos muito surpresos e eu sorri de orelha à orelha.

– Temos um pequeno relacionamento escondido- admiti- E minha família seria totalmente contra isso.

Aro sorriu tanto quanto, correu para a minha frente e segurou minha mão lendo cada segundo dos meus últimos dias.

Eu decidi ler Aro. Ele estava feliz, porque isso facilitava o seu trabalho e achava que agora eu podia realmente ser um deles e ir contra a minha família.

– Quando pretende contar isso para sua família?-Aro questionou sorrindo.

– Eu tenho medo de eles me levarem embora.

– Entendo sua causa-Aro assentiu - Esse acontecimento será mantido em segredo e não se preocupe que sua segurança será aumentada- ele olhou com advertência para Alec.

Apertei o braço de Alec e ele me olhou com carinho.

– Vai ficar tudo bem Cullen.

– Saibam que eu dou total apoio ao casal e será um prazer ter você como uma Vulturi.

– Você vai contar para alguém sobre isso?- perguntei.

– Para alguns Vulturis mais próximos, mas se você quiser esconder posso manter segredo.

– Não- Alec falou rapidamente- Quero assumir isso- ele me olhou como se pedisse permissão e eu assenti.

Aro olhou para Alec como uma conversa com o olhar. Alec olhava para ele da mesma maneira. Achei aquilo muito confuso e fiquei curiosa.

– Vamos Lee.

Ele pegou minha mão e fomos para o quarto sozinhos. Quando chegamos lá me sentei na cama e resolvi perguntar para Alec.

– Por que você teve aquela conversa de olhar com Aro?

Ele tirou a camisa e me olhou mexendo na cabelo um pouco deslocada.

– Eu não quero mentir para você Lee.

Eu fiquei um pouco de medo do que ele falaria para mim.

– Você está me assustando.

– Tem uma menina envolvida na história.

– Uma menina?- eu fiquei sem reação.

– Ela é uma Vulturi e bem...- ele passou as mãos no rosto- Ela diz que eu sou o distrinte dela.

– O quê?- eu me levantei.

– Mas eu não sinto o mesmo por ela- ele se explicou rapidamente- Por isso que eu queria deixar claro que você é minha distrinte.

Isso era um triângulo amoroso. Aconteceu uma coisa parecida com os amigos do Jake e isso deveria ser horrível.

– Onde ela está?

– Aro mandou ela para um missão quando teve a ideia de me casar com você.

– Isso é estranho.

– Ela está voltando.

– Não sei o que dizer Alec.

– Não diga nada- ele me abraçou.

Olhei para cima procurando seus olhos e juntei nossos lábios. Passei minhas mãos nos seus músculos e gemi porque eram completamente definidos. As mãos de Alec que estavam no meu rosto foram descendo pelas minhas costas e ficaram alguns centímetros acima da minha bunda. Ele me bateu com força na parede e eu não achei ruim. Ele me levantou e eu aproveitei para enrolar minhas pernas na cintura dele.